5 dicas que você nunca viu sobre como escrever um livro de Ficção

como criar um livro de ficção

Este conteúdo é um “prato cheio” para inspirar amantes de histórias fantásticas e tem o sonho de escrever um livro de ficção. Muitos escritores nos procuram com ideias fantásticas e criações mirabolantes que dariam muito certo no universo literário, porém muitos não conseguem romper a fase das ideias e de fato planejar uma obra capaz de envolver os amantes de ficção. Como furar essa bolha das ideias afinal? Como estruturar sua imaginação fantástica e construir personagens, cenas e mundos incríveis que irão prender os leitores na sua obra do início ao fim?   Além do desafio inicial de transformar ideias em planejamento para então converter tudo isso em páginas, é muito comum os escritores iniciantes sofrerem com o famoso bloqueio criativo, por isso, nosso intuito com esse conteúdo é auxiliar esses autores no processo de escrita criativa.  Acreditamos que você poderá se valer dos insights criativos para criar sua própria história de ficção. Menu de navegação 1. Descubra se você é um plotter ou um pantser Se você é um plotter (ou planejador), prefere elaborar todos os detalhes antes de começar a redigir seu livro. Você deseja conhecer seus personagens, as ligações entre eles e compreender o enredo do início ao fim.    Mas se você é um pantser (em português, improvisador), você é do tipo de autor que começa a escrever sem planejamento, apenas com as ideias na sua mente. Começa com o núcleo de uma ideia e desenvolve a história através do processo de descoberta.    É de suma importância que você saiba com qual dessas abordagens simplesmente se sentirá mais seguro para criar sua história. No entanto, também é comum escrever utilizando a combinação das duas perspectivas – buscando a segurança de um esboço e a liberdade de permitir que a história o guie.    Simplesmente siga o que fizer mais sentido para você. Independentemente da abordagem escolhida, é crucial ter algum tipo de estrutura para evitar se perder após várias páginas produzidas.  2. Aprenda técnicas para superar o bloqueio criativo O bloqueio criativo faz com que o escritor “estacione” em sua produção, não tendo noção para qual rumo levar sua história.   É neste momento que muitos preferem abandonar o projeto do livro por um tempo para se concentrarem em outras prioridades. “O grande problema é que este abandono temporário se torna permanente em muitos casos, porque ao abandonar o livro, o sonho de publicar acaba esfriando”. Se você está em uma jornada criativa para concluir o seu livro de ficção, entenda que este artigo é uma fonte de conhecimento para que você transforme as histórias contidas no seu livro.   Há várias maneiras de superar o bloqueio de ideias e uma delas é justamente buscar informações em outras fontes para gerar insights para sua história. Então, recorra a obras de outros autores de ficção para alimentar sua mente de ideias.   Você também pode tentar utilizar a técnica de mindfulness, que consiste em tentar meditar em silêncio se concentrando totalmente no momento presente. Muitas vezes, precisamos parar de tentar forçar o processo, fazer uma pausa para depois voltarmos ao trabalho com a mente mais tranquila. 3. Pesquise fatos históricos para criar seu história de ficção O uso de fatos históricos reais como fonte de inspiração para escrever histórias não é novidade, porém, muitos escritores se sentem perdidos na hora de realizar as adaptações.   A história da humanidade é extremamente grandiosa, e precisaríamos de muitas vidas para conseguirmos acompanhar todos os registros de fatos reais ocorridos em cada continente do nosso planeta.   É por isso que precisamos criar blocos de pesquisa para que possamos organizar melhor a história perfeita para o seu livro de ficção.   Primeiramente, você precisa escolher o tempo e espaço que você deseja usar como “pano de fundo” para o seu enredo.   Para ajudar você, cabe questionarmos: É uma ficção relacionada ao passado? Pré-história? Grécia antiga? Império Romano? Europa Medieval? Colonização das américas? Anos 60? Tempos atuais?   Após você escolher o tempo e espaço, você deverá estudar o bloco histórico que diz respeito à época.   Pesquise na internet sobre livros, artigos científicos, artigos históricos e fontes seguras sobre a realidade dos fatos da época que você pode se inspirar e usar em sua ficção.   Tome nota dos principais personagens dessas histórias reais, e procure pesquisar mais sobre seus hábitos, personalidade e conquistas.   Se você dividir a história em blocos de épocas, fica mais fácil de se inspirar em fatos que se relacionam com o tempo e espaço escolhidos para o seu livro de ficção. 3.1 Quais os blocos históricos que podem inspirar um livro de ficção? A história da humanidade é rica demais. Se fôssemos nos ater ao Brasil, por exemplo, já teríamos uma série de fatos históricos reais que serviriam de inspiração para grandes histórias de ficção.   Vamos então aos principais blocos que já servem como inspiração para milhares de obras contemporâneas: História dos Hebreus e relatos bíblicos; Egito Antigo; China Antiga; Mesopotâmia; Grécia antiga; Império Romano; Bárbaros e outras tribos europeias; Idade Média Europeia e Inquisição (Igreja Católica); Colonização das américas (escravidão e guerras); Industrialização das colônias; Independência do Brasil; Guerras civis brasileiras; Fatos históricos políticos registrados em biografias; Fatos criminais que repercutiram no Brasil e no mundo.   Cada um desses blocos é imenso em suas possibilidades de fatos históricos. Atualmente, o próprio Google pode ajudá-lo a buscar conteúdos seguros sobre cada um desses períodos supracitados.   Uma inovação atual que está ajudando muito na busca por conteúdos é o Chat GPT, que consiste em uma ferramenta de Inteligência artificial capaz de responder a maioria de suas perguntas históricas com base em relatos e fatos já publicados na internet.   A ferramenta pode encurtar o caminho dos seus estudos sobre cada  um dos blocos históricos que você pretende pesquisar, ou seja, ela pode ser o início da sua jornada pelo fato histórico ideal que vai inspirar o seu livro de ficção. 3.2 Faça uma análise detalhada do fato histórico para

Healing Fiction: Conheça Esse Sucesso Editorial

Descubra o que é healing fiction

Descubra o que é Healing Fiction e como essa abordagem literária pode transformar emoções em narrativas com poder de cura e autoconhecimento. O conceito de Healing Fiction (ficção curativa) pode parecer novo para muitos leitores, mas está profundamente entrelaçado com a ideia de usar narrativas para o autoconhecimento. Basicamente, se trata de um gênero literário que promove cura emocional e transformação pessoal. É por abordar histórias de forma terapêutica, que o Healing Fiction, com sua escrita e leitura, particulares, nos auxilia na cura mental, emocional e espiritual. Mas afinal, o que é exatamente essa prática e como ela pode beneficiar quem a utiliza? Neste texto, você verá o que é Healing Fiction, como podemos aplicá-la na vida, e por que muitos autores e leitores estão se interessando por ela. O que é healing fiction? Inicialmente, Healing Fiction, traduzido como “ficção curativa”, refere-se ao uso de histórias e narrativas ficcionais como ferramentas de auxílio para lidar com questões emocionais e psicológicas. Trata-se de uma abordagem onde a ficção, seja na forma de romances, contos ou até mesmo poesias, é usada para diversos fins, como: Trabalhar traumas; Enfrentar medos; Encontrar caminhos para o crescimento pessoal; O conceito desse gênero foi amplamente explorado por autores como James Hillman, que via as histórias como meios de expôr arquétipos e temas da psique humana. Assim, a ideia central é que, através da ficção, os indivíduos possam acessar emoções ocultas, resolver conflitos internos e até mesmo encontrar soluções para problemas cotidianos. Você também pode se interessar pelo conteúdo sobre como fazer um conto. A ficção como ferramenta de cura A escrita é uma das principais formas de expressão humana, mas no contexto do Healing Fiction, ela assume um papel ainda mais significativo. Quando cria personagens e narrativas, o escritor projeta seus sentimentos, medos e desejos. Isso lhe permite uma reflexão sobre próprias experiências, promovendo uma espécie de catarse. Além de ser uma prática eficaz para quem escreve, o Healing Fiction também traz grande benefício para quem lê. Enquanto leitores, quando nos conectamos emocionalmente com os personagens e enredos, nos identificamos com os dilemas apresentados, refletimos e podemos encontrar conforto e soluções. Quer mais inspiração para sua escrita? Veja também o texto “Como escrever poesia”, que traz dicas para transformar suas emoções em versos significativos. Healing fiction, na prática: como funciona? Ao aplicar a “técnica”, tanto escritores quanto leitores estão se engajando em um processo de reflexão e autoexploração. Para os escritores, o processo de criação é uma forma de dar voz aos sentimentos mais profundos, enquanto os leitores, eles podem experimentar diferentes experiências, como: A cura de uma maneira mais sutil e introspectiva; A percepção de dilemas ou problemas que não tinha noção; Descoberta da necessidade de ajuda; Na prática, podemos utilizar a ficção curativa de várias formas. Veja alguns exemplos: Escrita de diários fictícios: uma técnica muito comum é a criação de personagens fictícios esquematizados. Aqui, se projeta os próprios sentimentos nos personagens, abordando conflitos internos. Personagens arquétipos: quando os autores criam personagens que representam arquétipos universais (como o herói, a sombra, o sábio), eles podem trabalhar diferentes aspectos da psique humana. Leitura terapêutica: a leitura de obras com temáticas profundas permite que o leitor se envolva em uma jornada emocional, onde pode confrontar seus medos e inseguranças. Gostaria de transformar sua vida em literatura? O artigo como escrever uma autobiografia pode ser uma leitura valiosa! O papel do autor na healing fiction Nem sempre o autor de Healing Fiction escreve com o propósito de cura, mas o processo criativo ajuda a lidar com suas próprias questões internas. Por exemplo, ao criar uma narrativa sobre um personagem que enfrenta traumas ou dificuldades, o autor pode estar inconscientemente lidando com suas próprias dores. Também pode acontecer de o escritor, propositalmente, criar personagens e histórias baseados em conhecidos, ou temas específicos, mas sem relação consigo. Ainda assim, eles se conectam profundamente com suas histórias e transmitem emoções genuínas através de seus personagens. Com isso, acabam criando uma conexão com os leitores, que encontram muitas vezes, em suas palavras, um espelho para suas próprias emoções e desafios. Caso deseje desenvolver essa habilidade literária e criar histórias significativas, confira nosso guia sobre como começar um livro, com dicas práticas para dar os primeiros passos. Benefícios de ler exemplares healing fiction Como já falamos aqui, esse gênero literário oferece inúmeros benefícios, tanto para escritores quanto para leitores. A seguir, veja alguns dos principais: Autoconhecimento: os personagens e narrativas sempre abordam diferentes aspectos das personalidades humanas, dificuldades e vivências que talvez não conhecemos ou não notamos em nós mesmos. Catarse emocional: O processo de criação, escrita e leitura pode ser extremamente catártico, permitindo que emoções reprimidas sejam liberadas e processadas. Resolução de conflitos internos: ao nos depararmos com temas desafiadores, como o medo, a perda, a não aceitação, podemos encontrar soluções ou novas perspectivas para conflitos. Cura emocional: para muitos de nós, sem dúvida, a ficção funciona como um escape emocional, nos permitindo experimentar sentimentos em um ambiente seguro e controlado. Buscando uma maneira de se expressar e lidar com as emoções? A poesia pode ser uma excelente ferramenta complementar. O texto como escrever poesia pode ajudar! Healing fiction e outros gêneros literários Embora o Healing Fiction seja frequentemente associado a gêneros como drama e fantasia, ele pode ser aplicado a qualquer tipo de narrativa. Sabia que romances, contos e até mesmo microcontos podem ser escritos com o intuito de promover a cura emocional? Os romances históricos, por exemplo, podem abordar questões de identidade e pertencimento, enquanto os poemas, muitas vezes abordam temas de perda, amor e superação. Esses diferentes gêneros oferecem várias formas de se conectar emocionalmente com o leitor, promovendo reflexão e cura, quando aliados à ficção curativa. Mas não esqueça, é necessário saber como criar a modalidade de escrita para depois introduzir a técnica em questão. Por exemplo, se quiser criar um conto com potencial curativo, sugerimos que veja nosso artigo como fazer um conto para aprender sobre como estruturar histórias breves. Como healing fiction pode mudar sua perspectiva de vida?

Dark Romance: 10 livros para entender a nova tendência literária

dark romance: descubra o que é

O gênero dark romance tem ganhado cada vez mais destaque no mundo literário. Com tramas intensas, personagens complexos e polêmicas, se popularizou entre leitores de diversos. Se você ainda não conhece ou deseja se aprofundar nesse universo, preparamos uma lista com 10 livros que podem te ajudar a entender essa tendência. O que é dark romance? Antes de mergulharmos na lista de livros, precisamos entender o que caracteriza o gênero dark romance. Inicialmente, esse estilo literário envolve histórias de amor com temas sombrios, incluindo personagens moralmente questionáveis, relacionamentos complicados e, muitas vezes, situações de perigo ou violência emocional. O foco aqui não está apenas no romance tradicional, mas também nos conflitos e dilemas internos dos personagens e entre eles. Caso esteja acostumado a ler crônicas mais leves, pode achar o dark romance um desafio, pelo menos no início. Porém, a profundidade emocional e a carga dramática desse estilo tem conquistado muitos leitores dispostos a explorar narrativas diferentes. Conheça 10 livros para entender o gênero literário dark romance 1. Paixão Obscura, de Penelope Douglas Um dos livros mais populares do gênero dark romance é o “Paixão Obscura”. A obra apresenta personagens com passados difíceis, traumas e muitos segredos. A intensidade dos sentimentos e o ritmo da trama fazem com que os leitores se prendam ao enredo desde o início. 2. Monstro, de Lily White Este livro aborda uma relação perturbadora entre os protagonistas, cheia de momentos tensos e emoções à flor da pele. A autora cria um ambiente tenebroso onde os leitores são confrontados com questões morais difíceis. 3. Sangue e Rosas, de Callie Hart O romance entre um criminoso e uma jovem inocente é o foco desta história. O enredo mescla ação e paixão, mantendo os leitores presos do início ao fim. A cada página, o leitor é convidado a explorar os limites entre amor e perigo, algo típico do dark romance. 4. Twisted, de Ana Huang Com um título que já sugere algo fora do convencional, “Twisted” é uma leitura envolvente para os fãs de dark romance. Aqui, a autora cria uma atmosfera de mistério, com personagens cujas motivações são imprevisíveis. Uma ótima escolha para quem está começando a conhecer o gênero. 5. Devorar, de Ker Dukey Estamos diante de um livro que captura perfeitamente a essência do dark romance. Ele entrega uma narrativa onde o amor e a obsessão se confundem, criando uma dinâmica imprevisível entre os personagens. 6. A Morte de Sarai, de J.A. Redmerski Um thriller romântico com uma pegada sombria, esta obra é perfeita para quem quer explorar o lado mais brutal do dark romance. Sarai, a protagonista, vive em um mundo de violência e crime, mas encontra no improvável Jesse uma possibilidade de redenção. A narrativa é rápida e cheia de reviravoltas. Prepare o coração! 7. Dark Blood, de Isabelle Almeida Dark Blood, de Isabelle Almeida, é um mergulho profundo em uma trama cheia de mistérios, segredos familiares e elementos místicos que desafiam a realidade. Nossa indicação! Tudo gira em torno de Lia, uma jovem que, após a morte da avó, se vê enfrentando os desafios típicos da transição para a vida adulta. No entanto, sua vida comum muda completamente com a chegada de dois irmãos misteriosos, Ian e Ryan, que parecem ter um interesse especial nela. Desde a entrada dos gêmeos em sua vida, Lia começa a ter sonhos confusos e perturbadores. Diferente do que muitos leitores poderiam esperar de um típico triângulo amoroso, a história vai além das aparências e aborda traições, vingança, magia e criaturas místicas. Isabelle Almeida construiu uma das narrativas mais envolventes e cativantes desse gênero, então comece sua jornada por ele! 8. O Templo dos Espelhos, de Victoria Quinn Neste livro, Quinn mergulha nas profundezas do poder e da submissão, abordando temas delicados de uma forma cruel e cativante. Ótima leitura para quem deseja entender como o dark romance pode abordar os extremos do comportamento humano, e boa inspiração para quem pretende publicar livro físico. 9. Captive in the Dark, de CJ Roberts Um dos primeiros livros a popularizar o dark romance moderno, Captive in the Dark leva os leitores a uma jornada perturbadora sobre dominação e submissão. A obra fala sobre temas delicados, como o sequestro, mas consegue percorrer as camadas psicológicas dos personagens surpreendentemente. 10. The Maddest Obsession, de Danielle Lori Com um enredo que envolve o submundo do crime e um romance tóxico, The Maddest Obsession mistura perigo e paixão em um nível emocionante e perturbador. Veja: 5 dicas sobre como fazer uma sinopse de livro  O impacto do dark romance na literatura contemporânea O sucesso do dark romance se dá, em parte, pela maneira como ele reflete os conflitos internos dos leitores modernos. É uma questão de identificação. As fronteiras entre o bem e o mal nem sempre são claras, e o dark romance discorre exatamente essas “áreas cinzentas”. A popularidade desse estilo é tão grande que até autores de crônicas e romances tradicionais também começaram a se aventurar em temas mais sombrios. Você sabia que essa tendência também impacta o mercado editorial? Saiba que muitas pessoas que antes tinham medo de publicar livros físicos com temáticas mais pesadas agora encontram um público ávido por essas histórias. Ademais, o interesse por esse tipo de literatura gera uma demanda por novos exemplares, estimulando escritores a apostar em títulos de livros que capturem essa essência. Sua influência na psicologia literária: healing fiction O gênero dark romance também se conecta com conceitos de Healing Fiction, onde as narrativas também proporcionam uma ferramenta de cura emocional para os leitores. A complexidade emocional dos personagens provoca reflexões sobre dilemas pessoais e traumas, criando um vínculo profundo entre o leitor e a história. Descubra a diferença entre poema e poesia Como escrever um livro de dark romance? Escrever um livro de dark romance exige mais do que criar uma história de amor, pois esse gênero literário é marcado por várias vertentes, como: A intensidade emocional; Exploração de temas sensíveis; A presença de personagens que vivem no limite entre o desejo e o perigo; Sendo

