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Livro "Semilouca", da autora Leila Favrin

Leila Favrin conta tudo sobre o processo criativo de “Semilouca”. Confira!

Semilouca”, um livro que mergulha nas águas turbulentas da saúde mental e das emoções humanas, é um exemplo marcante dessa exploração. A obra foi escrita pela psicóloga clínica Leila Favrin que utiliza os anos de experiência profissional como base da escrita da obra.

Assim, a autora canaliza suas observações profissionais e pessoais em uma narrativa que visa ampliar a consciência sobre o equilíbrio emocional e a integração biopsíquica. 

Em uma conversa reveladora, ela compartilha as inspirações por trás de sua obra, o processo criativo que a guiou, os desafios enfrentados ao abordar temas tão sensíveis e pessoais, e a esperança de impactar positivamente seus leitores. 

Confira!

1 – O que a inspirou a escrever o livro “Semilouca”?

“Semilouca” nasceu da constatação; em minha experiência clínica e pessoal, de como somos, constantemente, vulneráveis às emoções, em maior ou menor grau, o que pode, muitas vezes, desestabilizar nosso sistema biopsíquico. 

Assim, o Livro surgiu de uma vontade imensa de transformar temas emocionais em textos, numa linguagem simples e que pudessem trazer uma ampliação de consciência para a resolução de conflitos.

Ao escrever um livro, acredito ser possível ultrapassar os limites do set terapêutico, atingindo o social.

2 – Como a sua experiência profissional se reflete nos temas abordados no livro?

Depois de atuar muitos anos na área da psicologia clínica e conviver, na intimidade, com todos os tipos de emoções, durante o processo terapêutico com pacientes, percebi como as dores humanas se cruzam e se repetem em diferentes formas. 

Cheguei a conclusão de que a maioria das pessoas tinham em comum as mesmas necessidades em lidar, de forma saudável e integrada, com seus sentimentos.

3 – Em “Semilouca” você explora as complexidades da saúde mental e das emoções humanas. Qual é a importância desses temas na sociedade contemporânea?

Vivemos numa sociedade que desafia continuamente nosso equilíbrio emocional pelas intensas demandas do cotidiano. 

Os valores e contatos artificiais impedem a manifestação do verdadeiro eu. Dessa forma, a dificuldade em administrar e conduzir, de forma saudável, essas situações podem gerar desequilíbrio energético e somatizações. 

Assim, penso que a prevenção é a forma terapêutica mais eficaz para uma sociedade mais consciente e saudável. Por isso, a importância do cuidado desde o ventre materno.

Ao mesmo tempo, é fundamental expandir a consciência das pessoas, o quanto possível, com foco na saúde biopsíquica, na busca de uma maior integração entre a mente e o corpo, com o objetivo de uma identidade mais saudável.

4-  Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás do livro?

Desde cedo tive profundo interesse pelas emoções que conduzem todos os seres. Transformar situações emocionais em palavras era fascinante para mim. Rabiscar emoções nutria minha essência. 

Portanto, juntei a psicologia a esse meu desejo intenso de entender o ser humano em sua plenitude. Paralelamente, desenvolvi um olhar para os animais e seres vivos em geral. Essa integração com a natureza desenvolve a sensibilidade, faz perceber nossa fragilidade e a interdependência entre os seres, destacando a necessidade do bom contato afetivo. 

Ao escrever “Semilouca” busquei transcrever emoções e situações, umas reais e outras apenas verossímeis, dramatizando realidades vivenciadas pelas pessoas, muitas vezes de formas trágicas, na busca de vida mais plena.

5 – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever sobre temas tão sensíveis e pessoais?

Talvez o maior desafio tenha sido o ato de mergulhar inteira em minhas próprias emoções, penetrar nas sensações e percepções viscerais das histórias emocionais intensas, vivenciadas ou cuidadas por mim.

6 – Como você espera que seu livro impacte os leitores?

Penso que há diferentes níveis de repercussão na leitura de um livro, dependendo muito do público alvo e, sobretudo, do momento emocional do leitor. 

A motivação é um fator essencial que determina o grau do impacto sobre o psicológico do leitor. “Semilouca” talvez impacte mais leitores que, pelo momento de vida, estejam mais disponíveis para receber as sementes que germinarão em emoções, em suas diferentes formas e expressões. 

Claro que, também, pessoas que se identifiquem com as histórias narradas, que toquem seus corações.

7- Há algum personagem ou história no livro que você considera particularmente significativo?

No livro, há inúmeras histórias dramáticas com personagens envolventes, numa linguagem direta e simples. 

Eles buscam sustentação nas emoções básicas, que norteiam o psicológico do ser humano.

Por exemplo, o primeiro texto que retrata a história de uma mulher apaixonada que perdeu tragicamente seu grande amor, é muito tocante. Ele mobiliza dores intensas, quase loucas. Daí surgiu o título.

8 – Como você acha que a literatura pode contribuir para o diálogo sobre saúde mental e autoconhecimento?

O autoconhecimento é o caminho para a saúde mental. Entrar em contato com sentimentos e emoções reprimidas favorecem sua expressão e elaboração, podendo nos conduzir a uma estrutura mental saudável.

Ou seja, é uma construção que vai tornando-nos pessoas mais equilibradas, hábeis para administrar a vida de forma plena. Dessa maneira, quanto maior o autoconhecimento, maior a possibilidade de gerenciar com equilíbrio nossas emoções. 

A literatura tem o poder de ajudar nesse percurso de autoconsciência, no entanto, penso que esse diálogo com o leitor deve ser de forma simples. Ele deve se dar com linguagem acessível e atraente, ao alcance de todos, independentemente do nível social ou da faixa etária.

A ideia é transmitir, através da literatura, informações e conhecimentos sobre a importância do psicológico no ser humano, para que tenhamos cada vez mais crianças, jovens e adultos, alfabetizados emocionalmente, e mais preparados para administrar suas emoções através do autoconhecimento.

9 – Qual é o seu processo para criar personagens tão reais e relacionáveis?

O cotidiano e a minha experiência clínica são facilitadores. Através das emoções básicas que norteiam os acontecimentos da vida, surgem os personagens e suas histórias intrincadas.

10 – Quais são seus planos futuros como escritora? Há novos projetos em desenvolvimento?

Essa junção da psicologia com a escrita despertou nova paixão, aquecendo desejos e ressignificando sonhos antigos. Estou motivada e parindo novos projetos. 

Tenho novos planos com material já pronto e um novo livro em andamento. A gestação que está me trazendo realização e prazer.

 

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