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Como escrever poesia? 15 dicas para começar

Como escrever poesia: 15 dicas para criar versos impactantes

Que a escrita é uma arte, não há dúvidas. “Livros são papéis pintados com tinta”, como disse Fernando Pessoa. E uma das formas mais artísticas de trabalhar a palavra sem dúvida é a poesia.

Esse tipo de escrita pode parecer intimidador à primeira vista. Poetas estão envolvidos em certo misticismo, sendo imaginados como figuras hiper intelectuais, muitas vezes até mesmo enfadonhas. Essa percepção infelizmente afasta muitos autores desse gênero literário.

A verdade é que qualquer um pode escrever poemas. Se você alguma vez já teve o desejo de explorar versos poéticos, esse é o artigo para você! Confira 15 dicas para ajudar você a acessar seu poeta interior e começar a escrever.

Fique com a gente e confira!

Como escrever poesia

1. Leia muito, de tudo

Todo grande autor é, primeiro, um grande leitor. É preciso admirar e ter um gosto genuíno pela leitura para poder desenvolver sua própria escrita. É importante ler de tudo, mas leia principalmente obras do gênero literário que quer escrever.

Se familiarize com grandes poetas de diferentes estilos, como Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado, Olavo Bilac, Paulo Leminski, Conceição Evaristo, Ferreira Gullar, Vinicius de Moraes, entre outros. Encontre o que mais lhe encanta e tente desvendar por quê.

Encare a leitura não só como um prazer, mas como um estudo. Ao ler, você absorve diferentes técnicas, vocabulários e estilos. Preste atenção à forma como esses poetas estruturam seus poemas, utilizam figuras de linguagem e transmitem emoções e imagens.

Atenção: as leituras devem servir como uma fonte de inspiração, não de plágio. Observe as particularidades de cada autor para construir seu próprio estilo de escrita. Poemas são altamente pessoais, por isso, explore sua própria subjetividade e não copie.

2. Escolha um tema

Ter um tema é essencial para direcionar a escrita de seu texto. O que você quer dizer com a sua poesia? Que questões quer levantar? Quer fazer refletir, chorar, rir, zangar, arrepiar, relembrar, comover?

Seu tema pode ser mais abrangente e universal, como o amor, a existência, a morte e o luto, ou mais específico, como um acontecimento banal, uma lembrança particular ou até mesmo uma sensação. O importante é que seja algo que desperte seu interesse e vontade de escrever.

Além disso, você deve pensar em como abordar o tema de maneira única e pessoal, trazendo sua própria perspectiva e experiências para a escrita. As chances de seu poema ser o único sobre esse assunto é ínfima, portanto, o seu diferencial é a forma como o enxerga e expressa.

A escolha de um assunto específico permite que você mantenha o foco e a coesão. Também facilita na hora de começar a escrever, visto que já vai saber o que deseja abordar em seus versos.

3. Conheça a estrutura de um poema

A estrutura é a principal diferença entre um texto poético e um texto em prosa. A escrita em versos é o que define um poema. Entenda o básico sobre versos e estrofes, tanto para poder aplicar essa estrutura como para brincar com ela.

Há algumas divisões de acordo com o número de estrofes, rimas, versos e sílabas poéticas. Sonetos, haicais, versos livres, odes e trovas são exemplos de estruturas poéticas conhecidas. Cada uma tem suas convenções e normas, servindo melhor para alguns propósitos.

Um soneto pode ser ideal para explorar um tema romântico de um modo mais rebuscado, por exemplo, enquanto o verso livre oferece maior flexibilidade. Experimente com essas estruturas, utilizando-as para passar sua mensagem e suscitar as emoções que deseja no leitor. 

Para ajudar você a visualizar, aqui está a estrutura de um soneto, de um haicai e de um poema com versos livres. Perceba como cada autor trabalha ritmo, estilo e tom nessas estruturas, mesmo quando o tema é o mesmo: amor.

3.1 Soneto

Poema de 14 versos, usualmente decassílabos ou alexandrinos, divididos em 4 estrofes, iniciando com dois quartetos (estrofes de 4 versos) e terminando com dois tercetos (estrofes de 3 versos).

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

 

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

 

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

 

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

3.2 Haicai

Uma estrofe de 3 versos, sendo o primeiro uma redondilha menor (5 sílabas poéticas), o segundo uma redondilha maior (7 sílabas poéticas) e o terceiro novamente uma redondilha menor.