Microconto: o que é? Tudo sobre essas breves narrativas

Descubra o que é um microconto e como escrever um

Você já ouviu falar do microconto? Como o nome indica, é um conto pequeno, mas vai muito além disso. Narrativa muito intrigante, sua capacidade de sintetizar mundos inteiros em poucas palavras tem encantado cada vez mais leitores. Esse tipo de escrita vem ganhando força na literatura contemporânea, principalmente com o avanço das redes sociais. Mas, apesar de ser uma prática crescente, ainda é desconhecida por muitos leitores e até mesmo autores como uma possibilidade. Pensando nisso, apresentaremos aqui o que exatamente é o microconto, suas principais características, exemplos mais icônicos e dicas para você desenvolver sua própria narrativa diminuta. Fique com a gente e confira! O que é um microconto? Um microconto, também conhecido como miniconto, é um tipo de narrativa caracterizada por ser extremamente curta, normalmente de algumas linhas ou poucos parágrafos. Seu objetivo é contar uma história da forma mais concisa possível. Diferente da escrita de contos usuais, focados na descrição de ações e cenários, o microconto excele no não dito. Por seu tamanho diminuto, deixa a maior parte da interpretação a cargo do leitor, mais sugerindo do que narrando seu enredo. Apesar da ideia de contar histórias curtas não ter surgido com esse tipo de escrita, o microconto como conhecemos hoje começou a tomar forma em meados do século XX. Escritores como Franz Kafka, Julio Cortázar e Augusto Monterroso foram os precursores desse tipo de escrita. No Brasil, um marco para esse tipo de narrativa vem com Dalton Trevisan, a partir da publicação de Ah, é? em 1994. Com esse livro, dedicado à histórias breves, veio uma onda de antologias focadas nessas narrativas. Atualmente, esse tipo de conto tem se popularizado cada vez mais. Facilmente compartilhável, ganhou força nesses tempos de comunicação instantânea e redes sociais. Se tornou popular principalmente em plataformas como o X (Twitter), onde o número reduzido de caracteres é propício para escritores desse estilo. Microconto, miniconto ou nanoconto? Por ser ainda um tipo de narrativa muito nova, não há nenhuma definição certa do que diferenciao microconto, o miniconto e o nanoconto. Alguns autores e estudiosos os colocam como sinônimos, enquanto outros os separam em diferentes categorias. Um miniconto pode ser visto como um conto muito breve, entre 50 a 300 palavras. Já o microconto é menor, de até 50 palavras, sendo o nanoconto menor ainda, de até 20 palavras. Outras definições de tamanho, como 150 caracteres para minicontos e 50 letras para nanocontos, também são utilizadas.  Essas definições ainda são amplamente discutidas, mas há um consenso: a brevidade dessas narrativas. Em todas as definições, eles são menores do que uma página, variando apenas em grau de síntese. Características de um microconto Um tipo de escrita muito peculiar, existem algumas particularidades que diferenciam o microconto de outros tipos de histórias. São elas: Brevidade Uma das características mais importantes, que definem esse estilo de narrativa, é seu tamanho: microcontos são, invariavelmente, pequenos. O desafio é, justamente, criar uma história completa com poucas palavras. Muitos autores contam até mesmo as letras das palavras, por vezes almejando um número exato como 50 ou 20. Essa limitação de tamanho é a alma desse tipo de texto, que se destaca justamente por ser extremamente curto.  Concisão Além de serem pequenos, os microcontos também são concisos. Ou seja, além de apenas um tamanho reduzido, devem ser conceitualmente sintetizados, enxugados e precisos. Cada palavra tem uma razão e um sentido, sendo escolhida com parcimônia e ponderação. A narrativa não se estende, mas também não está inacabada, ela é do tamanho exato que deve ser. Até mesmo a ordem das palavras é muito bem pensada, sendo que toda a semântica da história deve ser extremamente precisa, sucinta e clara. Narratividade Para estar enquadrada nesta categoria, a história deve ter teor narrativo: mover algo ou alguém para algum lugar. Sendo assim, é imprescindível que tenha narrador, enredo, personagem e espaço, mesmo que implícito. É esse o principal aspecto que difere a escrita de um microconto da escrita de um poema. Também é o que faz com que seja uma história, não apenas uma descrição. O caráter narrativo é imprescindível para esse tipo de texto. Sugestividade Um dos maiores diferenciais desse tipo de escrita é sua alta capacidade sugestiva. O subtexto é tão ou até mais importante do que o texto em si, sendo que grande parte da história será inferida pelo leitor. Esses textos são conhecidos por instigar a imaginação e a criatividade, convidando o leitor a fazer parte da narrativa mais ativamente. Assim, são muito envolventes e permitem uma diversidade enorme de interpretações. Efetividade Microcontos são impactantes, muitas vezes comparados a um nocaute logo no primeiro soco em uma luta de boxe. Causam uma forte impressão nos leitores, normalmente com seu desfecho, que costuma carregar toda a força desse impacto. Alguns buscam um efeito mais cômico, outros choque, reflexão e até mesmo medo. Microcontos de terror são um tipo especialmente popular dentro dessa categoria, tendo a capacidade de arrepiar os pelos da nuca de leitores com pouco mais de três linhas. Exemplos de microcontos Diversos autores renomados se aventuraram na escrita dessas narrativas diminutas. De grandes nomes da literatura clássica a autores contemporâneos, confira 10 autores de microcontos e seus principais textos, para entender como é esse tipo de narrativa na prática: Augusto Monterroso O guatemalteco Augusto Monterroso é o escritor do microconto mais conhecido da literatura: Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá. Essas 37 letras ficaram famosas, rendendo diversas interpretações, debates e paródias. É um verdadeiro marco nesse tipo de narrativa. Ernest Hemingway O norte-americano Ernest Hemingway é mais conhecido por seus romances, mas também é a ele atribuído um dos microcontos mais conhecidos: Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados. Nesta breve narrativa, o autor consegue inserir toda a imensidão de uma perda em um simples anúncio de venda, convidando o leitor a imaginar o que pode ter acontecido a essa família. Lygia Fagundes Telles Uma das maiores escritoras do Brasil, Lygia Fagundes Telles também se aventurou na escrita dessas breves histórias: Fui me confessar ao mar. O que

25 livros clássicos que marcaram o mundo

25 livros de literatura clássica que você precisa ler

A literatura clássica engloba alguns dos livros de maior importância cultural e histórica do mundo. Com temas universais, são narrativas que mantêm sua relevância século após século. Essas obras continuam a influenciar a cultura até hoje, sendo possível ver referências nos filmes, séries, livros e músicas mais famosos da atualidade. Apesar disso, ainda há certa noção de que são livros “chatos”, o que impede novos leitores de conhecer e aproveitar essas obras icônicas. Pensando nisso, trazemos aqui uma lista com 25 livros clássicos que marcaram o mundo, de diversos gêneros literários e autores. Vem com a gente e descubra seu novo clássico favorito! O que é literatura clássica? Antes de mergulhar nos principais nomes dessa categoria renomada da literatura, vamos entender o que torna determinado livro um clássico! A literatura clássica diz respeito às obras que resistiram ao tempo e se tornaram marcos na história da humanidade. São livros amplamente reconhecidos por sua qualidade, relevância e influência, servindo de inspiração não só para outros livros, como também diferentes formas de arte. Esses textos não apenas refletem as sociedades em que foram escritos, mas também abordam temas universais e atemporais. Um livro clássico é assim considerado porque transcende seu contexto original, continuando a impactar e inspirar gerações de leitores e autores muito tempo após sua primeira publicação. Agora que você já entende melhor o que é a literatura clássica, está pronto para conhecer alguns de seus maiores exemplos: 1 – A Ilíada, de Homero Uma das mais antigas e importantes obras da literatura ocidental, A Ilíada de Homero foi composta por volta do século VIII a.C. Originalmente contado de forma oral, o poema épico narra os eventos dos últimos dias da Guerra de Troia, com o guerreiro grego Aquiles como protagonista, em sua disputa contra o general Agamenon. A narrativa explora a glória e a tragédia da guerra, com batalhas heroicas e interferências dos deuses gregos. Homero, envolto em seu próprio misticismo, é considerado um dos maiores poetas da antiguidade. Suas obras moldaram a literatura mundial e a mitologia grega, continuando a ser uma forte influência cultural na atualidade. 2 – Os Lusíadas, de Luís de Camões Publicado em 1572, Os Lusíadas de Luís de Camões é outro poema épico, dessa vez sobre as navegações do português Vasco da Gama e sua descoberta do caminho marítimo para a Índia. É um hino à era das desbravadas e exalta o heroísmo dos portugueses que exploraram os mares. Camões é um dos autores mais importantes da língua portuguesa. Os Lusíadas é sua obra-prima, misturando história com elementos mitológicos e transformando os feitos portugueses em eventos grandiosos, dignos de um épico clássico. 3 – A divina comédia, de Dante Alighieri Escrita em meados do século XIV, A Divina Comédia de Dante Alighieri reflete as complexidades teológicas e filosóficas da Idade Média. Guiado pelo poeta Virgílio e sua musa Beatriz, o narrador personagem Dante é levado por uma jornada espiritual através do Inferno, Purgatório e Paraíso. Escrito originalmente em florentino, o poema foi um marco renascentista. É repleto de lirismo, alegorias e críticas à sociedade, personalidades e instituições da época. A obra continua a inspirar filósofos, escritores e artistas, sendo uma das mais estudadas, interpretadas e influentes na história da literatura. 4 – Dom Quixote, de Miguel de Cervantes Escrito por Miguel de Cervantes e publicado em 1605, Dom Quixote de La Mancha narra as desventuras de Alonso Quijano, um fidalgo enlouquecido que decide se tornar cavaleiro, adotando o nome Dom Quixote. Ele e seu fiel escudeiro Sancho Pança são alguns dos personagens mais icônicos, conhecidos e referenciados até hoje. O livro é uma sátira dos romances de cavalaria, muito populares na Espanha medieval, quebrando os moldes da época e criando personagens e enredos mais complexos. É considerado o primeiro romance moderno, sendo um grande marco da literatura mundial. 5 – Hamlet, de William Shakespeare Hamlet, de William Shakespeare, foi uma peça escrita entre 1599 e 1602. A tragédia conta a história do príncipe Hamlet, que é assombrado pelo espírito do pai, assassinado pelo tio. Hamlet luta com seus próprios demônios internos e a responsabilidade de vingar o pai, mergulhando em um estado de dúvida e loucura. Shakespeare, também conhecido por seus poemas líricos e outras peças como Romeu e Julieta, explora temas como vingança, corrupção, moralidade, luto e loucura nesta obra. Hamlet, com seu célebre monólogo “Ser ou não ser”, continua a ser amplamente estudada, encenada e recriada. 6 – Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe Fausto (1806), de Johann Wolfgang von Goethe, é uma mistura de peça de teatro e poema. Conta a história de um homem inicialmente bom que faz um pacto com Mefistófeles, o diabo, em busca de conhecimento e prazer. A obra explora questões profundas sobre a ambição, o arrependimento e a redenção, enquanto Fausto luta com suas decisões e as consequências de seus desejos. Considerado um dos maiores trabalhos da literatura alemã, mistura tragédia e filosofia, servindo como inspiração para outros escritores, como Fernando Pessoa e Thomas Mann. 7 – Orgulho e Preconceito, de Jane Austen Publicado em 1813 e escrito por Jane Austen, Orgulho e Preconceito é focado em Elizabeth Bennet e seu complicado relacionamento com o aristocrático e arrogante Sr. Darcy. À medida que a narrativa se desenvolve, Elizabeth e Darcy superam seus preconceitos e mal-entendidos, descobrindo o verdadeiro valor um do outro. Jane Austen escreveu com uma sagacidade ímpar sobre a sociedade de sua época, especialmente sobre as pressões sociais enfrentadas pelas mulheres. Considerado um dos maiores romances de língua inglesa, foi também precursor do enemies to lovers, uma trope literária muito procurada por leitores atualmente. 8 – O corvo, de Edgar Allan Poe O poema narrativo O corvo (1845), de Edgar Allan Poe, explora o luto e a angústia psicológica de um homem que perdeu sua amada, Lenora. Ele é visitado por um corvo que repetidamente diz “nunca mais” (never more), aprofundando o desespero do protagonista. Um poema muito influente, foi amplamente traduzido, sendo que até mesmo escritores renomados como Machado de Assis e Fernando

