Maria Caminhoneira Sertania: a força feminina e as estradas do Sertão nas palavras de Samuel Britto

Entre poeira, coragem e amor, o jornalista e escritor sertanejo Samuel Britto transforma vivências reais em literatura que emociona e inspira. Por trás das histórias que o Brasil inteiro já viu nas telas da TV, há um contador de histórias com alma de sertanejo. Jornalista há quase três décadas e responsável por mais de 600 reportagens exibidas em programas da Globo Nacional e Internacional, Samuel Britto agora volta seu olhar para a literatura — e apresenta ao público Maria Caminhoneira Sertania e Seus Contos Heroicos, Românticos, Sertanejos, publicado pela Editora Viseu. A obra é uma homenagem à força das mulheres nordestinas e à própria história do autor, que transforma suas experiências pessoais e profissionais em ficção poética, humana e profundamente real. Conheça essa história.   Um contador de histórias do sertão “Sou jornalista e escritor sertanejo. Trabalho há 28 anos numa afiliada Globo, produzindo e roteirizando séries especiais e histórias sertanejas para o Brasil e o mundo”, conta Samuel. A trajetória do autor é marcada por um olhar sensível para o cotidiano do interior nordestino. Essa vivência, aliada à paixão por narrativas humanas, o levou naturalmente ao universo literário. “Também escrevo livros e roteiros para o audiovisual”, diz ele — e é justamente dessa junção entre a realidade e a ficção que nasce sua obra. A inspiração que vem de casa O ponto de partida de Maria Caminhoneira Sertania foi profundamente pessoal: a mãe do autor. “Primeiramente, a história de luta e superação da minha própria mãe”, revela Samuel. “Depois, as histórias de mulheres sertanejas fortes que entrevistei durante a minha carreira, e uma reportagem especial que produzi para o Fantástico, sobre a entrega de caminhões-pipa a famílias vítimas da seca.” Essas experiências se transformaram em combustível para uma narrativa repleta de emoção, resistência e amor. Uma ficção realista sobre coragem e afeto O livro conta a história de Maria Sertania da Conceição Ferreira Ventura, uma caminhoneira sertaneja, preta, mãe solo, simples e corajosa, cuja vida se passa entre as décadas de 1970 e 1990. “Ela luta pelos seus sonhos, seus desejos e o bem-estar dos filhos”, explica o autor. A personagem central simboliza não apenas uma mulher, mas todo um povo. “A força e a determinação já nascem com as mulheres do sertão, como se fossem o próprio sangue que pulsa em suas potentes veias.” Um processo criativo guiado pela verdade “Usei fatos e histórias vivenciadas no meu dia a dia profissional e particular para construir a narrativa dramática do livro”, conta Samuel. Entre entrevistas, memórias e observações, ele foi moldando uma história que, embora ficcional, carrega a veracidade das vidas que cruzaram seu caminho. O resultado é uma obra que mistura o olhar do jornalista e a sensibilidade do escritor — realismo e poesia caminhando lado a lado. O poder de uma frase sertaneja Há no livro um trecho que sintetiza a força de Maria Sertania e das mulheres que inspiraram a história: “Purque lugá de mulé é onde ela desejá! É onde ela quisé!” Simples e potente, a frase ecoa como um grito de liberdade — uma celebração da autonomia feminina que o autor enxerga como marca do sertão. Os desafios de costurar uma grande história Samuel conta que o principal desafio foi estrutural: “O desafio foi deixar as pequenas histórias ou contos da obra bem conectadas com a grande história, a principal.” Com quase 400 páginas, o livro exigiu cuidado na coesão narrativa. “O leitor precisa entender bem a história para conseguir viajar por ela, elaborar boas reflexões e adquirir novos conhecimentos para a vida.” Apesar da complexidade, o autor garante que o processo foi prazeroso: “No final, tudo se tornou bastante gratificante.” Impacto e emoção: o legado da literatura sertaneja “Quero que o leitor seja impactado de forma real, emocionante e inspiradora, como é a história”, afirma Samuel. Para ele, a literatura tem papel fundamental na formação humana e cultural. “Além de estimular as emoções, amplia o conhecimento e as conexões intelectuais e educacionais dos leitores.” Essa crença atravessa todas as suas obras — e também suas reportagens, que sempre buscaram humanizar o sertão e valorizar suas vozes. Fontes de inspiração e missão literária As histórias reais continuam sendo sua principal fonte de inspiração. “As situações cotidianas e os fatos abordados nas reportagens jornalísticas alimentam minha escrita”, diz o autor. A literatura e a escrita, para ele, são forças inseparáveis de sua identidade. “Forças inspiradoras que nasceram junto comigo, intrinsecamente costuradas no meu coração e na minha alma.” Novos caminhos à frente O escritor já prepara um novo livro: A Impuderada do Sertão – Histórias de Mulheres Agredidas. “É uma história fantástica, que além de lúdica e curiosa, tem um objetivo muito importante: combater a violência contra a mulher.” Com esse projeto, Samuel reafirma seu compromisso com a arte como instrumento de transformação social — e com o sertão como cenário e essência de suas narrativas. Um conselho para quem deseja começar “Dedicação e determinação são adjetivos imprescindíveis”, aconselha o autor. “Eles precisam estar grudadinhos nos pensamentos e nas atitudes de quem está iniciando a deliciosa jornada de escrever um livro.” Maria Caminhoneira Sertania e Seus Contos Heroicos, Românticos, Sertanejos é publicado pela Editora Viseu e já está disponível nas principais livrarias no Brasil e no mundo. Uma obra que celebra a mulher sertaneja, o poder das histórias e a força de quem transforma a seca em estrada.

Confira a entrevista de Helen Folen, autora do livro “Uma faculdade chamada vida”

A Editora Viseu entrevistou Helen Folen, autora do livro “Uma faculdade chamada vida”. Em um relato profundo e comovente, Helen compartilha como transformou a dor em aprendizado, e a vulnerabilidade em força. Formada em Medicina, ela traz à tona temas como empatia, espiritualidade, cura e propósito, que transcendem sua vivência profissional e tocam leitores de todas as áreas.   Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autora? Helen Folen: Sou médica formada desde novembro de 2022 e, durante minha jornada acadêmica e profissional, percebi a ausência de empatia no ambiente médico. Enfrentei desafios muito além da sala de aula: um esgotamento físico e emocional que culminou em diagnósticos difíceis, como alopecia areata universal e osteonecrose. Esses momentos me aproximaram da espiritualidade e despertaram em mim o desejo de compartilhar minha história. A escrita nasceu como uma necessidade de cura — minha e de quem, como eu, busca sentido em meio ao caos. O que a inspirou a escrever o livro? Helen Folen: A inspiração veio da minha própria jornada de superação. Vi na escrita uma forma de registrar minhas vivências e de dar voz a tantas histórias que são silenciadas pela dor. Desejei mostrar que, mesmo nos momentos mais difíceis, podemos encontrar beleza e significado. Minha missão é transmitir valores como empatia e compaixão, fundamentais não apenas para a medicina, mas para a vida. Como sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Helen Folen: Cada tema abordado é fruto de vivências reais. Quando perdi todos os meus pelos em poucos dias e enfrentei dores intensas que me impediam até de andar, precisei encontrar em mim mesma uma nova forma de existir. O livro reflete esse processo de reconstrução. Ele fala sobre espiritualidade, saúde mental, resiliência e sobre como podemos ressignificar nossas dores. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Helen Folen: Meu processo criativo foi profundamente íntimo. Comecei escrevendo notas no celular, como um desabafo. Percebi, ao compartilhar alguns trechos com pessoas próximas, que aquilo tocava e inspirava. Foi quando entendi que minha história poderia ajudar outras pessoas. A escrita foi terapêutica, e a resposta das pessoas foi combustível para transformar esses registros em livro. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Helen Folen: Me inspirei muito nas minhas próprias experiências, mas também em autores como Paulo Coelho e Maya Angelou. A música me acompanhou em muitos momentos — desde letras poéticas da MPB até canções sertanejas. A natureza, com seus ciclos e sua beleza silenciosa, também me inspira. E, claro, as conversas que tive ao longo da vida, cheias de histórias e aprendizados. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Helen Folen: “Como uma linda flor que desabrocha no asfalto e renasce, se redescobre, redesenhe e reconstrua a poesia que é sua vida…”. Esse trecho resume o espírito do livro: a possibilidade de renascimento mesmo nas condições mais adversas. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Helen Folen: O primeiro desafio foi me expor. Escrever sobre minhas dores exigiu coragem. Organizar tantas memórias e sentimentos em um texto coerente também não foi fácil. Tive momentos de insegurança, mas o apoio de pessoas queridas e minha própria determinação me ajudaram a seguir. Estabelecer uma rotina e confiar no valor da minha história foram passos fundamentais. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Helen Folen: Espero que os leitores se sintam acolhidos e inspirados. Que encontrem força para enfrentar seus próprios desafios e aprendam a olhar para a vida com mais leveza e profundidade. Minha intenção é mostrar que somos mais fortes do que pensamos — e que a empatia é transformadora. Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Helen Folen: Sim: independentemente do capítulo em que você esteja na sua vida, há sempre a possibilidade de recomeçar. Você é capaz de reconstruir a poesia que habita sua existência. Há algum personagem ou história no livro que você considere particularmente significativo? Helen Folen: Sim, a a figura d’A Mentora. Ela representa uma mulher sábia e compassiva que cruzou meu caminho no momento certo. Sua presença foi um divisor de águas. A história dela é um lembrete de como um gesto de amor e acolhimento pode transformar destinos. Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Helen Folen: A literatura é um espelho que reflete nossas emoções e uma janela que nos permite enxergar o mundo sob novos ângulos. Ela permite que a gente se veja e veja o outro com mais empatia. Em tempos tão acelerados, ler é um ato de resistência e conexão. Através das palavras, encontramos consolo, inspiração e, muitas vezes, cura. Além da literatura, quais são suas fontes de inspiração para escrever? Helen Folen: Me inspiro na natureza, em músicas que falam direto ao coração, em obras de arte e, sobretudo, nas pessoas. Cada história que escuto carrega uma centelha de humanidade que pode virar poesia. Gosto de observar, ouvir e transformar isso em palavras. O que a literatura e a escrita significam para você? Helen Folen: Representam tudo. São minha forma de existir com plenitude. Escrever me ajudou a organizar o caos interno e a dar sentido às dores. A literatura me ensina que não estou sozinha, que há beleza até na tristeza, e que cada um carrega dentro de si uma história valiosa. Quais são seus planos futuros como escritora? Há novos projetos em desenvolvimento? Helen Folen: Estou trabalhando em um novo projeto sobre propósito e sentido de vida. Além disso, planejo lançar workshops e cursos para ajudar outras pessoas a encontrarem sua voz na escrita. Quero seguir escrevendo com alma e criando pontes entre pessoas por meio das palavras. Que conselho você daria para alguém que está começando a escrever seu primeiro livro? Helen Folen: Escreva com verdade. Não espere estar pronto, comece com o que você já tem. Crie uma rotina e não se cobre perfeição no primeiro rascunho. Leia muito,

Confira a entrevista de Manuel de Oliveira Cuartero, autor do livro “História do Futebol: Futebol das Estrelas”

Para Manuel de Oliveira Cuartero, autor de História do Futebol: Futebol das Estrelas, o jogo das quatro linhas é um fenômeno global que vai além do esporte. Natural da Espanha, ele se mudou para o Brasil em 2016 e, desde então, se encantou com a forma única com que os brasileiros vivem o futebol. Filho de um ex-jogador profissional, Cuartero cresceu imerso nesse universo, e o seu novo livro se tornou a oportunidade perfeita para unir a paixão pelo esporte com seu fascínio pela escrita. O resultado é uma obra ilustrada que presenteia o público com o resgate de momentos icônicos, lendas inesquecíveis e a evolução do futebol ao longo das décadas. Nesta entrevista exclusiva, Cuartero compartilha sua jornada como escritor, as inspirações por trás do livro e sua visão sobre o impacto global do futebol. Se você quer entender melhor esse fenômeno que move multidões, confira a conversa a seguir! Para começar, poderia nos contar sobre sua trajetória como autor? Manuel de Oliveira Cuartero: Desde pequeno, sempre fui fascinado pela escrita. O poder de expressar ideias, contar histórias e transmitir conhecimento sempre me atraiu. Minha trajetória profissional esteve ligada ao meio acadêmico e corporativo, mas a escrita sempre foi uma paixão constante. Este livro marca minha estreia como autor e tem sido uma jornada de muito aprendizado e crescimento. O que o inspirou a escrever este livro? Manuel de Oliveira Cuartero: Minha paixão pelo futebol vem desde a infância, muito influenciada pelo meu pai, que foi jogador profissional. Sempre acompanhei o esporte, tanto na Espanha quanto no Brasil, e percebi que o futebol não é apenas um jogo – é um fenômeno cultural, histórico e social. Escrever este livro foi também uma forma de homenagear o Brasil, um país onde o futebol é parte essencial da identidade nacional. O jeito brasileiro de viver o futebol me inspirou muito ao longo desse processo. Como sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Manuel de Oliveira Cuartero: Minha relação com o futebol começou cedo, torcendo pelo Celta de Vigo e acompanhando meu pai. Vivi momentos emocionantes, como assistir ao meu time jogar a UEFA e a Champions League e celebrar os títulos da seleção espanhola. Também tive a sorte de vivenciar a paixão pelo futebol em diferentes países, como na Itália durante o Mundial de 2006. Mas foi no Brasil que percebi uma forma única de viver o futebol, com um entusiasmo contagiante que me ajudou a trazer uma visão mais ampla para o livro. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo do livro? Manuel de Oliveira Cuartero: Foram meses de pesquisa intensa, escrita e estruturação do conteúdo. O grande desafio foi selecionar as histórias e organizar o livro de maneira acessível, mantendo a riqueza do tema sem sobrecarregar o leitor. Também fiz questão de destacar o futebol brasileiro, com suas lendas, estádios icônicos e momentos inesquecíveis. Além disso, trabalhei de perto com ilustradores e tradutores para garantir que a obra tivesse um apelo visual e cultural forte. Quais foram suas principais referências criativas? Manuel de Oliveira Cuartero: Minhas referências vêm tanto da literatura esportiva quanto do jornalismo. Me inspirei em livros históricos sobre futebol, biografias de grandes jogadores e análises culturais do esporte. Mas também me deixei influenciar pela maneira como o futebol é contado no Brasil – desde os debates acalorados nos bares até as transmissões esportivas cheias de emoção. Há algum trecho do livro que você gostaria de destacar? Manuel de Oliveira Cuartero: Há muitos momentos especiais, mas gosto particularmente dos trechos que mostram como o futebol transcende o esporte e se torna parte da identidade de um povo. No caso do Brasil, o futebol reflete a criatividade, a resiliência e a alegria do país. Cada grande jogador brasileiro carrega um pouco dessa essência e a transforma em arte dentro de campo. Quais foram os principais desafios ao escrever o livro? Manuel de Oliveira Cuartero: O maior desafio foi decidir quais histórias e personagens incluir. O futebol tem uma riqueza histórica imensa e precisei escolher os eventos mais emblemáticos sem perder a diversidade do esporte. Além disso, transformar essa pesquisa em uma leitura fluida e envolvente para todos os públicos foi uma tarefa exigente, mas gratificante. Como você espera que o livro impacte os leitores? Manuel de Oliveira Cuartero: Quero que o livro seja uma viagem emocionante pela história do futebol – que ensine, divirta e desperte memórias inesquecíveis. Espero que os leitores descubram novas histórias, relembrem momentos marcantes e enxerguem o futebol sob uma nova perspectiva. Para os brasileiros, desejo que se sintam representados ao ver a importância do país na história do futebol mundial. Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Manuel de Oliveira Cuartero: O futebol é muito mais do que um jogo – ele reflete a sociedade, suas conquistas e desafios. Ele ensina valores como companheirismo, superação e a força do trabalho em equipe. Além disso, quero celebrar o Brasil, o país que nos deu Pelé, Garrincha, Zico, Romário, Ronaldo, Neymar e tantos outros gênios do futebol. Mais do que nunca, acredito que a leitura pode ajudar a manter viva essa paixão. Há algum personagem ou história no livro que você considera particularmente significativo? Manuel de Oliveira Cuartero: Sim, as histórias das grandes lendas do futebol brasileiro e mundial. O Brasil tem uma relação especial com o futebol, e quis destacar jogadores, campeonatos e estádios que marcaram gerações. Esses personagens ajudam a contar a evolução do esporte e seu impacto cultural. Pelé, por exemplo, não é apenas um jogador, mas um ícone cultural. E há também momentos inesquecíveis, como o Maracanazo, as Copas do Mundo conquistadas pela Seleção Brasileira e os craques que revolucionaram o esporte. O que a literatura e a escrita significam para você? Manuel de Oliveira Cuartero: São ferramentas essenciais para o conhecimento e a comunicação. A escrita me permite expressar ideias, enquanto a leitura me ajuda a aprender e crescer. Ambas são fundamentais para entender o mundo e compartilhar histórias que impactam as pessoas.

A Invencível Espada de Moisés: conheça o universo de Antonio Veylla Guilhade

A literatura tem o poder de transformar vidas, e poucas histórias exemplificam isso quanto a de Antonio Veylla Guilhade.  Cearense de Crato, Antonio construiu uma trajetória marcada por resiliência, criatividade e paixão pelo conhecimento.  Autor do livro A Invencível Espada de Moisés, ele nos convida a mergulhar em um universo de aventuras, dilemas morais e profundas reflexões sobre fé, amizade e superação. Nesta entrevista exclusiva, Antonio compartilha os desafios de sua jornada como escritor, as inspirações por trás de sua obra e o impacto que a literatura teve em sua trajetória. Prepare-se para conhecer a história de um escritor que transforma sonhos engavetados em realizações e mostra que, com fé e esforço, é possível reinventar a própria realidade. Boa leitura! Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autor? Antonio Veylla Guilhade: Eu sou cearense, de Crato, terra onde nasceu o padre Cícero. Tenho 41 anos, sou formado em Letras pela URCA (Universidade Regional do Cariri), no Crato. Sou professor da rede estadual do Ceará e também da rede particular de ensino. Desde criança, eu já gostava de ler. Era apaixonado pelos enredos dos desenhos animados e tinha gosto pela leitura. Já havia lido dois livros de Monteiro Lobato, sendo um deles seu primeiro livro infantil, Reinações de Narizinho. Na escola, eu me destacava em leitura e em redação escolar do tipo narrativo. Quando adolescente, aos 16 anos, fui morar em São Paulo e sempre visitava a biblioteca pública Malba Tahan, em São Bernardo do Campo. Lá, eu pegava livros emprestados e ainda me lembro dos dois primeiros que tomei emprestado: A Escrava Isaura e Senhora. Foi lá que li grandes clássicos como Dom Casmurro e, assim, me apaixonei pela literatura. Quando retornei ao Crato, já tinha 18 anos e comecei a me preparar sozinho, com livros emprestados, para o vestibular. Na época, eu não tinha celular, não existiam smartphones e eu também não tinha computador, por isso tive de estudar só, e com livros emprestados por amigos. Não fiz pré-vestibular, mas passei na minha primeira tentativa. Sou o primeiro filho da minha mãe a concluir um curso superior. Na mesma época, eu fazia teatro, outra paixão minha. Às vezes, eu mesmo escrevia os textos das esquetes que seriam apresentadas. Fiz teatro no Sesc, no teatro Rachel de Queiroz (ambos no Crato e em Juazeiro do Norte, no Ceará) e também em Paulínia, São Paulo. Em São Paulo, cheguei a fazer até um curso de dublagem de voz. Em 2010, me formei e, no mesmo mês em que me graduei, o Estado me ofereceu um contrato como professor substituto. Fiquei muito feliz, porque era meu primeiro emprego e eu ia trabalhar em uma escola onde, 15 anos antes, eu havia sido aluno. A partir daí, fui arrumando um contrato atrás do outro como professor, dividindo-me entre escolas municipais, públicas e privadas. Mas eu queria mais. Eu era bem ambicioso e queria voltar a morar em São Paulo, porque, no Crato, estava sem convites para participar de eventos no teatro, e eu queria continuar nessa área. Então, resolvi ir sozinho à São Paulo, para continuar a carreira como ator de teatro. Isso foi no ano de 2014. Em um mês morando lá, já estava com um contrato com a Secretaria de Educação do Estado e matriculado em um curso de teatro, em Paulínia, onde fui morar. Passei quatro anos em São Paulo. Antes de sair do Ceará, eu levei a vontade de vencer nas bagagens e as personagens do meu primeiro livro, A Invencível Espada de Moisés, na minha cabeça. Porém, nunca chegava a parar para escrever a história, no máximo, fazia pesquisas em livros de história geral ou na Bíblia, que me ajudariam a escrevê-la. Meu tempo em São Paulo foi passando, e foi um momento fantástico da minha vida. Tive contato com artistas, conheci minha atriz preferida, Regina Duarte, e participei como figurante de novelas do SBT e da Record, como Chiquititas e Escrava Mãe. Nessa mesma época, em janeiro de 2017, estava ocioso, aguardando vagas de trabalho. Então resolvi me ocupar escrevendo a tal história do garoto Moisés. Escrevi apenas os sete primeiros capítulos, mas a narrativa acabaria engavetada por quatro anos.  Por necessidade, precisei retornar ao Ceará. Passei três meses morando em Fortaleza, mas decidi voltar ao Crato para ficar com minha mãe. Depois, foi horrível, veio a pandemia. Na época, eu estudava Enfermagem e tudo foi fechado. A minha estreia no teatro como Judas Iscariotes foi cancelada. Foi um período frustrante, e o “fique em casa” foi para valer. Eu cancelei o curso de Enfermagem, e, com as escolas fechadas, fiquei desempregado, com apenas minha mãe para sustentar a casa. Então, cheguei à conclusão de que precisava ocupar a cabeça, que alguma coisa precisava ser feita para me ocupar em casa. Foi assim que resolvi desengavetar a historinha guardada no meu notebook, iniciada já havia quatro anos, já com sete capítulos prontos. Todos os dias, de manhã e tarde, eu ligava o notebook só para escrever a história, em um trabalho cansativo e solitário. Eu só parava à noite. Mas valeu a pena, pois, em 21 de maio daquele ano de pandemia, 2021, a história foi concluída. Ainda em 2021, enviei meu texto para a Editora Viseu. Em três dias, chegou o resultado que minha obra estava aprovada e que havia grande interesse por parte da editora em publicá-la, mas eu tinha que fazer um investimento. E eu não tinha dinheiro, pois não estava trabalhando naquela época de pandemia. Só tive uma alternativa que foi agradecer à Viseu pelo retorno e interesse e engavetar o projeto. Assim foi. Ao final de 2021, o governo do Ceará ia gradualmente liberando as restrições sociais. O Estado reabriu as escolas e, para minha felicidade, alguns amigos da igreja e do teatro, inacreditavelmente, no mesmo segundo, ligaram e mandaram mensagens para mim. Disseram que tinham visto meu nome no site da Secretaria da Educação do Crato, convocando-me para trabalhar como professor. E, a partir daí, eu

Fernando Libório apresenta 33 Lições de Vida para guiar pessoas rumo ao seu propósito de vida

Na entrevista com Fernando Libório, autor de “33 Lições de Vida”, conhecemos sua inspiradora trajetória desde uma infância humilde até uma carreira de mais de 35 anos no Exército Brasileiro. Libório compartilha como suas experiências pessoais — da vida na favela ao ingresso na carreira militar — moldaram sua visão de mundo e influenciaram a escrita de seu livro. Ele fala sobre a superação da dislexia, o desejo de deixar um legado para as futuras gerações e a importância de transformar vidas através do conhecimento e da ação. A seguir, você poderá acompanhar sua história de superação e os ensinamentos que marcaram sua jornada. Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autor? Fernando Libório: Eu cresci em uma família muito pobre, constituída por um alfaiate e uma costureira, que saíram da Bahia, em busca de um mundo melhor no Rio de Janeiro. Caçula de oito irmãos, pude contar com a ajuda de todos para fazer um curso preparatório para escola militar, em 1986. Consegui aprovação e fui matriculado, em 16 de fevereiro de 1987, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), o ponto inicial da minha carreira de mais de 35 anos. De 1990 a 1993, cursei o nível superior na Academia Militar da Agulhas Negras (AMAN), me formando bacharel em Ciências Militares, especialista em logística militar e administração pública, com foco em gestão orçamentária e financeira. Busquei também especialização na área operacional, me tornando Paraquedista Militar, especialista em Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento pelo Ar e Guerreiro de Selva, especialista em Operações na Selva. Ao longo dessa minha trajetória, também tive outras experiências no mundo civil, como o Marketing de Relacionamento e a Maçonaria. Durante o período que estive na tropa, recebia garotos tímidos e assustados e conseguia transformá-los em homens fortes, confiantes, com uma autoestima elevadíssima, retornando para sociedade melhores do que entraram. Obtive vários feedback de meus soldados e demais subordinados, que diziam ter se tornado bem-sucedidos, graças aos meus ensinamentos. Quando eu fui para reserva remunerada (aposentadoria), em 31 de março de 2022, procurei fazer algo novo para ocupar minha mente. Foi então que tive a ideia de criar uma marca: Metamorfose Multinível, para poder continuar fazendo o que mais gostava: transformar a vida de pessoas. Decidi então contar algumas histórias que mais me marcaram e outras que usava para influenciar meus subordinados. Abri um canal no Youtube, para que pudesse alcançar mais pessoas. Tomei como meta 33 histórias, fazendo uma relação ao meu atual grau dentro da Maçonaria. Naquele momento, não tinha ainda a intenção de escrever um livro, mesmo porque tenho uma dificuldade enorme com escrita, inclusive essa é uma das minhas lições. Eu venci a dislexia e escrevi o meu primeiro livro. O que o inspirou a escrever o livro? Fernando Libório: Para contar essas histórias no meu Canal, eu tinha de escrevê-las primeiro, então ao final das 33 histórias, eu percebi que poderia juntar tudo e fazer um livro, a fim de ter esse legado também impresso. O livro tem um alcance maior e mais duradouro. A intenção é deixar um legado para meus futuros descendentes. Sei muito pouco da trajetória do meu pai, menos ainda do meu avô e nada do meu bisavô. Eu não queria que acontecesse o mesmo comigo. Meu neto Théo conhecerá minha história e passará para o seu filho, essa foi a minha inspiração. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Fernando Libório: Os temas abordados estão ligados às  minhas experiências pessoais desde a luta de meus pais, passando pela aquela fase de criança pobre da favela de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro; minha adolescência na vida castrense das escolas de formação EsPCEx e AMAN; minhas experiências operacionais com os cursos de paraquedismo militar e operações na selva; meu contato com a Programação Neurolinguística, por intermédio do Marketing de Relacionamento e por fim, alguns ensinamentos que aprendi na Maçonaria. Juntei tudo isso em 33 Lições, fazendo uma alusão ao meu grau dentro da Maçonaria. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Fernando Libório: Bem! Eu sempre liderei minha tropa e minhas equipes de trabalho contando histórias. Algumas inventadas por mim, outras que aprendi com alguns Comandantes e outras que ouvi nas palestras de neurolinguística ou que li nos livros de autoajuda. Então o processo criativo surgiu naturalmente. Bastou apenas buscar nas lembranças os episódios que mais me marcaram e fazer um link com alguma lição que aprendi nos livros de autoajuda, principalmente no livro: 16 Leis do Triunfo, de Napoleon Hill. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Fernando Libório: Minhas referências foram os grandes autores e palestrantes que conheci durante o período que tive imerso no Marketing de Relacionamento: Napoleon Hill, Dale Carnegie, Anthony Robbins, Roberto Shinyashiki, Lair Ribeiro e mais recentemente, Jacob Petry. Pensei…por que não fazer o mesmo? Vou escrever um livro que possa motivar as pessoas e influenciar jovens para o bem ou simplesmente dar o meu exemplo de superação. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Fernando Libório: Essa pergunta é muito difícil de responder, pois todas as lições têm trechos marcantes para mim. Mas têm uma em particular que aprendi na maçonaria. Desde que tive essa instrução ainda no grau de aprendiz a minha vida mudou. Aprendi que do segredo do êxito em qualquer coisa que você se propuser a fazer, está no ajuste perfeito do tripé: Sabedoria, Força e Beleza. Execute essas três ações básicas sempre juntas e elas irão lhe conduzir ao sucesso, desde aquelas tarefas mais simples até aos projetos mais complexos. Saiba que a sua vitória só acontecerá quando o seu tripé estiver bem alinhado e equilibrado. Assim como você ajusta um tripé para posicionar sua câmera, você precisa ajustar essas três ações. Como um passe de mágica, você passará a ter excelentes resultados, quando começar a colocar essa atividade simples em prática. Quais são então as três ações que irão formar esse