Romance
E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas.

Guilherme de Almeida

3.3 Verso livre

Sem métrica, estrutura livre, sem contar número de versos, estrofes ou sílabas poéticas.

Amor violeta

O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

Adélia Prado

4. Comece a escrever

Não espere pela inspiração perfeita. Comece a escrever, mesmo que seja apenas um esboço ou algumas linhas soltas. Afinal, toda grande poesia um dia já foi um mero rascunho.

Deixe suas ideias fluírem livremente no início e depois volte para revisá-las e refiná-las. Não se preocupe com a perfeição neste primeiro momento. O importante é vencer o medo e receio inicial e começar a jogar suas ideias no papel.

À medida em que você vai colocando sua escrita criativa em prática, desenvolver essas ideias de um modo lírico ficará cada vez mais fácil. Escrever regularmente é crucial para evoluir em suas habilidades poéticas.

A partir dos seus primeiros esboços, você vai percebendo como gosta de expressar seus pensamentos e sentimentos na forma de versos. Assim, você vai desenvolvendo um estilo próprio, identificando suas particularidades e trabalhando sobre elas.

5. Saiba um pouco de métrica

A métrica é como a gramática de um poema. É, de certa forma, uma linguagem própria. Embora não seja necessária para escrever poesia, é uma técnica muito utilizada para criar ritmo e musicalidade.

A contagem de sílabas poéticas é um pouco diferente da contagem de sílabas usuais. Ela envolve diferenciações entre sílabas tônicas e átonas, mas basicamente consiste em contar as sílabas de acordo com o modo como as falamos, ao invés de sua separação gramatical.

Exemplo, retirado do poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias:

/Mi/nha/ ter/ra/ tem/ pal/mei/ras/ – 8 sílabas gramaticais

/On/de/ can/ta/ o/ sa/bi/á/ – 8 sílabas gramaticais

Min/ha/ te/rra/ tem/ pal/mei/ (ras) – 7 sílabas poéticas (a contagem para na última sílaba tônica)

On/de/ can/ta o/ sa/bi/á/ – 7 sílabas poéticas (a contagem faz as uniões que fazemos na fala)

Essa contagem categoriza tipos de versos na poesia de acordo com seu número de sílabas poéticas, indo do 1 ao 12. Cada tipo de verso possui suas próprias características e usos mais comuns. Sinta-se livre para explorar e brincar com essas diferenças!

Alguns poetas consideram a métrica essencial para a poesia, outros a utilizam esporadicamente e há ainda os que rejeitam essa estruturação completamente. Adélia Prado, um dos maiores nomes da poesia e da literatura contemporânea brasileira, entra nessa última categoria, por exemplo.

O importante aqui é experimentar e descobrir o que melhor funciona para você e sua escrita.

6. Preste atenção às rimas

As rimas são um ótimo recurso para criar melodia, ritmo e trazer beleza para o seu texto. Porém, é preciso um cuidado especial para desenvolvê-las, de modo que não pareçam forçadas, infantis ou artificiais.

Embora nem todos os poemas precisem rimar, esse recurso adiciona muita musicalidade ao seu trabalho. É essencial que você se permita experimentar com as rimas, buscando as melhores formas de usá-las em seus versos.

Atente-se não só às rimas finais, como também às internas. Brinque com as sílabas, repetindo e alternando sons para criar cadência no seu texto. Quando pegar o jeito, você pode utilizar esse recurso para reforçar os significados do seu poema!

Lembre-se de que a rima deve servir à poesia, não o contrário. Se ela não se encaixar naturalmente, é melhor optar por uma alternativa que mantenha a integridade do seu texto. Versos brancos podem ter tanto impacto quanto versos rimados.

7. Utilize figuras de linguagem

As figuras de linguagem conseguem representar sentimentos e emoções de uma forma mais subjetiva e imagética, como o próprio nome indica. Use e abuse desse recurso para criar poesias cheias de significado.

Aqui estão algumas das figuras de linguagem mais conhecidas, com exemplos:

7.1 Metáfora

Consiste na comparação direta entre duas ou mais figuras, evidenciando suas similaridades e ajudando a concretizar e visualizar conceitos mais abstratos.

Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe nos breus…

Trecho de Poema dos olhos da amada, de Vinicius de Moraes.

7.2 Aliteração

Repetição de sons consonantais, cria ritmo nas poesias e pode ser usada para aproximar o sentido de palavras.