20 poemas de amor curtos para se apaixonar

Se apaixone com 20 poemas de amor

O amor é um tema adorado por escritores, sendo que diversas obras dos mais diferentes gêneros focam nesse sentimento. Porém, existe uma categoria que é especialmente apaixonada: os poetas. De versos selecionados de grandes escritores a pequenas poesias encantadoras, confira aqui uma lista com 20 poemas curtos sobre amor para você se apaixonar. Declare-se àquela pessoa especial ou se inspire e escreva suas próprias poesias de amor! Fique com a gente e sinta a paixão no ar… 1 – Amar é um elo, de Paulo Leminski amar é um eloentre o azule o amarelo O curitibano Paulo Leminski (1944-1989) foi um dos maiores poetas contemporâneos, grande nome da poesia marginal e de vanguarda. Sua poesia é conhecida pelos jogos com palavras, irreverência e tamanho diminuto, inspirada nos haicais japoneses Nesse curto poema, típico de Leminski, o autor apresenta a união de duas cores completamente diferentes, unidas pelo amor apesar das diferenças. Indo um pouco além na interpretação, pode-se inferir a criação de uma cor completamente nova a partir dessa conexão. 2 – Trecho de O tempo passa? Não passa, de Carlos Drummond de Andrade O meu tempo e o teu, amada,transcendem qualquer medida.Além do amor, não há nada,amar é o sumo da vida. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) é um dos maiores nomes da poesia brasileira. Conhecido por seus versos livres, foi um dos mais importantes modernistas no Brasil, sendo considerado um dos poetas mais influentes do país. Nesse trecho do poema O tempo passa? Não passa, ele aborda a sensação de plenitude que o amor causa, elevando-se acima do próprio tempo. Para o eu-lírico, amar é a parte mais sublime do viver. 3 – Bilhete, de Mario Quintana Se tu me amas, ama-me baixinhoNão o grites de cima dos telhadosDeixa em paz os passarinhosDeixa em paz a mim!Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho, Amada,que a vida é breve, e o amor mais breve ainda… Mario Quintana (1906-1994) foi um dos grandes poetas contemporâneos, conhecido como o poeta das coisas simples. Seu estilo é marcado pela simplicidade, delicadeza e lirismo, abordando o cotidiano e temas como o amor, a infância e a natureza. Em Bilhete, o eu-lírico expressa seu desejo por um amor mais tranquilo, pacífico. Permeado pela inocência dos bilhetinhos de amor, é um pedido para que a paixão, efêmera, seja mais vagarosamente aproveitada. 4 – Trecho de O amor é uma companhia, de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) O amor é uma companhia.Já não sei andar só pelos caminhos,Porque já não posso andar só. Alberto Caeiro é um dos muitos heterônimos de Fernando Pessoa, conhecido por abordar temas bucólicos, do campo, valorizando a natureza e a simplicidade. Sob esse nome, Pessoa escrevia poemas mais diretos, simples e com foco nas sensações (sensacionismo). Nesse trecho, começo do poema O amor é uma companhia, o eu-lírico descreve o sentimento como uma presença constante em sua vida. Ele aborda o companheirismo que vem com o amor e não só como o deseja, mas como é incapaz de viver sem ele. 5 – Soneto do amor total, de Vinicius de Moraes Amo-te tanto, meu amor… não canteO humano coração com mais verdade…Amo-te como amigo e como amanteNuma sempre diversa realidade Amo-te afim, de um calmo amor prestante,E te amo além, presente na saudade.Amo-te, enfim, com grande liberdadeDentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente,De um amor sem mistério e sem virtudeCom um desejo maciço e permanente. E de te amar assim muito e amiúde,É que um dia em ter corpo de repenteHei de morrer de amar mais do que pude. Vinicius de Moraes, renomado lirista e músico, também ficou conhecido por escrever lindas poesias. Apelidado como o poetinha, seus versos são cheios de lirismo e musicalidade, sendo o amor um de seus temas preferidos. Nesse soneto, o eu-lírico apresenta todos os modos que ama, englobando uma completude em seu sentimento, ao mesmo tempo simples e cheio de nuances. Seu amor é tão diverso, abundante e entregue, que ele diz que um dia o próprio corpo não o aguentará, morrendo de amores. 6 – Um jeito, de Adélia Prado Meu amor é assim, sem nenhum pudor.Quando aperta eu grito da janela— ouve quem estiver passando —ô fulano, vem depressa.Tem urgência, medo de encanto quebrado,é duro como osso duro.Ideal eu tenho de amar como quem diz coisas:quero é dormir com você, alisar seu cabelo,espremer de suas costas as montanhas pequenininhasde matéria branca. Por hora dou é grito e susto.Pouca gente gosta. Adélia Prado (1935-) é um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, considerada uma das maiores poetas vivas do Brasil. É conhecida por seu estilo único, explorando o cotidiano de maneira sensível, simples e direta. Aborda temas do feminino, da fé, da morte e do desejo. Nesse poema, Adélia explica como é seu jeito de amar, sem pudores, urgente e sem se importar com quem ouve suas declamações. Ao mesmo tempo, descreve um amor mais calmo, cheio de pequenas ações cotidianas de carinho e intimidade. 7 – Convosco, de Luis Cernuda  Minha terra?minha terra é você Minha gente?minha gente é você. Banimento e morte para mimestão onde você não está. E minha vida?Diga-me, minha vidao que é, se não você? O espanhol Luis Cernuda (1902-1963) foi um escritor e poeta, parte da Geração de 27 da Espanha. Vanguardista, acabou sendo exilado durante a Guerra Civil Espanhola. Abordava temas de amor, solidão, desejo e nostalgia. No poema acima, ele declara toda sua afeição pela pessoa amada, afirmando que ela é seu tudo. Com um jogo de palavras ao final, utiliza o termo carinhoso “vida” para afirmar que seu amor é, de fato, sua vida. 8 – Meu destino, de Cora Coralina Nas palmas de tuas mãosleio as linhas da minha vida.Linhas cruzadas, sinuosas,interferindo no teu destino.Não te procurei, não me procurastes –íamos sozinhos por estradas diferentes.Indiferentes, cruzamosPassavas com o fardo da vida…Corri ao teu encontro.Sorri. Falamos.Esse dia foi marcadocom a pedra brancada cabeça de um peixe.E, desde então, caminhamosjuntos pela vida… Ana Lins dos Guimarães Peixoto, mais conhecida como

30 poetas brasileiros de leitura indispensável

30 poetas brasileiros

A poesia brasileira é rica, múltipla e expansiva, contando com séculos de produção. Representando diversas escolas literárias, contextos históricos e ideais artísticos, são muitos os artistas que mergulharam na escrita de versos e estrofes. Entre milhares de escritores, porém, alguns se destacam, tornando-se aclamados por leitores e críticos. São autores que ficaram conhecidos por suas obras não só no Brasil, como no mundo. Do barroco ao contemporâneo, selecionamos 30 dos poetas brasileiros mais icônicos e marcantes, que são de leitura indispensável. Fique com a gente e confira! 1 – Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) Nascido em Itabira, Minas Gerais, Carlos Drummond de Andrade é o poeta mais influente da literatura brasileira, sendo uma figura central da segunda fase modernista no Brasil. Além de dominar a arte de escrever poesia, também foi autor de crônicas e contos. Entre suas obras mais conhecidas estão Alguma Poesia (1930) e A Rosa do Povo (1945). Seu estilo é conhecido pelo verso livre, que rompe com as formas tradicionais. O cotidiano se apresenta tanto na linguagem coloquial de seus poemas quanto nos temas abordados. A poesia de Drummond se utiliza da ironia e do humor e é marcada pela metalinguagem. Em seus versos, traz reflexões profundas sobre temas universais, como o amor e a solidão, mas também sobre a sociedade brasileira da época, com críticas sociopolíticas.  No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas tão fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do caminhotinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra. 2 – Vinicius de Moraes (1913-1980) Vinicius de Moraes foi um poeta, cantor, compositor e diplomata carioca, amplamente reconhecido como um dos fundadores da Bossa Nova. Conhecido como o poetinha, estreou na poesia com O Caminho para a Distância (1993). Ficou conhecido pelo lirismo e temática da paixão em sua poesia, que combina a sensualidade com uma profundidade emocional intensa. Seus versos são impregnados de musicalidade e ritmo. Embora seja conhecido principalmente por seus sonetos de amor, também fazia denúncias a problemas sociais e políticos em suas obras. Além disso, desenvolveu diversos poemas infantis em seu livro A Arca de Noé (1970), que conta com o famoso poema A Casa, sobre uma casa muito engraçada, sem teto, sem nada… Soneto de fidelidade De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. 3 – Manuel Bandeira (1886-1968) Manuel Bandeira foi um poeta, crítico literário e tradutor, sendo um dos grandes escritores brasileiros. Nascido no Recife, Pernambuco, foi um dos principais nomes da primeira fase modernista no Brasil, apesar de sua origem no parnasianismo.  Seu poema Os Sapos foi lido na Semana de Arte Moderna de 22, tornando-o um dos fundadores do movimento, que promoveu uma ruptura com a poesia tradicional. Tem uma obra extensa, que aborda o cotidiano, com caráter simples e direto. Retrata em suas poesias a melancolia, a angústia e a morte, baseando-se nos próprios problemas de saúde que enfrentava. Porém, também trazia humor e ironia, principalmente em seus poemas-piada. Pneumotórax Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não foi.Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico:— Diga trinta e três.— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…— Respire. — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 4 – Cecília Meireles (1901-1964) Professora, jornalista e pintora, Cecília Meireles foi uma das maiores poetas brasileiras. Nascida no Rio de Janeiro, sua obra é vasta e abrange poesia, prosa e literatura infantil. Entre suas principais obras estão Viagem (1939) e Romanceiro da Inconfidência (1953). É conhecida por seu estilo neossimbolista, íntimo e psicológico, abordando temas como a solidão, a identidade, a passagem do tempo e a saudade, além de questões sociais. Suas obras infantis, em contrapartida, são poemas leves e musicados, cheios de jogos de palavras. Utiliza tanto versos livres, sem métrica ou rima, quanto versos regulares, metrificados e rimados, em suas poesias. A espiritualidade e o sentimento de transitoriedade também são temas recorrentes em sua obra, que tem um tom melancólico e contemplativo. Motivo Eu canto porque o instante existee a minha vida está completa.Não sou alegre nem sou triste:sou poeta. Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e diasno vento. Se desmorono ou se edifico,se permaneço ou me desfaço,— não sei, não sei. Não sei se ficoou passo. Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno a asa ritmada.E um dia sei que estarei mudo:— mais nada. 5 – Adélia Prado (1935-) Um dos maiores nomes entre os escritores de literatura contemporânea brasileira, Adélia Prado é uma professora e poeta renomada, nascida em Divinópolis, Minas Gerais, onde reside até hoje. Além de poemas, também escreveu romances e contos. Sua carreira literária começou apenas aos 40 anos, com a publicação de Bagagem (1976), que teve o apoio de Carlos Drummond de Andrade e chamou a atenção da crítica. É conhecida por explorar o cotidiano em suas poesias, focando em temas da fé, do feminino, da morte e do desejo. Caracterizada por uma linguagem simples, coloquial e direta, captura as nuances da vida doméstica ao mesmo tempo em que aborda questões filosóficas e existenciais. Com sua sensibilidade singular, explora a vida em suas pequenas e grandes dimensões. Com licença poética Quando nasci

O que é o romance histórico? Características e principais exemplos

Romance histórico: conheça o subgênero que une ficção e história

Os livros vêm em diversas formas, com diversos temas, pontos de vista e objetivos. Apesar de serem tão diferentes entre si, todas as obras têm algo em comum: estão divididas em ficção e não ficção. Mas um subgênero que parece unir essas duas categorias de maneira fascinante é o romance histórico. Com uma história própria e grande impacto cultural, esse subgênero literário é muito intrigante. Apesar disso, não é muito conhecido pelo grande público, sendo por vezes confundido com outros tipos de ficção ou até mesmo desconsiderados completamente. Pensando nisso, neste artigo apresentaremos em detalhes o que é o romance histórico e suas características, com exemplos dos autores e obras mais importantes e dicas para você desenvolver sua própria narrativa nesses moldes. Fique com a gente e confira! O que é romance histórico? O romance histórico é um tipo de ficção que combina elementos fictícios com fatos históricos reais. Utiliza esses fatos para montar a narrativa, colocando determinado período, acontecimento ou personalidade histórica em uma posição de destaque na trama. Surgiu no século XIX, com o autor escocês Walter Scott, considerado o criador desse tipo de narrativa, sendo Ivanhoe sua obra mais conhecida. No Brasil, José de Alencar foi um dos primeiros autores do subgênero. Se distingue por sua dedicação à precisão factual, ao mesmo tempo em que concede liberdade criativa ao autor. O romance histórico representa eventos, culturas e figuras históricas de maneira fundamentada, mas envolvente, entrelaçando esses elementos com a ficção. Esse tipo de narrativa pode abordar qualquer período, evento ou personalidade, da antiguidade até o século XX, abrangendo uma vasta gama de temas, desde guerras e revoluções à vida cotidiana. Assim, ele é o encontro da literatura com a história, muitas vezes tecendo críticas sobre o período retratado. Atenção: apesar de se utilizar de fatos históricos reais, ainda é considerado um subgênero da ficção, pois tem elementos inventados e irreais. É importante saber distinguir entre uma representação baseada em fatos de uma biografia, por exemplo. Características do romance histórico O romance histórico possui características únicas que o diferenciam de outros subgêneros literários. Confira aqui as principais delas: Abordagem histórica Essa é a característica mais fundamental para esse tipo de narrativa, que a define como um subgênero: a presença de fatos históricos em evidência. Esses fatos são o ponto focal da obra, tendo grande impacto na trama. Além de serem centrais, devem ser uma representação fiel do período, utilizando referências e documentos verídicos para narrar os costumes, linguagem, ambiente e eventos de maneira autêntica. Diálogo entre ficção e não ficção Outro componente importante é a integração dos acontecimentos históricos reais com a literatura de ficção. Assim, cria-se uma obra que representa os fatos, mas ainda permite intervenções do autor para tornar a obra mais impactante, envolvente ou reflexiva. Nessas histórias, muitas vezes é difícil identificar o que é ou não é real, devido à habilidade dos autores de incorporar as partes inventadas às partes verdadeiras. A verossimilhança é essencial para essas obras. Tempo passado Justamente por ter um caráter histórico, essas narrativas acontecem no passado, muitas vezes em torno de acontecimentos importantes, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Sendo assim, não são obras que se passam na era contemporânea. Apesar de não tratarem da contemporaneidade diretamente, os romances históricos oferecem uma compreensão mais profunda e contextualizada do passado, relacionando fatos históricos com as vivências da atualidade. Sendo assim, atuam como uma ponte entre o passado e o presente, facilitando a compreensão sobre os tempos mais longínquos e seus impactos na atualidade. Crítica social Em muitas dessas narrativas, os autores se utilizam da representação fiel do passado para escancarar os problemas sociais do período. Portanto, são histórias com uma carga alta de crítica social e reflexão. São obras realistas, muitas vezes explorando como pessoas comuns viviam em meio a eventos históricos significativos. Trazem as dificuldades encaradas por essa população e refletem sobre o impacto de grandes eventos não só sobre a história, mas também sobre as pessoas reais da época. Caráter nacionalista e heroico O surgimento desse estilo de escrita está muito ligado à formação de estados nacionais na Europa. Sendo assim, é comum que o autor explore o passado e a luta por independência de seu país, tecendo uma história que contribua para a figura de um herói nacional. Muitas vezes, essas obras são estruturadas com base na jornada do herói. De acordo com o filósofo e crítico literário György Lukács, os próprios mitos e histórias da antiguidade, bases da jornada do herói, são precursores do romance histórico. Principais obras e autores do romance histórico Vários autores ao longo dos séculos se destacaram na escrita desses romances, ajudando a popularizar e definir o subgênero. Confira aqui os principais deles: Ivanhoé, de Walter Scott Ambientado na Inglaterra do século XII, Ivanhoé (1820) ocorre durante o reinado de Ricardo Coração de Leão. A história segue Wilfred de Ivanhoé, um cavaleiro saxão deserdado por seu pai por apoiar o rei Ricardo. O livro explora o conflito entre normandos e saxões, a luta pelo trono inglês e a presença dos Cavaleiros Templários. Também aborda temas como lealdade, honra e o amor proibido entre Ivanhoé e Lady Rowena, enquanto retrata figuras históricas como o príncipe João e o fora-da-lei Robin Hood. Os Noivos, de Alessandro Manzoni Considerado o primeiro grande romance histórico italiano, Os Noivos (1842) se passa na Lombardia do século XVII, sob a dominação espanhola. A trama central segue os jovens Renzo e Lucia, que são impedidos de se casar devido às maquinações do poderoso e corrupto Don Rodrigo. A história explora temas como a opressão, a fé e a justiça, enquanto os personagens enfrentam desafios como a peste e a fome. O livro critica a injustiça social e as autoridades corruptas, oferecendo também uma reflexão sobre a Providência Divina. Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens Um Conto de Duas Cidades (1859) se passa durante a Revolução Francesa, centrado nas cidades de Londres e Paris. A história segue Charles Darnay, um aristocrata francês que renuncia à