Flor de Outono: a inspiração e a jornada de Joabe V. Reis

Confira a entrevista com Joabe V. Reis, jornalista e autor, que acaba de lançar Flor de Outono, uma obra que mistura fatos reais com ficção. Nessa conversa exclusiva, ele revela os bastidores do processo criativo, as inspirações que moldaram a narrativa e os desafios de transformar histórias reais em literatura. Em sua obra, a personagem Crystinna representa um símbolo de renascimento e força diante das adversidades. Com o livro, o autor convida os leitores a refletirem sobre temas como superação, amor e resiliência. Uma leitura que promete emocionar e inspirar. 1. Como o ambiente em que você cresceu influenciou sua visão de mundo e seu trabalho como escritor? Joabe V. Reis: Eu nasci e cresci num lar humilde. Meus pais eram agricultores, atualmente eles são aposentados e moram na cidade, mas naquela época era uma vida dura e eu aprendi a trabalhar desde cedo. Ali na zona rural eu conhecia o mundo através das ondas sonoras do rádio, tudo no mundo era conforme a minha imaginação criava. A vizinhança cordial nos visitava durante as noites para bater papo, enquanto eu me divertia com as crianças e nossos pais conversavam sobre assuntos de adulto. Acredito que até hoje aquela época ‘’dourada’’ que foi a minha infância, norteia a forma como vejo o mundo. E ao longo dos anos fui ganhando independência, pude viajar e assim ampliei as asas da minha imaginação, concretizando o sonho de me tornar um autor. 2.  Atuando como jornalista desde 2010, como as histórias reais que você reportou moldaram sua abordagem na escrita de ficção? Joabe V. Reis: Trabalhar como jornalista nos dá a oportunidade de conhecer as mais variadas histórias da vida real, grande parte delas envolvendo tragédia e violência. Reportar os fatos permite agregar um toque de realidade nos momentos de criação de personagens e histórias fictícias. No caso do livro Flor de Outono, foi exatamente o número de casos alarmantes de estupro de vulnerável registrados na Delegacia de Polícia Civil da minha cidade (no meio da Amazônia) é que me fez relatar a história de uma personagem da vida real, adicionando fatos fictícios na construção do livro. 3. Você lançou seu primeiro livro ainda jovem, enfrentando dificuldades. O que te motivou a continuar escrevendo mesmo sem apoio? Joabe V. Reis: Desde o início da minha adolescência eu alimentava o sonho de me tornar um grande autor. Eu sempre fui fascinado pelo modo como os grandes autores conseguem criar mundos fabulosos e incríveis nas páginas dos livros. E esse desejo de também fazer a mesma coisa não me deixou parar diante das inúmeras portas fechadas que eu encontrei. Sei que não estou nem perto de ser um desses grandes autores, não ainda, mas a vontade de dar orgulho a minha família, principalmente para minha mãe, o desejo de mostrar para as pessoas ao meu redor que sou capaz, isso me mantém motivado. E é claro a aceitação de muitas pessoas que me incentivam, em especial o acolhimento do setor da educação, que sempre valoriza mais a literatura. 4. Qual foi o maior aprendizado da sua trajetória como escritor independente até agora? Joabe V. Reis: Persistência, usando a comunicação em sua totalidade máxima possível e não deixar espaço para a timidez, seria um dos principais aprendizados que eu tive. Mas também saber entender o momento e saber onde entrar, onde estar e com quem caminhar. 5. A história de Crystinna é baseada em eventos reais. Como foi transformar essa história em livro? Joabe V. Reis: Para mim foi um grande desafio transformar em romance de ficção a história de duas pessoas da vida real as quais não têm ligação uma com a outra. Mas ao ouvir as duas jovens me relatando os fatos verídicos acontecidos em suas vidas, isso foi dando “fôlego”, se é que posso dizer assim, para a minha imaginação. E acabou que ao construir esse “mundo’’ eu aprendi um pouco mais sobre a vida e senti satisfação em escrever, desejando ajudar o máximo de pessoas possíveis a superar os problemas sobre os quais a história relata. 6. O que o título Flor de Outono representa? Joabe V. Reis: Flor de Outono representa o desabrochar para a vida única que cada um de nós temos. Representa a raridade. Sendo uma alusão a capacidade humana de superação e renascimento espiritual. 7. Qual é a parte mais desafiadora de escrever sobre temas sensíveis, como abuso e superação? Joabe V. Reis: Acredito que um dos maiores desafios seja o de retratar através da escrita, acontecimentos tão desagradáveis pelos quais o autor nunca passou, e ter o cuidado de falar com as pessoas sem ferir nem ofender, mesmo que fosse de modo involuntário, sem intenção. E conseguir passar a mensagem e ser entendido. 8. Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir com Flor de Outono? Joabe V. Reis: As famílias devem estar atentas ao comportamento das crianças e adolescentes, algumas atitudes podem ser sinais de alerta sobre algo grave. Ouvir e dar apoio quando solicitado. A mensagem de que é necessário ficar atento em quem se confia demais sem conhecer o passado. E a mensagem de que os casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes precisam e devem ser denunciados à polícia. 9. Você fala de seu esforço em incentivar a leitura, como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida das pessoas? Joabe V. Reis: A literatura é fundamental para que as pessoas consigam conquistar a condição de se expressar melhor, de se comunicar, de manter um diálogo cordial e contribui para a manutenção da paz entre as pessoas. A leitura de um bom livro gera mais e melhor conhecimento. 10. Se você pudesse dar um conselho para novos autores, qual seria? Joabe V. Reis: Acredite no seu potencial. Não desista ao surgir obstáculos. Procure identificar as pessoas que realmente te apoiem e traga-as para perto de si, isso te dará suporte moral e até poderá te ajudar no desenvolvimento da sua carreira. Fique atento a quem você entrega seus manuscritos para a publicação, a fim de evitar surpresas desagradáveis. E invista na divulgação da sua obra. Não tenha vergonha de oferecê-la

Uma pandemia silenciosa: Marcello Junqueira revela os bastidores de seu novo livro sobre assédio moral

Confira a entrevista exclusiva com Marcello Junqueira, autor de obras jurídicas, que acaba de lançar o livro Assédio moral: uma pandemia “silenciosa”. Nesta conversa, o autor compartilha detalhes sobre o seu processo de escrita e explica como sua experiência pessoal o motivou a tratar o tema. A metáfora do ‘’vírus’’, usada por Marcello, destaca como o assédio moral se espalha facilmente, passando despercebido e criando ambientes prejudiciais à dignidade humana. A entrevista revela o esforço do autor em fornecer uma base sólida para que as pessoas possam identificar, entender e combater o assédio moral em suas diversas formas. 1. Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autor? Marcello Junqueira: Efetivamente tarefa um pouco “difícil” falar de mim, contudo irei me esforçar. Sou servidor público do Estado do Rio de Janeiro, policial civil, oficial de Cartório Policial, honesto, probo e reto e, notadamente, verdadeiro, como água de rocha. Formado em Fisioterapia, profissão com a qual não tive identificação, porém me serviu de diploma para me habilitar no concurso de nível superior e não somente fazer como ser exitoso, na prova, e, por conseguinte, no exercício do mister. A minha jornada, de fato, no campo dos livros, haja vista este ser a minha segunda obra, nasceu de uma vontade pessoal, fruto de uma perseguição, um verdadeiro assédio moral que, sem dubiedade, deixou marcas e, até os tempos atuais, deixa, como duas cirurgias na coluna, tratamentos psicológicos e, sobretudo, a vontade de crescer em cima dessas pedras colocadas nos caminhos, tais como: “intimidações”; corte de salário; “exoneração” entre outras. O que, clarividente, tive e tenho que estar revertendo tudo no Poder Judiciário, por isso a paixão se iniciou não só pelos livros, mas pelo Direito, faculdade que, nos últimos períodos, estou a fazer e, assim, com a graça divina, me formo em 2025. A paixão, portanto, no campo Jurídico e Doutrinário, surgiu, de forma “violenta”, digamos com “sangue”, haja vista duas cirurgias sérias para “curar-se” e viver, ao menos, de forma “digna”. Este, de fato, foi o fôlego para escrever uma “autodefesa” e que, sem “querer”, virou o primeiro livro, e, doravante, o segundo e, em breve, o terceiro, o quarto e, assim, se Deus quiser, por diante. 2. O que o inspirou a escrever o livro? Marcello Junqueira: A minha inspiração da escrita, como dito, veio não somente das “pancadas” do ofício, sem “aparente motivo”, mas também por ter tido uma educação e uma força, em Deus, com base na família, de me superar exatamente quando o barco de “nossa vida” balança. Neste ponto, é exatamente para isso que o Mestre, Deus, espera, além de estudar muito para outros concursos e, de forma natural, para a faculdade, e, ainda, para elaborar “elegantes” obras. 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Marcello Junqueira: Ambos os livros, sem hesitar, são frutos de minha realidade profissional. Porquanto na primeira obra, viso não somente explicar como se procede em um Procedimento Administrativo Sancionador – sem perseguição – dentro da lei e, sobretudo, respeitando a Constituição Federal. Do contrário, o que, comigo, não somente não fizeram, como passaram por cima de tudo, o que me levou a médicos, com surgimentos de síndromes físicas e psíquicas, ou seja, me aprofundei no tema e não somente me ajudei, como quis ajudar aos colegas que da mesma forma ou semelhante sofrem com os devidos manuais em mãos. 4. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Marcello Junqueira: Com a resolução desta nova obra, a segunda minha, que fala, de forma profunda, do Assédio Moral e os seus deletérios reflexos, do qual não só fui vítima como, de forma covarde, ainda sou. Busquei encerrar este assunto com maestria e deixar claro o quão grave é este assunto que, inclusive, é tratado como um crime contra a humanidade. Desta forma, de forma contínua, de forma, ainda emotiva, o meu caminho segue, com DEUS, mas sei que será árduo, desgastante, porém vitorioso, com o lançamento de novos livros. Agora em diante, livros jurídicos, em sua totalidade, para fins didáticos e voltados aos operadores do Direito, ou seja, acadêmicos, juízes, promotores, procuradores, advogados, e, claro, a todos aqueles que buscam o conhecimento na área do Direito. 5. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Marcello Junqueira: Naturalmente pelos acontecimentos acima narrados, perseguições, humilhações, constrangimentos, intimidações, de todos os lados, surgiu, como “escovar os dentes”, para fazer o que tinha que ser feito, ou seja, me superar, buscar inspiração na minha própria história. Neste tocante, essa segunda obra, prefaciada por um dos Maiores do Direito Administrativo do País, Dr. Sandro Lúcio Dezan, os processos criativos foram tão naturais, porque narrei a minha história, contudo de forma impessoal dentro do Próprio Direito posto. 6. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Marcello Junqueira: Um trecho que reflete, por assim “dizer”,  toda a minha obra, é a tutela, indissociável e indelegável e, notadamente, irrenunciável, da proteção a um dos maiores bens do ser humano, ou seja, a Dignidade da Pessoa Humana. O trecho que vou escolher de cujo título: “Abandono de Cargo’’ […] O agente público que se encontra afastado, de posse de licença médica para tratar a saúde, por questões exageradas, não tem a menor intenção de abandonar o cargo, não somente porque está tratando a sua saúde, mas também porque está com a saúde debilitada. A Autoridade que instaura Procedimento Administrativo Disciplinar, sabendo dessa condição ou tendo ciência, não somente tem que ser submetida a exame, sério, de capacidade de “demência”, como incorre em abuso de autoridade. […] 7. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Marcello Junqueira: Efetivamente, com forte dores, antes da segunda cirurgia, haja vista, na data corrente, estar com 3 (três) hérnias de disco, com radiculopatia, com isenção de carro PCD, fortes dores, dúvidas, assédio, o somatório de forças contrárias, salário cortado, dívidas em razão da covardia sofrida, tirando o meu único meio

Um pouco de fauna em versos: o processo criativo de A.R. Santos

Livro um pouco de fauna em versos

Na entrevista a seguir, o autor A. R. Santos compartilha sua experiência como escritor e os detalhes por trás da criação de seu livro de poesia “Um Pouco de Fauna em Versos”. Com uma abordagem leve e divertida, o autor transforma a natureza em poesia, criando uma obra que encanta leitores de todas as idades. Assim, ele nos conduz entre as trilhas da magia, de forma criativa e surpreendente. O autor revela que é apaixonado por contar histórias desde jovem e reflete sobre seu processo criativo, suas influências literárias e como transformou a fauna em poesia, com um objetivo claro: divertir e encantar leitores de todas as idades e perfis. 1 – Como foi início da sua carreira de autor e como surgiu a ideia de publicar seu primeiro livro de poesias? A.R. Santos: Eu escrevo desde menino. Um dia, ganhei um livro de presente da minha irmã. Disse a ela que não era bom e que eu era capaz de escrever um romance muito melhor. Ela respondeu – Não duvido, mas quero ver. Assim nasceu meu primeiro romance. Eu escrevo contos, crônicas, romances e sátiras. Quando tinha trinta poesias, eu pensei: Deus! Se eu continuar escrevendo, isso vai dar um livro. 2 – Você mencionou que escreve romances, contos, crônicas e sátiras. Para você, como escrever em prosa se diferencia de escrever em versos? A.R. Santos: No texto tenho total liberdade. Na poesia, vem o cuidado com a rima, se tiver, o cuidado com a métrica. Eu particularmente me preocupo até com a harmonização visual, ou seja, mesmo sem ler, deve ser algo agradável de ver. 3 – Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita?  A.R. Santos: Eu escrevo quando quero sobre o que quero, portanto, não encontro muitas dificuldades. Se necessário, paro vou fazer alguma coisa como tocar violão, ver um filme, lidar na horta. Quando retorno ao texto está tudo claro. 4 – Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração? A.R. Santos: Inspiração. Para mim, a transpiração vem na hora de aparar as arestas, lapidar o texto. 5 – Sua poesia tem um aspecto que lembra muito as brincadeiras de adivinha e o que é o que é, você gostava dessas brincadeiras quando criança? Isso influenciou sua escrita? A.R. Santos: Sim, gostava e gosto. Se teve influência na criação das poesias, foi de maneira inconsciente. Escrevi como as ideias se apresentavam para mim sem premeditação. 6 – Este será seu primeiro livro publicado? Se sim, como está sendo o processo? A.R. Santos: Não, em 2007 eu publiquei um romance por uma editora do Rio de Janeiro. Quanto ao processo atual, sinto que estou tratando com profissionais altamente gabaritados e comprometidos. 7 – Para você, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira? A.R. Santos: Essa é fácil: transformar o livro em um produto comercial de sucesso. 8 – Como você lida com rejeições ou críticas negativas durante sua jornada como escritor e que conselhos daria para escritores aspirantes?  A.R. Santos: Não me preocupo. Aprendi que nada pode abalar um trabalho sério. Feito com organização e método. Se a crítica ficar pesada, eu penso: “falem bem ou mal, mas falem de mim”, pois “Enquanto os cães ladram, a caravana passa”. Então, eu diria para um escritor iniciante que ele confie no seu taco, que vá em frente, o mundo é seu. 9 – Poderia citar algumas das poesias que você considera que melhor representam sua escrita e o tema da obra? A poesia sobre o elefante me reportou aos filmes, aos gibis e ao livro “Tarzan na selva” de Edgar Rice Burroghs. Com essa base de conhecimentos sobre esse animal. Não levei dez minutos para compor a poesia. A sacada de misturar Pelé, Neymar e piracema na poesia sobre o peixe. Quando a li com calma pensei: Deus, como é que eu fiz isso? A poesia sobre o condor, que alegria quando minha irmã disse: – muito boa. Também destaco a poesia sobre o cavalo. Quando a li, senti alguma coisa de mágico, a partir daí as poesias ganharam uma importância inimaginável para mim. 10 – Quais foram suas principais referências para escrever o livro? A.R. Santos: Rubem Braga, Fernando Sabino, Vinícius, Mario Quintana. Creio que estes e outros autores estiveram comigo, ainda que de forma inconsciente. 11 – Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? A.R. Santos: Eu comecei a escrever para passar o tempo, me divertir sem compromisso ou preocupação. A partir dos primeiros versos, eu já sabia o que fazer. Então, foi só pesquisar todas as informações que eu precisava para compor as poesias. 12 – Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados? A.R. Santos: Eu sempre soube da importância dos animais no universo literário. Pessoalmente, o meu gosto pelos detalhes e a pesquisa refinada. 13 – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? A.R. Santos: Não houve grandes desafios. Eu sabia como começar e terminar. Repito, eu me diverti muito fazendo isso. 14 – Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? A.R. Santos: Embora algumas pessoas digam que o livro é didático, o meu objetivo é divertir. “Um pouco da fauna em versos” pode ser lido por todos. Não importa  o grau de escolaridade, a faixa etária ou a classe social dessas pessoas. 15 – Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? A.R. Santos: A literatura instrui, informa, diverte. E de alguma forma nos conecta em imaginação com o passado, o presente e o futuro. Adquira o livro “Um pouco de fauna em versos” na loja oficial da Editora Viseu na Amazon!

O Império de Dhorman: explorando o mundo fantástico da autora Alexandra Jahnel

Livro o mestre dos dragões, Alexandra Jahnel

Na entrevista a seguir, conversamos com Alexandra Jahnel, autora de “O Mestre dos Dragões Vermelhos: povos além do véu”. A autora compartilha sua trajetória como escritora, desde suas primeiras influências literárias até o processo criativo por trás de seu fascinante mundo medieval, Dhorman. Além de abordar temas como mitologia e esoterismo, a autora discute como a escrita se tornou uma terapia e um meio de expressar temas complexos, como relacionamentos, honra e diversidade. Neste conteúdo, você vai conhecer mais sobre o universo de dragões e batalhas criado por Alexandra, que combina fantasia e reflexões sobre questões atuais. Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autora? Alexandra Jahnel: Não é muito fácil falar sobre mim, sou relativamente tímida. Uma de minhas tias era professora, como ficava muito tempo na casa de minha avó, me alfabetizei cedo, já sabia ler e escrever aos 4 anos, gostava muito de poesia e ganhei um livro de poesias de Vinicius de Moraes (Arca de Noé). Uma grande professora, Sra. Gema Galasso, sempre me incentivou a escrever, o interessante que sempre tirava notas baixas em Língua Portuguesa, mas as redações me salvavam sempre. No decorrer de minha vida escolar participei de inúmeros concursos literários, geralmente com poesias. Hoje, trabalho em uma empresa pública, a associação de empregados efetua concurso literário todo ano, cheguei a ganhar algumas vezes, com publicação da obra em livros e prêmios, tantos me disseram que deveria escrever um livro que acabei me enveredando por esse caminho. O que o inspirou a escrever o livro? Alexandra Jahnel: Colegas e familiares sempre me dizendo para escrever um livro, acabei começando a escrever O Mestre dos Dragões Vermelhos após ler sobre bruxaria antiga e uma vertente voltada aos dragões (amo mitologia e esoterismo), a ideia surgiu e comecei a escrever. A história foi fluindo de uma forma estranhamente leve. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Alexandra Jahnel: Apesar de ser um livro de atmosfera medieval, muitos assuntos atuais são abordados: aborto, homossexualidade, relacionamentos, honra, corrupção e muito mais. Muitos dos personagens são inspirados em pessoas que marcaram minha vida em algum momento, mas muito do que sou está nessa obra. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Alexandra Jahnel: Sempre gostei de ler, escrever foi uma consequência. Escrever é uma terapia insana, encontro meu equilíbrio em meio a meus amados dragões. A história surgiu quando lia sobre a tradição draconiana na bruxaria antiga, não existe muito material sobre o assunto, mas absorvi o que encontrei. Sou fascinada por mitologia e esoterismo, então a história começou a fluir, os personagens passaram a se fazerem presentes e não parei mais de escrever. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Alexandra Jahnel: Misturei a mitologia com a realidade, a atmosfera é medieval, mas abordei assuntos atuais. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Alexandra Jahnel: Gostaria de incluir uma introdução. “Dhorman, um mundo de dragões, fadas, elfos e magos… O reinado comandava esse mundo mágico, um reinado da escuridão, o reinado de Lur. O rei permite que seu principal campeão da guarda desposasse uma de suas filhas, não considerava que Dhamaggor se interessasse pelo poder, mas esse fomenta a revolta dos vassalos do rei e toma o poder, transformando-se no imperador de Dhorman. O império de Dhamaggor se inicia de forma sombria, toma duas das gemas de poder de Lur, mas Lumanzir, a conselheira dragão do rei, esconde as demais. O uso da gema da eternidade lhe dá juventude e poder, mas o preço a se pagar era uma vida em troca do poder. Dhamaggor soube de sua origem, seu pai era um dragão verde transformado, sua mãe era filha de Lur com uma das herdeiras da linhagem de Kirlon; com estratégia e traição, Lur havia conseguido que elfos e demais magos acreditassem que os Kirlon eram traidores do reino, tomou-lhe a vida, o espólio e uma de suas filhas. O castelo de Kirlon ficou conhecido como o castelo das sombras, ali Lur levava seu intento de criar a raça pura, uma raça que conseguisse manipular as gemas de poder. Lur havia sequestrado a filha do chefe élfico, Jurton, e a mantinha no castelo das sombras, tomou-a, assim como tomou a filha mais nova da casa de Kirlon, acreditava que a diluição do sangue de sua linhagem havia prejudicado a utilização das gemas Lurins, gemas de poder, motivo de não ter sido ainda deposto. A loucura do castelo das sombras durou décadas, Lur não somente tivera filhos com a filha de Jurton, tomou também as próprias filhas para garantir a pureza do sangue, os meninos eram descartados e as meninas bastardas serviriam como reprodutoras, seja para si ou para um de seus filhos. Dhamaggor nascera no castelo das sombras, fruto de uma paixão entre um dragão verde transformado e uma das filhas de Lur, o dragão morrera nas mãos do rei e Dhamaggor fora salvo por uma velha lurin e entregue para ser criado por um mago, soube de sua origem apenas com a morte daquele que considerava pai. Lur ainda resistia, conseguira reunir muitos antigos vassalos, além de ter como aliados tanto dragões como elfos, a guerra durou décadas, Dhamaggor gradativamente percebeu que estava se transformando naquilo que mais abominava, tinha intenção de tomar as herdeiras de Lur e delas ter filhos e herdeiros com seu sangue e sangue de Lur, mas uma jovem, Tazla, toma-lhe o coração e os planos mudam: queria agora somente vencer Lur e manter a quem amava em segurança. Tazla nascera também no castelo das sombras, havia sido salva pela mesma Lurin que salvara Dhamaggor, contou a Jurton sobre o que realmente ocorrera nos castelo das sombras e o destino de sua filha, elfos e muitos magos romperam com Lur e esse é morto. Dhamaggor parecia ter conquistado a paz, eventualmente herdeiros de Lur surgiam, mas o imperador conseguira criar um império forte, que contava com várias fortalezas e também

Transformando batalhas internas em inspiração: a trajetória de Gabriel Sbardelotto

Gabriel Sbardelotto autor do livro Mensagem nas Nuvens

Nesta entrevista, Gabriel Sbardelotto reflete sobre sua jornada como autor e as motivações que o levaram a escrever A Mensagem nas Nuvens: O Amor e o Cuidado de Deus Revelados. Inspirado por sua fé e por momentos de introspecção, Gabriel utiliza a escrita como uma forma de transmitir mensagens de esperança, fé e autoconhecimento. Através de experiências pessoais e da busca constante pela presença de Deus em sua vida, ele oferece aos leitores não apenas uma narrativa, mas um convite para enxergar os sinais sutis de amor e cuidado divino que se manifestam nas pequenas coisas. Em suas palavras, a escrita se tornou uma ferramenta para guiar as pessoas a uma compreensão mais profunda de sua espiritualidade, trazendo luz aos momentos de dúvida e incerteza. A entrevista é uma oportunidade de conhecer mais sobre o processo criativo de Gabriel, os desafios enfrentados durante a escrita e sua esperança de que o livro seja um farol de fé para aqueles que o leem. Pode nos contar sobre você e sua jornada como autor? Gabriel Sbardelotto: Minha caminhada como autor começou quase sem eu perceber. Sempre gostei de escrever, mas no começo era mais algo pessoal, um jeito de organizar meus pensamentos e orações. Com o tempo, senti que Deus estava me direcionando a compartilhar o que Ele vinha me ensinando. A escrita se tornou uma maneira de levar uma mensagem de esperança e reflexão para as pessoas, e foi assim que “A Mensagem nas Nuvens” nasceu. O que o inspirou a escrever o livro? Gabriel Sbardelotto: Acho que a inspiração veio de momentos em que eu estava lutando com questões internas, tentando entender os propósitos de Deus para a minha vida. Eu comecei a perceber que, muitas vezes, as respostas que procuramos estão bem na nossa frente, mas não sabemos onde ou como olhar. As nuvens se tornaram uma metáfora para esses sinais sutis que Deus nos dá no dia a dia, e o livro foi uma forma de colocar isso em palavras. Como sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Gabriel Sbardelotto: Muito do que está no livro vem de momentos em que me senti perdido ou em dúvida, e através da oração e da Palavra, fui encontrando respostas. O livro reflete essa caminhada com Deus, de buscar e confiar que Ele sempre tem um plano, mesmo quando não enxergamos claramente. As batalhas internas que eu escrevi são muito reais para mim, e sei que muitos também enfrentam isso. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Gabriel Sbardelotto: O processo foi muito orgânico. Muitas vezes, orava pedindo direção e me sentia inspirado a escrever logo depois. Algumas ideias vinham em momentos de silêncio com Deus, outras durante situações do dia a dia, como observar o céu ou simplesmente meditar na Palavra. Escrever o livro foi um jeito de transformar essas reflexões e momentos com Deus em algo que pudesse ser compartilhado. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Gabriel Sbardelotto: A Bíblia, sem dúvida, foi a minha maior referência. Há tantos momentos em que Deus fala através da natureza, das circunstâncias, dos sinais. Também fui muito inspirado por livros e pregações que falam sobre esperança e fé, e pela simplicidade da vida cotidiana, onde muitas vezes encontramos a presença de Deus. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Gabriel Sbardelotto: Tem um trecho no capítulo “A Batalha Interna” que fala sobre a luta entre confiar em Deus e tentar resolver tudo por conta própria. Acho que é algo com o qual todos nós nos identificamos, e representa muito bem o que eu queria dizer com o livro: a necessidade de confiar mais e lutar menos com nossas próprias forças. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Gabriel Sbardelotto: O maior desafio foi ser sensível à voz de Deus o suficiente para passar a sua mensagem. Muitas vezes é difícil colocar para fora o que você sente e como Deus está trabalhando na sua vida. Mas no final, percebi que era necessário abrir o coração para que o livro tivesse o impacto que eu espero que ele tenha. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Gabriel Sbardelotto: Minha esperança é que o livro ajude as pessoas a enxergarem os pequenos sinais que Deus coloca no caminho delas. Que elas possam ver que, mesmo nos momentos de dúvida e luta, Deus está presente e fala através das coisas mais simples. Quero que os leitores sintam que não estão sozinhos em suas batalhas internas e que sempre há esperança em Deus. Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Gabriel Sbardelotto: A mensagem principal é sobre confiar em Deus em meio às batalhas internas e entender que Ele está sempre nos mostrando algo, mesmo que não seja da forma como esperamos. Precisamos estar atentos às “mensagens nas nuvens”, os sinais que Ele coloca para nos guiar e nos fortalecer. Há algum personagem ou história no livro que você considere particularmente significativo? Gabriel Sbardelotto: Mais do que personagens, o que considero mais significativo no livro são os momentos de confronto interno. A história de cada batalha reflete a realidade de muitos de nós que lutamos para entender a vontade de Deus enquanto enfrentamos nossos próprios medos e inseguranças. Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Gabriel Sbardelotto: A literatura tem o poder de nos fazer refletir e enxergar as coisas por outra perspectiva. Eu acredito que, quando escrevemos com propósito e fé, Deus usa essas palavras para falar com outras pessoas, para trazer conforto, encorajamento e esperança. É uma maneira de conectar o coração das pessoas ao coração de Deus. Além da literatura, quais são suas fontes de inspiração para escrever? Gabriel Sbardelotto: Minha maior inspiração é a própria vida, com todas as suas lutas e momentos de vitória. A natureza, a Palavra de Deus, o tempo em oração, tudo isso me inspira a escrever. Também sou muito inspirado por

