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Protagonista: saiba por que ele é fundamental para sua história

Protagonista: como fazer seu personagem principal brilhar

A criação de personagens é uma grande dificuldade entre autores. Muitas são as questões às quais se atentar: verossimilhança, profundidade, falas, personalidade… Esses pontos se tornam ainda mais relevantes quando o assunto é o desenvolvimento do personagem principal.

O protagonista é, por natureza, o ponto chave de qualquer narrativa. Por isso, é preciso muita habilidade para criá-lo, sob o risco de comprometer o livro como um todo. Isso pode causar certa insegurança e até mesmo medo na hora de começar a escrever uma história.

Para ajudar você a desbravar essa etapa tão crucial, neste artigo apresentamos exatamente o que é o protagonista, como identificá-lo, seus principais tipos e 10 dicas para você criar um personagem principal inesquecível. Fique com a gente e confira!

Protagonista: como fazer seu personagem principal brilhar

O que é o protagonista?

A palavra “protagonista” tem origem grega, surgindo com as peças de teatro da Grécia Antiga. É a junção dos termos “prótos”, que significa primeiro, e “agonistès”, ator. Sendo assim, é o primeiro ator de uma trama, o que inicia a história ao pisar no palco.

Em livros, é aquele personagem que move a narrativa através de seus objetivos, ações, reações, falas e pensamentos. É ao redor dele que a história se desenrola, tornando-o essencial para a trama. Sem ele, o livro não existiria.

Embora seja comum que essa figura seja virtuosa ou inspiradora, o que define seu papel narrativo não é nenhum valor moral. Também não é estabelecido por sua ordem de aparição na narrativa, como na Grécia Antiga, embora não deva demorar muito para surgir na história.

Para um personagem ser o protagonista, basta que ele seja o ponto central da narrativa. Normalmente, também é com ele que o leitor irá se identificar, tornando o público mais próximo da trama. Portanto, além de ter o papel narrativo principal, também carrega a função emocional de cativar o leitor.

Como identificar o protagonista de uma história?

Não há uma norma para o que configura um personagem principal, mas existem algumas recorrências que podem ser observadas na grande maioria das histórias. Estas podem ser usadas para identificar a figura central de uma obra.

Algumas características comuns em um protagonista são:

  • É o maior agente da trama, influenciando a história ativamente
  • Tem um objetivo que o guia pela narrativa
  • Seu nome dá o título da obra
  • Ponto de vista em evidência
  • Traços como altruísmo, lealdade, inteligência, carisma e simpatia
  • Relacionamento significativo com outros personagens
  • Passa por uma grande evolução durante a história
  • Enfrenta conflitos internos e externos

Embora na maioria das vezes seja fácil apontar para o personagem principal a partir desses traços, em alguns casos pode haver certa confusão. Afinal, existe todo o tipo de história, com infinitas possibilidades de protagonismo.

Aqui estão dois casos excepcionais, nos quais pode ser um pouco mais difícil de indicar com certeza quem representa o papel central na trama:

Livros com mais de um protagonista

Algumas narrativas contam com mais de um personagem principal. Eles podem vivenciar a mesma história em conjunto ou ter histórias paralelas, ou ainda uma mistura dos dois, se encontrando e afastando no decorrer do livro.

Para identificar livros nesse modelo, observe se todas as figuras têm a mesma importância para a história. Uma participação igualitária na trama, o desenvolvimento aprofundado das relações e, principalmente, a compreensão do ponto de vista de todas as partes são grandes indicadores.

Se você está escrevendo um romance, gênero caracterizado por desenvolver diversos enredos, pode ser que acabe com mais de um protagonista. Nesses casos, normalmente o ponto de vista alterna entre um personagem e outro, através de capítulos focados em cada um deles.

Um exemplo é o livro A Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin. Nele, acompanhamos diversos personagens principais, com a trama sendo dividida entre eles. Observamos suas jornadas se entrelaçarem, indo de aliados a inimigos na batalha pelo trono de Westeros. 

Em livros de ação e aventura, isso aumenta os riscos da história, já que o autor não mais depende de um único personagem para dar continuidade ao livro. Assim, ele pode criar um plot twist utilizando as mortes de personagens cruciais no meio da narrativa para surpreender o leitor, por exemplo.

Em livros focados em relações românticas, protagonistas duplos também são aproveitados, embora com outro objetivo. Ao explorar o ponto de vista do casal, é possível entender mais a fundo seus sentimentos um pelo outro, aumentando a conexão e envolvimento emocional do leitor. 

Sendo assim, é um ótimo recurso não só para aprofundar a história, mas também para oferecer diversas perspectivas, inserir dramaticidade e desenvolver relações. A história fica mais dinâmica, mas muito mais complexa.