O que é a crônica reflexiva? Características e exemplos

Saiba tudo sobre a crônica reflexiva

Um dos gêneros literários mais acessíveis, a crônica tem o poder de gerar grande identificação, trazendo críticas e observações sobre o mundo cotidiano. Conforme esse gênero foi crescendo e evoluindo, alguns subgêneros notáveis começaram a despontar. A crônica reflexiva é um dos mais impactantes e envolventes entre eles, trazendo uma forte capacidade de introspecção e conexão com o leitor. Apesar disso, infelizmente, muitos desconhecem esse subgênero e todas as suas capacidades. Sendo assim, neste artigo apresentaremos esse tipo de narrativa em detalhes, explicando exatamente o que ela é, suas principais características, exemplos e como você pode escrever a sua própria. Fique com a gente e confira! O que é a crônica reflexiva? A crônica reflexiva está dentro do gênero textual da crônica. Diferente de outros textos desse gênero, no entanto, ela não apenas narra os fatos do dia a dia, mas os utiliza como base para criar uma análise mais profunda sobre a vida, a sociedade e a condição humana. Normalmente, são textos curtos e diretos, assim como os outros tipos de crônicas. Desenvolvem sua reflexão a partir de um acontecimento ou momento rotineiro, partindo de algo mais pontual para desenvolver temas universais. Utiliza a linguagem íntima e pessoal para instigar o leitor a ponderar junto ao autor. Dentre esse gênero, é o tipo mais expressivo e subjetivo, demonstrando não só opinião, mas impressões, experiências e sentimentos. É um convite à contemplação dos momentos banais sob uma nova luz. Tem como objetivo provocar a reflexão, fazendo com que seu leitor também pense sobre essas questões da vida humana que, no dia a dia, podem acabar passando despercebidas. Características da crônica reflexiva Este subgênero conta com alguns aspectos importantes, que o definem e diferenciam dos outros. Aqui estão as características centrais de uma crônica reflexiva: Uso do cotidiano Uma de suas principais características é utilizar situações do cotidiano como ponto de partida para uma reflexão mais ampla e profunda. Isso permite que o leitor se identifique facilmente com o texto, uma vez que essas situações provavelmente estão próximas da sua realidade. A familiaridade do leitor com o que está lendo faz com que ele se sinta parte da narrativa, aumentando o impacto emocional e reflexivo do texto. O autor oferece uma perspectiva diferente do que é considerado banal, tirando do comum algo extraordinário. Uma caminhada pelo bairro, uma conversa entreouvida em um café, ou até mesmo a espera pelo ônibus podem ser o centro da narrativa. O cotidiano se torna, assim, um espelho que reflete as grandes questões da existência humana, em uma análise que vai além da superfície. Escrita em primeira pessoa Nesses textos, o autor normalmente se coloca no papel de narrador personagem, um dos três tipos de narradores existentes. Sendo assim, a escrita é em primeira pessoa. Isso porque a crônica reflexiva é fruto direto das experiências e pensamentos do seu autor. Ao utilizar suas próprias vivências e se colocar como personagem, o cronista pode escrever de uma maneira mais verdadeira e autêntica. Acentua o caráter pessoal desse tipo de narrativa, tornando cada texto único. A narração em primeira pessoa aproxima ainda mais o leitor do texto, fazendo da escrita uma via direta entre o leitor e os pensamentos do escritor. Dessa maneira, fica ainda mais fácil causar uma impressão duradoura e íntima. Introspecção Em muitas dessas narrativas, podemos ver que o autor está em uma busca pessoal por significado. Questionamentos sobre sua própria vida, existência e propósito são comuns. Essa é outra característica marcante desse tipo de crônica: a introspecção. Esse caráter autorreflexivo transforma essas narrativas em uma forma de arte pessoal, onde a expressão individual é central para o impacto do texto. A subjetividade do cronista fica em evidência, abraçando sua perspectiva única sobre o tema abordado. O autor embarca verdadeiramente na jornada que propõe para o leitor. Isso faz com que o leitor, em troca, sinta-se mais disposto a acompanhá-lo, refletir sobre suas próprias experiências e encontrar paralelos em sua vida. Linguagem simples e poética A linguagem simples, mas poética, é outra marca desse subgênero. Assim como outras crônicas, carrega um tom acessível, coloquial e mais direto. Mas também mantém a liberdade de utilizar pitadas de lirismo que enriquecem a narrativa. Isso permite uma leitura mais fluida, agradável e compreensível, que ainda carrega toda a introspecção e contemplação características desse tipo de narrativa. O uso de algumas figuras de linguagem como metáforas e ironia assemelha-se a escrever poesia. Essa narrativa não necessita de longas explicações ou descrições elaboradas. Ao contrário: ela sugere, evoca e deixa espaço para que o leitor realize suas próprias interpretações e reflexões. Assim, os questionamentos ressoam de maneira mais profunda, transformando a leitura em uma experiência imersiva. Temas filosóficos Os temas reflexivos e filosóficos são inerentes a esse tipo de narrativa. Tem como objetivo principal levar o leitor a pensar, questionar e explorar questões mais amplas e abstratas, portanto, vai além das considerações pessoais, abordando temas universais. Essa é uma das grandes diferenças entre esse e outros tipos de crônica, que são muito ligadas a seu contexto temporal e histórico, podendo perder relevância conforme o tempo passa. Já a crônica reflexiva utiliza esse mesmo contexto para trazer questões atemporais. Ela não termina quando o texto acaba, mas se prolonga na mente do leitor através dos questionamentos que instiga. Temas como o sentido da vida, a natureza do amor, a passagem do tempo e a condição humana são comuns nessas narrativas. Exemplos de crônicas reflexivas Para ajudar você a entender melhor como essas características se expressam na prática, aqui estão alguns exemplos de crônica reflexiva: Se eu fosse eu, de Clarice Lispector: nesta narrativa, a renomada escritora modernista traz reflexões existenciais sobre viver autenticamente e o que nos impede de fazê-lo, tudo a partir da busca banal por um documento que não sabe onde colocou. O pavão, de Rubem Braga: neste texto, o maior nome da crônica brasileira utiliza a ação simples de observar as penas de um pavão para refletir sobre arte, amor e as influências da percepção sobre essas

Biografia e autobiografia: diferenças, semelhanças e exemplos

Saiba quais as principais diferenças entre biografia e autobiografia

Amadas por leitores de não-ficção por todo o país, as biografias e autobiografias são gêneros literários muito procurados, constantemente nas listas de mais vendidos. Mas, afinal, qual a diferença entre elas? Contrário ao que muitos pensam, a autobiografia não é um tipo de biografia, tampouco vice-versa. São gêneros distintos, apesar de semelhantes, que possuem abordagens e estruturas completamente diferentes. Apesar disso, para muitos autores ainda há certa confusão e dificuldade para visualizar exatamente o que difere uma da outra, inclusive nas próprias obras. Isso pode acarretar não só em uma escrita que não condiz com o gênero escolhido, mas também em uma divulgação incorreta e até mesmo enganosa do livro. Neste artigo, guiaremos você pelas diferenças entre a biografia e a autobiografia, com exemplos de cada uma delas e um pequeno infográfico ao final para ajudá-lo a decidir entre a escrita de uma ou de outra. Fique com a gente e confira! Biografia e autobiografia O que é biografia? A palavra biografia tem origem grega, sendo uma junção de “bio”, vida, e “grafia”, escrita. Desse modo, significa “escrita da vida”, ou seja, é o retrato da vida de uma pessoa narrado em texto. Reúne informações, entrevistas e documentos para contar as vivências de determinado indivíduo. Assim como sua etimologia, as biografias são datadas dos tempos gregos e romanos, surgindo para documentar a vida de grandes nomes da antiguidade. Uma das primeiras obras biográficas conhecidas é Vidas paralelas, escrita pelo grego Plutarco em meados do século I d.C, que narra a vida de homens ilustres da Grécia e Roma Antiga. Em casos de personalidades mais contemporâneas, as publicações podem ser autorizadas ou não pelas figuras públicas descritas. Apesar de relativamente comuns, é preciso muito cuidado ao se escrever uma biografia não autorizada, pois há a possibilidade de ferir a integridade do biografado e sua família, desencadeando um processo legal contra o autor. Já em uma obra autorizada, é possível ter a certeza de que não haverá nenhum problema legal no futuro, mas o autor perde um pouco da imparcialidade e liberdade. Partes da obra podem até ser cortadas ou modificadas, alterando a narrativa de forma significativa. Características da biografia Esses livros têm algumas características comuns, que os definem e diferenciam de outros gêneros literários. São elas: Narra a história de vida de outra pessoa Essa é uma das principais características de uma biografia, definindo-a. Ela deve sempre narrar a história de vida de outra pessoa, compilando informações para criar uma obra com embasamento factual sobre a história do biografado. Escrita em terceira pessoa Justamente por se tratar do relato da vida de outro indivíduo, esse tipo de narrativa é invariavelmente escrito em terceira pessoa. Assim, o escritor coloca-se como alguém de fora, um observador e pesquisador, sem participar ativamente da história e mantendo certa distância dos acontecimentos. História de pessoas públicas Esse tipo de livro normalmente foca em figuras públicas, cujas ações, feitos e história têm uma grande importância e impacto social. Isso não apenas porque os leitores tendem a ler sobre a vida de pessoas que reconhecem, mas também como evidência no caso de publicações não autorizadas, como argumento da relevância da obra para a sociedade. Mais de uma perspectiva A narração em terceira pessoa abre a possibilidade desses livros trazerem diversos pontos de vista sobre os biografados, que é frequentemente explorada. Assim, oferecem um perfil mais completo dos sujeitos retratados, além de maior confiabilidade para os fatos, pois contam com diversas fontes para verificá-los. Se utiliza de entrevistas, documentos e imagens Entrevistas, documentos, entradas de diário, fotos e notícias são elementos muito presentes nessas publicações, servindo como guias para a narrativa. São ainda mais importantes em obras que tratam de figuras históricas, utilizando muito ferramentas como o Google Acadêmico para as pesquisas do livro. Através dessas pesquisas, assegura-se a factualidade do que está sendo narrado. Exemplos de biografia Para ajudar a visualizar as características dessas obras de forma mais prática, aqui estão alguns exemplos de biografias que você pode estudar: Leonardo da Vinci, de Walter Isaacson | um dos artistas mais conhecidos do mundo, esse livro conta a vida do renascentista Leonardo da Vinci desde seu nascimento a sua morte, passando por seus feitos na pintura, escultura, ciência, teatro, arquitetura e engenharia. Tarsila: sua obra e seu tempo, de Aracy A. Amaral | um dos grandes nomes do modernismo brasileiro, essa obra conta a história de vida da artista Tarsila do Amaral, focando na década de 20 e seus movimentos artísticos. Silvio Santos: a biografia, de Márcia Batista e Anna Medeiros | um dos maiores comunicadores do país, dono de diversos bordões da televisão brasileira, esse livro conta a trajetória de Silvio Santos, nascido Senor Abravanel, até a conquista de seu império midiático. Oppenheimer: o triunfo e a tragédia do Prometeu americano, de Kai Bird e Martin J. Sherwin | considerado o pai da bomba atômica, este livro narra a história de vida do físico J. Robert Oppenheimer, passando por seus anos liderando o projeto Manhattan até sua perseguição pelo governo americano em seus últimos anos de vida. Frida: a biografia, de Hayden Herrera | uma das mais icônicas artistas latino-americanas, essa obra narra a vida dessa pintora conhecida, abordando não só sua história, como também trazendo análises de seus quadros. O que é autobiografia? A palavra autobiografia deriva da palavra biografia, mas vem de uma época distinta. O termo surgiu bem mais tarde, por volta de 1797, unindo o prefixo “auto”, si mesmo, à “biografia”. Dessa maneira, significa a “escrita da vida de si mesmo”, sendo o retrato da vida de uma pessoa narrado por ela mesma. Apesar do termo só ter surgido no fim do século XVIII, livros autobiográficos já existiam na antiguidade, como um modo de registrar as próprias histórias e contribuições para a sociedade. O livro Confissões, de Santo Agostinho, é considerado a primeira autobiografia ocidental, escrita no meio do século X. Na obra, ele conta sua vida antes de se tornar religioso e sua jornada de conversão ao catolicismo. A autobiografia é, por