Explorando a Poética de Ana Luiza Albuquerque Kalil: Memórias, Inspirações e a Jornada Literária

Autora Ana Luiza Kalil lança Memórias da Juventude

Nesta entrevista exclusiva, Ana Luiza Albuquerque Kalil compartilha sua jornada como escritora, seus processos criativos e o impacto transformador da poesia em sua vida. Nascida em Barbacena, Minas Gerais, Ana Luiza traz na bagagem não só sua carreira como advogada e procuradora municipal, mas também uma paixão antiga pela leitura e escrita, que floresceu desde a infância. Na conversa, mergulhamos nas inspirações literárias, nos desafios enfrentados para a publicação de seu primeiro livro de poesias e no desejo contínuo de expressar o que há de mais humano através das palavras. 1 – Para começar, poderia nos contar sobre você e sua jornada como autora? Ana Luiza Albuquerque Kalil: Meu nome é Ana Luiza, nasci e moro na cidade de Barbacena/Minas Gerais. Sou procuradora municipal, e advogada. Desde criança meus pais, que sempre foram muito presentes na minha vida, incentivaram-me a ler. Sempre tinha um livrinho nas mãos. Comecei a escrever poesias aos 12 anos, e uma vez, na minha escola, foi promovida uma espécie de coletânea de poesias criadas pelos alunos. Eu sempre participava, às vezes escrevia sozinha, outras, em parceria com colegas. Guardo estas recordações com muito carinho. Sempre amei estudar literatura e ler. Depois, fui morar em Viçosa para estudar direito, e minha escrita aumentou muito. E em cada fase da minha vida, sempre tinha uma poesia nova, geralmente refletindo o que eu estava vivenciando. Desde 2016, participo de concursos nacionais de poesias promovidos por diversas editoras. A mais significativa para mim, foi ter sido classificada em um concurso promovido pela editora da Universidade Federal de São João Del Rei, com a poesia “Livros”.  A leitura e a escrita sempre funcionaram como escape da realidade para mim. 2 – O que o inspirou a escrever o livro? Ana Luiza Albuquerque Kalil: Eu sempre admirei muitos escritores e escritoras, sejam romancistas, contistas ou poetas. Achava lindas aquelas poesias árcades dos inconfidentes Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa; as poesias mórbidas/simbolistas de Alphonsus de Guimarães; e as românticas de Castro Alves, Álvares de Azevedo; a inteligência indiscutível de Machado de Assis, a aqueles romances açucarados de José de Alencar. Adoro ler poetas/contistas, Clarice Lispector, Adélia Prado, Lygia Fagundes Telles. Todas elas são orgulho do Brasil, e acho muito inteligente a forma como cada uma “joga” com as palavras. Aí eu pensei, que seria muito bom para mim ter um livro publicado, com as poesias que eu escrevi ao longo da minha vida. Seria um pedaço da minha existência num livro. Diria então, que o que me inspirou a escrever o livro foi a literatura como um todo, e todos os autores por quem eu tenho admiração. 3 – Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Ana Luiza Albuquerque Kalil: Então, a poesia é sempre muito pessoal, geralmente se escreve aquele que está vivendo, sentindo. O poeta é muito sinestésico, ele ou ela precisam sentir, caso contrário, dificilmente haveria poesia. Pelo menos é a minha opinião. Então, eu abordo temas como saudade, morte, amor, solidão, abundância, escassez, estações do ano, dúvidas existenciais. Sabe o trecho daquela linda poesia de Vinícius de Moraes, “Eu não existo sem você”, que diz: “Assim como o poeta só é grande se sofrer”. Não que o/a poeta são seres sofredores(rs), mas eles colocam em forma de poesias, os sentimentos latentes no seu coração. E comigo foi assim também, tudo que transborda em mim, transcrevo no papel. 4 – Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Ana Luiza Albuquerque Kalil: O processo criativo é bem simples: durante a noite, meu quarto, sentada na cama antes de dormir, minha agenda de poesias, e uma caneta. A solitude me acompanha neste processo criativo. Não existe uma preparação específica, a ideia surge, e eu coloco no papel. Em boa parte das vezes, crítico o que eu escrevo, mas depois vou refinando e fazendo ajustes. 5 – Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Ana Luiza Albuquerque Kalil: Como eu já relatei, a referência criativa geralmente é aquele momento que estou vivendo; ou quando vejo algo bonito, como uma lua cheia, um céu azul; ou o outono, com as folhas secas das árvores espalhadas pelo chão. Sou muito sinestésica e observadora. Também gosto de escrever sobre sentimentos menos nobres, como egoísmo, prepotência e paixão. E paixão aqui em sentido latu, como as guerras, fúria, ódio. Então aquilo que eu observo, e de alguma forma mexe comigo, eu escrevo. 6 – Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Ana Luiza Albuquerque Kalil: Sim, gosto muito da poesia “O tempo, a saudade, o fim”, que já foi classificada em concurso de poesia: “O vento da saudade bate forte. Forte bate o galope do vento. Mistura a lágrima à doce lembrança. Os pensamentos se entorpecem ao rumor de um lamento”. (…) “O fim em ponto de interrogação. Nunca termina o balanço da vida. O que entender de uma doce partida? Rastejando os ais de um choro contido. Tormentosa fotografia de tempos antigos!” 7 – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Ana Luiza Albuquerque Kalil: O meu principal desafio foi a procrastinação. Passar as minhas poesias para o computador(rs). Apesar de não ser um livro longo, eu fui digitando aos poucos. Depois a formatação, e mandar para a editora. Há uns dois anos mandei para uma editora, cujo nome eu não me lembro, e não tive resposta. Depois, fui acrescentando mais poesias, refinando daqui, ajustando dali, até que surgiu a oportunidade de enviar para a editora Viseu, que, para minha alegria, aprovou meu rascunho, e me ofereceu a oportunidade de publicar. Com certeza foi um dia feliz para mim. 8 – Como você espera que seu livro impacte os leitores?  Ana Luiza Albuquerque Kalil: Olha, eu escrevo muito sobre a vida em geral, e este amálgama de sentimentos que alegram e ao mesmo tempo torturam os seres humanos, podem levar os leitores a lerem poesias simples, mas humanas. Então

Construindo Gênios: autor Delano Menezes mostra a singularidade da formação de engenheiros no ITA

livro de Delano Menezes o despertar dos genios

Delano Menezes é um autor que combina uma sólida formação acadêmica com uma carreira notável nas Forças Armadas. Oficial aviador que atingiu o posto de Brigadeiro, Delano possui uma trajetória rica em experiências tanto no Brasil quanto no exterior, culminando com sua atuação como Diretor da Escola Superior de Guerra em Brasília. Ele também é mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e membro fundador  da Associação Brasileira de Estudos de Defesa. Sua obra mais recente, O Despertar dos Gênios: A construção social da subjetividade dos alunos do ITA, é um estudo aprofundado sobre a singularidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no cenário acadêmico brasileiro. O livro explora como a cultura institucional do ITA molda a subjetividade dos seus alunos, oferecendo uma análise que vai além do técnico e adentra no campo das ciências sociais. Na entrevista a seguir, o autor compartilha insights sobre sua pesquisa, destacando o papel crucial da disciplina consciente e da socialização acadêmica na formação dos engenheiros do ITA. Ele também discute as influências teóricas que guiaram seu estudo, incluindo autores como Pierre Bourdieu e Michel Foucault, e como essas influências ajudaram a entender a construção da identidade coletiva dentro de uma instituição tão peculiar. Se você é um entusiasta da educação, sociologia ou do papel das instituições militares no desenvolvimento acadêmico, não perca a oportunidade de continuar lendo esta entrevista. Descubra como o ITA se tornou uma referência global em engenharia e como seus métodos continuam a influenciar a formação de líderes no Brasil. 1) Para começar, poderia nos contar sobre você, sobre sua jornada como autor e o que o inspirou a escrever o livro? Delano Menezes: Eu fui Oficial da Força Aérea (piloto) por mais de 35 anos e por incrível que possa parecer nunca havia visitado o Instituto Tecnológica da Aeronáutica (ITA) ainda que tenha tido contato com diversos engenheiros formados nele. Dessa forma constatei, através de contatos formais ou informais, um “fio” comum na maneira que cada um construía a sua narrativa e “visão de mundo”.  Pensando em aplicar os meus conhecimentos de Sociologia (Mestre) resolvi investigar como isso se processava na âmbito acadêmico do ITA, focando no modo de vida, no legado social que o indivíduo adquire do grupo, na sua forma de pensar, sentir e acreditar, no espectro de aprendizagem em comum, no conjunto de orientações padronizadas para as atividades recorrentes da vida acadêmica, nos mecanismos para a regulação normativa do comportamento e no conjunto de normas e comportamentos para ajustar o indivíduo na complexidade da sociedade brasileira, bem como em relação a outros brasileiros.  Com o consentimento do Reitor, me internei no Instituto e passei a levar a vida dos alunos e aprender como eles se relacionavam entre si, com os professores, com a instrução militar que recebem logo no primeiro ano e com a instituição de um modo geral. Nesse processo fui descobrindo um “mundo” desconhecido para a maioria dos meus colegas e, porque não dizer, dos brasileiros e que tem gerado resultados animadores no campo das pesquisas tecnológicas e na própria economia do País, como o sucesso da EMBRAER e outros empreendimentos. Gosto de escrever, tenho publicado diversos artigos, ensaios, capítulos em livros de sociologia e já havia publicado dois livros no passado: O Militar e o Diplomata – Órgão da Política (Bibliex – 1997) e Como Pensam os Militares (Baraúnas-2016).  2) Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Delano Menezes: Como piloto, vivia constantemente em contato com tecnologia e conhecimentos aeronáuticos, dois temas que sempre me encantaram, a isso se somou outro que aprendi (mestrado) e pratiquei dando aulas: Sociologia. Daí, a curiosidade de descobrir como o conhecimento tecnológico interfere nas relações humanas e como esses indivíduos se posicionam na sociedade. 3) Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Delano Menezes: O texto foi escrito tendo como referência as diversas entrevistas que tive a oportunidade de realizar, como conversar com o primeiro Reitor brasileiro do ITA, com o advogado que prestou assessoria jurídica ao Marechal Casimiro Montenegro Filho, durante a construção da instituição, com alguns poucos ex-alunos “Suma cum Lauda” (até a data da pesquisa só existiam 18 na história do ITA), entre outros. Fiz pesquisa bibliográfica nas Bibliotecas do ITA, do Instituto Cultural da Aeronáutica, do Itamaraty e na FGV e, por fim, as conversas que tive com os diversos alunos dos 5 anos do curso, com alguns professores e funcionários do ITA e com oficiais do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (CPORAer). Mas o mais enriquecedor foi a companhia da aluna que era presidente da associação dos alunos que me acompanhou a maior parte do tempo. Ela mostrou e explicou as diversas atividades dos alunos e as responsabilidades e iniciativas criativas realizadas tanto no âmbito do campus como na cidade de São José dos Campos. Ela me passou a intensidade com que os alunos se relacionavam com a academia e entre si e o grau de comprometimento com a sociedade civil e com o país de um modo geral. 4) Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Delano Menezes: Existiam duas coisas que despertavam a minha curiosidade sobre o ITA:  1) a própria construção da instituição que conseguiu se consolidar em uma época em que a educação científica no Brasil era incipiente (final da Segunda Guerra Mundial), particularmente no âmbito da Aeronáutica que era uma Força muito nova (criada em 1941) e que possuía uma série de outras prioridades; 2) a outra, era a tal da “disciplina consciente” que se ouvia falar como sendo uma referência única e um ponto de honra na relação aluno-escola-professor e que se mantinha inalterada desde a fundação da instituição há mais de 70 anos. 5) Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Delano Menezes: Sim, talvez o que mais identifica a originalidade do currículo acadêmico do ITA seja o fato inovador e talvez o mais curioso seja a existência de disciplinas no Catálogo do

“O vinho pode ser desfrutado por todos, independentemente do nível de conhecimento”, Marileide Dourado.

livro introdução ao mundo dos vinhos

O vinho pode ser desfrutado por todos, independentemente do nível de  conhecimento ou experiência no mundo vinícola.”, Marileide Dourado. Em uma entrevista envolvente, a autora e sommelier Marileide Dourado revela como o trabalho em restaurantes italianos despertou seu interesse pela enologia, levando-a a um profundo compromisso com a aprendizagem e apreciação de vinhos. Ela nos conduz através de suas memórias, destacando momentos marcantes como o encantamento com o vinho Gewurztraminer, que não só conquistou seu paladar, mas também acendeu uma paixão duradoura pelo mundo dos vinhos. Ao longo desta entrevista, Marileide Dourado nos inspira com sua dedicação e entusiasmo, revelando o processo criativo por trás do livro “introdução ao mundo do vinho”, apontando suas referências criativas e técnicas. Ela também aborda os desafios enfrentados durante a escrita e as mensagens que espera transmitir aos leitores, reforçando que o vinho é uma bebida para todos, independente do conhecimento prévio. Prepare-se para uma viagem sensorial e cultural através das palavras de Marileide Dourado, uma verdadeira embaixadora da cultura do vinho. 1) O universo do vinho é uma temática apaixonante e repleta de curiosidades. Poderia nos contar como começou sua história nessa área? Marileide Dourado: Na verdade, nos anos noventa quando emigrei para a Itália, não tinha todo esse falar de vinhos no Brasil, até porque, ainda existia o protecionismo em relação à indústria nacional e a produção de vinhos se resumia ao Sul do País, e eu venho do Norte do Goiás, hoje, estado do Tocantins. A única bebida que conhecia como vinho era aquele galão de 5 litros que, às vezes, se via no período natalício e, se não me engano tinha um nome popular do tipo “Sangue de Boi”. Então, a minha história com o universo do vinho iniciou mesmo quando em Roma comecei a trabalhar em restaurantes. Com isso, não posso afirmar que sempre tive um interesse pelo mundo do vinho, esse veio com o conhecimento e o contato direto no trabalho, mas posso afirmar que esse contato direto logo me trouxe interesse e comprometimento em conhecer cada vez mais essa bebida extraordinária e todo o trabalho por trás da sua produção. Quando experimentei pela primeira vez um vinho de qualidade, me encantei com os diferentes aromas e sabores que a bebida pode oferecer e decidi me inscrever pela primeira vez em um curso de degustação de vinhos, com certificado de presença, na Enoteca Costantini na Piazza Cavour, em Roma. Assim, ao longo dos anos, fui me  aprofundando cada vez mais nesse universo, participando de degustações, cursos e visitas a vinícolas até que decidi fazer o curso profissional da Associazione Italiana Sommelier. Hoje, não apenas aprecio os vinhos, mas também tenho um amplo  conhecimento do processo de produção, das diferentes regiões vinícolas e já colaborei com vários restaurantes italianos e portugueses na elaboração da carta de vinhos. 2) Você se lembra do momento em que se apaixonou pelos vinhos? Pode nos contar sobre essa experiência? Marileide Dourado: Aos 22 anos, tive a incrível oportunidade de imigrar para a Itália e viver em Roma nos anos 90, uma época de grande riqueza cultural e gastronômica. Em meio a um ambiente culturalmente enriquecedor, trabalhei por 7 anos em uma cafeteria de um centro cultural e livraria. Foi lá que descobri e me encantei pelo gewurztraminer, um vinho feminino e aromático que não só conquistou meu paladar, mas também despertou novas paixões em mim. A uva Gewurztraminer, com suas notas florais, frutadas e especiarias, revelou-se um verdadeiro tesouro sensorial, capaz de transportar os sentidos para um mundo de sensações inebriantes. Cada gole desse vinho delicado e envolvente era como uma viagem por campos de flores exóticas e pomares frutados, embalada por uma doçura sutil e cativante. A Gewurztraminer é uma casta de uva rosa da família da Vitis Vinifera,  originária da região da Alsácia, na França.  Na Itália, ela é cultivada sobretudo na região do Trentino – Alto Ádige. Esta região é conhecida por suas condições climáticas ideais para o cultivo de uvas, resultando em vinhos brancos de alta qualidade, incluindo os produzidos com a uva Gewürztraminer. Os vinhos da região do Alto Adige são conhecidos por serem frescos, aromáticos e elegantes, refletindo as características únicas do terroir local. A escolha desse vinho para integrar a nossa carta foi um extraordinário sucesso, proporcionando aos nossos clientes momentos de descoberta e prazer. Apresentar o Gewurztraminer e compartilhar um pouco da sua história e características únicas era uma verdadeira celebração da cultura vinícola e do prazer de degustar um vinho de qualidade. Essa experiência com o Gewurztraminer marcou-me profundamente, despertando em mim uma paixão renovada pelo universo dos vinhos e pela riqueza de suas nuances, aromas e territórios de produção. E foi então que decidi aprofundar o meu conhecimento no campo, participando de vários cursos de degustação, até a decisão de me tornar um profissional do vinho através da “Associazione italiana sommelier”.  Essa lembrança continua a inspirar-me e a enriquecer meus momentos de convívio e prazer ao redor de uma boa taça de vinho. 3) O que a inspirou a escrever o livro “Introdução ao mundo do vinho”? Marileide Dourado: A inspiração para escrever o livro “Introdução ao mundo do vinho” veio da minha própria jornada e paixão pelo universo dos vinhos. Ao longo dos anos, muitas viagens em diferentes regiões produtoras, adquiri um vasto conhecimento e experiência nesse campo, e senti a necessidade de compartilhar esse conhecimento com outras pessoas que também têm interesse em aprender mais sobre o assunto. Percebi que muitas pessoas se sentem intimidadas ou confusas ao se deparar com o vasto mundo do vinho, com suas diversas regiões, uvas, aromas e sabores. Portanto, decidi escrever um livro que fosse acessível, informativo e envolvente, para ajudar os iniciantes a se familiarizar com o mundo dos vinhos de uma maneira descomplicada e prazerosa. Além disso, senti o desejo de transmitir a minha paixão e entusiasmo pelo vinho, incentivando as pessoas a explorarem e desfrutarem dessa bebida tão rica em história e cultura. O livro “Introdução ao mundo do vinho” reflete não apenas o meu conhecimento técnico,

“Não há ideia ou pensamento que possa abarcar a plenitude de Deus.”, Thaize Goulart

Livro vencendo os limites através da fé

Nascida em Laje do Muriaé, interior do Rio de Janeiro, a autora Thaize Goulart compartilha sua jornada transformadora de autodescoberta e resiliência.  Ao enfrentar desafios pessoais e se reconectar com sua fé, ela encontrou a motivação para contar sua história e impactar positivamente a vida de seus leitores.  Em sua autobiografia, Thaize entrelaça suas experiências de vida com a temática da fé, oferecendo uma mensagem poderosa de esperança e superação. Acompanhe esta entrevista para conhecer mais sobre suas inspirações, desafios e a profunda mensagem que ela deseja transmitir através de suas palavras.  1.Para começar, poderia nos contar um pouco sobre você e sua jornada como autora? Thaize Goulart: Meu nome é Thaize, nasci em 26/05/1981, na cidade de Laje do Muriaé, interior do Rio de Janeiro. A minha jornada como autora se iniciou quando eu passei a olhar a vida sem me vitimizar, sem ter pena de mim mesma. Passei a olhar tudo à minha volta entendendo que todas as circunstâncias, sejam elas positivas ou negativas, cooperavam para o meu crescimento como ser humano e me moldavam. Entendi que em momento algum estive sozinha, existe um Deus Eterno e Criador que assim como um pai que ama e corrige os filhos, Ele também o faz e se utiliza das circunstâncias difíceis da vida. Quando passei a ver as coisas a partir desta perspectiva, perdi o medo e busquei ser autora da minha própria história e então me tornei autora de músicas e agora autora de livros. 2. O que a inspirou a escrever o livro? Thaize Goulart: Desde o momento em que destemida ousei partilhar as experiências vivenciadas por mim, consegui compreender na reação de muitas pessoas o quanto podia cooperar positivamente na vida delas. Daí veio a inspiração para escrever o livro. 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Thaize Goulart: O livro é a minha autobiografia em que procuro atrelar a minha experiência de vida à temática de “Vencendo os Limites Através da Fé “. 4.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Thaize Goulart: Na minha cabeça eu já havia decidido que queria escrever um livro, já havia definido o tema e que seria a minha autobiografia. Já estava lendo bastante sobre este gênero literário e de como devia escrever.  Definindo que o meu livro seria a minha autobiografia, comecei a rascunhar como eu iria construir e se iria dividir em capítulos. Procurei expor os momentos mais marcantes da minha história, então comecei a escrever. Por conta dos compromissos e por ser mãe de três crianças, demorei três anos para concluir a escrita do livro. Com o livro pronto bateu uma insegurança e me perguntava se devia publicar. Enfim, decidi enviar para a Editora Viseu. 5.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Thaize Goulart: A minha principal referência criativa foi a Bíblia Sagrada. 6.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Thaize Goulart: A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem. 7.Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Thaize Goulart: O principal desafio enfrentado por mim, na escrita do livro, foi constatar que eu era capaz de escrever.   8.Como você espera que seu livro impacte os leitores?  Thaize Goulart: Espero que o livro possa impactar a fé daqueles que já não creem e que de uma forma sobrenatural a fé destes possa ser nutrida. 9.Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Thaize Goulart: A fé não tem como base a razão.  A razão não pode atingir a clareza da fé, logo, uma argumentação eficiente seria capaz de acompanhar e atestar. 10.Há algum personagem ou história no livro que você considere particularmente significativo?  Thaize Goulart: Há um personagem no livro em quem a minha fé está fundamentada é o Eterno, o criador, aquele que dá a vida a todos os seres e Ele é tão existente e presente quanto qualquer outro ser.  Não há ideia ou pensamento que possa abarcar a plenitude de Deus, entretanto, ainda assim, é possível ter acesso ao sobrenatural do Eterno.  11.Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Thaize Goulart: A literatura é uma ferramenta de comunicabilidade onde o diálogo se faz presente transmitindo conhecimento , conduzindo o leitor a mundos imaginários, provocando prazer e auxiliando o entendimento da realidade. 12. Além da literatura, quais são suas fontes de inspiração para escrever? Thaize Goulart: A música e a natureza são as minhas fontes de inspiração.  13.O que a literatura e a escrita significam para você? Thaize Goulart: A literatura e a escrita estão totalmente entrelaçadas, pois a literatura se utiliza da letra “palavra” para criar. 14.Quais são seus planos futuros como escritor? Há novos projetos em desenvolvimento? Thaize Goulart: Pretendo escrever outros livros e já tenho em mente alguns temas. Ainda não estou escrevendo.  15.Que conselho você daria para alguém que está começando a escrever seu primeiro livro? Thaize Goulart:Leia, a literatura é a melhor maneira de analisar o que faz um bom livro. 