Por isso, é importante ser cauteloso ao definir o número de personagens principais, para evitar confusões e garantir um bom desenvolvimento. Antes de escrever um livro com mais de uma figura essencial para a trama, é preciso um nível alto de planejamento e completa noção de para onde sua história está se encaminhando.

Livros com narrador personagem que não é o protagonista

Normalmente, se há um narrador personagem, ele é o protagonista da história. Porém, alguns livros desafiam essa convenção, apresentando a figura principal da trama pelos olhos de outra pessoa.

Para identificar a figura central nessas histórias, é preciso buscar pelo personagem que impulsiona a narrativa. O narrador costuma ser alguém mais comum, menos notável, que encontra essa figura admirável, excêntrica ou brilhante e começa a acompanhá-la. 

A história se desenrola não a partir das ações que o narrador toma, mas sim pelas ações que ele observa. É muito comum que esse personagem seja até mesmo esquecido pelos leitores. Afinal, quem é mais notável, Sherlock Holmes ou Watson?

O autor emprega um dos tipos de narrador mais pessoais, o narrador personagem, de uma maneira quase contraintuitiva. Afasta o leitor do protagonista, mas ainda apresenta um ponto de vista íntimo, em primeira pessoa.

É quase um narrador observador, mas diferentemente desse estilo de narração, quem conta a história está inserido na trama. Sendo assim, é afetado por ela e, consequentemente, pelas ações de seu protagonista.

Um bom exemplo é em O médico e o monstro, por Robert Louis Stevenson. A história do nobre Dr. Jekyll e seu alter ego maléfico, Dr. Hyde, é contada pelos olhos de Utterson, um advogado sensato que vai ficando cada vez mais apreensivo conforme a história progride.

Através desse afastamento, é possível manter o mistério acerca do personagem central, pois não temos acesso a seus pensamentos. Ao utilizar a perspectiva de alguém que está dentro da trama, as ações também têm maior impacto, pois afetam diretamente o narrador.

Essa escolha também pode criar um ponto de vista interessante, como em A menina que roubava livros, por Markus Zusak. No livro, quem narra a história de Liesel Meminger é a própria Morte. É uma perspectiva única sobre a história, um recurso estilístico e narrativo muito efetivo.

É preciso muito cuidado ao desenvolver histórias assim. Para que funcionem, o personagem principal deve ser ativo, interessante e carismático. O ponto de vista pelo qual a história é contada deve ter a mescla certa de pessoal e impessoal, para que o narrador não tome o lugar da figura central.

Tipos de protagonistas

Protagonistas vêm em todas as formas, arquétipos e com os mais variados arcos de personagem. Apesar dessa diversidade, ainda assim existem algumas categorias nas quais é possível encaixá-los.

Esses tipos servem como um guia, para entender o que funciona, o que não funciona e o que é esperado das narrativas em geral. É importante conhecer quais são, tanto para melhor aplicá-los em seu livro quanto para subvertê-los.

Herói

A figura clássica do herói é em quem pensamos quando se fala de personagem principal. É caracterizado por sua coragem, nobreza e desejo de fazer o bem. São personagens virtuosos, éticos e morais, criados para gerar admiração do leitor.

Normalmente, possuem algum tipo de habilidade excepcional, que o destaca de seus pares. Sua história frequentemente se inicia com o chamado para uma jornada, na qual enfrenta diversos desafios e adversários no caminho.

Exemplos desse tipo de figura são: Odisseu, em A Odisseia, por Homero; Harry Potter, na saga Harry Potter, por J. K. Rowling e Peri, de O Guarani, por José de Alencar.

Pessoa Normal

A pessoa normal é o protagonista banal, uma pessoa comum que se encontra em circunstâncias extraordinárias. São feitos para gerar identificação com o leitor, para que ele possa se colocar no lugar do personagem principal.

Essa figura não possui habilidades ou qualidades excepcionais. Sua força reside em sua humanidade, inteligência prática e coragem em frente aos desafios.

Exemplos desse tipo de figura são: Bella, da saga Crepúsculo, por Stephenie Meyer; Arthur Dent, de O Guia dos Mochileiros da Galáxia, por Douglas Adams e Frodo, da trilogia Senhor dos Anéis, por J. R. R. Tolkien.

Azarão

O azarão é aquele personagem que começa em desvantagem, enfrentando obstáculos significativos e adversários muito poderosos. Seu intuito é obter a simpatia dos leitores, para que se envolvam e torçam por ele.

Este tipo de personagem é frequentemente subestimado por outros, mas sua determinação e resiliência permitem que ele supere as expectativas e alcance o sucesso, ou não. A possibilidade do fracasso é também uma característica desse personagem.