Conto psicológico: características, exemplos e como escrever

Tudo o que você precisa saber: conto psicológico

Os contos são um dos gêneros literários que mais permitem possibilidades e experimentações. Consistem em uma história mais breve, com poucas páginas, mas com o mesmo potencial emocional e narrativo de qualquer romance volumoso. Existem diversos tipos de contos, todos com suas especificidades. Um dos mais emblemáticos é o conto psicológico. Com grande capacidade reflexiva e subjetiva, é um dos tipos mais impactantes, mas também mais difíceis de dominar. Embora tenha escritores de grande nome, como Clarice Lispector e Machado de Assis, poucos autores conhecem esse estilo de narrativa e menos ainda se aventuram em sua escrita. Pensando nisso, apresentamos aqui o que é o conto psicológico, suas principais características e exemplos, com dicas para você desenvolver o seu. Fique com a gente e confira! Conto psicológico: características, exemplos e como escrever O que é o conto psicológico? Conto psicológico é um tipo de conto literário que foca profundamente nos pensamentos, emoções e estados mentais de seus personagens. Diferente dos contos tradicionais, em que o conflito vem de ações e eventos externos, o conto psicológico explora a complexidade interna, fazendo disso a base de sua narrativa. Tudo é apresentado ao leitor a partir de um ponto de vista. Pautado nas lembranças e memórias dos agentes da trama, esse conto segue uma estrutura temporal não-linear. O espaço físico no qual a história acontece também é marcado pela subjetividade de seus personagens. Essa narrativa oferece uma visão íntima e detalhada da mente humana, tornando-se um meio eficaz de explorar temas existenciais e complexos. Convida o leitor à reflexão aprofundada, em conjunto com seu protagonista. Principais características do conto psicológico Esse estilo de escrita conta com algumas características principais, que a definem e diferenciam de outros contos mais comuns. Aqui estão elas: Tempo psicológico Uma das principais características desse tipo de conto é o uso do tempo psicológico. Consiste em narrar os fatos de acordo com as memórias dos personagens, seguindo seu tempo individual ao invés de um tempo cronológico. Assim, a narrativa torna-se menos linear e mais subjetiva, guiada por sentimentos e emoções ao invés de acontecimentos sucessivos. Isso também influencia o ritmo e o modo como as coisas acontecem no presente da história. A passagem do tempo é particular: quando fazemos algo de que gostamos, o tempo parece passar mais rápido do que quando estamos presos a uma atividade que não nos agrada, por exemplo. O uso dessas diferentes perspectivas temporais é uma das principais características encontradas nesse tipo de conto. Foco na interioridade O aprofundamento em diferentes estados mentais e seus impactos na percepção de mundo configuram os principais elementos de um conto psicológico. Afinal, o enredo se desenrola no interior da mente, não nos eventos e ações que ocorrem fora da cabeça do protagonista. O autor mergulha no psicológico, revelando a consciência através de lembranças, emoções e motivações. Esse foco permite conhecer a fundo angústias, desejos e dilemas pessoais, oferecendo uma representação rica e complexa da experiência humana. Além disso, essa interioridade em evidência cria uma conexão emocional intensa entre o leitor e a história. Ao compartilhar os pensamentos mais íntimos e vulneráveis dos personagens, o autor cria uma narrativa pessoal e introspectiva, características marcantes nessas curtas narrativas. Narrador personagem ou narrador onisciente O uso de um narrador em primeira pessoa ou de um narrador onisciente é norma para contos nessa categoria. Esses tipos de narradores permitem uma visão detalhada e aproximada dos pensamentos dos personagens. Para um conto psicológico, normalmente prefere-se o uso do narrador personagem, em primeira pessoa. Isso torna a leitura mais íntima e próxima, ainda que limitada, como se de fato o leitor estivesse dentro da cabeça do protagonista, sentindo e pensando junto com ele. Já um narrador onisciente pode oferecer uma perspectiva mais ampla, mergulhando nas mentes de vários sujeitos da narrativa. É usado quando se quer explorar diversas subjetividades e pontos de vista, mas oferece menos proximidade e intimidade, por ser na terceira pessoa. Temática existencial e reflexiva O conto psicológico enfatiza os conflitos internos, tomando-os como forças motoras da narrativa. Isso inclui dilemas morais, crises de identidade, medos, traumas e outros aspectos da psique humana. Esses conflitos são apresentados de forma a desafiar tanto os personagens quanto os leitores a pensarem sobre questões profundas e muitas vezes desconfortáveis. Por meio dessa introspecção, são explorados temas universais, como morte, amor e solidão, através de uma narrativa extremamente particular e subjetiva. Temáticas existenciais, filosóficas e sociais também são levantadas nesses contos de maneira complexa e multifacetada. Assim, muitas perguntas são feitas e poucas são respondidas, deixando espaço para que o leitor faça sua própria reflexão. Linguagem detalhada e figurativa A linguagem utilizada em contos psicológicos é rica, detalhada e simbólica. Proporciona descrições minuciosas e descritivas não só dos sentimentos dos personagens, mas também de como sua percepção do presente é afetada por eles. As descrições detalhadas transmitem a intensidade das emoções e a complexidade dos estados mentais. Essa atenção aos detalhes torna as nuances das experiências internas do protagonista mais claras ao leitor, enriquecendo a caracterização e a profundidade emocional da narrativa. O uso de linguagem figurativa também é essencial nesse tipo de conto. Indo além de uma escolha estilística, metáforas, ironias, sinestesias e hipérboles capturam de maneira ainda mais subjetiva o estado mental dos personagens. Transmitem os sentimentos retratados de forma mais íntima e, ao mesmo tempo, artística. Exemplos de autores de conto psicológico Para ter uma maior noção de como essas características são aplicadas em narrativas, separamos alguns dos nomes mais expoentes dentro desse tipo de conto. Confira: Clarice Lispector: uma das escritoras mais marcantes da literatura mundial, é conhecida por explorar o psicológico de seus personagens em suas histórias, sendo a maior representante desse tipo de narrativa no Brasil. Alguns de seus contos são Bonecos de barro, Mineirinho e Perdoando Deus. Machado de Assis: o grande nome do realismo brasileiro também escrevia contos, além de seus romances. Em suas obras, adentra nos pensamentos de seus personagens e se utiliza muito da ironia. Alguns de seus contos que possuem essas características

Literatura contemporânea brasileira: 10 escritores da atualidade

10 autores da literatura contemporânea brasileira

A literatura contemporânea brasileira refere-se às obras publicadas na atualidade. Desde meados do século XX até hoje, é a corrente literária vigente no Brasil. Carrega consigo influências de variados movimentos literários, produzindo uma literatura abrangente e diversificada. Hoje, podemos acompanhar a carreira de inúmeros escritores, observando suas conquistas e vibrando a cada marco alcançado por eles. Apesar disso, muitos brasileiros desconhecem os nomes mais proeminentes da literatura atual do país.  As obras e histórias desses escritores são uma grande inspiração. Pensando nisso, apresentamos neste artigo 10 escritores contemporâneos brasileiros que você precisa conhecer. Fique com a gente e conheça esses talentos! Literatura contemporânea brasileira: 10 escritores da atualidade 1 – Ariano Suassuna Ariano Suassuna foi um dos maiores dramaturgos, romancistas e poetas do Brasil. Paraibano, nasceu no dia 16 de junho de 1927, em João Pessoa. Ainda na infância, mudou-se para Recife, Pernambuco, onde morreu em 2014. O assassinato de seu pai na Revolução de 1930 foi a razão para a mudança da família. Suassuna estudou Direito na Universidade Federal de Pernambuco, onde mais tarde viria a lecionar Teoria do Teatro. Além de advogado e professor, foi membro da Academia Brasileira de Letras e ainda Secretário Estadual da Cultura, promovendo suas “aulas-espetáculo” por todo país. Durante a década de 1950, destacou-se com o Auto da Compadecida (1955), que mais tarde seria adaptado para o cinema e a televisão, tornando-se uma das mais famosas peças teatrais brasileiras. Além de sua obra-prima, escreveu outras peças de sucesso, como O Santo e a Porca (1957) e A Pena e a Lei (1994). O escritor também traçou romances, sendo o mais notável O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, ganhador do Prêmio de Ficção Nacional, conferido pelo Ministério de Educação e Cultura em 1972. A obra de Ariano Suassuna ficou marcada pela riqueza de elementos do folclore nordestino, suas tradições e seu humor peculiar. Conhecido por suas críticas, principalmente em suas produções de teatro, o autor utilizava a comédia para expor as hipocrisias e corrupções, em forma de sátira. Foi fundador do Movimento Armorial nos anos 1970, que buscava criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura do Nordeste. Esse movimento tirava inspiração da cultura popular original do país, de modo a criar uma arte autenticamente brasileira. Verdadeiro artista, amante de seu ofício e da cultura, uma de suas frases mais famosas é: “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa”. Suas contribuições reverberam ainda hoje no populário nacional, sendo que o filme de O Auto da Compadecida virou um clássico brasileiro, com continuação marcada para estrear neste ano. 2 – Adélia Prado Grande nome da literatura brasileira, Adélia Prado representa a voz feminina em suas obras. Nascida em 13 de dezembro de 1935 na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais, destacou-se por retratar o cotidiano com leveza em seus poemas, mas sem deixar de ser marcante. A autora começou a escrever com 15 anos, em 1950, após a morte de sua mãe. Apesar de praticar a escrita criativa já na juventude, tornou-se de fato uma autora publicada apenas com 40 anos, em 1976. Seu livro de estreia, Bagagem (1976), contou com o apoio impressionado de Carlos Drummond de Andrade no lançamento. Logo atraiu o olhar da crítica por conta de sua originalidade e estilo único. Entre os temas abordados, estão o luto, a fé e o desejo. Professora e filósofa de formação, lecionou por 24 anos antes de assumir a carreira de escritora em tempo integral. A poeta ficou conhecida por sua linguagem mais coloquial e oral. Suas obras são centradas na figura da mulher, utilizando de momentos simples e triviais do cotidiano feminino para abordar questões mais universais. Além de poesia, Adélia também escreveu prosa, incluindo coletâneas de contos e crônicas e um romance. Conquistou diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti de Poesia em 1978, com o livro O Coração Disparado. Em 2006, lançou seu primeiro livro infantil, Quando eu era pequena, e com ele recebeu o Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil. A autora teve mais de um período de pausa na carreira literária, que ela chama de “desertos”. Para a poeta, é imprescindível atravessar esses momentos, pois, de acordo com ela, “uma das coisas mais importantes na vida de alguém é encarar o sofrimento”. Adélia Prado é um exemplo do que se pode conquistar respeitando o próprio tempo. Também mostra que não há idade para publicar um livro, começando sua carreira um pouco mais tarde na vida e alcançando enorme prestígio e reconhecimento. Hoje, a autora continua escrevendo em sua cidade natal. Nas redes sociais, responde perguntas e posta vídeos declamando seus poemas para mais de 70 mil seguidores. Seu livro inédito, O Jardim das Oliveiras, tem previsão de publicação para este ano (2024). 3 – Luís Fernando Veríssimo Luís Fernando Verissimo é um dos cronistas mais aclamados do Brasil. Nasceu em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É filho do também escritor Érico Verissimo, um dos ícones do modernismo brasileiro. Em 1941, mudou-se para os Estados Unidos, onde começou seus estudos. Na adolescência, estudou na Roosevelt High School, em Washington. Lá, adquiriu um gosto pelo jazz e aprendeu a tocar saxofone. Voltou ao Brasil apenas em 1956. De volta a Porto Alegre, o autor iniciou sua carreira no departamento de artes da Editora Globo. Em 1960, integrou o grupo Renato e seu Sexteto, que se apresentava na cidade. Dois anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar como tradutor e redator publicitário. O autor retorna a Porto Alegre em 1967, onde reside até hoje. Nessa época, atuou como revisor de textos no Jornal Zero Hora, onde assinou sua coluna diária alguns anos depois. Também escreveu para o Folha da Manhã e o Jornal do Brasil. Seu livro de estreia, O Popular, é uma coletânea dos textos que ele escreveu para os jornais. Lançado em 1973, foi o

15 autobiografias que todo autor deveria ler para se inspirar!

15 autobiografias que todo autor deveria ler para se inspirar

Uma autobiografia é uma história de vida, um relato de experiências vividas pelo(a) autor(a). Apesar do nome, nem toda autobiografia é escrita pela própria pessoa.   As autobiografias são escritas para inspirar outras pessoas a se superarem nas suas próprias histórias de vida. Saiba que, provavelmente, seu ídolo nem sempre teve fama, sucesso e dinheiro e deve uma parte da sua vida que não foi contada para o grande público.   Geralmente, esses relatos são revelados em autobiografias e mostram um lado mais humano da figura pública, com revelações de períodos difíceis e atos de superação.    Ler autobiografias pode ser um exercício de inspiração para quem já é autor(a) ou pretende publicar uma obra um dia. Hoje, separamos as autobiografias que são verdadeiros best-sellers e são leituras bem-vindas na carreira de todo(a) escritor(a). Confira! Menu de navegação 1. Em busca de mim, um livro de Viola Davis A ganhadora do Oscar, Viola Davis reúne fãs no mundo todo, afinal, ela é uma estrela completa: apresentadora, atriz e produtora.    Não à toa, acumula em sua carreira: um Oscar, um Emmy Award, dois Tony Awards e um Grammy, se contemplada com os principais prêmios da indústria do entretenimento, se tornando a décima oitava personalidade do mundo e a terceira mulher negra a conquistar o título EGOT.   Foi considerada uma das personalidades mais influentes do mundo em duas oportunidades, em 2012 e em 2017, pela Revista Time. Em sua autobiografia, ela conta sua história de superação sem romantizar suas experiências de vida. Viola narra as condições precárias na infância, onde passava por situações como preconceito, medo e fome.    E, mesmo com todas essas adversidades, Viola nunca desistiu do propósito de vida e lutou para chegar onde chegou.    Viola Davis atuou em dezenas de filmes e séries, dentre eles, podemos destacar: Doubt (2008), The Help (2011), Won’t Back Down (2012), Fences (2016), The Women King (2022) e a aclamada série How to Get Away with Murder (2014-2020). 2. Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã  Malala Yousafzai é uma jovem ativista paquistanesa que levantou sua voz para lutar pelos direitos das mulheres à educação na região do vale do Swat, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no Paquistão, onde os talibãs impedem as jovens de frequentarem a escola.     Porém, em outubro de 2012, em uma terça-feira, Malala quase pagou o preço com a vida quando foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus na volta da escola. O ato escancara  o preconceito e violência cometido por extremistas religiosos que acreditam que o fato da menina estudar era uma afronta à cultura do país.   Poucos acreditavam na sua sobrevivência, mas um milagre aconteceu e Malala se recuperou. Depois disso, sua vida mudou completamente. Ela deixou o norte do Paquistão para uma reunião das Nações Unidas em Nova York, tudo isso aos 16 anos.   Desde então, a jovem tornou-se um símbolo mundial de luta do direito das mulheres e foi a pessoa mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz.    “Eu sou Malala” conta a história de uma família expatriada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade altamente machista.   A obra foi escrita em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb e traz a realidade das culturas extremistas religiosas da Ásia meridional, muitas vezes desconhecida e incompreendida pelo Ocidente.    Atualmente, Malala mora no Reino Unido. Ela é autora e continua lutando pelo direito à educação de forma igualitária para todas as crianças e adolescentes do planeta. 3. Uma Vida Sem Limites, por Nick Vujicic Você conhece a figura de Nick Vujicic? O homem que nasceu sem pernas (apenas com dois pés mal formados) e sem braços devido a uma síndrome rara chamada Tetra-amelia.  Para muitos e para o próprio Nick, por algum tempo, ele não teria uma vida além de dor e humilhação. Porém, Nick quis que seu futuro fosse diferente e se propôs a seguir seus sonhos, superando sua deficiência e disposto a fazer acontecer. Mal sabia ele que uma vida plena e cheia de realizações estava o esperando e que se tornaria um exemplo para outras pessoas.  Em sua autobiografia, Nick conta sua batalha emocional para conviver com a deficiência na infância e adolescência até encontrar seu propósito de vida: motivar outras pessoas. À medida que conseguia suas conquistas, foi percebendo que sua deficiência estava apenas na sua mente e que podia realizar seus sonhos.  Ele conta, em seu livro, que lutou para ser um dos primeiros alunos com deficiência a ingressar no ensino regular de seu país, pois não tinha nenhuma limitação de aprendizado. Aprendeu a escrever com os únicos dois dedos que possui no pé esquerdo. Depois de tentar o suicídio com 8 anos de idade e ser salvo por Deus e por sua mãe (segundo ele próprio), começou a tentar enxergar sua vida de outra forma. Foi, então, com 17 anos, que começou a dar palestras no grupo de oração da sua igreja. Hoje, Nick é um palestrante motivacional internacionalmente conhecido que compartilha a sua fé na vida. Também é autor de outros livros, como “Indomável” e “Fique forte”, e fundou uma ONG chamada “Life Without Limbs” para ajudar outras pessoas que não possuem algum membro do corpo. 4. Minha História, por Michelle Obama Michelle LaVaughn Robinson Obama é conhecida como a primeira mulher negra a se tornar primeira-dama dos Estados Unidos da América.    Na sua autobiografia, ela conta de forma nua e crua a realidade por trás desse papel e detalhes da trajetória ao lado de Barack Obama, até que eles se tornassem o casal mais importante da América.   A autobiografia é dividida em três partes: na primeira, Michelle conta como foi sua infância e juventude, incluindo suas experiências familiares e acadêmicas em Princeton e Harvard. Conta também sobre o preconceito com pessoas negras no

Como começar a escrever seu livro infantil? Confira 8 dicas valiosas!