Autor angolano João Kaveto transforma estudo técnico em romance

Em uma fascinante jornada que une paixão pela escrita, sacrifícios familiares e dedicação à causa da justiça social, o autor angolano João Kaveto lança seu primeiro livro, “No Banco: Os valores de Ngunji à mesa dos Drongos”. Nascido no município de Caconda, província da Huíla, e empresário de sucesso no setor de consultoria, ele compartilha conosco sua trajetória singular, desde os primeiros passos no mundo da leitura até a concretização de seu sonho literário. Neste artigo, o autor nos conta sobre suas inspirações, desafios e a profunda conexão entre sua experiência pessoal e os temas abordados em sua obra. Acompanhe sua história e descubra como ele espera impactar os leitores com sua narrativa envolvente e rica em valores pessoais e sociais. 1. Para começar, poderia nos contar um pouco sobre você e sua jornada como autor? Sou cidadão angolano, natural do município de Caconda, província da Huíla. Sou empresário e atuo igualmente no sector de serviços, concretamente na consultoria de planejamento, de gestão e financeira, e agora, por ser um sonho que sempre desejei realizar, passo, oficialmente, com o lançamento do meu primeiro livro “No Banco: Os valores de Ngunji à mesa dos Drongos”, a exercer atividade de escritor. Minha jornada começou mediante três etapas: (i) – Quando frequentava o 9º ano, minha mãe vendeu uma das suas saias para comprar um livro de Física I onde cheguei a ler coisas sobre o movimento dos corpos na terra e dos planetas. Por saber do sacrifício da minha mãe para oferecer-me aquele livro, passei a devorá-lo. Apaixonava-me profundamente com o que lia, tornando-me desde aquele momento, numa pessoa altamente observadora. Observava tudo ao meu redor com a alma de um apaixonado pelos movimentos dos planetas; observava o que as pessoas diziam e faziam e meditava sobre as possíveis razões, escrevendo minha análise sobre tudo que cabia à minha imaginação; (ii) – Em 2011, creio, li num dos jornais, a forma profissional e principalmente “romântica”, com que um renomado advogado da nossa praça, Dr. Sérgio Raimundo, defendia a necessidade de recorrer da condenação de 20 anos de prisão, dada a uma senhora que assassinara o marido. No entender do advogado, a redução da pena era necessária porque reduziria a fatura social sobre as consequências possíveis, pois, pela ausência, no país, de instituições de apoio psicológico à menores, a educação dos filhos, sem culpa, seria moldada pelas ruas, uma vez que, para além das dores causadas pela morte do pai, os menores ficariam privados da ausência e amor da mãe por muito tempo. A justificativa apresentada, a forma brilhante da narrativa, moldou, desde aquela data, a forma com que eu escrevia, independentemente do assunto; e (iii) – Pessoas próximas que liam algumas frases escritas por mim diziam que elas tinham alma, e isso fez-me dar início à um processo programático de leitura sem limites, fazendo com que em 2016 fizesse para mim mesmo a promessa de escrever e sonhar, cada vez mais, em lançar o meu primeiro livro, momento que, felizmente, chegou quando apresentei o meu manuscrito, no ano passado, à editora Viseu, que depois da sua aprovação, deu-se início ao processo de edição resultando em “No Banco: Os valores de Ngunji à mesa dos Drongos”. 2. O que o inspirou a escrever o livro? A realidade comportamental dos agentes económicos e dos agentes sociopolíticos, face aos princípios de justiça social, do amor ao próximo, de valores pessoais, constituíram as principais fontes de inspiração para escrever este livro. 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Na minha profissão de empresário e de consultor, fui e sou obrigado a relacionar-me com pessoas singulares e coletivas, pessoas sonhadoras de vários sectores. Face ao contexto social, económico e político do meu país, venho sendo testemunha das dificuldades, dos constrangimentos, das tristezas e alegrias, dos fracassos e sucessos, partilhados por estes e por mim. Neste sentido, como consequência, a minha experiência pessoal também se reflete nos temas abordados em “No Banco”. Tendo em conta que banco pode significar uma instituição financeira, um assento, e, se traduzido à minha língua materna, Banco, que significa “OMANGU”, que pode expressar  “PODER”, o “exercício do Poder”. Dessa forma, apresento numa narrativa comum à essas definições, discorrendo da implicância das instituições políticas, económicas e sociais para o desenvolvimento do tecido empresarial e familiar no país do Ngunji – personagem principal, e na forma como a crença aos valores pessoais condiciona, em certa medida, a realização de sonhos, em face ao perfil de instituições, cujas atividades são influenciadas pelo monstro Ombipo (metáfora criada por mim para descrever o sentimento que se apodera das pessoas antes e durante a prática de atos de inveja e corrupção, tornando-as transigentes à maldade e à prática de ações antiéticas quando estiverem na posição de representantes de instituições públicas). 4. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Meu processo criativo é bastante dinâmico. Começa tomando nota dos factos comuns que observo nos principais atores de determinada realidade socioeconómica, política e de fenómenos naturais. Depois das notas tomadas em papel, medito sobre elas durante dias, fazendo com que a minha mente, automaticamente, passa a cogitar hipóteses e conclusões, que são passadas novamente em papel ou numa gravação por telemóvel, para dias depois ouvi-las repetidas vezes. Este processo é amiudado sempre que observo a mesma realidade, ou semelhança, num outro lugar. Foi por esse método que levei perto de 10 anos para terminar o “No Banco”. 5. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Gostaria antes de situar os prezados leitores, que No Banco: Os Valores de Ngunji à mesa dos Drongos”, é um romance concebido inicialmente para um livro técnico, “Como Encarar os Desafios do Empreendedorismo em Angola”, porém alterado, devido as vantagens de agregar experiência envolventes nos leitores ao ser transformado como romance. Assim sendo, minhas principais referências para escrever este livro foram relatórios técnico-sociais e económicos feitos por terceiros e pesquisas próprias sobre as etapas de realização do sonho das famílias,

“Acredito que é muito importante as pessoas conhecerem a história de vida de quem escreve um livro.”, Chris Andrade

Chris Andrade A Filha do Rei

Educadora, psicopedagoga e terapeuta por profissão, a autora Chris Andrade revela ser uma contadora de histórias nata. Desde suas memórias de infância, imersa em livros durante os recreios escolares, até a publicação independente de seu primeiro livro, em 2018, sua trajetória é um fascinante testemunho de persistência e fé. Nesta entrevista, Chris desvenda o véu sobre as influências profundas que moldaram a escrita do livro “A Filha e o Rei“, discute a integração de sua fé com a literatura e explora como suas experiências pessoais transpiram através das páginas de suas obras. Acompanhe-nos nesta conversa inspiradora, onde exploramos as profundezas de uma vida dedicada a enriquecer o mundo através das palavras. 1. Para começar, poderia nos contar um pouco sobre você e sua jornada como autora?  Chris Andrade: Me chamo Chris Andrade, sou educadora, psicopedagoga e terapeuta. Desde criança sempre gostei muito das artes e, claro, da escrita. Eu escrevia estórias e participava dos concursos literários na escola. No ensino médio, eu corria para a biblioteca para ler, no horário do recreio. Alguns colegas começaram a seguir o que eu fazia e, percebi que, sendo encorajada na leitura, uma pessoa pode tomar um bom gosto por ela. Continuei escrevendo poesias e prosas, participei de concursos, mas nada publicado oficialmente. Até que um dia, um colega de trabalho, me mostrou um jornal de outro estado com uma prosa que eu havia escrito. Ele havia lido o texto e fez essa boa surpresa. Aquilo causou um sentimento muito bom em mim, e comecei a pensar em fazer o meu amor pela escrita se tornar uma realidade mais palpável. Certo tempo depois, um grupo de missionários visitou a comunidade que participo e falou sobre a importância de escrever livros para anunciar a bondade e providência de Deus. A chama acendeu por completo em meu coração e, ali decidi que aquilo seria realmente algo que gostaria de fazer profissionalmente, independentemente de qualquer profissão que viesse a exercer. Em 2018, escrevi um livro inteiro e entreguei a alguns amigos para ler. Fui encorajada a publicar e assim o fiz como uma produção independente. Em 2023, coloquei na mente que meu outro livro seria publicado, mas eu queria que agora fosse por uma editora, e assim aconteceu. 2. O que a inspirou a escrever o livro? Chris Andrade: Eu acredito que é muito importante as pessoas conhecerem a história de vida de quem escreve um livro, compõe uma canção, produz um filme, cria um negócio rentável etc. Esse conhecimento ajuda a motivar outros com propósitos semelhantes a alcançá-los e dizer para si mesmos, “Ah eu posso também!”. Trabalho na área de Educação, Saúde e Bem-estar. Tenho muito apreço em promover a saúde mental e o bem-estar humano nas diversas áreas que o compõem. Então para mim é motivador compartilhar experiências que foram cases de sucesso, outras que consegui vencer e aprender com elas, para que dessa forma, quem estiver passando por situações parecidas saibam que elas também são capazes e merecedoras de dizer, “Por que não eu?” 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Chris Andrade: O livro retrata experiências pessoais diversas ao longo de muitos anos, a mais importante delas é como se dá a minha vida com Deus. Sempre ouvi muitas estórias sobre Deus e as religiões confundiam muito a minha mente quando ainda criança e adolescente. Eu tinha muitos porquês, até que compreendi que o verdadeiro sentido do Evangelho está revelado na própria Bíblia, através da Pessoa humilde de Jesus Cristo. Desde criança, eu ouvia falar de um Deus distante, que cobrava muito das pessoas e tomava atitudes que pareciam extremas. Talvez um deus criado por pessoas e sistemas corruptos seja desse jeito, mas o Deus da Bíblia não é assim. Ele é Alguém que é Pessoal e se importa com cada ser humano. Nas minhas experiências, encontrei um Pai Amoroso, um Amigo Fiel, Alguém Protetor e que me valoriza imensamente. No livro “A Filha e O Rei”, abordo temas diversos, tais como espirituais, emocionais, sociais, como por exemplo, a violência doméstica que enfrentei por anos, questões de saúde que precisei lidar, abandono de pessoas que pensei que eram minhas amigas, enfim, procuro mostrar o ser humano sujeito a falhas e quedas, mas também o quanto podemos ser reerguidos e restaurados se simplesmente dissermos sim à cura verdadeira, que brota do amor incondicional de Deus. Nos meus maiores erros, Ele me acolheu enquanto muitos me julgavam. Nos momentos mais difíceis e nas horas em que parecia que realmente tudo tinha se acabado, Ele sempre se mostrou presente e me estendeu a Mão. 4. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Chris Andrade: Esse livro foi escrito em vários momentos diferentes ao longo de alguns anos na minha vida. Também foi escrito em alguns países, enquanto servia fazendo trabalhos sociais em comunidades. Fiquei impressionada com o fato de que, não importa o país ou a cultura, o ser humano é humano em todo lugar. À medida que situações ocorriam comigo ou com alguém que eu conhecia, eu anotava tudo o que conseguia aprender e buscava na Bíblia como o processo de cura de eventos traumáticos poderia acontecer. Não somente isso, mas diversas outras situações, como por exemplo: de que forma ajudar aos pobres, como lidar com os que planejam mal contra as pessoas, o que fazer diante do luto etc. Tudo o que eu lia, eu aplicava em mim mesma e tomava nota dos resultados. O livro começou a ser escrito em 2014, tendo sido acrescentadas algumas informações importantes ao longo dos anos até meados de 2018, daí finalmente percebi que estava pronto um conteúdo de experiências e estudos que eu gostaria de compartilhar com outras pessoas. 5. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Chris Andrade: A Bíblia em primeiro lugar, por se tratar de uma coletânea de livros com estórias reais riquíssimas para todas as 8 áreas da saúde (física, mental, social, financeira, intelectual, ocupacional, sexual e espiritual), que são

Um desafio vencido além das 294 páginas do Litania – O Amor não Precisa ser Barroco

Lançamento do livro de poesia Litania

O autor Carlos Francisco Freixo, que completa vinte anos de carreira de escritor em 2024, fala sobre como foi escrever seu décimo livro, LITANIA – O AMOR NÃO PRECISA SER BARROCO, lançado recentemente pela Editora Viseu. Nesta entrevista, o leitor vai mergulhar nas motivações que o fizeram reunir 218 poemas inéditos sobre amor de forma inusitada, positiva e leve.  A conversa abrange ainda as dificuldades do processo criativo, as escolhas temáticas e estilísticas, oferecendo um panorama profundo das reflexões do autor sobre a vida e a própria literatura. Quando começou a concepção do livro LITANIA – O AMOR NÃO PRECISA SER BARROCO? Essa ideia começou ainda com os estudos de todos os períodos literários. E não achava tão bacana, para se falar de amor, ter de passar por sofrimentos, angústias, desesperos.  Tudo isso foca sempre no contraste do desejo de uma sintonia, que é o que se espera quando se encontra uma pessoa para compartilhar os dias.  De modo a ser sempre um apoio seguro e descobertas diárias de uma vida que é presente, sem sofrimentos. A caminhada é constante. E, com a descoberta do amor, poder celebrar diariamente e com entusiasmo o “presente” que se tem. Havia outros poemas, de temas diferentes, ou a temática lírico-amorosa se impôs? Eu gosto muito da poesia social, mas, neste trabalho, o lírico-amoroso se impôs tecendo as horas, dias e meses de uma forma natural.  Durante este período, claro, outras temáticas apareceram, mas prevaleceu neste livro esta temática como essência para ser saboreada, vivenciada como essência para a vida. LITANIA é um livro robusto, com 294 páginas e 218 poemas. Não é raro um escritor produzir essa quantidade sobre um mesmo tema? Deu vontade de desistir, reduzir um pouco? Sim, não me lembro de nenhum livro lírico-amoroso tão extenso como este. Mas foi motivador, principalmente por que foram pintando ideias que traziam e permitiam variações do tema. Por exemplo, no formato das rimas, estrofes, versos livres, eu-lírico feminino, alguns poemas curtos, outros mais longos, a presença de deuses de todas as áreas de conhecimento, e a própria litania deram motivação para que permanecesse nessa linha. Sua experiência pessoal foi espelhada no tema lírico amoroso do livro? De certo modo, a experiência pessoal passa sim, mas como motivação para o escritor. O escritor tem de filtrar a pessoalidade e expor uma visão mais ampla, possível e passível de encontrar no leitor uma identificação. Se ficar apenas na experiência pessoal, acaba soando artificial.  A escrita da poesia é trabalho intenso. Claro, aproveitei todas as possibilidades que me foram aparecendo, desde os temas até a sonoridade, momentos brincantes, momentos sérios, momentos simples e momentos mais profundos. Tudo isso pelo filtro necessário que a literatura exige. O senhor se considera um romântico? Como é sua convivência de escritor/professor com o tema lírico-amoroso? Curiosamente não me considero romântico, mas tenho paixão pela vida, pelo que a vida nos apresenta.  Não poderia reclamar dos desafios que a vida exige porque, diariamente, a superação é o que temos de fazer. E, ao mesmo tempo, temos a responsabilidade com os outros e com a gente mesmo.  Por isso é importante perceber tantos olhares que temos diariamente. E todos esses olhares também passam pela nossa pessoalidade.  Como professor, não me sentiria bem se não conseguisse despertar as emoções, os talentos que cada estudante tem. Não me sentiria bem se não conseguisse transmitir reflexão e, principalmente, esperança em cada um de meus estudantes. Esse número de poemas em um único livro, 218, é natural? Quando saber a hora de parar de escrever para produzir mais um livro? Não é natural rsrsrs, mas aconteceu. Temos o desejo de percorrer todos os dias bebendo dessa poesia que é a vida intensa, abrindo-se a possibilidades. E isso o ano inteiro, mês a mês, dia a dia, hora à hora.  Naturalmente que, em certo momento, temos de encerrar essa sequência, pois novas possibilidades vão aparecer e sugerir outros caminhos.  Com certeza, um poema precisa determinar que não é o ponto final, mas o momento de abrir outras janelas, de escancarar outras portas. Pois a vida é contínua. Somos finitos, mas a vida prossegue. Houve alguma inspiração, de outro escritor, antes da decisão de criar seu décimo livro de poesia? Pergunta difícil de responder, porque tenho uma leitura muito intensa. De certo modo, todos me influenciam, mas tenho no meu momento de escrita ser apenas eu mesmo com todas as leituras, mas filtrando para transmitir a melhor emoção possível com meus versos.  E, além dos clássicos, adoro a leitura de muitos que não fazem parte do cânone e trazem possibilidades muito interessantes. Ainda aqui, tenho de apresentar algo que não digo novo, mas um olhar que precisa ser notado. Como é seu processo criativo? Fui professor de Literatura, de Teoria Literária. Cada período reflete a sociedade da época (suas aspirações, seu jeito de pensar e agir).  Alguns momentos são carregados de esperança; outros são terrivelmente pesados. Mas, em todos, temos de buscar caminhos seguros porque somos elos ligando a geração anterior e a posterior. No meu caso, trabalho de uma forma muito aberta. Alguns temas me permitem brincar, rir, e o texto tem que sair assim, mais leve.  Outros temas pedem mais seriedade, portanto, as palavras precisam ser mais encorpadas, pedem na sua musicalidade expressar esse sentimento – e, no conjunto, apresentar a dinâmica da vida que nos traduz a poesia a cada momento. Momentos leves e tensos vão perfazendo as horas. Houve dificuldades, na hora de escrever? O que foi mais complicado de superar durante o processo criativo? E depois? A poesia exige variedade, novas abordagens, novos ritmos. Está muito próxima da música. Precisamos descobrir a música de cada poema. Corre-se o risco da repetição. Por isso procurava sempre, a cada poema, deixá-lo concluído para evitar os mesmos ritmos ou mesmas abordagens.  Claro que, em certo momento, é preciso rever tudo e ver se tem sentido. Tenho que deixar o escritor de lado e ser o primeiro leitor de mim mesmo. Parece confuso? Não é. Tenho de

“Fazemos arte porque precisamos”, declara autor Bruno Gurgel

Bruno Gurgel transforma sua experiência na pandemia em poesia no livro "O que eu queria ter dito"

Em seu primeiro livro, Bruno Gurgel transforma o rebuliço de tudo aquilo que guardou para si em poesia. “O que eu queria ter dito” explora desde questões sociais até experiências profundamente íntimas, tocando em temas como luto, amor, conectividade no mundo digital, morte e existência. Seu livro é um compilado de poesias escritas entre 2020 e 2024, um momento marcado pela pandemia de Covid-19. Atuando na linha de frente durante essa crise, foi a partir do caos e questionamentos trazidos pela época conturbada que o médico renasceu como poeta.  “O que eu queria ter dito” é um convite à autorreflexão, uma leitura para entrar em contato com os próprios sentimentos e palavras não ditas. Através de versos impactantes, Gurgel incita seus leitores a fazer de seus poemas terapia. Nesta entrevista exclusiva, conheça um pouco mais sobre o processo criativo do autor, como sua experiência como médico impactou as poesias, suas principais referências criativas e muito mais. Fique com a gente e confira! 1. Como foi o início da sua carreira como escritor? Bruno Gurgel: Vamos ver. Está sendo. Ansioso para toda essa experiência. Sinto que terei muito aprendizado pela frente.  2. Como surgiu a ideia de publicar seu primeiro livro de poesias? Bruno Gurgel: Surgiu de um desespero. Estava completando o primeiro mês em Caruaru – PE na linha de frente como médico, bateu uma saudade aguda da minha parceira. Escrevi para ela a primeira poesia que guardei  “Um sobre dois”. Me ajudou a dar fluxo ao que sentia naquele momento. Daí em diante, passei a escrever quase diariamente. Me ajudou a seguir em frente. 3. E como sua experiência atuando na área da saúde durante a pandemia aparece em sua escrita? Bruno Gurgel: Reflito sobre situações que vivi. Casos que me marcaram. Reflito muito sobre meu papel como médico. No livro, falo de situações que presenciei. Dores de pessoas que se foram, momentos em que tive dúvida, momentos em que não pude ajudar. Minha relação com a profissão é um tanto conflituosa, admito. É muito difícil equilibrar habilidades técnicas, o estudo das doenças, a promoção de um cuidado que vá além dessas questões biológicas e minha própria saúde ou processo de adoecimento. Já é um desafio habitual, acentuado enquanto trabalhamos nos cenários em que trabalhamos, situações que poderiam muito bem serem encontradas em períodos de guerra. Durante a pandemia, vivemos um período de agudização das dificuldades históricas que nosso sistema de saúde já possui. Mas, apesar de tantos absurdos presenciados, tenho muito orgulho de ter estado na linha de frente com as equipes de saúde na atenção primária, na emergência e na UTI. 4. Seu livro é dividido em 5 partes. Existe alguma linha narrativa dentro das poesias que guie essa estrutura? Bruno Gurgel: As poesias são de momentos diferentes. Ficará perceptível pela forma de escrever. Mas não optei por publicá-las em ordem cronológica.  Dividi o livro por temas. Aí, sim, os temas seguem uma lógica. Começa com o conflito: a pandemia. A partir daí, vem a crise que se apresenta com questionamentos de cunho social no segundo capítulo.  Em seguida, passam a ser questionamentos sobre a pessoa em si, como uma catarse. O quarto capítulo é o processo de resolução da crise através do amor e do afeto. Por fim, o clímax é resolvido com o nascimento do poeta. Essa foi minha história, reorganizei minhas poesias para que o livro tivesse esse fluxo. 5. Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração? Bruno Gurgel: Transpiração. Quanto mais me expresso, mais me ponho para fora. O processo começa, a inspiração vai, assim, se avolumando. 6. Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita? Bruno Gurgel: Neste livro, o processo de escrita veio por necessidade. Vinha em ondas e fluía bem. Tenho a impressão até de que a expressão de emoções negativas é algo mais fácil. Quando a angústia está lá, ali, ou aí, bem aí guardada tão bem guardada, é difícil desviar a atenção. Tive dificuldade em escrever sobre os momentos de emoções positivas. Admito, é treino. E é importante para a vida esse treino: estar plenamente presente nos momentos bons para poder vivenciá-los. 7. No seu livro, existem algumas poesias em inglês e também outras assinadas por Jheyza Florêncio. Poderia explicar mais sobre esses textos dissidentes? Bruno Gurgel: Jheyza Florêncio é minha parceira. Temos uma poesia que foi uma conversa nossa que adaptei. As poesias que ela escreveu e coloquei no livro foram traçadas por ela em duas viagens que fizemos. Conversávamos sobre os momentos que passávamos em nossas vidas. As poesias em inglês vieram de forma natural. Quando meus pais fizeram doutorado, fomos morar na Inglaterra. Daí a escrita em inglês e a referência a esse tempo em algumas poesias. Uma delas fala da saudade. Outra escrevi misturando inglês e português, a ideia é exatamente esse tempo na minha vida como parte formadora de quem sou hoje. 8. Para você, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira? Bruno Gurgel: Ser capaz de reter atenção de forma recorrente. É muito conteúdo produzido a todo instante e publicado em plataformas diferentes. Como ser notado diante de tantos outros? E se for notado, como ser notado de novo?  Isso é um problema de veículos de comunicação. É tanta coisa ao mesmo tempo que as mensagens se perdem. No meio de tanto conteúdo digital, sinto falta das pessoas. Sinto falta das vulnerabilidades, dos lados complexos e escondidos. Sinto falta da pedra não polida. Então, acho que é importante produzir esse tipo de conteúdo: sincero, genuíno. Conectividade não é conexão, é importante ter este discernimento.  9. Como você interage com seus leitores online e offline? Bruno Gurgel: O poema sempre instiga o diálogo. Ora é porque tocou algo que estava guardado, ora é porque pegou no contrapé. Às vezes é para perguntar o significado. Essa conversa me deixa feliz. O cunho dos meus textos carregam um lado pessoal, uma vulnerabilidade. Fico feliz quando ressoa

Autor Jorge Neto fala sobre as curiosidades da pesquisa de seu novo livro sobre o universo dos videogames

lançamento do livro Gerações a era de ouro dos videogames

No lançamento de seu mais recente livro, “Gerações”, o autor Jorge Neto mergulha nas origens e evolução da indústria dos videogames, oferecendo aos leitores uma narrativa detalhada que começou em sua própria infância com um Atari 2600. A narrativa traz uma história de paixão, nostalgia e inovação, cobrindo as duas primeiras gerações de consoles e destacando jogos que marcaram época. Com um olhar perspicaz que transita entre o pessoal e o técnico. Com isso, ele explora não só a ascensão dos videogames, mas também os desafios e as curiosidades do desenvolvimento dessa indústria bilionária, incluindo anedotas inspiradoras como a criação do Pacman. A obra é uma homenagem ao mundo dos jogos eletrônicos e uma fonte de inspiração para empreendedores e sonhadores que veem no entretenimento digital um campo fértil para inovação e sucesso. Confira mais sobre a paixão do autor na entrevista. O que o inspirou a escrever o livro? Jorge Neto: Desde criança, sempre gostei muito de videogames. Lembro-me de quando tinha 04 anos de idade, ganhar o meu primeiro videogame, um Atari 2600. Cresci apaixonado pelo tema, e após ter me formado em direito, percebi que durante a minha monografia, havia escrito praticamente um livro. Se eu podia escrever “um livro” para a faculdade, o que me impedia de escrever um livro de verdade? Foi nesse momento que nasceu a ideia de escrever um livro que contasse a história do desenvolvimento da indústria de videogames. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Jorge Neto: O livro aborda, principalmente, a indústria dos videogames no começo dos anos 80, com grande foco no Atari 2600, console mais famoso da época. Foi um período que eu como criança vivi intensamente. Lembro-me de ter grande parte dos games tratados no livro na minha biblioteca pessoal. Enquanto escrevia os capítulos, lembrava de tardes incessantes jogando River Raid e Enduro. Em certos momentos da pesquisa para o livro, os sons e temas dos jogos vinham à minha cabeça, como os barulhinhos de Pacman. Cada sentimento de saudosismo, cada momento de alegria que tive com esses jogos, foram traduzidos em palavras ao falar sobre cada um deles. 3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Jorge Neto: Claro que sim. A minha intenção principal era contar a história da indústria dos videogames, desde sua criação até os dias de hoje. Ao começar a escrever as primeiras páginas, percebi que seria algo impossível. Escreveria 1000 páginas e não teria chegado nem na metade de toda a história da indústria. Então resolvi dividir o livro por gerações. Todo fã de games sabe que a indústria de jogos é dividida por gerações, que representam basicamente o salto tecnológico dos aparelhos e de seus games. Vi que era possível fazer um livro contando sobre as duas primeiras gerações de videogames, a chamada era de ouro (daí o nome do livro). Mesmo assim, era difícil saber como essa história seria contada e o que teria mais destaque nela. Pensei no óbvio, para que exatamente compramos um videogame? Para jogar! Então, esse seria o ponto principal do livro, os jogos. A partir daí o livro adquiriu essa configuração, a de contar a história da indústria dos videogames, começando pelas duas primeiras gerações, através dos principais jogos da época. 4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Jorge Neto: Como falar sobre a história da indústria dos videogames ainda não é um tema muito recorrente no Brasil em termos de literatura, minhas principais referências foram audiovisuais mesmo. Documentários em canais especializados, como Discovery e History Channel. E na grande maioria, nem eram documentários sobre videogames, mas documentários sobre qualquer coisa que me chamava atenção. Pensava em contar a história e desenvolvimento da indústria dos videogames daquela forma, tanto que os leitores terão a nítida impressão de estarem lendo um roteiro de um documentário para a TV, do que um livro propriamente em si. 5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Jorge Neto: Existe uma pequena história sim, a de uma pessoa que estava com suas idéias travadas, e não conseguia a resposta que ele queria. Era um jovem desenvolvedor de jogos no Japão. Ele queria uma ideia diferente para chamar a atenção do público feminino, mas nada lhe vinha à mente. Em um belo dia, enquanto comia pizza com os amigos, uma pizza que estava com uma fatia faltando lhe chamou a atenção. Parecia um círculo com a boca aberta, prestes a comer algo. Este jovem japonês se chamava Toru Iwatani, e a sua ideia deu origem ao Pacman, um dos games mais bem sucedidos da história. Este pequeno trecho sempre me remete à nunca desistir quando acontece um bloqueio criativo, afinal, nunca sabemos como a inspiração para uma grande idéia irá surgir. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Jorge Neto: O principal desafio foi a busca pelo material de pesquisa. Como havia dito anteriormente, o nosso país ainda não goza de muitas fontes e muitos materiais relacionados ao tema “história dos videogames”. Falamos muito sobre os jogos, os desenvolvedores, empresas e aparelhos em si em sites e canais no youtube de fãs, não de pesquisadores. Há muita opinião sobre as coisas, mas praticamente nenhum trabalho de pesquisa sério. Tive que buscar muito material internacional, como livros americanos sobre o tema, e muita pesquisa na internet. Fui salvo várias vezes pela santa Wikipedia, tão discriminada no Brasil, mas muitas vezes, uma grande fonte de pesquisa. Basta ter um critério de comparar inúmeras informações para ver se batem, e não somente encontrar o primeiro link da página e assumir que tudo está correto. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Jorge Neto: Apesar de ser um livro que fala sobre jogos de videogame, ele é essencialmente um livro de empreendedorismo. Ele conta inúmeras histórias de homens que eram desacreditados por suas ideias aparentemente bobas, mas que insistiram até o fim e obtiveram sucesso. Conta