Filho do ferro e da fagulha
fulgurando na forja formidável
o seu fole afrouxo e sua força
em face do fiscal e da folhinha
de papel

Poema Ferreiro, de Carlos Drummond de Andrade.

7.3 Onomatopeia

Representação de um som escrito, reproduz barulhos e ruídos em forma de palavras.

Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.

Trecho de Canção da garoa, de Mário Quintana.

7.4 Sinestesia

Consiste na mescla de sentidos humanos, trocando as sensações.

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P’ra saber que a estão a amar!

Trecho de Presságio, de Fernando Pessoa.

7.5 Hipérbole

É a figura de linguagem do exagero, muito comum em expressões coloquiais.

Hoje que a mágoa me apunhala o seio,
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença, em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.

Trecho de Saudade, de Augusto dos Anjos.

7.6 Eufemismo

O contrário da hipérbole, serve como suavização e diminuição do sentido de algo desagradável, como a morte.

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Trecho de Alma minha gentil, que te partiste, de Luís de Camões.

7.7 Anáfora

Repetição dos termos iniciais de uma frase, utilizada para intensificar uma expressão e dar ritmo aos versos.

Já disse de nós.
Já disse de mim.
Já disse do mundo.
Já disse agora,
eu que já disse nunca. Todo mundo sabe,
eu já disse muito.

Trecho de Já disse, de Paulo Leminski.

7.8 Prosopopeia

Também chamada de personificação, é quando se atribui características humanas a coisas inumanas, como objetos, plantas, cenários ou animais.

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos…
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

Trecho de Em uma tarde de outono, de Olavo Bilac.

Existem muitas outras figuras de linguagem que você pode inserir no seu texto. Elas são capazes de criar imagens vívidas e emocionantes quando bem empregadas. Divirta-se desenhando cenas com palavras.

8. Utilize o fluxo de consciência

O fluxo de consciência é uma técnica que permite explorar os pensamentos e sentimentos internos de maneira natural e espontânea. Utilize essa técnica para dar início ou aprofundar seus poemas.

Determine um período de tempo e comece a escrever tudo o que lhe vem à mente. Não se preocupe com coesão, lirismo, rimas e estrutura nesse momento. Apenas escreva tudo o que vier à sua cabeça.

Deixe suas palavras caírem livremente no papel, registrando pensamentos, emoções e associações de ideias. Depois, você pode revisar e organizar essas ideias em versos e estrofes coesas.

Permita que o fluxo de seus próprios pensamentos torne-se poesia, trabalhando em cima daquilo que é autenticamente seu. Assim, você desenvolve ainda mais suas particularidades e ponto de vista.

9. Expanda seu vocabulário

A palavra é a ferramenta do poeta. Quanto maior seu inventário, mais soluções você tem para os problemas que encontra na escrita. Por isso, é fundamental que você expanda seu vocabulário para se tornar um escritor melhor.

Não tenha medo de pegar o dicionário. Se você sente que a palavra exata que procura continua a fugir de sua cabeça, procure por sinônimos. Explore as diferenças ínfimas entre palavras que têm o mesmo significado, mas formas diferentes, para criar uma poesia única.

Atenção: apesar de ser importante conhecer diversos termos, sinônimos e antônimos, é importante ter em mente o tipo de linguagem que quer utilizar no poema. Um vocabulário extenso é bom, mas não afaste seus leitores utilizando muitas expressões desconhecidas. 

De nada adianta uma bela palavra que ninguém sabe o que significa. O intuito de expandir seu vocabulário não é tornar seus poemas mais rebuscados, mas sim ajudar você a ter mais material com o qual trabalhar. Pense sempre no sentido de seu texto em primeiro lugar.

10. Erros podem ser acertos

A poesia é o local para você experimentar com as palavras. Neologismos, brincadeiras, “erros” e trocadilhos podem ser extremamente efetivos.

Um exemplo é a repetição de palavras. Tida como um equívoco maioria das vezes, quando empregada artisticamente, pode ser um recurso lírico muito interessante. É o caso de uma das poesias mais famosas do Brasil:

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

Permita-se cometer “erros” gramaticais e correr riscos com a escolha das suas palavras. Priorize a expressão artística e abrace os caminhos inesperados que um equívoco pode trazer. Licença poética tem esse nome por um motivo!

11. Tenha um diário de poesia

A inspiração pode vir nos momentos mais banais, inesperados e inoportunos. Portanto, é importante manter um diário de poesia para registrar suas ideias, versos e inspirações.