Texto: como escrever um livro infantil? Confira 8 dicas para começar. Imagem: menina branca sentada em uma pilha de livros e lendo um livro azul

Os livros estão em nossas vidas desde quando ainda nem sabemos andar. Desde bem pequenos, é comum os bebês pegarem os livros com imagens coloridas e que os encantam.   Além disso, muitos pais também têm o hábito de ler para seus filhos, afinal, os livros infantis são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em todas as idades.   E, por existirem livros para todas as faixas etárias, os livros para crianças tem uma parcela significativa do mercado editorial brasileiro. Porém, ainda existe muito espaço para novos escritores, já que há poucos autores especialistas nesse nicho da literatura.   E, hoje em dia, o papel de autores de livros infantis é fundamental para existam obras de qualidade para esse público que, diferentemente das gerações anteriores, tem a distração dos vídeos e jogos dos smartphones.    Afinal, o hábito de leitura na infância desenvolve o senso moral, crítico, fortalece os vínculos afetivos e amplia o vocabulário dos pequenos.   Quer saber como aproveitar esse mercado de títulos infantis e vender para esse público? Acompanhe nossas dicas: O que você vai encontrar neste artigo: 1. Consuma obras do gênero infantil Há uma crença generalizada que escrever é difícil, porém, há caminhos para tornar o processo mais fluido e natural. E um deles é se especializar em uma área e, para isso, nada melhor do que consumir obras desse nicho.    Então, ler livros destinados às crianças é fundamental antes de você se aventurar no processo inicial de escrita. A famosa pesquisa literária é o passo inicial para qualquer gênero literário e não seria diferente para a literatura infantil.   Um livro para criança não se resume a uma simples historinha e uma ilustração, vai muito além disso. Por isso, aproveite os títulos de grandes escritores de histórias infantis e faça uma pesquisa para se inspirar. 2. Escolha linguagem adequada para seu livro infantil A linguagem ideal é sempre aquela mais entendível para seu público. Como estamos falando de livros para crianças, é importante definir qual é a faixa etária que você contemplará na sua obra.   A maioria dos livros infantis têm algo a ensinar às crianças, transmitindo uma lição ao decorrer da narrativa, no entanto, é preciso ter cuidado no modo que essa mensagem será repassada.   Lembre-se sempre da idade das crianças que irão ler seu livro para adequar a linguagem, visto que não cabe um tom adulto e professoral, mas também não se deve infantilizar se sua obra for escrita para pré-adolescentes, por exemplo.   É preciso, então, utilizar uma voz condizente com o seu público-alvo, para conversar com as crianças naturalmente.   3. Estude seu público-alvo A pesquisa de público é válida em todos os gêneros literários e quando decidimos escrever para um público infantil, é necessário estudá-lo, observá-lo e escutá-lo.   É importante entender que tipo de livros fazem sucesso com as crianças. Então, conheça o universo dos seus filhos e sobrinhos (caso tenha) ou busque outras crianças em outros espaços, pois é imprescindível conhecê-las e observá-las para encontrar a melhor temática e linguagem a ser abordada.   Além disso, também é importante conversar com os pais e responsáveis e entender como eles escolhem o que seus filhos vão consumir, afinal, lembre-se que são eles que irão decidir pela compra do seu livro. 4. Atente-se à quantidade de palavras do seu livro Ao escrever para o público infantil, saiba que há uma quantidade de palavras que seu livro deve ter de acordo com a faixa etária. Veja a seguir: Faixa etária até 4 anos Essa é a fase de pré-alfabetização, por isso, os livros não costumam ter tanto conteúdo escrito. Geralmente, as obras variam de 0 a 100 palavras e o possuem um conteúdo mais simples, com muitas ilustrações.  Faixa etária de 4 a 6 anos Nessa fase, as crianças já podem estar na fase de alfabetização e os livros podem ter, em média, 700 palavras. As ilustrações têm papel bem importante e devem se mesclar com o texto para contar a história. O enredo deve ser completo, com começo, meio e fim. E lembre-se que é bem provável que esses livros sejam lidos em voz alta por um adulto. Faixa etária de 6 a 8 anos Já para a faixa etária de 6 a 8 anos, os livros costumam ter de 200 a 20.000 palavras. Nessa fase, as crianças são incentivadas a ler sozinhas e, muitas vezes, o livro será dividido em capítulos. O enredo e o vocabulário devem ser simples, mas o tamanho do livro será visto como um desafio para a criança, que se sente vitoriosa ao concluir a leitura. Faixa etária acima de 8 anos   Quando as crianças estão um pouco mais desenvolvidas no hábito da leitura, os livros podem ter de 20.000 a 35.000 palavras. O enredo começa a ficar um pouco mais complexo, com uma quantidade maior de palavras e sem tantas ilustrações. 5. Preocupe-se com as ilustrações Um livro infantil, muitas vezes, é vendido pela capa, portanto, é fundamental se preocupar com a ilustração da capa e do miolo da sua obra literária.   Boas ilustrações falam por si e, nos livros infantis, elas têm fundamental importância.   As crianças são extremamente visuais e adoram livros com muitas imagens e as ilustrações de personagens e cenários darão um toque especial ao seu livro. 6. Crie um universo original Um aspecto que trará um diferencial para o seu livro é a criação de um universo fantástico original para sua história. Sabemos que na literatura infantil, as possibilidades são infinitas. Temos diversos livros com animais falantes, dinossauros e até mesmo objetos animados.  Você pode criar seres fantásticos de outro planeta em uma história inédita ou mesmo criar um novo planeta terra, onde tudo acontece da sua maneira.  Seres do espaço, com poderes especiais, tudo pode se encaixar de uma forma incrível se você souber amarrar a sua história. Para isso, exercitar sua escrita criativa é fundamental, assim, você irá aflorar suas ideias para construção do seu livro. 7. Coloque a

Como fazer um audiobook: 3 passos para gerar o seu!

Como fazer um audiobook: três passos para gerar o seu

A produção e comercialização de livros em áudio (audiobook) é um mercado que surgiu há alguns anos. O público é formado por pessoas que preferem ouvir um livro enquanto podem fazer outras atividades ao invés de parar um tempo para ler uma obra.   Esse formato de conteúdo surgiu inicialmente como uma ferramenta de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, mas também acabou se mostrando uma excelente forma de expandir o mercado editorial.   Você é autor(a) e está pensando em produzir um audiobook da sua obra e comercializar na internet? Confira as dicas que preparamos para você ter êxito nessa jornada! O que configura um audiobook? Um audiobook nada mais é que um conteúdo narrado disponibilizado em formato de mídia de áudio em que o público pode consumir utilizado os dispositivos reprodutores desse tipo de mídia.   Um audiobook pode ter os seguintes formatos: MP3, AAC, WMA ou M4B. Além disso, tem diferentes durações, dependendo do tamanho do conteúdo da obra e da velocidade da narração. Confira 3 passos para criar o seu audiobook A criação de audiolivros não é tão complexa, mas deve passar por passos fundamentais para que ele seja gerado com uma qualidade suficiente para agradar o público. Conheça quais são esses passos! 1. Produção do conteúdo escrito Se você estiver partindo do zero, obviamente você precisará do manuscrito revisado, já que é fundamental existir um conteúdo escrito para guiar a narração.   Caso você já tenha obras prontas e queira transformá-las também em audiobooks, você já sairá na frente, pois precisará apenas adaptá-las para a narração, eliminando ou reescrevendo frases que não farão sentido no áudio (caso existam no seu livro).   Seu texto tem imagens ou gráficos fundamentais para o entendimento do conteúdo? Você também precisará transcrevê-los de uma forma que faça sentido para o ouvinte. 2. Gravação do áudio Existem alguns caminhos para você realizar a gravação do seu audiobook: contratar um ator, um narrador, narrar por conta própria ou utilizar a Inteligência Artificial para a conversão do texto em áudio. Contratar um ator ou narrador profissional Se você tiver recursos para viabilizar essa contratação, é uma excelente alternativa para criação do seu audiolivro, pois esse profissional é especialista na área e interpretará cada cena da sua obra, dando características aos personagens e emoção para as cenas.  Narrar por conta própria Você também tem essa opção, mas saiba que não será tarefa fácil, principalmente se seu livro for longo. Você precisará ter noções de preparo de voz e manter um tom e uma velocidade constante na narração.   Provavelmente, você também precisará regravar vários trechos quando algumas palavras não saírem completamente audíveis (de forma clara, com a pronúncia correta). Caso seu livro seja um romance ou conte uma história, também é preciso dar vida aos personagens, trazendo emoções para as falas.   Tanto para a opção de contratar um narrador quanto da narração por conta própria, saiba que o arquivo precisará passar por uma edição de áudio para remover ruídos, respirações ou qualquer tipo de erro que tenha passado despercebido no processo de produção, além aumentar a qualidade da sua gravação. Usar a Inteligência Artificial para criar a narração Atualmente, a criação de livros com a ajuda da Inteligência Artificial já é uma realidade e existem diversos softwares que transformam textos em áudio.   Caso opte por essa opção, você precisará pesquisar quais são as ferramentas de IA com essa funcionalidade e optar por aquela que mais te agradar.    É possível escolher qual voz mais combina com seu livro e a velocidade da narração. Contudo, as vozes criadas pelas ferramentas de IA, apesar de serem constantes e não cometerem erros na leitura do seu conteúdo, muitas vezes não são capazes de expressar emoções, como raiva, medo, etc.   Além disso, esse tipo de inteligência narra seu livro apenas na língua que você programar, então, sua obra é majoritariamente em língua portuguesa, mas tem trechos em inglês, francês, espanhol ou qualquer outro idioma, saiba que a Inteligência Artificial pronunciará exatamente como estiver escrito.   E mais, muitas das opções que você encontrar podem ser pagas, principalmente para essa função de narração de textos. 3. Disponibilização do seu audiobook para o público Depois que o arquivo estiver pronto, você pode disponibilizá-lo para a comercialização em plataformas de conteúdo áudio. Você já conhece quais são elas? Veja as principais abaixo: Google Play Livros A plataforma de livros digitais do Google oferece audiobooks em diversos idiomas, incluindo o português e pode ser uma excelente opção para você comercializar seu audiolivro.   O app de livros do Google tem um catálogo com milhares de títulos, que podem ser comercializados individualmente ou por meio de uma assinatura mensal.    O Google permite que os autores publiquem seus audiobooks de forma independente ou por meio de uma editora parceira. A plataforma paga aos autores 70% de royalties sobre as vendas dos seus audiolivros. Apple Books A Apple também oferece uma plataforma de livros para seus usuários e também pode ser uma opção para você disponibilizar seus audiobooks. A empresa também paga 70% de royalties para os autores. Audible A Audible é a plataforma de áudio pertencente à Amazon que chegou no Brasil recentemente, com a oferta de um catálogo com mais de 200 mil títulos em diversos idiomas, incluindo o português.    A plataforma também permite que os autores publiquem os seus audiobooks de forma independente ou por meio de uma editora. O valor pago de royalties para os autores fica na faixa de 25% a 40% sobre as vendas ou as assinaturas dos audiobooks.  Skeelo O Skeelo também tem um catálogo com milhares de audiobooks para quem prefere ouvir os conteúdos. O valor pago aos autores varia de acordo com a faixa de preço dos títulos disponibilizados no app. Storytel A Storytel é uma plataforma sueca com mais de 500 mil títulos em diversos idiomas, que está presente em mais de 20 países, incluindo o Brasil.   A plataforma permite que os autores publiquem seus títulos por

Como escrever um livro infantil: veja dicas da Viseu!

Ilustração de livro infantil aberto com diversos elementos lúdicos saindo para fora

A literatura infantil é fundamental para a educação, já que é por meio da leitura que a criança pode conhecer uma infinidade de universos, adquirir conhecimentos, moldar seu caráter e enxergar o mundo sob uma nova ótica. Não é à toa que os livros infantis sempre estão inseridos nas escolas e fazem parte da educação formal, como instrumentos essenciais para o desenvolvimento dos estudantes no ensino fundamental.  Por isso, é natural afirmar que escrever um livro infantil pode mudar o mundo e se você tem esse sonho, aproveite e confira dicas da Viseu para contar histórias para o público infantil e mostrar sua obra para todos! Afinal, o que é e para que serve a literatura infantil? A literatura infantil é a arte de produzir conteúdo de cunho literário para crianças com o intuito de transmitir conhecimento, apresentando elementos lúdicos e educativos para o público infantil de diferentes idades. A produção literária deve ser direcionada a uma faixa etária específica, já que as crianças são leitores em formação e se desenvolvem de maneira diferente em cada fase da infância. Em resumo, é assertivo afirmar que a literatura infantil é instrumento de desenvolvimento social, emocional e cognitivo para as crianças, além de estimular a criatividade, a imaginação, o raciocínio, a empatia, o respeito, o desenvolvimento cognitivo e da linguagem e formar a sua visão de mundo. E, você, como escritor(a) de obras infantis, pode contribuir com o desenvolvimento de milhares de novos leitores por meio da sua escrita criativa pensada especialmente para os pequenos.   Tipos de literatura para crianças: gêneros para apostar Apesar de entendermos que estamos nos referenciando à literatura infantil de forma geral, existem diferentes gêneros dentro da escrita para crianças e você, como autor(a), pode se dedicar e especializar em um ou mais destes. Conheça os gêneros que mais fazem sucesso no universo infantil: Contos A narrativa, talvez, seja o tipo textual mais conhecido na educação infantil e se faz presente nos contos. As crianças (e adultos) adoram ler contos, pois são os textos que narram histórias que envolvem o leitor em uma linha do tempo que conta os feitos dos personagens.    Quem nunca leu ou ouviu sobre os famosos contos de fada “Chapeuzinho Vermelho”, “Cinderela” ou “A Branca de Neve e os 7 anões”?    No Brasil, podemos citar Monteiro Lobato, como um dos principais autores de literatura infantil, principalmente pela série “Sítio do Pica-pau Amarelo”, com 23 livros de histórias fantásticas que encantou várias gerações. Histórias em quadrinho Os quadrinhos são parte essencial da infância de toda pessoa, afinal, eles fazem muito sucesso entre o público infantil e infanto-juvenil. No Brasil, temos a representação máxima deste gênero na figura de Maurício de Souza, criador da série em quadrinhos de sucesso mundial, “A turma da Mônica”.   Mas, para além do universo de Mônica, Magali, Cebolinha, Cascão, Chico Bento e outros personagens icônicos de Maurício, outros clássicos também fizeram história, como o Zé Carioca, Pato Donald, Pateta e o Mickey.    Mais recentemente, podemos citar a obra “Diary of a Wimpy Kid” (no Brasil: Diário de um Banana), como um dos maiores sucessos entre o público infantil e que usa elementos clássicos dos quadrinhos, sendo um livro best-seller internacional, traduzido para 28 línguas e com milhões de cópias vendidas em todo o mundo.    Quem sabe você não é o próximo(a) Jeff Kinney e tem quadrinhos incríveis aí aguardando para serem publicados? Poesia A poesia também pertence ao universo infantil e encanta aos pequenos, já que usa as rimas para brincar com as palavras e as ilustrações complementam a obra para estimular a imaginação dos leitores.   Elementos verbais e não-verbais se complementam em perfeita harmonia para dar vida a histórias encantadoras para as crianças. Será esse o seu talento? Fábulas As fábulas são histórias curtas e costumam ser protagonizadas por animais ou objetos, embora também podem ter seres humanos como personagens. Uma característica típica das fábulas é que elas sempre terminam com uma lição e sempre são para estimular o senso moral nas crianças. Por isso, muitos professores da educação infantil gostam desse gênero para trabalharem com seus alunos.  A fábula mais famosa é “a formiga e a cigarra”, na qual a formiga trabalha durante o verão, para estocar comida, enquanto a cigarra passa seus dias cantando e descansando e, quando chega o inverno, a formiga é recompensada pelo seu esforço e tem comida de sobra, enquanto a cigarra fica sem ter o que comer.  É uma história ideal para ensinar o valor do trabalho e da precaução para as crianças.   Esses são apenas alguns dos gêneros que funcionam dentro para o universo infantil, mas a sua liberdade de criação é infinita e você pode transitar entre os gêneros que quiser, desde que siga uma escrita que respeite as faixas-etárias, as quais se propôs dedicar suas obras. Processos de escrita: início, ápice e final feliz? Como você pôde ver, um título de literatura infantil deve prever a faixa etária do leitor, atender aos seus interesses e respeitar as suas possibilidades. Isto é, a estrutura e o estilo de linguagens devem se adequar às experiências da criança.    Os temas devem fazer parte do universo infantil e, ao mesmo tempo, podem apresentar elementos novos que prenderão a atenção dos pequenos.    Em relação ao desenvolvimento da história, é comum que os autores sigam a fórmula introdução, ápice ou conflito e final feliz, afinal, é importante sempre ter em mente que estamos escrevendo para crianças e elas esperam que os personagens, os quais se apegam fiquem bem no final.   Mas, mais uma vez, ressaltamos que você tem liberdade criativa para desenvolver suas obras e pode criar a sua própria fórmula de sucesso dentro da literatura infantil. Então, deixe sua criatividade aflorar e crie enredos, cenários e personagens nunca vistos antes!   Por que escrever para crianças? A literatura infantil é incrível e apresenta infinitas possibilidades entre escritas verbais e não-verbais e você pode conduzir seu leitor em viagens fantásticas pelo universo.   Além