“Ninguém toca piano sem estudar piano. Para escrever, também tem que estudar”, afirma autor Danilo Zanirato

entrevista com autor de novo livro de romance

O escritor Danilo Zanirato explora as diversas faces do amor em seu mais novo lançamento, “Concerto para piano a seis mãos”. O livro segue três protagonistas, Dinorá, Edilson e Letícia, que se entremeiam no decorrer da história em uma sinfonia de anseios, dúvidas e sentimentos complexos. Zanirato demonstra maturidade como escritor, utilizando de sua experiência como poeta para tecer uma prosa sensível e musical. Em sua obra, aborda o conceito do amor em suas várias formas – romântico, familiar, platônico –, com seus entrelaços e colisões inesperadas. Além de um triângulo amoroso nada usual, “Concerto para piano a seis mãos” apresenta a dinamicidade dos sentimentos e a imprevisibilidade da vida. A partir dos dilemas que cada personagem enfrenta, suas escolhas os levam a diferentes arranjos e harmonias. Nessa entrevista, o autor detalha seu processo criativo, compartilha suas referências, relembra o início de sua carreira como escritor e fornece conselhos para novos autores. Confira! 1. Como foi o início da sua carreira como escritor? Danilo Zanirato: Escrevo poemas desde a adolescência. Publico alguns nas redes sociais. Eu achava que não teria capacidade para escrever um romance, mas veio de repente, como um insight, a ideia de escrever o primeiro. Quando me propus a escrever, as ideias jorravam na minha cabeça. Não conseguia dormir, a cada momento me aparecia uma nova ideia e eu tinha que anotar para não esquecer. Até durante o trabalho me irrompiam na mente. Sou médico, trabalho em tempo integral e tenho que escrever à noite e nos finais de semana, conciliando com minhas atividades profissionais, família, netos etc… Confesso que o ato de publicar é mais para alimentar um ego pessoal. 2. Como a experiência na poesia impactou em sua prosa? Danilo Zanirato: A maioria dos escritores inicia na poesia, comigo não foi diferente. Revelou-me o prazer de escrever e, mais ainda, o prazer de ler. Gosto de incluir algumas passagens de prosa poética nos meus textos. 3. Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita? Danilo Zanirato: Uso duas técnicas. Na primeira, apenas abro o computador e começo a escrever. As ideias vão se encadeando. Já na segunda, recorro a outros autores. Leio muito, ocupo cada minuto dos meus momentos livres (que são poucos), para ler. Aproveito ideias de outros autores, não plagiando, mas observando seus estilos e soluções. 4. Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração? Danilo Zanirato: Eu diria que são as duas opções. Tenho momentos em que quebro a cabeça, pesquiso, leio outros autores, sofro, transpiro. Mas também tenho momentos de inspiração, em que as ideias fluem como um rio caudaloso. 5. Na sua opinião, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira? Danilo Zanirato: Acredito que seja a falta de visibilidade. Não tenho experiência nenhuma em marketing. O primeiro livro, vendi apenas para conhecidos e meus clientes do consultório, onde deixo o livro exposto. O brasileiro lê muito pouco e acostumou-se com as mensagens curtas e instantâneas da internet. Então, para pegar um romance de 200 a 300 páginas, só os poucos aficionados por leitura. Mesmo no marketing, o número de autores publicando e divulgando é grande, o que deixa pouco espaço para que tenhamos credibilidade. 6. Como você lidou com rejeições ou críticas negativas durante sua jornada como escritor? Danilo Zanirato: Não sei dizer, porque tive raríssimas (e pontuais) críticas ao meu primeiro livro e menos ainda (praticamente zero) aos poemas que público. Não sei se é verdadeiro, mas quase só recebi elogios. A maioria das pessoas não faz comentários, o que me deixa com cisma de que não gostaram e não querem comentar. 7. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Danilo Zanirato: Neste livro, fui muito influenciado pelo romance “Uma casa no fim do mundo”, do Americano Michael Cunningham. Usei o mesmo formato do livro: Cada capítulo dando voz a um dos personagens, escrito na primeira pessoa. Alguma pequena influência também de Haruki Murakami; Mário Vargas Lhosa e Clarice Lispector. 8. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Danilo Zanirato: “Tinha um sorriso aberto, doce e sincero que lhe dava um ar de quem compreende a alma humana à sua frente. Não me lembro de ter visto em minha vida mais que dois ou três sorrisos como aquele. Um sorriso que dava a impressão de ser para uma única pessoa no mundo, naquele momento, eu.” 9. Poderia falar sobre seus planos de publicações futuras? Além desse, tem outros projetos em desenvolvimento? Danilo Zanirato: O próximo livro a ser publicado (Mar de Solidão), que foi escrito antes desse, tem uma abordagem bastante diferente. Tem, como em todos os meus romances, muitas referências ao amor, mas envolve também um pouco de aventura. A história acontece em plena ditadura militar no Brasil. O personagem principal tem fama de agitador, o que desagrada aos militares. Paralelamente, existem duas outras personagens com suas histórias que se interligam: Um padre e uma prostituta. 10. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Danilo Zanirato: É um livro sobre amor. A mensagem é enaltecer o amor, em todas as suas formas. 11. Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Danilo Zanirato: Vejo a literatura como nuvens de chuva, em que cada palavra é como uma gota de água para o cultivo de uma humanidade mais justa e ética. A literatura expande a mente, abre horizontes, propicia que se enxergue o mundo com a mente mais aberta. Se quer que seu filho seja uma pessoa completa, dê-lhe livros (não brinquedos que imitam armas). Faça com que ele goste de ler como gosta de brincar. 12. Que conselho você daria para escritores aspirantes que estão tentando começar suas carreiras? Danilo Zanirato: Diria: leiam, leiam. Leiam muito antes de iniciar qualquer obra. E, se possível, façam cursos. Ninguém toca piano sem estudar piano. Para escrever, também tem que estudar. “Concerto

Prestes a embarcar para a Bienal da Bahia, o autor Mateus Ântoni fala sobre seu processo criativo e expectativas para o futuro.

Autor Mateus Antoni

O autor Mateus Ântoni está com as malas prontas para participar da Bienal da Bahia, que se inicia no próximo dia 26 de abril, seguindo até o feriado de 1 de maio. Por lá, ele apresenta ao público seu novo romance, “,amor,”, publicado pela Editora Viseu. Porém, antes de embarcar para a capital baiana, Mateus nos recebeu para uma entrevista, na qual compartilha suas expectativas e aspirações enquanto autor emergente no cenário literário.  Assim, ele discute a influência da pandemia de Covid-19 na concepção da obra e como a experiência pessoal de isolamento moldou a narrativa do romance. Mateus Ântoni oferece uma janela para o seu mundo interior, revelando como sua origem em Retirolândia, uma cidade do interior da Bahia, contribuiu para sua escrita e formação como escritor.  Dessa maneira, nesta entrevista, o leitor vai conferir um destaque não apenas para o impacto emocional e criativo da pandemia em seu trabalho, mas também a capacidade do autor de explorar temas universais de amor e conexão humana em tempos de crise. 1 – Você está indo para a Bienal do Livro da Bahia, essa é a sua primeira vez como autor em um grande evento literário. Quais são as suas expectativas? Mateus Ântoni: Minha participação na Bienal me é importante de mais de uma maneira. Primeiro, pelo evento me poder servir como uma plataforma para me inteirar melhor da lógica e me inserir no mercado literário, já que lá as maiores potências editoriais e muitos dos nossos grandes autores contemporâneos estarão reunidos.  Para se ter uma ideia, no ano passado o evento recebeu mais de 90 mil visitantes, batendo recorde em um só dia, quando 20 mil pessoas circularam pelos estandes, ou seja, é realmente uma reunião de pessoas motivadas a conhecer e experimentar o que de novo e interessante está sendo pensado, produzido e escrito no campo da literatura e das artes baianas.  O tema desta edição de 2024 é “As Histórias que a Bahia Conta”, celebrando, assim, a contribuição que a Bahia dá para o Brasil e para o mundo. Em segundo lugar, há também a importância simbólica dessa minha participação. Assim como a Bahia foi o lugar onde o Brasil começou, a Bahia é igualmente o canto do universo onde eu nasci e me tornei gente.  Sou do interior sisaleiro, de Retirolândia, e cresci com visitas constantes à capital, Salvador, portanto, fui me formando nesse meio caminho entre raízes propriamente sertanejas e frutos soteropolitanos. Assim, falando um pouco do que eu espero com minha participação nesse evento, tenha a esperança de encontrar parceiros e parceiras para trilharmos juntos esse caminho pela literatura, conhecendo-os e também às suas obras, de estabelecer contato com figuras de referência no campo atual da produção e da divulgação literária, e também de poder apresentar minha obra, , amor, (Viseu, 2024), e comercializá-la para um público mais amplo, diverso. 2 – Vamos falar um pouco do seu novo livro. O que o inspirou a escrever o livro “,amor,”? Mateus Ântoni: O que me inspirou a escrevê-lo foi o comentário de uma amiga nas linhas de “imagine o azar de se apaixonar por alguém logo durante a pandemia” junto à imagem, persistentemente imaginada, de dois jovens perambulando durante a madrugada por uma cidade vazia, esvaziada justamente devido à pandemia de Covid-19, o que, mais adiante, veio a tornar-se o capítulo VIII, “Ver a face de Eros”.   3 – Por que o título está entre vírgulas? Mateus Ântoni: O título não é mera estilização, vai além de um elemento estético; comunica, pois, qual o amor possível de ser vivenciado em um tempo de isolamento, de sufocamento, de interrupção. Contudo, para além dessas pistas cabe ao leitor significar o título da obra em sua experiência de leitura do livro.   4 – Nos conte um pouco mais sobre o lugar de onde você é e como ele contribui para a escrita desse livro ou para sua formação como autor? Mateus Ântoni: Retirolândia é uma cidade do interior semiárido da Bahia, do Território do Sisal, na região do Nordeste, a aproximadamente 230 km da capital Salvador.  É um município pacato, sossegado, inaugurado como lugar de pouso para retirantes, e mais novo do que muitos dos seus moradores de longa data, de pequenas dimensões, com indicadores socioeconômicos modestos e uma população miúda, mas que, no meu coração e no sonho do seu povo, é enorme, povoado por gente corajosa e cheio de potencial.  Penso que minhas vivências em Retirolândia contribuíram para a escrita desse livro na medida em que uma das protagonistas, Maria, é também proveniente de uma cidade do interior semiárido da Bahia, do Território do Sisal, na região do Nordeste, e, tal como eu, uns amigos e muitos conhecido. Maria experimentou ou ainda experimenta o desejo de sair do seu canto para conhecer o mundo, bem como se vê conflito entre ficar no mundo ou retornar ao cantinho. A depender da experiência, a cidade natal e a capital, ou qualquer metrópole, podem realmente constituir dois mundos à parte um do outro, cada um com suas próprias cores e sabores.  No tocante à minha formação como autor, penso que a minha vivência na cidade foi mais importante do que a cidade em si, contudo, certamente ser um retirolandense marcou-me como pessoa e, portanto, como escritor; penso que isso aconteceu conforme eu pude, por mim mesmo, perceber a maneira como, às vezes, a grandeza inteira do mundo, e toda sorte de pessoas, à maneira de um microcosmo, podem estar contidos em uma cidade interiorana pequena de nome curioso.   5 – Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Mateus Ântoni: Assim como João e Maria, o período da pandemia representou um período terrível de inseguranças para mim.  Insegurança com o meu futuro, sim, mas, ainda pior, com o meu presente; eu temi perder as pessoas que amava, principalmente meus familiares, e minha avó mais do que todos (a última viva dos pais dos meus pais e a única que eu conheci a fundo). E, tal

Não é uma história sobre heróis e vilões, é uma história sobre um rapaz alternativo que encontra seu lugar no mundo

Warp processo criativo

Nesta entrevista exclusiva, mergulhamos no universo criativo de Victor Coelho, autor da obra “Warp”. Revelando as camadas por trás da criação de sua narrativa, o autor compartilha insights sobre as inspirações que moldaram o livro, sua conexão pessoal com a história e os desafios enfrentados durante o processo de escrita.  “Warp” é descrito não como uma simples divisão entre heróis e vilões, mas como a jornada de um jovem em busca de seu lugar em um mundo repleto de indivíduos extraordinários, conhecidos como Aprimorados.  Através de uma conversa íntima, o autor destaca a importância da aceitação, a influência de personagens icônicos como Homem-Aranha e X-Men em sua obra, e a dinâmica significativa entre os personagens Noah e Alan.  Além disso, Coelho esboça seus planos futuros para expandir este universo narrativo, prometendo aos leitores mais aventuras envolventes neste fascinante cosmos literário. 1.O que o inspirou a escrever o livro? Victor Coelho: Desde que me conheço por gente, eu tenho uma imaginação muito aflorada, além de sempre amar histórias de super heróis, então acho que chegou um momento onde essas duas coisas se cruzaram.  Eu tenho muitas histórias para contar, mas queria usar um ponto de partida, ter um personagem que seria os olhos do público, então decidi contar a origem do Warp, que acredito que servirá bem esse papel. 2.Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Victor Coelho: Em muitos pontos na verdade, eu me inspiro em várias pessoas que conheço e em coisas que acontecem comigo para escrever minhas histórias.  O próprio Noah é minha representação nesse universo, então tem muito de mim nele. 3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Victor Coelho: A ideia sempre foi ter um universo vivo, que parece que está ali faz um tempo, onde o personagem principal não é o responsável por tudo, somente está reagindo ao mundo.  Com isso, eu parti do ponto de que não contaria de forma explícita algumas coisas: a origem dos Aprimorados, que são essas pessoas que têm poderes; a origem dos Stellar, o principal grupo de heróis dessas histórias; e não menos importante, um vilão, já que o foco é a origem do Warp, pelo menos por enquanto. Um dos pilares da escrita do livro foi, sem dúvidas, fazer uma história fácil de ler para trazer novos leitores, já que estamos em uma geração onde conteúdos muito extensos são deixados de lado rapidamente. 4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Victor Coelho: As principais inspirações foram, sem dúvidas, o Homem-Aranha, que é um personagem consagrado e que eu aprecio muito. Outra inspiração foi a série X-men, que aborda bem esse conceito de pessoas com poderes na sociedade, algo que é somente uma pontinha em Warp, mas será muito importante ao decorrer das histórias subsequentes. 5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Victor Coelho: Eu gosto muito do momento em que Alan e Noah verdadeiramente se conectam, se tornam melhores amigos, ele, como um rapaz que sabe como é se sentir em um corpo que não é seu, traz conforto à Collins ao se sentir visto.   6.Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Victor Coelho: Acredito que foi a maneira de começar as histórias desse mundo mais urbano e cheio de Aprimorados.  Tinha várias ideias, mas nenhuma me preenchia, então eu acredito que começar com a origem do Warp acabou sendo o que eu precisava. 7.Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Victor Coelho:  Aceitação. Não é uma história sobre heróis e vilões, é uma história sobre um rapaz alternativo que se encontra em um grupo de pessoas diferentes, conseguindo finalmente explorar esse lado seu que estava adormecido. 8.Há algum personagem ou história no livro que você considere particularmente significativo? Victor Coelho: Como mencionado anteriormente, acredito que a relação de amizade de Alan e Noah é algo que é mais significativo para mim, por mais que seja breve por enquanto, ela ainda vai ser mais aprofundada futuramente. 9.Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Victor Coelho: A Literatura é importante para várias questões, mas acredito que o principal seria expandir a imaginação das pessoas, algo muito importante, já que nunca te deixará sem opções para resolver uma situação ou simplesmente para encontrar novos jeitos de se divertir. 10.Quais são seus planos futuros como escritor? Há novos projetos em desenvolvimento? Victor Coelho: A minha ideia é colocar no papel mais contos desse universo, eu tenho vários personagens e histórias que desejo compartilhar com o público, e espero que estejam dispostos a ler.  Antes de continuarmos com a linha de Warp, tendo Stellar e a Legião do Desespero, haverá uma produção mais fantasiosa, explorando o Mundo Mágico desse universo. 11.Você vai fazer evento de lançamento do livro? Quando e onde será? Victor Coelho: Não farei, mas perto do dia do lançamento, dia 22 de Março, lançarei um vídeo falando um pouco mais sobre Warp lá no meu canal do youtube (@duckz659)!

“Nunca é tarde demais para publicar o primeiro livro”, Nei Lucas, autor de “Doglândia”.

A ilha dos cachorros falantes, Nei Lucas

O livro “Doglândia: a ilha dos cachorros falantes” narra a história de Dick, que é retirado de sua família violentamente e levado, pelo destino, para uma ilha misteriosa, onde os cachorros andam sobre duas patas e falam como humanos. Aos poucos, o personagem principal percebe que não será fácil viver naquele novo lugar, em que cães vira-latas como Dickl são indesejados e comandados de forma autoritária por cães de raças puras. Assim, na trama ele e seus novos amigos vão viver aventuras e perigosos para conseguir seu lugar de respeito. O livro nos remete ao clássico “Revolução dos Bichos”, de Georgel Orwell, e presta uma singela homenagem ao pastor alemão do canil da Polícia Militar de São Paulo, que ajudou a elucidar um sequestro de um garoto, em 1950. Nesta entrevista, o autor Nei Lucas fala sobre as nuances do processo criativo do seu livro, além de suas inspirações, conquistas e dificuldades no processo de escrita. Confira! 1.O que o inspirou a escrever o livro? Nei Lucas: Quando criança, morava em um sítio no interior de Minas Gerais e amava viver rodeado de vários animais, dentre eles, havia muitos cães. Além de toda essa interação com os bichos, o nosso principal passatempo da noite, era ouvir as estórias contadas por nossos avós ou outras pessoas mais velhas que nos cercavam. Ao ouvir essas estórias, mesmo sem saber ler e nem escrever, eu já me imaginava criando minha própria estória. Foi assim que comecei a juntar cada acontecimento que envolvia a vida no campo junto a natureza e os animais, para que um dia eu somasse tudo e montasse um livro. O principal fator que me fez gostar do mundo da escrita, foi sem dúvida ouvir as estorinhas contadas por aqueles contadores de causo que estavam à nossa volta. 2.Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Nei Lucas: Quando iniciei os meus estudos primários, eu dedicava cada minuto dentro e fora da escola para aprender a ler. Com isso, fui o primeiro na classe a conseguir esse feito.  Lembro que o meu primeiro texto a ser lido em voz alta era uma fábula do Jean de La Fontaine que se chamava “A Raposa e as Uvas”. Tão logo iniciei a leitura e já comecei a ouvir alguns comentários negativos sobre meus embaraços e tropeços por não saber ler bem, o que acabou por me chatear bastante. Começaram a me chamar por nomes que eu não gostava e ali foi a primeira vez que sofri o que chamamos hoje de bullying. Anos depois, eu venci o bullying encarando-o de forma adequada. Eu usei essa experiência para dar mais profundidade para meus personagens. Assim, na narrativa eles encararam as dificuldades com valentia e resiliência. Essa é uma forma com que eles possam vencer o medo, o perigo iminente, a falta de inclusão e a não aceitação. Eu fiz questão de tratar esses temas que por mais que o tempo passe e a sociedade evolua, não poderia deixar de passar em branco e deixar a mensagem de que sonhos podem sim ser realizados e se esconder atrás dos medos para não ser julgado é sempre o pior a fazer. 3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Nei Lucas: O tempo de criança passou e me tornei adolescente. O acesso a leitura era muito difícil, não tínhamos como desenvolver uma boa leitura já que não contava com uma biblioteca e a vontade de escrever não passava e foi aí que juntei alguns acontecimentos e rascunhei, aos quinze anos, aquele que seria meu primeiro livro. Vou lista-los aqui: 1° – Dos cachorros do sítio do meu pai e dos vizinhos, eu retirei os nomes para utilizá-los em meus personagens; 2° –  Próximo a nossa casa, existia um homem que vivia sozinho e rodeado de animais e os amava muito, conversava com seus cães como se fossem humanos e brincava com eles como se ele fosse um deles. Esse foi também mais um elemento que usei na introdução do livro; 3° – Esse acontecimento que vou citar, foi o mais triste. Um dia, correu uma notícia na região que caçadores adentraram em uma propriedade particular e foram atacados pelos cães que guardavam a casa, para se defenderem dos ataques, atiraram e mataram os cães de forma cruel; 4° – E por último, ouvi de um contador de estória que havia uma gigante cachoeira nos confins do Brasil que precipitava em um cânion gigante e sumia para o interior de uma caverna. As águas iam brotar em uma nova terra que ninguém jamais soube onde era devido o medo de não conseguir voltar novamente. De posse dessas quatro prerrogativas, eu montei o rascunho do livro “Doglândia: a ilha dos cachorros falantes” e os guardei comigo por mais quinze anos até ser totalmente escrito em 2012. 4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Nei Lucas: As fábulas de Lá Fontaine e Esopo foram minhas primeiras referências. A Revolução dos Bichos”, de George Orwel me deu a ideia do falar dos animais que contextualiza uma condição distópica de onde se vive. A personagem Baleia, do livro “Vidas Secas”, também foi importante referência como símbolo de resistência e força e dela tirei essa qualidade para criar a personagem bolinha. Os gibis de Maurício de Souza foram de grande contribuição, até hoje gosto de ler. Chico Bento é um dos meus personagens mais queridos, justamente pela vida tranquila que levava na roça e as peripécias de menino as quais também vivi. 5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Nei Lucas: “Adeus, vida sofrida! Adeus, vida malvada! A paz e a alegria chegaram findando toda a maldade!” Esse trecho reflete um momento de embevecimento por parte da cachorrada que viviam em Doglândia. Eles acreditavam veementemente no discurso que estava sendo proferido pelos governantes e tinham a certeza absoluta que agora em diante viver ali seria a epifania total. Isso é um ideário totalmente falso, não existe

Desvendando os segredos do sucesso empresarial: uma conversa com Luis Mateus Carelli

Axiomas do caos Luis Mateus Carelli

Nesta entrevista, o autor Luis Mateus Carelli compartilha as inspirações, experiências e perspectivas que moldaram a escrita e a essência de seu mais novo livro “Axiomas do Caos: recobramento de Empresas”. O autor, que tem vasta experiência no campo da administração empresarial, discute os desafios e soluções que as empresas enfrentam em períodos de crise, enfatizando a importância da adaptabilidade e inovação. Nesta entrevista, o leitor terá uma compreensão mais profunda das metodologias e filosofias que Carelli defende para navegar em ambientes empresariais voláteis e incertos. Confira! 1.O que te inspirou a escrever o livro “Axiomas do Caos: Recobramento de Empresas? Luis Mateus Carelli: Durante meu progresso profissional, fui conhecendo diversos casos de empresas que passaram por problemas de gestão e se aproximando da falência. Percebi o quanto isso impactava nas vidas de todas as pessoas envolvidas como clientes, funcionários e líderes, mas também  e no próprio ecossistema de mercado que a cercava. Em contrapartida, a falta de material disponível para orientar os gestores em meio ao caos que essas adversidades geram, foi um fator que me levou a escrever o livro e a compartilhar meus conhecimentos e experiências nessa área. 2.Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Luis Mateus Carelli: Tenho assumido casos de empresas e projetos em dificuldades, há quase 10 anos. Então, conto com larga experiência em recuperação e no redirecionamento da trajetória de organizações, antes fadadas ao fracasso, para o sucesso. O resultado disso é a recuperação da credibilidade e também da autoestima de todos envolvidos. Dessa maneira, trago tudo o que vi e aprendi na minha atuação, para o livro. Aproveite para descobrir como a escrita de um livro pode alavancar sua carreira e, trazer novos negócios e oportunidades para sua vida profissional. 3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Luis Mateus Carelli: À medida que eu me deparava com os casos, entendo as peculiaridades de cada empresa, eu precisava estabelecer estratégias que fossem capazes de atender a demandas específicas de cada organização. Porém, os materiais eram bastante escassos. Vendo esse cenário fui aos poucos fazendo anotações do que funcionava e do que não funcionava para cada situação, respeitando a dimensão de cada empresa. Essas anotações me ajudaram bastante na resolução das dores de diversos empresários e empreendedores. Mas também serviam para escalar o conhecimento para os demais agentes poderem atuar simultaneamente a mim nas resoluções, buscando mais agilidade e maior número de clientes. 4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Luis Mateus Carelli: Dividiria essa resposta em duas partes, sendo a primeira baseada nas anotações das tratativas assertivas e das não assertivas para cada situação que me deparava. A segunda, na falta de material sobre o assunto em si. Assim, eu descreveria as referências em fundamentos mais essenciais, como a formação de caráter, devida a delicadeza e oportunidades negativas que aparecem junto a alguns casos. Para isso, obviamente, a Bíblia Sagrada seria nosso principal referencial, provérbios de Salomão, mais especificamente. Existem outras referências que eu gostaria de incluir, entre elas: os princípios filosóficos de Immanuel Kant e seu discípulo Carl Von Clausewitz, com o livro “A Guerra”; “Clockwork Orange”, de Anthony de Burges e a adaptação de Stanley Kubrick para o cinema. Já o livro “Justiça: o que é fazer a coisa certa?”, de Michael J. Sandel, serviu para validar decisões em meio as ponderações, e por último, “Anti-Fragil” de Nassim N. Taleb, para uma visão mais oportunista que as adversidades apresentam. 5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Luis Mateus Carelli: A dedicatória: “Dedicado aos inconformados, pois é deles que vem a vontade do aperfeiçoar.” Porque se nos permitirmos viver apenas dentro dos caminhos que já foram percorridos, nos limitamos. 6.Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro? Luis Mateus Carelli: Acredito que a lapidação do conhecimento adquirido pelos inúmeros casos trabalhados foi um grande desafio. Aponto também o desafio de trabalhar com a repetição de algumas estratégias, porém fazendo a adaptação delas de acordo com a exigência de cada situação. 7.Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Luis Mateus Carelli: Espero que as corporações não sejam apenas CNPJ’s. É importante ter em mente que elas são feitas de pessoas e para pessoas. Portanto, é necessário saber o impacto que as decisões e ações tomadas dentro da estrutura empresarial geram em todos que a rodeiam. Além disso, outra mensagem importante é a de que mesmo que as coisas não saiam como planejado, a seriedade, o esforço e a confiança devem ser os alicerces para buscar a retomada. 8.Há algum personagem ou história do livro que você considere particularmente significativo? Luis Mateus Carelli: No livro, eu optei por não referir diretamente a nenhum caso justamente para manter o sigilo e respeitar os agentes envolvidos. Mas acredito que o tema sobre Poder e Assédio vale destacar. Vivemos em momentos sociais que distorcem um pouco os significados de sucesso, e à medida em que se ganha destaque, não só neste ramo de atuação mas em todos, nos deparamos com questões em que devemos ter a responsabilidade para não sucumbir a caminhos desvirtuosos. 9.Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Luis Mateus Carelli: No meu caso, acredito que a literatura pode mostrar que existe caminho para recuperar a corporação e que, a partir disso, mesmo em momentos turbulentos, surgem oportunidades promissoras. Saiba como utilizar seus artigos do LinkedIn para escrever um livro e reforçar sua autoridade e competência frente a concorrência. 10.Quais são seus planos futuros como escritor? Há novos projetos em desenvolvimento? Luis Mateus Carelli: Sinto que esse material pode passar por uma atualização e aprofundamento em todos os capítulos. Por outro lado, à medida que estou a cada dia mais envolvido com as tratativas, vejo que até o ordenamento jurídico em voga no país atualmente não atende alguns casos específicos. Assim, vejo que algumas regras foram criadas para situações pontuais, por isso, não atendem satisfatoriamente as repercussões consequentes.

A reflexão pode nos trazer coisas surpreendentes e nos ajuda a ser mais autênticos”, Ivone Lopes.