Exemplos desse tipo de figura são: Winston Smith, de 1984, por George Orwell; Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes, por Suzanne Collins e Oliver Twist, de Oliver Twist, por Charles Dickens.

Herói trágico

O herói trágico é uma figura nobre que possui uma falha fatal ou comete um erro grave que leva à sua queda. Sua função é despertar compaixão no leitor, que acompanha essa decaída com um misto de curiosidade e pena.

Este tipo de personagem é frequentemente marcado por uma grandeza inicial e um destino inevitável, que resulta em tragédia. O herói trágico é uma figura poderosa, mas lamentável, suscitando tanto admiração quanto compadecimento.

Exemplos desse tipo de figura são: Jay Gatsby, de O Grande Gatsby, por F. Scott Fitzgerald; Macbeth, de Macbeth, por William Shakespeare e Dom Quixote, de Dom Quixote de La Mancha, por Miguel Cervantes.

Anti-herói

O anti-herói é uma contraposição aos heróis tradicionais. Este tipo de personagem é moralmente ambíguo, podendo ser cínico, egoísta, narcisista ou até mesmo cruel. Desperta fascínio nos leitores, que ficam intrigados com sua natureza complexa.

Em suas falhas, esses personagens são mais humanos. Quando bem construídos, despertam a empatia do leitor através de seus dilemas morais, passado tortuoso, erros e acertos. Anti-heróis são perfeitos para explorar nuances.

Exemplos desse tipo de figura são: Dorian Gray, de O Retrato de Dorian Gray, por Oscar Wilde; Macunaíma, de Macunaíma, por Mário de Andrade e Bentinho, de Dom Casmurro, por Machado de Assis.

Como escrever um bom protagonista?

Como você pode ver, esse elemento narrativo é primordial, mas também cheio de detalhes. Por isso, apresentamos aqui 10 dicas para ajudar você a criar um personagem principal envolvente, coeso e cheio de possibilidades. Confira:

1. Trace um objetivo claro

Um bom personagem principal precisa ter um objetivo claro, que dirija suas ações ao longo da história. É a partir da busca por esse objetivo que ele vai realizando suas ações e conduzindo a narrativa.

Essa missão pode ser algo externo, como encontrar um tesouro ou derrotar um inimigo, ou algo interno, como superar um trauma pessoal ou encontrar seu lugar no mundo. Você também pode mesclar os dois, de modo a oferecer maior profundidade à trama.

Além de dar direção à história, um objetivo claro também cria um vínculo entre o protagonista e o leitor. Quando bem construído, desperta empatia e faz com que o seu público torça pelo sucesso do personagem, tornando o livro mais emocionante e envolvente.

2. Desenvolva seu passado

O passado que acompanha seu personagem principal é crucial para torná-lo tridimensional e realista. Dê a ele uma história rica, com eventos que moldaram sua personalidade, crenças, motivações e objetivos.

Atenção: não apresente todas essas informações de uma vez, isso acaba com o mistério da obra, além de ser uma prática considerada amadora. Revele o passado gradualmente, dimensionando o personagem de forma natural ao longo da narrativa.

Paute todas as ações de seu personagem nesse passado. Para isso, é preciso conhecê-lo por completo. Em nosso Guia Definitivo de como Criar um Personagem, você encontra uma ficha editável, que pode utilizar para desenvolver o passado de seu protagonista!

3. Adicione defeitos e vulnerabilidades

Ninguém é perfeito, e um personagem principal sem defeitos pode parecer irreal e desinteressante. Adicione falhas e vulnerabilidades para tornar essa figura mais humana e relacionável, despertando a empatia de seus leitores.

Inseguranças, dúvidas, desconfianças e até mesmo um pouco de egoísmo ou teimosia fazem do seu personagem principal mais verossímil e interessante. Figuras completamente morais e éticas, além de irreais, são planas e, consequentemente, entediantes.

Esses defeitos também podem servir como obstáculos que precisam ser superados ao longo da história, adicionando profundidade e complexidade à trama. Um livro sem nenhum tipo de conflito ou evolução é raso e desinteressante.

4. Mostre evolução

Um bom protagonista deve passar por uma jornada de crescimento e transformação ao longo da história. Mostre como os eventos da trama influenciam e mudam o personagem principal, seja através de aprendizado, superação de desafios ou mudança de perspectiva.

Esse arco de desenvolvimento torna a narrativa mais dinâmica e emocionalmente satisfatória. Além disso, faz com que os acontecimentos da história tenham mais importância, visto que tiveram impactos verdadeiros e significativos no livro.

Um dos modos de apresentar isso é utilizando o epílogo com maestria. Através dele, você mostra uma última vez seu personagem, podendo avançar a história no futuro e mostrar o crescimento que ele obteve ao longo da narrativa.