O que é uma autobiografia: Descubra os tipos, estruturas e mais

o que é uma autobiografia

O que é uma autobiografia? Se você está pensando em publicar um livro sobre a sua história de vida, provavelmente você já fez ou está se fazendo essa pergunta.  Autobiografia é um dos gêneros literários que vem conquistando a preferência dos leitores a cada ano e assumindo outros formatos, como o audiobook. Muita gente compara a autobiografia com uma fofoca contada pelo próprio autor. Porém, acredito que isso seria reduzir muito a sua história de vida a um “disse me disse”, um mexerico corriqueiro qualquer. A Autobiografia é um tipo de texto com objetivo de transmitir mensagens poderosas, além de inspirar e emocionar o leitor. Se você acredita que esse é o propósito do seu livro autobiográfico, está no lugar certo. Neste conteúdo, vou te contar o que é a autobiografia, quais as características e tipos mais comuns. Vem comigo! O que é uma autobiografia? A autobiografia é um tipo de gênero textual em que o autor conta ou narra a própria história de vida. No geral, ela é escrita em primeira pessoa e narra experiências, vivências ou a vida inteira de políticos, artistas, celebridades e outras figuras de importância social ou histórica. Porém, a autobiografia é um formato que pode ser utilizado também por pessoas anônimas ou que tenham o objetivo de compartilhar sua história de vida com leitores. O formato é encontrado não somente em formato de livros, mas também em matérias do gênero jornalístico, no cinema e outras expressões artísticas. Uma curiosidade é que a minha e a sua rede social também pode ser vista como uma autobiografia (uma mini-autobiografia, na verdade) onde revelamos trechos selecionados de nossa vida. Ou seja, uma ótima forma de imaginar como seria um livro que conte sua vida. Para que serve a autobiografia? A autobiografia pode servir a objetivos educativos, como também para fins artísticos e informativos. É muito comum que esse tipo de livro se posicione em uma faixa temporal ou espacial, tecendo as relações e experiências vividas em um contexto histórico específico. Assim, independente da finalidade, todas elas apresentam um sentido educativo, já que nos permite entender e compreender a vida sobre através das lentes de outro alguém. Como é a estrutura de uma autobiografia? A autobiografia tem uma estrutura baseada em acontecimentos do passado. Nesse sentido, o resgate de lembranças e situações vividas é o fator principal desse tipo de gênero textual. Estruturalmente, a biografia se divide da seguinte forma: Título – As opções mais comuns trazem o nome do autor e uma frase que define o período ou fase retratada no livro; Introdução – Apresenta informações iniciais e mais básicas sobre o autor, como onde mora, idade, data de nascimento etc; Corpo do texto – É onde você apresenta propriamente os fatos, em ordem cronológica e com o encadeamento lógico de ações; Conclusão – É o encerramento da história, em que o autor narra os momentos finais de uma fase e apresenta também suas considerações finais. Existem outros fatores que devem ser contemplados na autobiografia. Entre eles, as datas importantes, os locais onde a histórias se passou precisam estar claras para o leitor. Além disso, ter um texto escrito em primeira pessoa e uma ordem cronológico de fatos são detalhes fundamentais que precisam ser consideradas na hora de escrever. Para isso, o autor deve ter conhecimentos sobre linearidade de escrita, para evitar que a história fique confusa. Não esqueça de narrar seu convívio com pessoas importantes ou que marcaram fases da sua vida. Aproveite para apostar em detalhes que despertam os sentidos do leitor. Quais são os formatos possíveis de autobiografia? Um livro de autobiografia pode assumir diversos formatos, permitindo com que você escolha a maneira que mais dialoga e combina com sua história. Entre as diversas possibilidades de formato estão: Diário A autobiografia em formato diário tem no destaque das datas uma das suas principais características. Assim, são elas que dão o direcionamento e agem para o desenvolvimento do clímax e desfecho da história. Esse é um dos primeiros passos para transformar seu diário pessoal em um livro. O diário pode ser bastante interessante se você entender que o leitor vai se identificar melhor com esse formato de narrativa. Memórias Uma autobiografia em formato de memórias tende a ser mais fragmentada. Por isso, é muito importante compensar a fragmentação (seja temporal ou espacial), investindo na profundidade narrativa ou dramática. Assim, pode ser interessante optar por apenas um trecho da sua vida, aquele em que as experiências foram mais significativas. Poema Já pensou em escrever uma autobiografia em poema? Essa seria uma escolha lúdica de apresentar sua história. O poema permite que você brinque com as palavras, podendo transmitir emoções de forma leve, mas sem deixar de apresentar uma experiência profunda ao público leitor. Audiobook Recentemente, a cantora Rita Lee lançou uma autobiografia em formato audiobook, com um título Rita Lee: uma outra autobiografia. A artista já havia lançado o título “Rita Lee: uma autobiografia” que havia sido um sucesso de crítica e recepção, isso em 2016. O Audiobook da roqueira está entre os 10 mais vendidos da Amazon nesse tipo de formato, nas categorias de Biografias de Artes e Cultura, Biografia de Mulheres e Biografia de Celebridades e Apresentadores. Isso mostra que o audiobook é uma possibilidade para todos e pode trazer ganhos e frutos a médio e longo prazo! O que é uma autobiografia curta ou mini autobiografia? A autobiografia curta ou mini autobiografia é um relato curto e breve de um trecho da sua vida. Devido ao tamanho do sub-gênero, o autor precisa optar por um ou dois fatos relevantes para narrar. Esse tipo de narrativa tem se popularizado nas redes sociais, seja no Instagram, Facebook ou LinkedIn. Para isso, é importante observar as características da rede social. Por exemplo, o LinkedIn é uma rede social para relações profissionais. Dessa maneira, uma mini autobiografia que valorize aspectos da sua carreira tem tudo a ver com a proposta da rede. Por outro lado, o Instagram pede um conteúdo mais leve, divertido e bem menos

Como escrever um romance? Veja o guia completo da Viseu!

Você sabia que, segundo pesquisas recentes, o gênero de romance representa um dos segmentos mais lucrativos do mercado editorial global? Com uma receita anual que chega a bilhões, os romances não apenas capturam corações, mas também mentes curiosas em todo o mundo. Mas o que realmente faz um romance ser tão atraente? E mais importante, como você pode transformar suas ideias em um romance que prenda a atenção dos leitores e deixe uma marca indelével em seus corações? Neste artigo, mergulharemos no fascinante mundo da escrita de romances. Desde a concepção da ideia inicial até o momento em que seu trabalho chega às mãos dos leitores, abordaremos todas as etapas essenciais. Seja você um escritor aspirante buscando orientação para dar os primeiros passos, ou um autor experiente procurando aprimorar suas habilidades, este guia oferecerá insights valiosos e dicas práticas para ajudá-lo a criar uma obra literária que não só entretenha, mas também inspire. Índice Definindo o gênero de seu romance Ao embarcar na jornada de escrever um romance, uma das primeiras e mais cruciais decisões que você enfrentará é a escolha do gênero. O gênero não apenas molda a narrativa, mas também ajuda a definir o público-alvo do seu livro. Vamos explorar alguns gêneros populares e considerações importantes para sua escolha. Romance histórico  Ambientado em épocas passadas, o romance histórico requer uma pesquisa rigorosa para recriar com precisão o período em questão. Se você tem uma paixão pela história e um olhar atento aos detalhes, este gênero pode ser uma escolha fascinante. Romance policial Ideal para quem adora enigmas e suspense, o romance policial gira em torno de um crime e sua resolução. Este gênero desafia o autor a criar tramas complexas e personagens astutos. Romance de fantasia Se você deseja criar mundos e criaturas completamente novos, o romance de fantasia é o seu campo de jogo. Aqui, a imaginação é o limite, e você tem a liberdade de construir universos únicos. Romance científico Para os aficionados por tecnologia e ciência, este gênero combina elementos científicos com a narrativa fictícia. É um campo fértil para exploração de futuros possíveis e inovações tecnológicas. Romance contemporâneo Ambientado no presente, este gênero se concentra em temas e questões atuais. É uma ótima opção se você deseja explorar relações humanas e sociais de uma maneira mais próxima à realidade do leitor. A escolha do gênero deve estar alinhada com seus interesses e paixões. Escrever sobre algo que você ama ou que lhe fascina tornará o processo mais prazeroso e autêntico. Além disso, um autor apaixonado pelo seu gênero consegue transmitir essa paixão para os leitores, criando uma conexão mais profunda com sua audiência. Lembre-se, o gênero não limita sua criatividade, mas serve como um guia para moldar sua história e atrair leitores que compartilham dos mesmos interesses. Ao definir o gênero do seu romance, você dá o primeiro passo em direção à criação de uma obra que ressoa não apenas com você, mas também com seu público. Desenvolvendo personagens e enredo de seu romance Para criar uma história que cativa os leitores, é fundamental desenvolver personagens memoráveis e um enredo cativante. Aqui estão algumas dicas e estratégias para ajudá-lo nesse processo criativo. Criando personagens memoráveis para um romance Profundidade e complexidade dos personagens Crie personagens com camadas de complexidade. Eles devem ter qualidades, defeitos, sonhos, medos e contradições, assim como pessoas reais. Isso os torna mais relacionáveis e interessantes. Evolução dos personagens Permita que seus personagens cresçam e evoluam ao longo da história. Uma transformação, seja ela positiva ou negativa, mantém os leitores engajados e mostra a profundidade do seu desenvolvimento. Conexões realistas dos personagens Desenvolva relações entre os personagens que sejam autênticas e críveis. Seja uma amizade, romance ou rivalidade, essas interações devem refletir a complexidade das relações humanas. Motivações claras dos personagens Cada personagem deve ter motivações claras que impulsionem suas ações. Isso ajuda a criar uma narrativa coerente e a dar aos leitores uma razão para se importarem com os personagens. Elaborando um enredo cativante para um romance Conflito e tensão em um enredo Um enredo cativante muitas vezes gira em torno de um conflito central. Este pode ser interno (dentro do personagem) ou externo (entre personagens ou com o ambiente). O conflito cria tensão e mantém os leitores ansiosos pelo desenrolar da história. Estrutura narrativa de um enredo Considere a estrutura do seu romance. Uma abordagem comum é a jornada do herói, mas existem muitas outras que podem servir de base para sua história. Estruturar bem o enredo ajuda a manter um bom ritmo e a garantir que cada cena contribua para a história. Reviravoltas surpreendentes em um enredo Surpreenda os leitores com reviravoltas inesperadas. Isso não apenas mantém o interesse, mas também adiciona profundidade à sua narrativa, desafiando as expectativas dos leitores. Climax e resolução em um enredo Construa um clímax emocionante que seja o ponto alto do seu conflito. A resolução deve ser satisfatória, amarrando as pontas soltas e oferecendo um fechamento adequado à jornada dos personagens. Lembre-se, personagens bem desenvolvidos e um enredo cativante são a alma de qualquer bom romance. Dedique tempo para planejar e refinar esses elementos, pois eles são essenciais para envolver seus leitores e tornar sua história memorável. A arte de escrever um romance Dominar a arte da escrita é essencial para transformar uma boa ideia em um romance de sucesso. Vamos explorar técnicas para escrever diálogos naturais e descrições vívidas, além de entender a importância da revisão e da edição. Romance com diálogos naturais Autenticidade: O diálogo deve soar natural e verdadeiro para os personagens. Pense em como a pessoa realmente falaria, considerando sua idade, origem, educação e personalidade. Economia de palavras: Diálogos não devem ser excessivamente longos ou cheios de informações desnecessárias. Cada fala deve ter um propósito claro, seja avançar a trama, revelar algo sobre um personagem ou criar tensão. Evitar exposição excessiva: Evite usar diálogos para explicar demais a trama. Informações importantes podem ser reveladas de maneira mais sutil e integrada à narrativa. Diferenciação de vozes: Cada personagem deve ter uma