Ivone Lopes, Faculdade da Vida

Neste diálogo íntimo e inspirador, Ivone Lopes compartilha conosco as profundezas da sua jornada pessoal e a essência do seu mais recente livro, “Faculdade da Vida”.  Através de suas palavras, somos convidados a mergulhar em uma conversa que não apenas revela o poder da reflexão, mas também nos encoraja a viver com autenticidade. Ivone, com uma vida repleta de experiências ricas e desafiadoras, explora temas como superação, autoconhecimento, e o verdadeiro significado da felicidade, longe dos bens materiais.  Sua obra é um testemunho da busca incessante pelo aprendizado através das diversas faculdades da vida, sem a necessidade de diplomas, mas com a riqueza das experiências vividas.  Ao longo da entrevista, Ivone detalha o momento decisivo que a inspirou a escrever, como a sua vida influenciou a narrativa do livro, e o impacto que espera ter em seus leitores. Ela nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas, nos desafia a sermos mais autênticos e, acima de tudo, a cultivarmos o amor como alicerce de nossa existência.  Acompanhe-nos nesta conversa reveladora com Ivone Lopes, onde cada resposta é uma porta para a introspecção e uma chamada para sermos arquitetos de nossas próprias vidas. 1.Qual foi o momento decisivo que a inspirou a escrever “Faculdade da Vida”? Ivone Lopes: Exatamente esse momento decisivo é quando a gente ouve o nosso coração. É o momento de inspiração que me inspirou a escrever “Faculdade da Vida”.  Após o meu primeiro livro, que lancei em 2021, eu tive uma resposta tão maravilhosa dos leitores. Assim, percebi que ainda há tempo para se fazer muita coisa, mesmo quando estamos no nosso crepúsculo da vida. E esse entendimento é maravilhoso, porque falei “Meu Deus, eu ainda posso e eu vou fazer”.  Então, enquanto eu estiver viva e poder, eu vou continuar sendo a mesma pessoa, dentro dos meus valores de vida e dentro dos princípios que conduzi a minha vida. Mas é preciso entender que não são os bens materiais que nos fazem feliz. Eles ajudam sim, ajudam muito, mas eles são o resultado de nós fazermos por merecer. Já que todos nós temos a mesma oportunidade de alcançarmos o bem-estar e uma vida melhor para mais bem acolhidos e mais prósperos, mas também devemos aprender a saber viver.  Esse momento de prazer que eu sentia nas pessoas de que elas realmente podiam ainda ser inspiradas foi o que me instigou a escrever. Com isso, deixo o legado das práticas que vejo como boas e que me ajudaram a chegar nesse momento pleno de realizações. 2. Como sua experiência de vida influenciou a escrita deste livro? Ivone Lopes: Plenamente! É a comprovação da minha experiência de vida, é que me fez tornar esta pessoa. É a faculdade da vida em que foram as experiências vividas que me fizeram tornar uma pessoa melhor e de bem com a vida. Essa é a comprovação que eu digo. Assim, em “Faculdade da Vida” procurei trazer um pouco das minhas experiências em momentos decisivos e importantes da minha vida. Percebi que na faculdade da vida não existem diplomas, a vida não nos dá diplomas. Porém, ela nos faz ser pessoas melhores e mais felizes. 3.Em seu livro você aborda a importância do autoconhecimento. Poderia explicar? Ivone Lopes: A minha percepção era de que éramos um bando de reprimidos. Não tínhamos a coragem de ser autênticos e a gente só procurava seguir os padrões de uma sociedade. E vendo isso dessa forma, eu tentei saber o que seria melhor para ter uma vida melhor, porque aquela vida de repressão não me interessava. Eu queria uma liberdade, eu queria ser livre, certo? E para isso comecei a questionar tudo o que podia para saber do que realmente somos. Então, encontrei várias explicações no cristianismo. O cristianismo, quando fui em busca dele, de saber quem somos, foi a explicação mais lógica que eu encontrei e, assim, usei seguir os ensinamentos Dele.  Não sei se é filho do nosso criador, mas sei que o que ele nos deixou são muitos conhecimentos na prática do amor. Ele nos deixou essa herança que nos faz entender que o amor constrói. Quando somos capazes de entender isso, nós começamos a realmente mudar nossos padrões de vida. Foi baseada nesses ensinamentos que comecei a criar os meus valores de vida e as recompensas começaram a aparecer e eu me sentia sendo beneficiada de alguma maneira. 4.O livro “Faculdade da Vida” fala sobre superação e crescimento pessoal. Quais são as principais lições que você espera que os leitores aprendam com sua obra? Ivone Lopes: Dentro da minha percepção, eu consegui entender com as minhas práticas de que realmente tínhamos uma ideia errada do que seria a felicidade. Tínhamos uma percepção errada porque atribuímos isso só aos bens materiais e que com os acontecimentos da minha vida, os bens materiais começaram a aparecer e a gente fazia por merecer. Então, isso acontece automaticamente, mas a gente se esquece da nossa reforma íntima, que é fundamental para podermos prosseguir nos dias de hoje, porque já aprendemos de que o bem nunca vai perder para o mal e o bem sempre prevalece. Então, quando nós paramos para dar valor não às paixões da vida, que são os bens materiais, mas o valor para a nossa reforma interior é que conseguimos alcançar a verdadeira felicidade. Por isso, à todos que eu proponho essa reforma íntima, porque a maneira de olhar a vida começa a ficar de uma maneira diferente. Por quê? Porque o que nos traz uma verdadeira felicidade são as recompensas que a vida nos dá. Quando podemos ser uma semente que germina para o bem e temos a oportunidade de sermos felizes dentro de uma vida tão conturbada como ela é hoje. Às vezes, a gente se propõe para ser uma semente que germina para o mal, o mal das paixões terrenas. Porém, temos o ensinamento de que o bem vai prevalecer. Além disso, estamos agora num momento de transição planetária, o nosso planeta Terra está passando para um mundo melhor e então

Autor João Luís Prada e Silva traz uma jornada literária com Jesus de Nazaré em seu mais novo livro

O Autor João Luís Prada e Silva sempre foi um grande admirador da história de Jesus Cristo, não à toa denomina a saga do Filho do Homem como a Maior História de Todos os Tempos. Mais do que admiração, é uma relação de profundo respeito às figuras míticas mas também humanas das figuras e personagens do Novo Testamento. E é exatamente esse o ponto fundamental de seu mais novo livro “Do Alfa ao Ômega – Uma História Romanceada do Nascimento, Vida e Morte de Jesus de Nazaré. Ou seja, narrar a passagem de um Homem-Deus pela terra, mostrando sua perspicácia, mas também suas fraquezas; suas dores e sua fortaleza; seu choro e a grandeza do seu amor. Nesta entrevista, João Luís traz à luz as dificuldades e as bênçãos de seu processo criativo, listando suas inspirações, a importância e as dificuldades de sua pesquisa. Confira! 1.O que o inspirou a escrever o livro Do Alfa ao Ômega – Uma História Romanceada do Nascimento, Vida e Morte de Jesus de Nazaré? João Luís de Prada e Silva: Um fato inconteste é que o material já escrito sobre esta que alguns chamam de “A Maior História de Todos os Tempos” é imenso, colossal, estonteante mesmo, tanto em termos de pesquisa pura quanto em termos doutrinários, e também como literatura em estilo romance histórico.  No entanto, veio-me a ideia de fazer algo que não é comumente feito: englobar a história inteira de uma vez, de um ponto de vista narrativo e literário, usando tudo o que consta nos Evangelhos canônicos (e alguma coisa de certos apócrifos) como espinha dorsal. A pretensão de contar a história inteira do seu início até o seu final, isto é, do Alfa ao Ômega, não chegou a me intimidar, porque é uma história que me fascina sobremaneira, acima de todas as outras; história esta que é o carro-chefe da cultura ocidental, patrimônio absoluto dos povos do planeta, quer se acredite em tudo o que se narra nela, quer se adotem posturas mentais mais críticas ou mesmo céticas. Estou convencido de que, sob qualquer ponto de vista, a narrativa de nascimento, vida e morte de Jesus de Nazaré é a principal história que nós, humanos, temos para contar e recontar.  Eis por que tive a pretensão de contá-la integralmente, estrelando todos os personagens conhecidos, demonstrando sempre os devidos respeito e carinho por cada um deles. 2.Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? João Luís de Prada e Silva: Sou essencialmente um pesquisador livre dos temas referentes a essa grande história; busco, pesquiso, leio, “observo”, especulo e tento montar as peças do quebra-cabeças que ainda estejam soltas, naturalmente com o auxílio dos historiadores e exegetas que a ela se dedicam. Porém, chegou um momento em que refreei o ímpeto lógico exclusivo e passei a dar asas à emoção: ora, por que não aproveitar igualmente a beleza, o carisma e o encanto dos personagens, a magia da história, o poder do seu sobrenatural? No ponto a que cheguei tornou-se mais prazeroso me emocionar com os milagres e as façanhas estrondosas do Cristo do que tentar explicá-los à luz pura da razão, à moda acadêmica.  Por isso escolhi a forma romanceada para reviver a história, uma forma que permite expandir a emoção e os sentimentos envolvidos na narrativa. 3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? João Luís de Prada e Silva: Tive que escolher uma proposta para redigir a obra, e ela consistiu em recontar a Grande História de um ponto de vista clássico, tradicional, do modo mais abrangente e descritivo possível, embora desfazendo um certo equívoco histórico que perdurou durante séculos a respeito de uma das principais personagens do drama cristão. Houve a necessidade de lançar mão de uma série de interpolações factuais e diálogos que contextualizam e embasam os acontecimentos narrados nos textos sacros. Também resolvi sublinhar o papel das mulheres na história, buscando sempre imprimir ao máximo um senso de humanidade marcante em todos os personagens, sejam mulheres ou homens. Afinal, como escrevo no prefácio do autor, ainda que se encare Jesus Cristo como tendo ascendência divina, ele teve uma parte humana, pelo menos uma metade humana, digamos assim, e eu trato dessa “metade” com todo o cuidado que consegui.  Tal senso de humanidade é, naturalmente, extensivo a todos os demais personagens. 4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever Do Alfa ao Ômega – Uma História Romanceada do Nascimento, Vida e Morte de Jesus de Nazaré? João Luís de Prada e Silva: Minhas referências imediatas partiram daquelas que são por via de regra consideradas as fontes primárias para qualquer Vida de Cristo: os 4 Evangelhos canônicos. Tive forçosamente que usá-los para não fugir ao enfoque clássico e abrangente a que me propus.  Além disso, o material de pesquisa histórica acerca da Palestina do Séc. I foi bem-vindo, assim como de Roma e do Egito. Mais ainda, tenho por hábito assistir ao material cinematográfico e televisivo disponível que versa sobre esse tema de 2 milênios, isto é, filmes e séries sobre a vida de Jesus Cristo e sobre a Israel em que ele viveu. A partir desse material utilizei algumas ideias que considero bastante felizes e emocionais em termos literários. 5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? João Luís de Prada e Silva: A bem da verdade, seria ótimo citar todo um sortimento de trechos, mas como a pergunta e o espaço são limitados, cito um que sempre me toca: o trecho final da passagem em que narro o suicídio de Judas Iscariotes, um dos personagens mais complexos e fascinantes da Maior História de Todos os Tempos: “E uma imagem é-lhe projetada na mente: a imagem do rosto suave e bondoso da única pessoa que o acolhera em seu meio em toda a sua vida; a imagem e os pesarosos dizeres que a acompanham: ‘Judas, assim é que tu trais o Filho do Homem?… Com um beijo?…’ E projeta-se. O corpo de Judas balança e

“Expressar o não quando necessário é fundamental para o equilíbrio emocional.”

O livro “Transformando o sim em não” chama atenção pelo título aparentemente controverso. Afinal de contas, quem quer transformar o sim em não? Porém, a escolha faz todo sentido, quando pensamos na qualidade de vida, bem-estar e paz de espírito que um não pode trazer para nossas vidas, isso por que, muitas vezes, o sim pode não ser saudável ou, simplesmente, não representa aquilo que realmente queremos. Ou seja, é uma ilusão. O autor Kieram Ecttori nos conduz então por uma série de ensinamentos, insights e dicas muito práticas e importantes para fazer valer nossa vontade. Mas sem perder a educação, o respeito e ainda manter relacionamentos produtivos e saudáveis. Pode parecer magia, mas não é “Transformando o sim em não” é baseado nas ricas experiências do autor, em todos seus aspectos como profissional da psicologia, palestrante motivacional e de bem-estar, aliando a isso técnicas de hipnose clínica entre outros conhecimentos. Nessa entrevista, você descobre mais sobre as referências e inspirações desse autor entusiasmado e prolífico que tem ajudado pessoas a buscar realização pessoal e profissional: 1. O que o inspirou a escrever o livro “Transformando o sim em não”? Kieram Ecttori: A decisão de escrever o livro “Transformando o Sim em Não” foi motivada pela observação atenta de um padrão recorrente em meus clientes e em minha própria experiência pessoal. Percebi a dificuldade que muitos de nós enfrentamos ao nos depararmos com solicitações, onde a hesitação em dizer não é influenciada pelo receio de desapontar o outro, prejudicar relações interpessoais ou ser mal interpretado. Contudo, ao refletir sobre as consequências de conceder um “sim” indiscriminadamente, tornou-se evidente para mim que a autenticidade e a preservação das próprias necessidades são prioritárias. Estabelecer limites saudáveis e expressar o “não” quando necessário é fundamental para o desenvolvimento pessoal e a manutenção do equilíbrio emocional. Por meio deste livro, busco oferecer insights e ferramentas que auxiliem os leitores a reconhecerem o valor de suas próprias prioridades e a exercerem assertividade em suas interações cotidianas. 2. O nome do livro é um tanto quanto curioso. De onde surgiu essa ideia? Kieram Ecttori: A origem do nome do livro “Transformando o Sim em Não” remonta a uma conversa casual que tive com meu mentor em Ilusionismo e renomado escritor, Atila Quaggio Coneglian. Durante essa troca de ideias, surgiu a percepção de que, enquanto discutíamos termos para um evento de ilusionismo com um empresário, nos vimos em uma situação onde fomos persuadidos a aceitar condições que não necessariamente refletiam nossos interesses. Essa experiência provocou uma reflexão irônica e provocativa sobre a dinâmica do poder das negociações e a influência das palavras. A brincadeira de criar um livro inversamente relacionado ao “Transformando o Não em Sim” de Atila, intitulando “Transformando o Sim em Não”, surgiu como uma forma de explorar o outro lado da moeda: como dizer não de maneira assertiva e priorizar nossas próprias necessidades em meio a demandas externas. Com o passar do tempo, essa ideia ressurgiu em minha mente, enraizada na minha prática de hipnoterapia e nas experiências compartilhadas por meus clientes. Muitos relataram o desafio de colocar suas próprias vidas em segundo plano para atender às expectativas alheias. Foi então que a proposta do livro se transformou em “Transformando o Sim em Não: Libertando-se da Manipulação e Priorizando Sua Própria Vida”, com o objetivo de fornecer ferramentas para capacitar os leitores a estabelecerem limites saudáveis e tomarem o controle de suas decisões pessoais. 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Kieram Ecttori: Minha experiência pessoal é intrinsecamente entrelaçada aos temas explorados em “Transformando o Sim em Não”. Quando consideramos a tendência de sempre dizer “sim”, inevitavelmente nos deparamos com situações familiares e sociais onde cedemos às demandas alheias por receio de desapontar ou magoar. É provável que, neste momento, cada um de nós possa recordar uma situação em que agimos assim, talvez participando de um evento quando preferíamos estar em outro lugar, ou emprestando algo que precisávamos, simplesmente porque não sabíamos como negar. São essas experiências compartilhadas, tanto minhas quanto as de meus clientes, que serviram como alicerce para a elaboração deste guia prático. O objetivo é capacitar os leitores a priorizarem suas próprias vidas sem o ônus do desapontamento ou da mágoa alheia. Através deste livro, busco oferecer um conjunto de técnicas eficazes para expressar limites de forma assertiva e respeitosa, permitindo que os leitores cultivem relacionamentos mais saudáveis e autênticos, sem comprometer sua própria integridade emocional. 4. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Kieram Ecttori: O processo criativo por trás do livro “Transformando o Sim em Não” foi um mergulho profundo no tecido da vida cotidiana e nas interações humanas. Após aquela conversa informal, meses se seguiram de análise cuidadosa dos comportamentos e das situações que permeiam o dia a dia de indivíduos diversos. O que emergiu desse período de reflexão foi uma compreensão mais profunda da ubiquidade do fenômeno: a propensão para o “sim” como resposta, mesmo quando não reflete os desejos ou as necessidades pessoais. Foi revelado que essas situações são muito mais comuns do que se poderia imaginar inicialmente. Indivíduos de todas as esferas da vida encontram-se regularmente confrontados com dilemas similares, mas frequentemente carecem das ferramentas e estratégias para lidar com eles de forma eficaz. A análise revelou que, a longo prazo, a falta de assertividade e a dificuldade em estabelecer limites podem resultar em ansiedade, depressão, dependência emocional e frustrações profundas. Diante desse cenário, o propósito do livro foi refinado e fortalecido. Não apenas para oferecer soluções práticas para o dilema do “sim” excessivo, mas também para capacitar os leitores a cultivarem relacionamentos mais autênticos e a preservarem sua própria saúde emocional. O processo criativo, portanto, não se limitou apenas à concepção de ideias, mas sim a uma imersão profunda no tecido da experiência humana e na busca por respostas significativas para questões universais.. 5. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Kieram Ecttori: Minhas principais referências criativas para a

Confira a entrevista de Elenor Kunz, autor do livro “A Torre de Babel: consciência e linguagem”, uma obra fascinante e extremamente original

lançamento livro torre de babel da Editora Viseu

Hoje temos o prazer de mergulhar no universo de “A Torre de Babel: Consciência e Linguagem”, uma obra intrigante e desafiadora de Elenor Kunz. O livro, publicado em 2023 pela Editora Viseu, nos leva a uma jornada através da filosofia, da hipercomunicação, e explora os mistérios do véu de Ísis. Kunz, com sua experiência de mais de cinquenta anos em estudos místicos e filosóficos, desdobra um panorama que abrange desde eventos cósmicos históricos até intervenções divinas na evolução humana. Através desta entrevista, vamos explorar as principais ideias e conceitos apresentados no livro, buscando entender como Kunz tece a relação entre a consciência, a linguagem e os eventos míticos como o Dilúvio e a própria Torre de Babel. É um diálogo que promete ser uma viagem fascinante que desafia as fronteiras do conhecimento convencional, abrindo novas perspectivas sobre a consciência humana e nossa conexão com o universo. Prepare-se para questionar, refletir e, talvez, redefinir sua visão de mundo com as revelações e teorias propostas por Elenor Kunz em “A Torre de Babel: Consciência e Linguagem”. 1) Como surgiu a ideia de escrever “A Torre de Babel”? Houve alguma inspiração particular ou evento que motivou a exploração desses temas tão complexos e interligados? Elenor Kunz (EK): Certo! A origem assim como a maior inspiração veio da primeira obra publicada pela Editora Viseu com o Título: “Saberes Divinos – Divinos Saberes”. Nesta obra então, fiz uma abordagem sobre a origem do homem na Terra, através dos deuses Anunnakis e a longa trajetória de Eventos deles, ou seja, os humanos com os deuses criadores. Muitos desses Eventos foram analisados, porém, em um deles, senti que precisava de maiores aprofundamentos e esclarecimentos. A grande dificuldade foi (e neste segundo livro aponto para isso) a dificuldade de encontrar uma literatura analítica e profunda sobre esse intrigante e misterioso tema revelado na Bíblia Cristã e em outros escritos não tão conhecidos, que é o Evento da Torre de Babel. 2) Seu livro anterior, “Saberes Divinos – Divinos Saberes” parece ter estabelecido a base para esse novo título. Poderia compartilhar como “A Torre de Babel” se conecta e se expande a partir das ideias do seu livro anterior? EK: Exatamente! Acima já expliquei alguma coisa. A temática geral, que estudo a muitos anos e que me fez escrever o primeiro livro, tem a ver com a “Misteriosa Presença de deuses na Terra”! Que aconteceu em tempos muito remotos. Eles chegaram a milhares de anos atrás na Terra para explorar o ouro, metal indispensável para salvar o planeta da onde vieram, Nibiru. Na medida que esse trabalho de exploração se tornou extremamente penoso para os trabalhadores Anunnakis trazidos com essa finalidade, houve uma rebelião e então, os deuses tiveram a ideia de produzir um “trabalhador primitivo” aqui na Terra. E, assim foi feito! E nós, humanos, fomos criados. Evoluímos muito com eles em todos os sentidos e assim, tivemos acesso a quase todos eventos importantes que eles produziram na Terra, inclusive guerras. O Evento da “Torre de Babel” foi um dos últimos acontecimentos. 3) Qual foi o critério para escolher temas como consciência, linguagem, e hipercomunicação? Eles têm alguma relevância especial em seu próprio percurso intelectual ou experiência de vida? EK: Sim! Primeiro; esses temas são cruciais para entender o maior acontecimento da Torre de Babel a que me refiro no livro, ou seja, a “confusão das línguas”. Que história foi essa, então? A preocupação foi entender um pouco mais esse acontecimento buscando fontes de saberes também, em teorias da ciência e da filosofia mais atuais, para então elaborar e esclarecer, o que se tornou a questão central de toda essa abordagem do livro; Consciência e Linguagem. Já havia, sim, me ocupado com essas temáticas teóricas na minha atuação profissional como pesquisador em educação e filosofia. 4) Processo de pesquisa: Pode descrever o processo de pesquisa para o livro? Quais foram os maiores desafios ao abordar tópicos tão diversos e profundos? EK: O processo de pesquisa seguiu mais ou menos as metodologias adotadas para pesquisas científicas no meio acadêmico, onde atuei por muitos anos com ensino e pesquisa na graduação e pós-graduação. Porém, dois fatos novos aconteceram com o desenvolvimento destas temáticas de pesquisa e publicação, quais sejam: 1º. Revendo e relendo livros que já haviam sido lidos a muitos anos atrás, pude perceber que com essas novas leituras e com novas formas de entender os assuntos estudados, poderia colocar alguma coisa no papel e, assim, nasceu a ideia da escrita. Na sequência, fui buscar novas leituras e abordagens mais atuais sobre esses e outros temas que sempre me tocaram profundamente. Dessa forma, o 2º. passo aconteceu justamente por essa forma metodológica de releitura, reflexão e pesquisa, pois, (se isso é do meu interior ou de ajuda espiritual, dos deuses, talvez, não sei) senti uma forte inspiração para os escritos que fiz até aqui e que ainda estou fazendo em uma próxima obra que estou a desenvolver. 5) Como a mitologia, especialmente histórias como a Torre de Babel, influencia a sua interpretação da evolução humana e consciência? EK: Autores como Joseph Campbell e Erich von Däniken foram sempre de muita utilidade e auxílio em todos estudos no campo da história, mitologia, filosofia e espiritualidade que realizei em muitos anos de estudo. Foram eles que me inspiraram para analisar com olhar crítico tudo que encontrava na literatura sobre as temáticas em questão. Por exemplo, a história para o caso de deuses presentes na Terra num período histórico muito antigo que Erich von Däniken aborda e, as metodologias de análise do autor Joseph Campbell garantem que as mitologias relatadas em muitas narrativas de povos antigos não eram falsas ou tampouco fantasiosas histórias dos povos antigos. 6) No livro, você aborda a ideia de que nossa consciência foi “sabotada” em algum ponto da história. Pode elaborar sobre essa teoria? O que te motivou a explorá-la? EK: Sim, consciência é uma temática muito complexa tanto para as ciências da atualidade como nas filosofias. Na filosofia esse tema é mais explorado na fenomenologia de Husserl,

“Yoga é também sobre acordar”, Mirela Fazzio, organizadora do livro “Yoga da Mente”

lançamento livro Yoga da Mente

O Livro “Yoga da Mente”, organizado pela professora Mirela Fazzio, é uma obra que leva o significado do Yoga ao pé da letra.  O conteúdo é em si uma reunião de textos de alunos, em narrativas nas quais eles compartilham saberes e vivências pessoais e locais, mas que também encontram respaldo na ordem do que é o universal e global. Assim como prega o Yoga, uma reunião de práticas mentais e físicas, colocadas à disposição de um bem maior e um objetivo comum: o equilíbrio entre as forças da mente e do corpo. Nesta entrevista, a organizadora Mirela Fazzio, nos traz mais detalhes sobre o processo criativo da feitura do livro, como a jornada pessoal dela e de seus alunos estão representadas na obra e muito mais. Confira! 1) Qual foi a inspiração para compilar “Yoga da Mente: Sobre Histórias que Curam”? Mirela Fazzio (MF): Há muitos anos os alunos me pediam para reunir minhas histórias num livro. De fato, creio que a minha jornada é mesmo interessante e talvez possa servir de motivação a outros, mas ainda assim, isso não me movia o suficiente para empreender essa empreitada.  Foi quando, em 2022, tive a ideia de convidar os alunos para escrever esse livro comigo! A proposta era que nos encontrássemos periodicamente para reunir as escritas e, através desse trabalho, os alunos se dedicassem ao exercício de reconhecer o valor de suas próprias trajetórias – e isso foi minha verdadeira inspiração.  2) Como as práticas de Yoga e meditação influenciam as histórias apresentadas no livro? MF: A palavra Yoga significa unir e toda a sua prática, seja ela física ou mental (no nosso caso), é direcionada a fim de que possamos integrar as forças que nos habitam – corpo e mente, mente e essência, “coração e razão”, ignorância e conhecimento, etc.  Reunir histórias humanas sob “o olhar do respeito e da equidade” é também o que define essa filosofia e ciência chamada Yoga. Meditar nada mais é do que treinar formalmente esse olhar, dia após dia, ano após ano. 3) Pode nos contar um pouco sobre sua jornada pessoal e profissional que a levou a criar este livro? MF: Minha jornada pessoal e profissional, “vida e obra”, desde sempre se misturam. Minha busca por autoconhecimento começou muito cedo, em São Paulo/SP, formalmente aos 10 anos quando comecei a trabalhar no Teatro.  A arte foi minha primeira escola. Foi onde pouco a pouco descobri que o que gostava mesmo “era de gente”! De lá pra cá, quase 40 anos depois, “muitas águas me conduziram” para essa cidade, onde escolhi “descer raízes” e foi aqui que minha escola floresceu em toda a sua capacidade!  Yoga da Mente é uma escola localizada fisicamente há 20 anos na cidade de Sorocaba/SP e online pelo mundo. É sobre a arte inesgotável da vida de cada pessoa que comigo veio aprender a se cuidar, se estudar e “plantar suas próprias sementes” em suas comunidades.  O nosso primeiro livro agora é um registro vivo desse relacionamento, entre a “vida e a obra” de uma professora com seus alunos, dos alunos com sua professora. É nosso o propósito sincero que essas boas sementes que cultivamos aqui possam se espalhar mundo afora, casas adentro. 4) Qual é a principal mensagem que você deseja transmitir aos leitores através deste livro? MF: Honre sua jornada! O livro em si é a mensagem. Leia cada história como se fosse a sua e logo encontrará o “diamante potente e belo” que nós Yogis valorizamos, e que reside disponível para todo ser humano nessa Terra!  5) Como você acredita que as histórias de superação e autoconhecimento presentes no livro podem impactar a vida dos leitores? MF: Sei que a história de cada um de nós, quando contada e “auscultada” do jeito certo se torna naturalmente universal. Cada história no livro, ao mesmo tempo, não é apenas pessoal, é sobre cultivar Fé, Garra, Coragem, Gentileza, Amizade, Sensibilidade, Ousadia, Reverência, e, mais que tudo, a Generosidade.  É um ato generoso, primeiro para consigo mesmo, quando escolho contar minha história e emoldurá-la com a percepção de que fiz o melhor que estava ao meu alcance, isto é, sem amarras ou culpas que possam “me sequestrar”.  Desejamos que os nossos leitores assim também possam refazer suas próprias trajetórias a partir desse “olhar gentil”. Quem de nós não precisa fazer esse exercício??   6) Pode nos falar sobre o processo de seleção e organização das histórias para o livro? MF: Lançada a ideia inicial para meus alunos – “Vamos escrever um livro juntos?”, abri no grupo oficial de Whatsapp da escola a oportunidade para que todos pudessem se inscrever livremente para a empreitada que seria organizada pela Profa. ao longo do ano de 2022. Foram “auto escolhidos” 9 destemidos autores!  Promovi encontros, presenciais e online, com dinâmicas muito especiais – leituras, troca de histórias, meditações, etc. – cuja finalidade foi valorizar a criação das narrativas sob 3 eixos essenciais: Empatia – Como minha história pode impactar o outro? Identidade – O que na minha história só pode ser revelado por mim? Território – De onde vem e para onde minha história “me leva”? Coube à Profa. a “costura” das histórias que “desabrocharam” no livro. Mas sobretudo, a preservação e a manutenção da “fala e da expressão fidedigna” que cada aluno e aluna trouxe para a obra. 7) Existe algum relato ou capítulo do livro que você considere particularmente impactante? MF: Para ser justa, não poderia escolher um capítulo em especial, seria quase como escolher o aluno que considero mais apto, quando tenho ao meu lado esses yogis tão incrivelmente potentes! Contudo, quero aproveitar para falar um pouco mais sobre a história que traz um elemento importante – “Visão de Janela: Sobre Casas, Bichos e Gente”, da autora Iris Mendonça.  O Yoga ainda é muitas vezes estereotipado como “o ambiente onde todos são amáveis, generosos e iluminados”. Isso é uma falácia e uma grande injustiça aos yogis históricos que abriram “ferozmente” caminhos onde sequer haviam estradas!  Esse texto da minha aluna Iris, para mim, “corrige” essa visão tão equivocada do Yoga, “quase um soco