Anote tudo o que surgir em sua mente, mesmo que pareça insignificante no momento. Você pode utilizar aplicativos para escrever ou manter um caderninho físico. O importante é tê-lo sempre em mãos!

Este diário pode se tornar uma fonte valiosa de material para futuros poemas. Ter um lugar dedicado para anotar seus pensamentos torna mais fácil tanto registrá-los quanto revisitá-los.

Releia suas anotações periodicamente e se surpreenda com suas próprias ideias. Assim, você reencontra inspirações e consegue desenvolver os versos, sentimentos e reflexões que guardou para mais tarde. 

12. Mostre, não conte

Um bom poeta consegue pintar imagens com suas palavras. Afaste-se de substantivos mais abstratos, como emoções, e aposte na descrição de imagens mais claras.

Monte uma cena em sua cabeça e vá conduzindo o leitor por ela. Pense no que essa imagem representa para você e utilize metáforas para mostrar esses sentimentos para o leitor.

Um exemplo é o poema a seguir, de Cecília Meireles:

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Ao invés de apenas descrever seu sentimento de tristeza, a poeta pinta um quadro na mente do leitor, que quase consegue ver essa face cansada. Isso permite que o leitor experimente as emoções do eu-lírico, tornando o poema mais envolvente e poderoso.

13. Cuidado com clichês

Existem muitas ideias, metáforas e expressões que já foram utilizados milhares de vezes em poesias. Evite esses clichês, pois eles podem tornar sua poesia previsível e sem originalidade.

Alguns exemplos de clichês são a comparação de mulheres a flores, olhos a janelas, solidão à escuridão, lágrimas à chuva, entre muitas outras. Além de batidas, utilizar essas construções no seu texto pode denotar até mesmo certo amadorismo e imaturidade.  

Ao invés disso, busque formas frescas e únicas de expressar ideias comuns. Pense em como você pode apresentar uma perspectiva nova ou um ângulo inesperado sobre um tema familiar.

Em uma forma de arte tão subjetiva e particular, é necessário desenvolver uma perspectiva pessoal, autêntica e única. Identifique a poesia no cotidiano da sua vida. Escreva sobre suas próprias lembranças, sentimentos e observações. 

14. Procure por outras opiniões

Uma opinião externa é importante para qualquer tipo de escrita. Envie seus textos para leitores alfa e beta e obtenha feedback valioso para sua poesia.

Verifique não só os versos que não atingiram esses leitores como você gostaria, mas também o que funcionou ou superou suas expectativas. Faça ajustes de acordo com o retorno que recebeu, potencializando os pontos fortes e aprimorando os fracos.

Lembre-se que esse é um gênero literário muito subjetivo. A interpretação de um verso pode variar muito de acordo com cada pessoa. Esteja aberto a críticas construtivas e tenha maturidade para aplicá-las na sua escrita.

Você também pode procurar por outros poetas, iniciantes ou não, para trocar ideias sobre seus textos. Assim, você entra em contato com o processo criativo de outra pessoa e vocês podem até mesmo atuar em parceria para desenvolver seus textos juntos. 

15. Releia em voz alta

A poesia inicialmente foi feita para ser declamada. Leia seus versos em voz alta para melhor identificar o ritmo, fluidez e musicalidade de seu texto.

Identifique as palavras que não soam bem, uma métrica equivocada ou um verso desequilibrado. Ajuste essas divergências até que seu texto fique tão belo falado quanto escrito.

Através da leitura em voz alta, você também consegue entender quais partes do seu poema precisam ser enfatizadas ou suavizadas. Experimente com pontuação, troque palavras de lugar e brinque com as repetições.

Esse é um bom exercício não só de revisão como de autoconhecimento. Observe como você declama seu próprio texto, para quais partes dá mais ênfase e o que mais lhe impacta. Escrever um poema também serve como um olhar para dentro de si.

A poesia é uma das formas de arte mais expressivas. Ela vêm em diversas estruturas, formas, tons e temas, que suscitam diferentes emoções em seus leitores.

Desde o cuidado com a estrutura até a utilização de figuras de linguagem e a leitura em voz alta, são muitas as práticas que você pode adotar para desenvolver a escrita da poesia. 

Esperamos que, a partir desse artigo, você se sinta inspirado para desenvolver seus próprios textos poéticos. Quer fazer da sua escrita uma carreira? Confira o que é um escritor e como se tornar um.

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