Nicho literário: conheça os tipos de ficção na literatura

Tipos de ficção - Conheças os diferentes nichos literários

Em meio ao vasto oceano da literatura, identificar e se aprofundar em um nicho literário específico (tipos de ficção)  é semelhante a encontrar uma bússola, direcionando o escritor em sua jornada criativa. Compreender o próprio nicho não apenas guia a mão do autor ao papel, mas também acentua a autenticidade e o foco da obra. Quando uma história é construída dentro das características de um nicho escolhido, ela ressoa com mais força, tocando o coração dos leitores que buscam precisamente aquela experiência, aquele universo, aquele sentimento. Escolher um nicho literário traz inúmeros benefícios, tanto para o escritor quanto para o público. Para o autor, representa uma clareza no processo de escrita, fornecendo um roteiro definido e uma compreensão mais profunda de temas, tramas e arquétipos. Para o leitor, um livro escrito dentro de um nicho específico é um convite personalizado, uma promessa de que suas expectativas serão atendidas e muitas vezes superadas. Um nicho bem escolhido e estudado é a ponte que liga eficazmente a paixão do escritor à alma do leitor. Índice | Navegue pelo artigo O que é um nicho literário? Em termos técnicos, um nicho literário refere-se a um segmento ou categoria específica dentro do amplo espectro da literatura. Estes segmentos são definidos com base nas temáticas, estilos e abordagens distintas que determinada obra apresenta. Mas como um autor pode realmente determinar seu nicho? O primeiro passo é uma autoanálise. Questione-se: sobre quais temas você mais gosta de escrever? Que tipo de livros você mais gosta de ler? Suas respostas indicarão os nichos que mais ressoam com sua essência criativa. O nicho é definido pelo público-alvo Cada nicho literário não é apenas uma categoria temática, mas uma comunidade de leitores que partilham interesses e paixões semelhantes. Esse grupo busca representação, entendimento e conexão através da literatura. Assim, ao escolher um nicho, você não está apenas decidindo sobre um tema, mas, optando por falar diretamente com um público específico, com suas peculiaridades e expectativas. Dentro da ficção existem vários nichos: conheça seus conceitos A vastidão da literatura de ficção oferece uma gama ampla e intrigante de nichos, cada um contribuindo com uma cor única ao espectro literário. Veja a seguir alguns dos principais nichos da ficção: Investigativo ou policial Este nicho captura a mente do leitor com intrigas e reviravoltas. Entre suas obras temos “Poirot Investiga”, de Agatha Christie, onde a autora habilmente tece enredos complexos e desafiadores para o detetive belga. Ficção científica Além de explorar futuros imaginativos, este nicho faz importantes comentários sociais. Philip K. Dick, com obras como “O Homem do Castelo Alto”, oferece perspectivas distópicas que refletem sobre nossa sociedade. Romântico Romances não são apenas histórias de amor, mas também exploram a complexidade das relações humanas. Um belo exemplo neste nicho é “E o Vento Levou” de Margaret Mitchell, uma trama épica de amor e guerra. Literatura erótica A literatura erótica, além de se focar em relações sensuais, muitas vezes explora a psique humana e desejos ocultos. “Delta de Vênus” de Anaïs Nin é um exemplo elegante e sofisticado do gênero. Magia e fantasia Estes mundos imaginários também são reflexos das esperanças, medos e desejos da humanidade. “As Crônicas de Nárnia” de C.S. Lewis, por exemplo, combina fantasia com profundos temas teológicos. Suspense ou terror Além de provocar medo, estas histórias exploram o desconhecido e os limites da psique humana. Clive Barker, com “Livros de Sangue”, redefine os limites do horror moderno. A importância de estudar um nicho antes de produzir seu livro Dedicar-se ao estudo de um nicho literário antes de embarcar na jornada de escrever um livro é como construir os alicerces sólidos de uma casa.  Ao compreender profundamente as nuances, as expectativas e as temáticas recorrentes de um nicho, o escritor posiciona-se em uma posição privilegiada para criar uma obra que não apenas ressoará com seu público-alvo, mas que também trará novas perspectivas e frescor ao gênero. Sem esse estudo aprofundado, corre-se o risco de criar conteúdo superficial ou desconectado das paixões e interesses daqueles que mais valorizam o nicho escolhido. Além disso, entender um nicho também traz clareza ao processo de escrita. Quando se conhece o terreno no qual se está pisando, a estrutura da narrativa, os desenvolvimentos dos personagens e até as reviravoltas da trama tornam-se mais intuitivos e alinhados ao que os leitores esperam, e, ao mesmo tempo, surpreendentes dentro dessas expectativas.  A familiaridade com os maiores expoentes do nicho, suas obras-primas e os temas que eles abordaram, serve como uma bússola, guiando e inspirando o autor a explorar territórios inexplorados dentro do nicho. Por fim, o estudo de um nicho literário também facilita significativamente o processo de promoção e marketing do livro após sua conclusão.  Ao compreender exatamente quem é seu público-alvo, quais são seus hábitos de leitura e o que os atrai em um livro, um escritor pode desenvolver estratégias de marketing mais eficazes e direcionadas. Ao abraçar e entender seu nicho, o autor honra a tradição do gênero literário e pavimenta o caminho para seu próprio sucesso e reconhecimento no mundo literário. Escreva sobre o que lhe traz fascínio e euforia Sua autenticidade como escritor reside em sua paixão. Escrever sobre o que verdadeiramente lhe fascina garante que sua obra ressoará com os leitores e criará uma conexão profunda. “Escreva bêbado; revise sóbrio”, essa citação de Ernest Hemingway encapsula a ideia de se deixar levar pela paixão no processo de escrita.  Outra frase é de Maya Angelou: “Há um prazer na escrita que não se compara a nenhuma outra coisa”. Ambas destacam a necessidade de encontrar fascínio e euforia na escrita. Quando se escreve com paixão, o leitor sente e se conecta com a obra de forma autêntica. O universo literário é vasto e a Editora Viseu celebra essa diversidade publicando obras de todos os nichos e dando voz a autores apaixonados. Convidamos você, escritor, a conhecer nosso processo de publicação e a fazer parte dessa jornada literária conosco. Seu nicho está esperando por você!

6 livros sobre educação: Obras transformadoras que discutem o cenário educacional brasileiro

6 livros sobre educação publicados pela Viseu

Ensinar não é uma tarefa nada fácil. Porém, como campo de estudo, a educação tem evoluído significativamente ao longo do tempo, impulsionado pela contribuição valiosa de inúmeros teóricos e pesquisadores com seus livros sobre educação. São muitos os estudiosos que se dedicaram a compreender os mecanismos da aprendizagem e aprimorar os métodos de ensino. Cada um deles, e muitos outros, trouxeram diversas teorias e práticas que contribuíram para o avanço do campo educacional. Mas, é importante se manter atualizado, afinal, ao longo dos tempos, a educação passou por transformações significativas, influenciadas por fatores sociais, culturais, políticos e tecnológicos. A partir dessas mudanças e reflexões, um vasto corpo de literatura sobre educação foi produzido, trazendo à tona abordagens inovadoras para o processo de ensino-aprendizagem. Neste texto, você entenderá qual a função dos livros sobre educação e quem é o seu público-alvo. Além disso, mostraremos 6 livros sobre educação publicados pela Viseu. Continue a leitura. Qual a função dos livros sobre educação? Os livros sobre educação são importantes na jornada intelectual tanto de pais quanto de profissionais na educação. Contudo, a função dessas obras educacionais vai muito além de simplesmente transmitir informações teóricas; elas nos convidam a refletir, a questionar e a encontrar respostas para os desafios que enfrentamos na arte de educar. Além disso, os livros sobre educação proporcionam uma compreensão mais profunda das necessidades e potencialidades das crianças e jovens, auxiliando no apoio e na orientação para um crescimento saudável e bem-sucedido. Quem é o público-alvo ideal para livros sobre educação? Os livros sobre educação têm um público-alvo amplo e diversificado. Engana-se quem pensa que apenas pedagogos e pessoas que trabalham com educação são os únicos que se interessam por essas obras. Eles podem cativar e beneficiar diversos públicos, cada um com suas necessidades e interesses específicos. Veja a seguir alguns deles: 1. Pedagogos e Educadores: Essas duas figuras são importantíssimas para o nosso sistema educacional. Afinal, eles que estão guiando e inspirando os alunos em seu processo de aprendizado. As obras sobre educação são uma fonte inesgotável de conhecimento para esses profissionais, fornecendo-lhes insights sobre as teorias pedagógicas, estratégias de ensino, metodologias inovadoras e abordagens inclusivas. 2. Gestores Escolares: Os gestores das escolas desempenham um papel crucial na administração e no desenvolvimento das instituições de ensino. Por isso, eles precisam estar atualizados sobre as melhores práticas de gestão educacional, liderança e políticas educacionais relevantes. Assim, os livros educacionais oferecem uma visão abrangente das tendências e desafios no campo da gestão escolar. 3. Famílias: O envolvimento dos responsáveis no processo educativo é essencial para o crescimento dos pequenos. Para essas famílias preocupadas em proporcionar o melhor ambiente de aprendizado para seus filhos, os livros sobre educação oferecem conhecimentos valiosos. Essas obras podem ajudá-los a compreender o desenvolvimento infantil, estimular a leitura em casa, apoiar o aprendizado socioemocional e lidar com desafios específicos, como por exemplo, a como escolher a escola certa para a criança. Agora que você já sabe quais são os principais públicos-alvo das obras sobre educação, vamos te mostrar 6 livros educacionais para te inspirar. Vamos conhecer 6 livros sobre educação publicados pela Viseu 1) A educação pelo amor e para o amor da autora Roselene Borges Kopak Nesta obra, enfatiza-se que criar e educar os filhos é um desafio, mas essencialmente uma questão de amor. A autora destaca o papel dos pais como primeiros mestres, transmitindo valores como cuidado e respeito através de práticas diárias, como orações. O livro também destaca a importância da educação escolar no desenvolvimento acadêmico e enfatiza que o amor é a chave para alcançar o perdão, algo que todos os seres humanos merecem, independentemente de crenças. “A Educação pelo Amor e para o Amor” é uma obra direcionada a pais e educadores, oferecendo orientação valiosa para uma educação amorosa e transparente em todas as fases da vida dos filhos 2) Educação de filhos da autora Maria Luiza Paulozzi Este livro é voltado para pais e profissionais que lidam com famílias, oferecendo uma nova perspectiva sobre a educação, visando uma melhor compreensão das crianças e adolescentes. Ele apresenta abordagens sistêmicas para atuar como educadores de forma reflexiva, estimulando mudanças no pensamento, comportamento e visão. Essa abordagem busca entender o significado de cada comportamento da criança ou adolescente, eliminando a culpa e focando nas relações. A educação se torna mais horizontal e menos impositiva, contrastando com métodos tradicionais. O livro destaca a importância do modelo de comportamento transmitido entre gerações, influenciando o processo de educar. Seu objetivo é que pais e educadores encontrem uma nova abordagem para lidar com crianças, adolescentes e famílias, buscando sucesso em suas profissões e transformando problemas em oportunidades de solução. 3) Cultura empreendedora na educação do autor Marcos Daniel de Lima Este livro oferece soluções simples, porém eficazes, para a educação, com base em experiências de países que se tornaram potências econômicas. Aborda a situação atual de emprego e renda no Brasil e compartilha as bem-sucedidas práticas adotadas por esses países, que o autor visitou e observou de perto a forte inclusão social através de uma educação focada no empreendedorismo. Seu objetivo é alcançar educadores de todos os níveis e incentivá-los a se tornarem agentes de transformação para uma geração de jovens brasileiros que enfrentam desafios na busca por direção e oportunidades. 4) Linguagem dramática na educação infantil da autora Marcia Godinho Lois Essa obra investiga a forma de comunicação das crianças, focando na arte como disciplina que pode responder melhor à natureza exploratória e inventiva do aprendizado infantil, graças ao seu caráter plástico e mutável. No entanto, no contexto da escola, as rotinas frequentemente padronizam corpos, vozes, pensamentos e emoções, resultando em uma redução e subestimação do papel da arte, frequentemente rotulada com termos como “teatrinho” ou “pecinha”. Isso levanta questionamentos sobre qual é exatamente o papel da arte no currículo escolar e se ela está encontrando o espaço que merece entre as outras disciplinas. 5) Conscientização de Pais e Profissionais da educação em neurodesenvolvimento da autora Adriana Cristina R. M. de Alcântara O livro de Adriana Moreira é uma fonte de orientação valiosa para pais, profissionais

Como fazer um conto: 10 dicas para destravar sua criatividade

Como fazer um conto: 10 dicas para setravar sua criatividade

Adentrar o mundo da escrita criativa pode ser uma jornada emocionante e gratificante. E uma das melhores maneiras de começar é aprendendo a escrever um conto. Esse formato mais enxuto permite que os escritores mergulhem diretamente no coração de uma história. Assim, exploram temas, personagens e emoções de maneira impactante e concisa. Neste artigo, vamos guiar você pelo processo de criar um conto envolvente e cativante. São dicas valiosas e estratégias eficazes para transformar suas ideias em narrativas que encantarão e impressionarão seus leitores! Prepare-se para soltar a imaginação e embarcar na aventura de se tornar um contador de histórias habilidoso e inspirador.   O que é um conto literário? O conto é um gênero literário de prosa narrativa que se caracteriza pela brevidade e foco em um único evento ou conflito central. Por seu tamanho diminuto, costuma ter poucos personagens, mas possui começo, meio e fim bem demarcados. Com um escopo mais limitado do que o romance, o conto permite explorar um tema, emoção ou situação específica de maneira eficiente e impactante. Sem a distração de múltiplas tramas e personagens secundários, o conflito tem a atenção total tanto do autor como do leitor. Uma conhecida metáfora do escritor argentino Julio Cortázar compara a escrita a uma luta de boxe, na qual o romance vence o leitor por pontos, enquanto o conto vence por nocaute. Ao condensar a história em um espaço reduzido, desafia o escritor a utilizar sua criatividade para cativar e atingir o leitor rapidamente. Qual a estrutura de um conto? A estrutura de um conto geralmente segue um padrão conhecido como “arco narrativo”, que consiste em: Exposição: apresentação dos personagens, ambiente e situação inicial. É aqui que o leitor irá conhecer e se interessar pela história; Conflito: introdução do problema ou dilema central, que altera a situação inicial. É o pontapé que tira os personagens da zona de conforto e propele a narrativa; Desenvolvimento: ação e progressão da história em direção a um clímax. Mostra os personagens e seus esforços para resolver o conflito apresentado; Clímax: ponto de maior tensão ou virada na história. Traz consigo grandes mudanças para a história e seus personagens; Desfecho: resolução do conflito e conclusão da narrativa. Pode acabar com o sucesso ou fracasso do protagonista, ou ainda de maneira mais aberta. Essa estrutura pode ser adaptada conforme a criatividade do autor e a necessidade da história. Existe tamanho ideal para o conto? Em média, os contos variam de 1.000 a 10.000 palavras, mas não há um número exato a seguir. O tamanho ideal é aquele que permite ao autor transmitir sua mensagem e criar uma experiência envolvente para o leitor, sem se perder em detalhes irrelevantes. Eles podem variar desde histórias extremamente curtas, chamadas de microcontos, até narrativas mais extensas, porém sempre mais curtas do que um romance. O importante é manter a concisão, ritmo e foco do texto. Quais os tipos de conto? Existem diversos tipos de contos, cada um com suas características específicas. Alguns dos mais populares são: Conto de fadas O conto de fadas apresenta elementos mágicos e personagens arquetípicos, como príncipes, princesas, bruxas e animais falantes. Conto fantástico O conto fantástico explora elementos sobrenaturais, mágicos ou futuristas, misturando a realidade com o imaginário. Conto popular Este tipo de conto é caracterizado por ser transmitido de geração em geração, normalmente de forma oral, e costumam ser muito conhecidos dentro de suas culturas. Conto erótico O conto erótico aborda temas relacionados à sensualidade e sexualidade, geralmente focado no aspecto emocional e descritivo das experiências. Conto de mistério Este tipo de conto envolve enigmas, investigações e segredos, mantendo o leitor interessado e intrigado até o final. Conto infantil O conto infantil é voltado para o público infantil e geralmente apresenta histórias simples, com linguagem acessível e lições de moral. Conto de terror Neste tipo de conto, o autor cria uma atmosfera de tensão, suspense e até medo, mantendo o leitor ansioso pelo desfecho. Conto psicológico O conto psicológico tem como característica principal o foco nos aspectos psicológicos de seus personagens, mergulhando na mente humana e explorando conflitos internos. Exemplos de conto O conto é um dos gêneros literários mais bem servidos em termos de bons exemplos. Diversos escritores se aventuraram nessas narrativas mais breves, produzindo textos de muito sucesso: A queda da casa de Usher, de Edgar Allan Poe: considerado um dos precursores do conto moderno, Edgar Allan Poe utiliza uma linguagem rica e imagética para criar histórias de mistério e suspense. Neste conto, explora uma mansão lúgubre que vai ruindo aos poucos, junto à saúde e sanidade da família residente. A metamorfose, de Franz Kafka: considerado um dos escritores mais influentes do século XX, Franz Kafka ficou muito conhecido por seu absurdismo e narrativas breves. Neste texto, ele narra a história de Gregor Samsa, que em uma fatídica manhã acorda transformado em um inseto gigante e repulsivo. Amor, de Clarice Lispector: grande escritora modernista brasileira, Clarice Lispector é autora de romances, crônicas, poesias e contos memoráveis. Nesta história, a autora explora o psicológico de Ana, uma mãe e esposa dedicada que repensa sua vida em uma viagem corriqueira de bonde. Missa do galo, de Machado de Assis: um dos maiores nomes da literatura brasileira, se não o maior, Machado de Assis escreveu inúmeros contos. Aqui, o narrador relembra uma conversa instigante que teve na juventude com uma mulher mais velha tarde da noite, enquanto esperava para ir à missa do galo. A caçada, de Lygia Fagundes Telles: conhecida como a dama da literatura brasileira, Lygia Fagundes Telles é uma das contistas mais renomadas do país. Em A caçada, narra a história de um homem que fica encantado por uma tapeçaria que parece muito real em uma loja de antiguidades. Essas histórias demonstram a diversidade e a riqueza de temas e estilos que podem ser explorados no formato de conto. Confira aqui alguns dos contos mais icônicos da literatura brasileira e conheça ainda mais narrativas nas quais se inspirar! Como fazer um conto: 10 dicas criativas Dominar a arte

EDITORA VISEU LTDA CNPJ: 13.805.697/0001-10 Av. Duque de Caxias, 882. Sala 503, Torre I - Zona 7, Maringá - PR, CEP: 87020-025