Da Inspiração à Criação: Uma Conversa com Wellington Rogério Viola sobre “Sociedades de Vidro”

Entrevista com autor de Sociedade de Vidro, Wellington Rogério Viola

Em uma imersão fascinante pelo universo literário, o autor Wellington Rogério Viola revela as camadas criativas e inspirações por trás de sua obra ‘Sociedades de Vidro’. Esta entrevista exclusiva desvenda como a influência de animes icônicos, mitologias e a complexidade da condição humana se entrelaçam para formar um mosaico de narrativas ricas e personagens profundamente elaborados. O autor compartilha sua jornada desde as primeiras faíscas de inspiração até os desafios enfrentados e superados no processo criativo. Assim, mergulhamos nas temáticas centrais da obra, explorando como ‘Sociedades de Vidro’ reflete questões contemporâneas através de um prisma de fantasia e realidade. Prepare-se para uma incursão íntima no coração dessa narrativa enigmática e de seu criador, abrindo caminho para um entendimento mais profundo de uma história que promete capturar a imaginação de seus leitores. 1.Qual foi sua inspiração principal para criar o universo de ‘Sociedades de Vidro’, e quais temas você considera centrais na obra? Minha inspiração principal foi o anime dos Cavaleiros do Zodíaco (CDZ), adaptado do mangá, de 1985, escrito por Masami Kurumada. Esse é o meu desenho favorito desde a infância. Sempre criei histórias paralelas sobre a obra com meus amigos. Mas nada escrito, sempre em forma de brincadeiras. Então, sempre tive esse interesse em signos e na temática de deuses contra humanos, em que os seres mortais levavam a melhor, frente a arrogância dos celestiais e a descrença que tinham nas suas próprias criações. O fato do personagem principal do Cavaleiros do Zodíaco, Seiya, nunca ficar no chão ao cair para qualquer inimigo, para mim, era o ponto alto do anime, além de toda a mitologia desenvolvida ao longo dos arcos da história. Aos quinze anos, comecei a ler muitos livros onde se dividiam a população em casas, facções, distritos, condados, chalés, e isso me fascinava, eu queria criar algo assim. Então juntei essa vontade com CDZ, e surgiu essa grande história na minha mente. O tema central da obra é a força que os humanos têm para moldar seu próprio destino, independente de quem imponha o caminho que devam seguir. Aliado a isso, abordo a união entre os mais diferentes gêneros, raças e classes sociais para um bem maior, ou seja, algo que realmente vai trazer a mudança para o universo. Mas também, a história expõe o quão são triviais as tramas pessoais que nos cegam para a realidade do mundo. Aproveite para saber mais sobre o gênero fanfic e descubra como construir narrativas únicas com enredos já existentes. 2.Como foi o processo de desenvolvimento do personagem Brenner, e o que ele representa no contexto da história? Brenner é o primeiro personagem importante a ser apresentado na história, um modelo exemplar de guerreiro aquariano, fazendo parte de um grupo formado em sua colônia, os caçadores de memórias. Na época que não se tinha tanta informação sobre outras colônias, suas funções eram, a priori, erguer a grande biblioteca da colônia e proteger todo o conhecimento que eles desenvolviam com o passar dos anos. Eu coloquei no personagem todas as características de um herói. Ele é forte, astuto, respeitado e dedicado às regras universais. Mas ele começa a questionar sua própria devoção, pela primeira vez, quando uma jovem cruza as fronteiras de Grandária, assim nomeada a colônia de aquário. O Protagonista se apaixona por ela logo de cara, mesmo sabendo que seria um ato proibido. Dessa maneira, ele introduz os Edificadores (os deuses) e inicia o debate religioso que em muitos casos nos impede de sermos realmente felizes, por conta de discursos de ódio em nome dos deuses. O personagem Brenner, com isso, inicia o primeiro “arco” a ser desenvolvido ao decorrer do primeiro livro sobre os mitos e lendas que envolvem esse universo. Em sua aparência, assim como todos da raça de aquário, destaca-se as orelhas pontudas, como as de elfo, sendo uma referência sutil ao elmo da armadura de ouro de aquário. Além disso, vemos sua afinidade com Dégel, o cavaleiro de aquário do anime CDZ Saint Seiya: The Lost Canvas, feito por Shiori Teshirogi. 3.Houve autores ou obras específicas que influenciaram a escrita de ‘Sociedades de Vidro’? Sim, Masami Kurumada, Rick Riordan, Cassandra Clare, Suzanne Collins, Veronica Roth e J.K. Rowling, foram minhas inspirações. As formas de escrita desses autores e autoras me guiaram para que eu encontrasse a minha maneira de contar esta história de forma clara e fluida. 4.Por que você escolheu a constelação do zodíaco como pano de fundo para a história, e como isso se reflete na narrativa? O círculo do zodíaco representa cada um dos doze personagens principais, um de cada colônia que tem a narrativa distribuída entre os três livros que vão contar esta história. Em “Sociedades de Vidro”, inicia-se a narrativa com os quatro primeiros signos, sendo eles: Aquário, Sagitário, Escorpião e Virgem, revezando entre si o desenvolvimento da trama. Seus símbolos podem ser vistos em destaque na capa do livro, e isso foi feito de forma proposital, para direcionar o leitor indiretamente. Com as sequências vamos ver uma evolução visual neste círculo zodiacal, trazendo uma tensão cada vez mais intensa, à medida que se aproxima o fim da batalha. 5.Pode nos contar sobre o processo de construção do mundo em ‘Sociedades de Vidro’, especialmente a cidade de Grandária? Eu quis trazer a temática da origem da vida no meu ponto de vista. Assim, tudo começa com o encontro do Caos e da Ordem, entidades cósmicas que explodem em planetas e estrelas pelo universo, colorindo-o com vida. Esse encontro tem como resultado o surgimento dos deuses primordiais. Assim, vemos a transformação da Ordem em quatro feras mitológicas interdimensionais. Enquanto isso, o Caos atua sobre o que posteriormente seria a terra dos seres mais próximos dos humanos mostrados na história, desencadeando nas raças que serão reveladas ao longo da narrativa. A terra central, onde acontece a trama das colônias, é chamada de Planície Cardeal, pois é um terreno plano e que gira abaixo da dimensão dos deuses. Esse elemento da narrativa é uma brincadeira, uma alusão aos Cardeais que estão

Confira a entrevista de Mírian Antônia Gonçalves, autora de “CODINOME: Encontro de Almas”.

Em “CODINOME: Encontro de Almas”, a autora Mírian Antônia Gonçalves fala da importância do Amor-próprio para desenvolver outros amores. Nesta entrevista, concedida à Editora Viseu, a autora aponta detalhes do seu processo criativo, além de suas inspirações e referências criativas que permearam a escrita da obra. A obra fala sobre os desencontros que o amor provoca em cada um de nós. O enredo trata da paixão entre uma jovem e um homem casado. Eles eram também colegas de profissão. No primeiro momento, decidiram ser apenas amigos; e seguiram cada um o seu rumo. Anos depois, eles se reencontram nas redes sociais. Ela, em um momento de crise; ele, novamente casado. A paixão reacendeu, aquecendo seus corações; e eles decidiram viver a relação de forma discreta. Qual será o fim dessa história? 1. Poderia nos contar sobre o momento em que decidiu se tornar escritora? O que a inspirou a seguir este caminho? Escrevo desde os 9 anos de idade. Por causa desse dom, naquela época me imaginei como jornalista. Na adolescência, tive a oportunidade de me tornar colunista em um jornal local, onde trabalhei por 3 anos. No Ensino Médio, no entanto, mudei minha perspectiva e optei por ser filósofa e seguir esse caminho. Ter o jornalismo como profissão já não me atraía, mas a paixão pela leitura e escrita nunca me abandonou.  Apesar da timidez, no período da faculdade, na cidade de Montes Claros, acabei trabalhando para uma revista local e tive a oportunidade de me inscrever para um concurso de poesias para uma Antologia. Essa foi minha primeira grande oportunidade. Gostei da experiência e continuei escrevendo poesias, poemas, mensagens. Alguns anos depois, uma nova oportunidade de participar de uma Antologia Poética (Editora Scortecci) me despertou o desejo de me firmar como escritora. Após um tempo de  volta à minha cidade natal, trabalhando como professora universitária, fui convidada a escrever o material didático sobre Filosofia da Educação e Introdução à Filosofia para os cursos de Educação à Distância. A experiência despertou em mim o desejo de, além das poesias, trilhar os caminhos das histórias. E assim o fiz, mas deixei guardado na gaveta.  Em meados de 2015, fui contratada como redatora de um “jornal virtual” (JPAgora), com o foco de cobrir variadas notícias locais e da região. Esse trabalho reforçou meu desejo de seguir meu sonho de ser escritora. E assim, numa noite qualquer, “desenhei”   na mente os primeiros traços de CODINOME…  Aproveitei os pensamentos inspiradores e comecei a escrever. Após alguns dias, a história estava pronta. No início da pandemia, resolvi que iria procurar uma editora para analisar a obra. Enviei para algumas, inclusive a Editora Viseu e todas aprovaram, mas desisti no primeiro momento.  Depois de 1 ano após essa primeira tentativa, enviei novamente meu manuscrito e   novamente fui aprovada. E mais segura e confiante de que valeria a pena, trilhei minha primeira grande jornada oficial no mundo dos escritores. Minha inspiração? Minha mãe, os livros que li, os filmes que assisti, meu filho, eu mesma e Deus! 2. Como a escrita tem impactado sua vida pessoal e profissional? De uma maneira geral, a escrita tem sido o principal caminho do meu desenvolvimento pessoal, social e profissional. Ela é meu mecanismo de comunicação e de relação interpessoal e também a matéria-prima do meu sustento. No que diz respeito à obra estruturada pela Editora Viseu, o impacto local (familiares e amigos) foi e está sendo positivo. Muitos não imaginavam que eu buscava esse caminho, apesar de saberem que eu tinha dom com as palavras escritas. Estão me vendo com outros olhos e as oportunidades estão aumentando ainda mais. 3. Em “CODINOME: Encontro de almas”, você dedica o livro “aos amantes da vida e do amor”. Qual a importância dessa temática em sua vida e como ela se reflete em sua escrita? Eu entendo e acredito que o AMOR é a mola propulsora do nosso existir. E isso em todos os seguimentos de nossa vida. No que tange à temática do livro, eu literalmente acredito no “amor de alma”, sem preconceitos. Acredito, principalmente, quando o amor pelo outro e para o outro, nasce primeiramente no meu amor-próprio, pois para mim, só somos capazes de verdadeiramente amar o outro quando nos amamos primeiramente.  O amor acontece das mais variadas formas e o primeiro amor pode ser único ou não. Podemos viver vários amores antes de vivermos o verdadeiro amor. Eu acredito na “alma gêmea” que, para mim, é uma forte relação de querer bem ao outro, de querer saber do outro, sem que seja o verdadeiro amor.  Eu acredito, por exemplo, que minha mãe tenha sido minha alma gêmea. O amor entre homem e mulher (ou como queiram, pois respeito todas as formas), verdadeiro, eu entendo e acredito como sendo o de “Chama Gêmeas”, aquele que “Deus uniu e nada nem ninguém consegue separar”. O amor em CODINOME é assim.  E o que penso, sinto e interpreto do AMOR, é fortemente refletido no que escrevo, seja nas poesias, nas mensagens personalizadas, nos contos ou nos romances. 4. Seu livro começa com uma citação de Clarice Lispector. Qual a influência de Clarice e outros autores em seu estilo de escrita? Em Clarice Lispector, percebo o desejo de expressar a paixão, as emoções e as sensações da alma. De forma romântica, mas ao mesmo tempo, filosoficamente racional. Esse é o foco do meu escrever: perceber e descrever o outro, sem, contudo,   denunciar claramente quem é.  Em relação a outros autores, os relatos cotidianos de Monteiro Lobato, o mistério de Victor Hugo, cuja obra “Os Miseráveis” marcou minha adolescência e fixou em mim a paixão pela leitura. De alguma forma, todos os livros que li acabaram por influenciar minha escrita. Mas nenhuma outra mexeu tanto quanto a coleção “A Garota do Calendário”, de Audrey Carlan e “A Seleção” de Kiera Cass, que retratam histórias de amor, de luta e de impedimentos. São histórias que poderiam ter sido ou ser vivenciadas por qualquer um de nós. 5. Os  títulos dos 

Confira a entrevista do autor de “A Corrente”, João Alexandre Paschoalin Filho

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Um professor universitário perde totalmente o controle da sua vida, após perder a filha mais nova em um acidente. A expectativa de uma vida boa muda rapidamente para a perpetuação de uma existência que beira o miserável. Em um belo dia, no banco de uma Igreja, ele recebe um bilhete enigmático, com uma mensagem única para cada pessoa que o recebe. O mote do livro “A Corrente”, do autor João Alexandre Paschoalin Filho, traz um cenário comum a muitos de nós. Ou seja, o enfrentamento de situações adversas na nossa vida, o que nos leva a uma escolha; enfrentá-las de frente ou ser dominado por elas. A jornada para decifrar o bilhete conduz o personagem por diversos símbolos e signos com mensagens profundas que mergulham o professor em uma reflexão profunda e intrigante. Tudo isso em uma narrativa que combina conhecimentos filosóficos de toda ordem com a riqueza e a complexidade das emoções e sentimentos humanos. Na entrevista abaixo, o autor João Alexandre conta mais sobre a criação de “A Corrente”, revela as dores e as felicidades do processo criativo e de escrita da obra. Confira agora! 1. O que o inspirou a escrever o livro “A Corrente”? Já havia algum tempo que eu tinha a intenção de escrever um livro acerca de algumas reflexões que faço, principalmente em relação ao nosso papel aqui, nesta existência de viver, sobre o sentido da vida, a existência de Deus, entre outros assuntos.  Todavia, para não ficar algo muito de nicho, ou complexo, pensei em escrever uma estória em que eu pudesse colocar essas discussões de forma mais palatável ao leitor. Na verdade, minha inspiração foi a vontade de compartilhar. 2. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? O livro “A Corrente” traz uma estória que é comum a todos. As pessoas que leram o livro se identificaram bastante. Ela fala a respeito do processo de volta por cima que temos de enfrentar quando passamos por algumas situações impostas pela vida.  Essa situação é bem comum, pois todos nós, em certos momentos, temos de nos deparar com desafios impostos, cabendo-nos entendê-los e enfrentá-los, ou recuar e sofrer. É uma escolha de cada um.  O livro também traz algumas experiências que tive. Uma parte dele é ficção, mas outras ocorreram quase como está relatado. 3. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Apesar de eu ter escrito o livro, costumo dizer que ele me foi dado. Havia momentos que eu necessitava muito escrever, não importando a hora e o local. Era uma espécie de voz que ditava a estória na minha cabeça e não parava até que eu ligasse o computador e terminasse de escrever.  Algumas vezes, eu acordava de madrugada para escrever e não conseguia parar até que essa voz parasse de ditar.  A escrita do livro também me consumiu muita energia. Alguns capítulos eu me emocionava ao mesmo tempo que o escrevia; todavia, alguns outros me sentia extremamente desgastado e com a energia muito baixa. Aproveite para conferir como escrever um livro de romance, com o guia completo da Editora Viseu! 4. Em “A Corrente”, você explora temas ligados à discussões filosóficas, ao judaísmo, ao gnosticismo e à hermenêutica. Para você, como esses temas dialogam com a atualidade? Nossa vida vem ficando cada vez mais atribulada. Os compromissos e tarefas que temos de cumprir diariamente quase sempre excedem o nosso dia. Não temos mais tempo para refletir coisas importantes e realmente necessárias que poderiam nos levar a tornarmos pessoas melhores e mais felizes.  Mesmo os livros que lemos, a maioria deles são técnicos e profissionais; ou seja, mesmo em momentos que, em tese, deveríamos dispor de algum tempo para nós, nos entretemos com literatura acerca do trabalho que fazemos diariamente.  As pessoas atualmente entendem muito de suas respectivas obrigações, contudo desconhecem a si mesmas. A pressão exercida pelo mercado, redes sociais, comunidade, família, nos afasta de nós mesmos.  Ao invés de meditarmos acerca de nossa vida e como viver da melhor maneira, nos preocupamos com o que as pessoas irão pensar de nós. O livro “A Corrente” traz também essa discussão e nos provoca a refletir. 5. Você disse que usou símbolos na sua obra, poderia citar alguns? Não quero dar spoiler, mas um bom exemplo da simbologia presente no livro encontra-se na capa e no nome da obra. A palavra utilizada como título, ou seja, “corrente” é bastante curiosa e dá ao leitor uma ideia acerca do livro.  Corrente é uma palavra que nos indica um instrumento usado para prender algo, impedir seu movimento; contudo, também nos aponta o significado de movimento constante. Assim, encerra-se nessa simples palavra um princípio hermético da “polaridade”. O nome da filha do personagem principal é Sophia, o que significa “Sabedoria”, o da esposa é Olívia, ou seja, um anagrama para “Alívio”.  Na ilustração da capa são apresentados símbolos alquímicos que representam a monada, o sol, a morte, a vida, etc. Como disse, é um livro de camadas. 6. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever sobre temas tão sensíveis e pessoais? Creio que o principal desafio que enfrentei foi o de trazer para o livro conceitos complexos de forma que fossem palatáveis para o leitor.  O livro traz reflexões baseadas em hermetismo, maçonaria, teosofia, judaísmo, gnosticismo e rosacrucianismo. Contudo, esses elementos encontram-se dispersos na estória, de forma que o leitor possa entendê-los no enredo e absorver sua sabedoria.  Outro desafio foi o de utilizar os conhecimentos de forma que pudessem integrar uma estória única, concisa, que pudesse envolver o leitor do início ao fim. 7. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Apesar de ser um livro que traz bastante discussões filosóficas e esotéricas, o objetivo dele não é apresentar respostas, mas sim novos questionamentos.  É um livro provocativo que desafia o leitor a pensar acerca de alguns posicionamentos que, provavelmente, já eram considerados sedimentados em sua mente.  Várias pessoas

Confira a entrevista de Elenor Kunz, autor de Saberes Divinos

Lançamento livro Saberes Divinos

O livro “Saberes Divinos – Divinos Saberes” traz uma abordagem única sobre a origem e o desenvolvimento da humanidade. O autor Elenor Kunz apresenta a hipótese de que a humanidade não é apenas produto da evolução natural, mas também da engenharia genética realizada por seres superiores. Para construir sua argumentação, ele volta ao passado e recorre a mitologia, encontrando nos deuses sumérios, os Anunnakis, as respostas quem embasam sua tese. Assim, o livro de Kunz nos traz de volta as inquietantes perguntas que rondam a civilização, desde os primórdios. “De onde viemos?”, “o que somos?”, “como surgimos no Planeta Terra?”. Com uma narrativa leve e envolvente, o autor nos pega também pelo fascínio, analisando com maestria eventos épicos que marcaram a história da humanidade e, dessa maneira, considerando-os sob sua perspectiva empolgante. Abaixo, você confere a entrevista que o autor Elenor Kunz cedeu a Editora Viseu. Nela, ele aborda seu processo criativo, fontes de inspiração e objetivos para com a publicação desse título ímpar na literatura brasileira. 1. Como surgiu a inspiração para escrever “Saberes Divinos – Divinos Saberes”? Foi realmente uma inspiração! Porém, também foram dedicados muitos anos de estudos sobre as temáticas que eu trouxe para o livro. Essa inspiração juntamente com o profundo desejo de “colocar no papel” o aprendizado alcançado com os estudos, foi reforçada com dois fatores simultâneos logo no início da jornada da escrita: a aposentadoria deste autor e o início do grande problema de saúde pública com a Pandemia do Coronavírus. Assim, pude não apenas retomar os estudos e pesquisas, mas dar início a publicação de todo esse material. Para isso tempo é que não faltou. De fato, não é a primeira vez que me dedico a publicar livros sobre estudos. Durante minha carreira na área acadêmica, atuando com Educação e Educação Física, tive a oportunidade de publicar 9 livros e muitos artigos em revistas nacionais e internacionais. 2. Poderia nos contar sobre o processo de pesquisa e escrita para este livro, especialmente no que tange aos temas místicos e esotéricos? Os estudos místicos e esotéricos me acompanharam desde minha juventude, quando sempre procurei por livros sobre o assunto. Ao mesmo tempo, procurava frequentar centros de estudos e de práticas de tudo aquilo que considerava um grande mistério da vida e do universo. Assim, frequentei centros espiritas, realizei curso de parapsicologia, além de “mergulhar” em toda literatura que encontrava a respeito. Meus estudos místicos e esotéricos realmente se intensificaram de forma mais sistemática, na teoria e na prática, depois que comecei, no ano de 1979, a frequentar a Ordem Rosacruz – Amorc. 3. Seu livro aborda temas complexos sobre deuses, criação e civilizações antigas. Qual a importância desses temas na sua vida e como eles influenciam seu trabalho? A temática sobre “Civilizações Antigas” e a presença de deuses na Terra em tempos muito remotos sempre me interessaram muito e algumas obras extremamente importantes sobre o assunto foram encontrados e estudadas. Porém, as que mais me atraíram a atenção e, procurei me aprofundar, foram as obras de Zecharia Stichin, autor de origem russa que estudou várias línguas muito antigas. O objetivo dele era conseguir ler e interpretar, especialmente as tabuletas de Argila da antiga Suméria que contam a história dos deuses Anunnakis aqui na Terra. Com esse conhecimento, portanto, escreveu 13 obras de extrema importância sobre os deuses na Terra e a importância dos Eventos que promoveram. Seus livros são conhecidos no mundo inteiro e revelaram muitos mistérios desconhecidos pela humanidade. A série de livros ficou assim conhecida como “As Crônicas da Terra”. 4. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem central que você deseja transmitir? A organização do livro e seus assuntos foram apresentados de forma um pouco mais “leve” que em muitas outras obras sobre o assunto. Portanto, desenvolvo o tema de forma um pouco resumida com uma apresentação didática. Presumo, assim, que a temática do livro possa interessar a um grande público, especialmente aqueles que não se limitam aos temas dos quais trato no livro. Então, acredito que “Saberes Divinos – Divinos Saberes” possa despertar a atenção daqueles que são considerados por estudiosos do misticismo como buscadores. Dessa forma, a intenção é trazer uma mensagem principal de revelar o mistério de nossa criação, entre outros assuntos do “Início dos Tempos” da humanidade na Terra. Para isso, dediquei-me a abordar o assunto de uma forma muito diferente do que se pode encontrar em outras obras. O objetivo foi o de se destacar especialmente das obras religiosas que tratam dos mesmos temas, culminando com a descoberta de que somos sim Seres Divinos com Saberes Divinos e que muitos Divinos Saberes ainda estão a nossa espera. 5. “Saberes Divinos – Divinos Saberes” apresenta uma mistura de ficção e fatos históricos. Como você equilibra esses dois elementos na narrativa? As muitas mitologias antigas são sempre lembradas como ficção e não como fatos reais, acontecidos verdadeiramente no passado. O autor Joseph Campbell, considerado o maior estudioso e pesquisador sobre o tema da Mitologia mundial, não considera que as muitas manifestações, especialmente de deuses do passado, sejam fatos não acontecidos de alguma forma. Foram, sim, erroneamente interpretadas e apresentadas de forma distorcida na literatura. Portanto, sim, na minha obra trato alguns assuntos como ficção, seguindo a linha do pensamento de muitos estudiosos sobre o mesmo assunto. Porém, a ideia central é, assim como faz o Autor Zecharia Stichin, apresentar uma realidade concreta e histórica. Ou seja, de um passado remoto que considera concreta a presença de Seres Superiores vindos do espaço (do céu como registraram os antigos Sumérios) e que estiveram por milênios aqui na Terra. Nesse período, eles foram responsáveis por realizar obras e eventos que ficaram marcados na história da humanidade, embora ainda sob o manto do Mistério. 6. Quais foram as principais dificuldades e descobertas durante a escrita deste livro? De forma simples, posso responder a essa pergunta da seguinte forma: A maior dificuldade para elaborar o livro em apreço foi um certo medo em apresentar o desenvolvimento literário com

Autora de “A Descoberta de Aurora”, Alba Maranhão conta sobre seu processo criativo

Entrevista Alba Maranhão, autora do livro A Descoberta de Aurora

Pernambucana de Recife, a autora Alba Maranhão tem parte da sua vida dedicada à docência e aos estudos. Graduada em sociologia, com mestrado em antropologia, fez do conhecimento uma forma de ganhar a vida e de crescer na vida.  No fim de 2023, ela lançou o livro “A Descoberta de Aurora”, um romance envolvente que nos convida a refletir sobre o que a ciência e os mistérios da vida tem a nos dizer. Na narrativa, a professora Aurora é incumbida por um ex-aluno de avaliar um antigo manuscrito. O material pertencia ao avô do jovem que havia falecido recentemente. Confiando no discernimento de Aurora, o rapaz pede à ela uma leitura cuidadosa e atenta do conteúdo.  Mal sabia a docente que um velho manuscrito com o título “Bem vindo ao mundo da Astrologia, dos Mitos e dos Símbolos” transformaria seu jeito de ver e de pensar a vida. Nesta entrevista, Alba Maranhão conta sobre o processo criativo que levou a escrita de “A Descoberta de Aurora”, bem como suas influências literárias, o contexto de produção da obra e muito mais. Confira! 1. Como a astrologia serve como ferramenta para o autoconhecimento na jornada de Aurora e qual é a sua visão pessoal sobre a relação entre astrologia e autoconhecimento? A astrologia tradicional não trata de mostrar o futuro das pessoas. Ela não é uma adivinhação. No entanto, é uma ciência que, através do Mapa do Céu ou Astral, mostra as tendências do indivíduo para a sua vida (profissão, casamento, relação social,…) dando assim subsídio para o autoconhecimento. 2. Quais foram suas maiores influências literárias ao escrever “A Descoberta de Aurora”? Há algum autor ou obra específica que inspirou a criação de Aurora? Foram muitos livros que pesquisei para fundamentar o meu trabalho, por exemplo: “Trivium  Quadrivium”, de Amâncio Friaça; “O Retorno dos Astrólogos” de Edgar Morin; “A Sola do Sapateiro” de Gilbert Durand; “Manifesto Astrológico” de Patrice Guinard, entre outros.   3. Como você construiu a complexidade da personagem Aurora, especialmente em relação às suas inquietações internas e busca por conhecimento? Na verdade, essa busca pelo conhecimento foi inspirada em mim mesma e pela própria vivência como professora e pesquisadora. 4. Qual foi o desafio de tecer a realidade da pandemia de COVID-19 na trama? Como isso afetou a narrativa e o desenvolvimento dos personagens? Estava escrevendo o livro quando surgiu a pandemia de Covid-19. Portanto, vivi todo o problema, com mortes de amigos e parentes, isolamento, impedimentos e outros fatores que foram incluídos na história e na construção de personagens. 5. O livro explora a interseção entre ciência, espiritualidade e religião. Como você equilibrou esses elementos sem favorecer um sobre os outros na narrativa? Procurei deixar claro que a astrologia tradicional não é religião. Ela é um meio que possibilita o autoconhecimento do indivíduo. Assim, quanto mais aprendermos sobre nós mesmos, mais melhoraremos como pessoa. Gosto muito de uma frase de Sócrates que diz: “quanto mais nos conhecemos, mais perto de Deus ficamos”. 6. Pode nos contar um pouco sobre o seu processo de escrita? Como você equilibra pesquisa e criatividade ao desenvolver seus romances? Apesar de eu ter um histórico de professora e pesquisadora, com experiência em trabalhos acadêmicos, vi que não é tão fácil escrever um romance. Por isso, fiz um curso de escrita criativa para poder entender como é o formato e como se escreve um romance. 7. Qual é a principal mensagem ou sentimento que você espera transmitir aos leitores através de “A Descoberta de Aurora”? Que cresçam como “ser” através do conhecimento e ampliem sua visão de mundo. 8. Por que você escolheu os ambientes específicos presentes no livro, como o Jardim Botânico, para a narrativa? O Jardim Botânico é um lugar agradável, harmonioso para conversar tranquilamente, longe de olhares curiosos. 9. O livro aborda várias reflexões sobre a vida moderna. Como essas reflexões se conectam com suas próprias experiências ou observações do mundo contemporâneo? Compreendo que o mundo está passando por grandes transformações sócio/culturais, onde a tecnologia e todo o cientificismo não conseguiram suprir todas as necessidades do ser humano. O mundo está robotizando as pessoas, as quais não têm mais tempo para refletir e dialogar. Assim, achei necessário contribuir com esse livro para alertar que existem outros caminhos que nos levam a uma harmonização. “A Descoberta de Aurora” está disponível em lojas e plataformas online, sendo uma leitura obrigatória para quem busca um romance que oferece tanto entretenimento quanto iluminação.