5. Evite ser previsível

Ao criar seu protagonista, evite cair em clichês que podem torná-lo previsível e desinteressante. Por exemplo, o herói infalível e moralmente perfeito, a donzela em perigo que precisa ser resgatada ou o vilão bidimensional que é apenas mau.

Surpreenda seus leitores subvertendo esses clichês. Crie uma figura central com motivações complexas, passados inesperados e reviravoltas que desafiam as expectativas. Invista tempo para criar uma personalidade autêntica e única.

Além disso, explore as nuances do comportamento humano. Pessoas reais são multifacetadas e surpreendentes! Brinque com traços que se chocam, como um vilão que é bondoso com animais ou um herói que não gosta de dividir sua comida, por exemplo.

6. Invista nas relações

As relações que um protagonista mantém com outros personagens podem revelar muito sobre sua personalidade e motivações. Desenvolva laços significativos entre a figura central e os secundários, sejam eles amigos, familiares, inimigos ou interesses amorosos.

Essas relações podem servir como fontes de conflito ou apoio, enriquecendo a narrativa. Podem até mesmo ser o ponto central de uma obra, como no caso de livros de romance, ou desencadear o clímax da narrativa.

Atente-se para o desenvolvimento das falas desses personagens, pois é majoritariamente através delas que irá criar esses laços. Crie diálogos interessantes, que mostrem com naturalidade o tipo de relação entre os personagens.

7. Equilibre forças e fraquezas

Um personagem principal deve ter suas fraquezas, mas também seus pontos fortes. Equilibre esses elementos para criar uma figura balanceada e tridimensional e trazer dinamismo para a história.

Identifique as principais forças do seu personagem. Essas forças devem ser relevantes para a história e ajudar o personagem a enfrentar os desafios que surgirem. Em contraste, dê a ele fraquezas que criem obstáculos significativos durante a trama. 

Por exemplo, um personagem pode ser extremamente inteligente, mas socialmente inepto; ou muito corajoso, mas imprudente. Através desse equilíbrio, você garante que seu personagem seja mais humano e sua narrativa, mais surpreendente e envolvente.

8. Insira conflitos internos

Além de um objetivo claro, sua figura central deve ter uma motivação interna que impulsione suas ações e justifique esse objetivo. Isso pode ser um desejo profundo, um medo, uma crença ou até mesmo um trauma.

Entender o que motiva o protagonista em um nível mais íntimo ajuda a construir uma narrativa coerente e emocionalmente significativa. Você pode até mesmo utilizar técnicas do conto psicológico para mergulhar na psique desse personagem.

Esses conflitos podem ser morais, emocionais ou espirituais, adicionando uma camada extra de profundidade à narrativa. O importante é mostrar como seu personagem é afetado por esses dilemas, explorando sua humanidade de um modo mais completo e abrangente.

9. Mantenha o protagonista ativo

Seu personagem principal deve ser ativo em vez de passivo, tomando decisões que influenciam a direção da trama. Faça com que ele tome a iniciativa e faça escolhas que moldam sua história.

Se seu personagem apenas reage aos eventos ao seu redor, ele pode parecer fraco e desinteressante. Torne-o presente na narrativa, através de ações com consequências significativas, sejam elas positivas ou não.

Um herói ativo pode cometer erros, mas esses erros e as tentativas de corrigi-los tornam a história mais interessante. O importante é que ele seja o principal agente de mudança na história, influenciando outros personagens e criando o desenrolar dos eventos.

10. Dê ao protagonista um bom antagonista

Uma boa história se faz através da dinâmica entre protagonista e antagonista. Crie um personagem aprofundado, com suas próprias motivações e uma dose de carisma para ser a fonte de conflito da trama.

Evite um antagonista bidimensional, que não tem motivações convincentes e se opõe ao herói apenas como uma forma de gerar conflito. Bons antagonistas têm seu próprio ponto de vista e dilemas, pautados em um passado particular.

Invista também no vínculo entre o antagonista e sua figura central, adicionando nuance e contraste no modo como se relacionam. Você pode aprofundar questões morais e até mesmo fazer com que o leitor reflita sobre temas como ética, ambição e circunstâncias.

Como você pode ver, desenvolver um protagonista não é uma tarefa simples. Dos principais tipos às divergências da norma, são muitas as possibilidades que esse personagem carrega.

Os detalhes aos quais se atentar são numerosos, desde objetivos a desenvolvimento de relações e conflitos internos. Esperamos que, a partir dessas dicas, você consiga criar um personagem principal efetivo, autêntico e brilhante para seu livro.

Quando finalizar seu manuscrito, não deixe de nos enviar sua obra. Nosso time fará uma avaliação da sua obra e retornará com uma proposta editorial personalizada para você e seu livro. Torne-se o protagonista de sua jornada de publicação e publique conosco!

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