Confira a entrevista da autora Elisete Ribeiro, de “Transcendendo os Desafios e Vivendo a Vida com mais Ousadia”

Elisete Ribeiro, transcedendo os desafios e vivendo com mais ousadia

O livro “Transcendendo os desafios e vivendo com mais ousadia”, de Elisete Ribeiro, é uma jornada comovente e inspiradora nos reinos da auto-descoberta, resiliência e vida ousada. A narrativa é pautada por histórias reais, das vivências da própria autora e da observação cuidadosa e analítica de casos lhe era relatados. Essa é exatamente a força do livro, ou sejam, em sua capacidade de entrelaçar narrativas pessoais com sabedoria prática. Nele, Elisete não promete fórmulas prontas que conduzam você ao autoconhecimento. Porém, compreende que o livro seja uma fonte inspiradora para a ação, em busca de um objetivo maior: ter uma vida plena, a partir de decisões tomadas com assertividade e consciência, mesmo nos momentos mais desafiadores. Nesta entrevista, a autora conta com detalhes sobre o processo de escrita, dos principais desafios, bem como suas referências literárias, dos objetivos como escritora e projetos futuros. 1. Qual foi a inspiração para escrever “Transcendendo os Desafios”?  Inspirei-me em primeiro lugar, e sobretudo, nas pessoas, nas diversas possibilidades em nos reinventarmos diante dos desafios que a vida nos apresenta e em situações que vivenciei e transcendi. Acredito no poder de impactar e inspirar as pessoas do mundo inteiro através da leitura. Porque ao compartilhar experiências, vivências, perspectivas e ideias, você pode contribuir com a reestruturação de muitos aspectos considerados vulneráveis na vida, respeitar e acolher a singularidade de cada ser. 2. Como suas experiências pessoais influenciaram a escrita deste livro?  Começo a responder a essa perguntar a partir do seguinte questionamento: Você já sentiu algo que “pede” expressão? Então, foi a partir disso, que o trabalho concreto de escrever começou a ganhar contornos. Transcrever aquilo que é seu e do outro que está pedindo expressão. Num primeiro momento, acredito na inspiração, no estado e gozo literário que determinada coisa é capaz de despertar e, consequentemente, com o desejo imediato de expressar aquilo. É uma necessidade fatal! O segundo aspecto é a escrita propriamente, considero momento de enorme prazer e alegria. É uma coisa fantástica escrever, descobrir sua própria voz e também dar voz às experiências alheias observadas. 3. O livro aborda temas como superação e autoconhecimento. Pode nos contar como esses temas são importantes na sua vida?  O Autoconhecimento e a superação devem ser elos correlativos e atemporais para quem busca uma vida afincada em escolhas mais assertivas. Esses preceitos estão presentes em minha rotina de ações, pois acredito que o autoconhecimento deve funcionar como a mola propulsora na nossa vida. Ou seja, para nos impulsionar rumo aos projetos idealizados, relações e vínculos mais saudáveis, e acima de tudo o encontro consigo mesmo. Conforme abordo em passagem no livro, a qualidade das escolhas que fazemos estão atreladas às habilidades em superar algo que nos inquieta emocionalmente e ao tipo de vida que buscamos ter. Quem desenvolve o autoconhecimento, utiliza sabiamente a consciência sobre si mesmo e, com isso, percorre as estradas da superação com mais coragem. 4. Qual a principal mensagem que você deseja transmitir aos leitores através de “Transcendendo os Desafios”? Bom! A responsabilidade é grande, não? Eu diria que, apesar de a vida parecer um infindável processo de desafios e superação, a maior tarefa seja então superar a si mesmo e acreditar na ressignificação daquilo que pode nos causar dor e sofrimento. E isso é possível, acredite! É o que nos dá a certeza de que somos capazes de ir além das amarras mentais que nos aprisionam. Acredito que é imperioso compreender que quando abrimos mão de sonhar, para viver o mínimo, a vida pode transformar-se em um cotidiano monótono, repetitivo e tedioso. Acreditar em si, e agir, resulta em aprendizados que são pontos de partida para desfrutar de uma vida digna de ser vivida. Acredito que as pessoas são capazes de mudar e transcender aos desafios inerentes à vida. 5. Como você espera que seu livro impacte a vida dos leitores?  Primeiramente, desejo que os enredos propostos nessa obra façam sentido para aquilo que deseja ressignificar em sua vida. E, consequentemente, que as histórias narradas em cada capítulo, consigam mediar um reencontro libertador e afetuoso com as histórias de vida do leitor, até mesmo em relação aos episódios traumáticos. Você não verá fórmula universal para dominar sua mobília emocional interior, porque somos seres únicos. Mas, apresento as possibilidades e estratégias necessárias para que você, leitor, consiga reescrever com coragem e ousadia sua história. Trago narrativas que pautadas em experiências reais, mostram como é possível vencer a repetição de ciclos que nos prejudicam e impossibilitam a reestruturação de crenças limitantes de si mesmo. Como fazer as pazes com o passado, superar traumas e ensejos que talvez você ainda não tenha tido acesso para aceitar sua incompletude humana. Então, desejo-te, caro leitor, uma excelente leitura e ótimas oportunidades para que, a partir da leitura do livro, você reescreva histórias que te deem orgulho de vivê-las e de dividi-las com quem ama. Excelentes reencontros…   6. Pode nos contar sobre o processo de pesquisa e desenvolvimento do conteúdo do livro?  É muito difícil falar sucintamente. Poderíamos falar sobre isso longamente[risos]. Em cada capítulo abordado no livro, há um contexto de pesquisa, de visão e escrita peculiar. E isso se deu justamente pelo fato de que temáticas abordadas na obra são coletas de experiências e metamorfoses de vida, minhas e alheias. São exemplos reais. Então, foi um processo de pesquisa enriquecedor! E a partir disso, a obra foi tomando escopo, mostrando que determinados eventos mentais que imbricam no emocional acontecem comigo, com você e com outras, outras… pessoas. Assim, as coletas obtidas através dos estudos de casos resultaram na obra escrita. Eles podem servir de aporte para te inspirar a ter coragem de se escolher e ousar “Transcender aos Desafios”, que eu prefiro dizer; oportunidades que a vida nos dar para irmos atualizando melhores versões de nós mesmos. 7. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante a escrita de “Transcendendo os Desafios”?  Primeiramente, foi me encorajar a escrever sobre alguns fatos ocorridos na minha vida, entre eles o abuso sexual sofrido no final da minha infância caminhando para a fase de adolescência. E devo ser bem sincera, só consegui expressar esse trauma, porque já havia me libertado das amarras emocionais que me paralisavam, fruto do trabalho voltado para o autoconhecimento. Em seguida, outro desafio foi copilar histórias que se identificassem com o perfil de transcender aos próprios desafios para em seguida escrever

Semilouca: O novo Livro da Editora Viseu que Mergulha no Universo das Emoções e da Saúde Mental

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Com grande entusiasmo, a Editora Viseu desvenda “Semilouca”, a obra mais recente e impactante de Leila Tereza Pires Favrin, uma autora e psicóloga cuja visão e sensibilidade já conquistaram inúmeros leitores. Ele ultrapassa as fronteiras do convencional, propondo uma odisséia transformadora que nos conduz a um mergulho profundo no oceano das emoções humanas e nos desafios intrincados da saúde mental. O Livro Semilouca não é simplesmente um livro para ser lido; é um convite para uma viagem interior, uma exploração reveladora que pode não apenas iluminar, mas também remodelar a compreensão sobre nós mesmos e o mundo emocional que habitamos. Semilouca é uma jornada inspiradora além das palavras A gênese de “Semilouca” reside na profunda e diversificada experiência clínica e pessoal de Leila Tereza Pires Favrin. No livro, ela tece com maestria temas delicados em uma tapeçaria de palavras claras e acessíveis, transformando-o em uma preciosidade tanto para os profissionais da saúde mental quanto para os ávidos leitores que buscam compreensão e empatia. Em “Semilouca” o leitor vai encontrar mais que um livro: ele é um farol que ilumina o caminho e a busca por uma maior consciência de si mesmo. Ele também pode ser visto como uma bússola para navegar pelas águas, por vezes turbulentas, de nossos conflitos internos. A autora, com sua voz única e perspicaz, oferece não apenas histórias, mas também chaves capazes de abrir as portas para o autoconhecimento e a cura emocional. Um livro que é espelho dos desafios da era moderna Em uma época marcada por um turbilhão de mudanças e desafios, em que o equilíbrio emocional se tornou uma busca constante, “Semilouca” emerge como um farol de sabedoria e compreensão. Ou seja, é um título que compreende o cerne de nossa era tumultuada. Assim, oferece não apenas insights, mas também estratégias práticas e inovadoras que podem ajudar no gerenciamento das nossas emoções, promovendo saúde e integração. Leila Tereza Pires Favrin, com sua perspicácia e sensibilidade, eleva a literatura a um patamar de instrumento terapêutico. Por isso, cada página pode ser vista como um refúgio seguro, um lugar onde talvez o leitor se sinta mais confortável para desenvolver o autoconhecimento e a alcançar a saúde mental. “Semilouca” não é apenas uma resposta aos desafios contemporâneos; é um convite para reimaginar nossa relação com si mesmo e com o mundo emocional que nos rodeia, apresentando possibilidades de rotas e caminhos para uma vida mais harmoniosa e consciente. Se encante com personagens que ecoam na alma “Semilouca” é uma tapeçaria ricamente tecida com personagens cativantes e histórias impregnadas de um drama autêntico. O livro ressoa profundamente em nossos corações e mentes. Cada figura narrativa criada por Leila Tereza Pires Favrin é um reflexo vívido da realidade, pintado com pinceladas de emoções e experiências que se alinham intimamente com as vivências dos leitores. A habilidade da autora em capturar a essência humana em suas personagens é notável – cada uma delas se apresenta com uma profundidade e complexidade tão palpáveis, que se torna impossível para o leitor não se identificar ou se ver refletido nas várias facetas de suas jornadas. O livro “Semilouca” não apenas conta histórias, mas também espelha a vida, permitindo que cada um de nós encontre um pedaço de nossa própria verdade em suas páginas. Profundidade e conexão humana “Semilouca” é mais do que uma coleção de palavras impressas; é um convite à introspecção e à empatia. Em cada capítulo, em cada virar de página, os leitores encontrarão ecos de suas próprias histórias, pensamentos e emoções. Seja revelando uma lição valiosa, proporcionando um instante de profunda reflexão, ou oferecendo um conselho sábio e oportuno. A obra de Leila Tereza Pires Favrin promete abrir portas para um entendimento mais rico e profundo de si mesmo e do intrincado tapeçar das relações humanas. “Semilouca” não se limita a contar histórias; ela convida os leitores a se verem refletidos nas experiências compartilhadas, estabelecendo um diálogo silencioso mas poderoso com cada indivíduo que se aventura em suas páginas. É uma obra que pode ultrapassar o sentido da simples leitura, simbolizando o início de uma jornada de autoconhecimento e conexão humana, uma ponte entre corações e mentes. Encontro com a Mente Criativa: Leila Tereza Pires Favrin Leila Tereza Pires Favrin é uma força literária e uma pioneira no campo da psicologia. Com um olhar aguçado e uma sensibilidade rara, ela entrelaça sua experiência clínica com a arte da narrativa, criando obras que iluminam não apenas as complexidades do psicológico humano, mas também as sutilezas da alma. Em “Semilouca”, sua mais recente criação literária, Leila transcende o papel de escritora, assumindo-se como uma guia através das intrincadas paisagens da mente e do coração humanos. Sua jornada profissional, enriquecida por anos de prática clínica, confere autenticidade e profundidade às suas obras. Cada história que Leila conta é infundida com insights psicológicos, permitindo que seus leitores não apenas desfrutem de uma leitura envolvente, mas também possam embarcar em uma jornada de autodescoberta e transformação pessoal. As palavras de Leila são mais do que meras construções literárias; são chaves que abrem portas e podem facilitar o entendimento mais profundo de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Leila Tereza Pires Favrin é, portanto, mais que uma autora; ela é uma visionária, cuja escrita tem o poder de curar, inspirar e transformar. “Semilouca” é o testemunho dessa capacidade extraordinária, um convite para todos que buscam não apenas uma história, mas uma experiência de vida transformadora. Descubra Semilouca: Uma Obra à Sua Espera A magnífica jornada de “SemiLouca” aguarda os leitores nas páginas virtuais da Editora Viseu e nas estantes cuidadosamente selecionadas das melhores lojas. Mais do que uma simples leitura, “Semilouca” é um convite para um mergulho profundo nas complexidades da experiência humana, oferecendo uma rica tapeçaria de insights e reflexões sobre a vida, o amor, a dor e a redenção. Para aqueles que anseiam por uma leitura que transcenda o mero entretenimento, oferecendo uma janela para o autoconhecimento e uma compreensão mais profunda da alma humana, “SemiLouca” é a escolha perfeita.

Entrevista com o autor Taumaturgo Lucena Torres sobre o livro Elos de Sangue

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O escritor cearense Taumaturgo Lucena Torres, natural de Brejo Santo/CE, remonta em sua obra de ficção (Elos de Sangue), o cenário do Brasil Imperial entre o século XIX e XX. Na presente entrevista com o autor, que recentemente lançou sua obra pela Editora Viseu, ele revela detalhes culturais de Minas Gerais e da Bahia, que o inspiraram a escrever um romance com enredo dinâmico, tom dramático e uma aventura que leva o leitor a conhecer aspectos culturais do Brasil de séculos anteriores. De acordo com o autor, “O enredo Elos de Sangue retrata com fidelidade o Brasil Império e o início da república, remontando uma sociedade machista incrustada de muitos tabus e de muita violência rural à época.” A narrativa começa nos sertões da Bahia, tendo como protagonista o vaqueiro Hudson, empregado preferido de um Coronel, senhor de terras  da região, conhecido por suas maldades. Na história, Hudson foge da fazenda após o assassinato da esposa, e deixa seus filhos aos cuidados de amigos enquanto se esconde em Diamantina (MG). Após se reerguer, retorna à Bahia na intenção de reunir seus filhos, mesmo sem saber que encontrará desafios como o sequestro das crianças. O enredo, além de aguçar a sensibilidade dos leitores com fortes emoções no combate aos preconceitos social e racial, retrata a luta permanente contra violência e na valorização da mulher que se arrasta ao longo das eras. Entrevista exclusiva com o autor Taumaturgo Lucena Torres. Pergunta ao autor – Quais fontes de inspiração você buscou para planejar os conflitos? Você observa a realidade a sua volta e tem insights?  Ou você se inspira em enredos de outras obras? Taumaturgo –  Busquei em histórias verídicas que ouvia de pessoas da minha cidade quando criança, de quando adolescente e já na idade adulta ouvia causos verídicos do coronelismo reinante em meu estado, o Ceará e, em especial em minha cidade, Brejo Santo. Histórias de assaltos em estradas pela bandidagem reinante à época do império, de pistolagem por conflitos de terra, de defloramentos de donzelas por patrões, etc. Inspirei-me  também em passagens e de livros que retratam fielmente o sertão nordestino, como Menino do Engenho (Euclides da Cunha), Auto da Compadecida (Ariano Suassuna), Vidas Secas (Graciliano Ramos), dentre outras obras.  Pergunta ao autor – Quais razões levaram você a escolher um tema tão desesperador para construir sua trama, como sequestro e feminicídio? Taumaturgo – O livro não foi moldado somente na tragédia original, muitas histórias fantásticas, lúdicas, impudicas, amores castos eivadas de mistérios surgiram ao longo de 861 páginas de paisagens deslumbrantes, de conhecimento em arte, história, geografia, geologia, direito, mineralogia e, com personagens espetaculares que engrandecem o romance.  Pergunta ao autor – De todos os personagens mencionados no livro, algum deles tem certa similaridade com você em termos de personalidade? Taumaturgo –  Sim, existe um pouco de similaridade entre mim e cada um dos personagens. Em alguns deles baseei-me na formação que moldou minha educação rígida, advogada pelos meus pais, com valores éticos e morais. Cada personagem foi desenvolvido com a imagem e semelhança de poucos amigos.  Pergunta ao autor – A obra visa passar uma mensagem específica ou você se comprometeu apenas em entregar uma aventura incrível aos amantes de ficção e aventura? Taumaturgo –  Desde o início da obra se procurou transmitir ao leitor uma mensagem de fortes emoções sentimentais, de cunho social, espiritual e educacional em que se buscou a igualdade social, de gêneros e de raças. Evidentemente que a ficção e os “causos” ali contidos fazem parte de passagens lúdicas e históricas, contudo, as mazelas apresentadas espelham a realidade do cotidiano diferenciado em muitas regiões apartadas por barreiras sociais e de raça em nosso país. Pergunta ao autor – O quanto você estudou sobre o Brasil imperial dos séculos XIX e XX para desenvolver o cenário da narrativa ao leitor? Taumaturgo – As aventuras da obra ocorrem em vários cenários, com mais destaques na região da Bahia (Ilhéus) e na região de Minas Gerais (Diamantina), retratando as belezas dos lugares, sem desmerecer os cenários em que a obra também se encerra, como a encantadora Petrópolis no Rio de Janeiro. Alguns cenários na Bahia e Petrópolis foram frutos da imaginação espelhado em alguns livros de Jorge Amado. Já os cenários do conjunto paisagístico de Diamantina remonta a época em que labutei profissionalmente na área de mapeamento geológico nas planícies, serras, córregos e o Rio Jequitinhonha.  Pergunta ao autor – O que mudou em sua vida após ter mãos o livro que é fruto de uma longa jornada de escrita que resultou em uma obra com mais de 800 páginas? Taumaturgo –  Esperança! Sinto-me otimista e renovado, no sentido de que a obra seja lida por inúmeras pessoas amantes da leitura e pelos olhos dos críticos literários. É a oportunidade de se acreditar naquilo que foi realizado com bastante pesquisa e esmero. O livro tem potencial para se tornar um best-seller, isto não é fruto de minha imaginação, mas da unanimidade dos que tiveram a oportunidade de lê-lo. Pergunta ao autor – No decorrer do seu processo criativo, houve ideias que você não utilizou e que planeja utilizá-las para escrever outro livro? Taumaturgo –  Sim, já estou em fase de conclusão do segundo romance baseado em “fatos reais” ocorridos em muitas cidades pequenas do interior nordestino, mas que somente será lançado depois do sucesso de Elos de Sangue.    Pergunta ao autor – Como costumavam acontecer os seus momentos criativos? Você apenas sentava e deixava as palavras fluírem, ou esperava por algum tipo de inspiração ou sentimento criativo? Taumaturgo –  Às vezes a inspiração chegava em momentos de descanso da labuta diária, mas na maioria das vezes, os momentos criativos fluíam quando ao escrever sentado diante do computador, as ideias surgiam e faziam brotar novos cenários, fatos novos, e a história se desenrolava diante do sentimento criativo que exsurge como se fosse um encanto, que mais parecia coisa transcendental, que ultrapassa os limites do convencional. Pergunta ao autor – Vimos nas últimas décadas uma série de Best-sellers

Entrevista com o autor Aysú: Conheça a história por trás do livro Cavalheiros da Terra

Livro Cavalheiros da Terra

Nesta entrevista realizada com o escritor Aysú, serão revelados detalhes da obra Cavalheiros da Terra: The Golden Shower, bem como as perspectivas do autor sobre o impacto da obra na comunidade LGBTQIA+. Enquanto a maioria dos influenciadores entrega seus conteúdos por meio de posts e vídeos, Aysú faz sua contribuição à comunidade LGBTQIA+ por meio de uma obra literária rica em detalhes e completamente significativa para seu público. Em entrevista ao portal, Aysú fala sobre  acontecimentos sobrenaturais que impactaram sua vida. O autor, que também se apresenta como um ser índigo, revela que pessoas específicas serão chamadas para pelejar com armaduras especiais dadas por um ser extremamente superior. Este livro publicado pela Editora Viseu  é baseado em visões reais vivenciadas a partir do ano 2018.  Detalhes específicos sobre este conflito decisivo e sobre os guerreiros que serão selecionados são mostrados em uma linguagem direta e de fácil compreensão. Será Aysú um escolhido para  lutar pelo destino do nosso planeta, carregando consigo  a bandeira do arco-íris ? Leia a seguir a entrevista completa:  Pergunta ao autor – O que exatamente você observou no mundo e nos hábitos da sociedade atual que levou você a compilar toda a sua experiência em um livro? Aysú – Meus olhos me mostram que nossa geração falhou com sua obrigação moral de viver de forma aceitável. Infelizmente,  não consigo ver nenhum sinal de que os mais jovens seguirão um rumo diferente. Senti que precisava tentar passar o máximo de informações,  além de rever conceitos importantes,  usando a linguagem mais simples e objetiva possível. A humanidade sempre teve problemas em alinhar o discurso com a prática. Usando um exemplo básico, sempre foi comum vermos pessoas que se diziam boas mostrarem,  na prática de seus atos, o contrário.  Hoje temos um problema ainda maior , pois os próprios conceitos foram deturpados. O significado de ser bom foi alterado, manchado. É  necessário rever os conceitos básicos e repassá-los às futuras gerações.   Pergunta ao autor – Qual foi o “gatilho” que realmente motivou você a publicar este livro? Aysú –  Minha decisão de tornar o que era, originalmente,  algo privado,  em algo público se deve à uma palavra: Orgulho. O que era um pedaço de um diário,  se transformou em um livro .  É uma honra dar minha contribuição à cultura LGBTQIA+  mundial .  Pergunta ao autor – Antes dos acontecimentos sobrenaturais você relata em seu livro que se sentia triste e solitário. Quais características suas que mudaram a partir desses acontecimentos? Aysú –  A mais significativa, sem dúvidas, é a certeza de que tem algo de enorme magnitude acima de nós, humanos. A forma como o contato que tive aconteceu me provou isto. Quem mais teria a capacidade de se comunicar comigo sem nunca se revelar diretamente, usando a realidade do meu próprio cotidiano como linguagem? Em um exemplo mais concreto: Imaginem que vocês precisam de uma resposta sobre algo que seja relevante para a sua existência. Um dia você caminha pelas ruas e, por algum motivo , sua atenção é voltada para uma inscrição em um muro, e lá, dentre aquelas palavras está a sua resposta, ou parte fundamental dela. Nada lhe toca nem aparece para você.  Ainda assim, você percebe e vê. Não tem como explicar de forma lógica, pois a própria língua nativa se torna pequena e insuficiente para tal. Pergunta ao autor – Você passou a enxergar o mundo de outra forma de repente, ou foi um processo gradativo que se desenvolveu com o tempo? Aysú – É um processo longo e que para mim ainda não acabou. Tem partes boas e ruins.  O simbolismo mais apropriado para exemplificar é o da lagarta se transformando em borboleta, com seus respectivos estágios.  Hoje estou bem mais maduro do que quando escrevi o livro. Vejo o Aysú da história como minha versão adolescente, ainda que em idade adulta.  Pergunta ao autor – Quais pessoas você acha que irão se identificar e, quem sabe, serem impactadas com a sua história? Aysú – Esse livro é especialmente endereçado à comunidade lgbtqi+ .  Trago informações nunca antes mencionadas. A melhor maneira de fazer isso foi através da escrita, na forma de uma história. Aos que são conhecidos como  índigos, sementes estelares ou trabalhadores da luz, sou um de vocês. O que trago é uma peça fundamental para completarmos o quebra cabeças da criação.  Pergunta ao autor – Aysú é o personagem principal do livro, e certamente ele representa sua visão como protagonista de todas as experiências que resultaram nesta obra. Você projetou Aysú para ser um “personagem ideal”, ou hoje ele representa exatamente o que você é e pensa e é? Aysú – Como mencionei anteriormente,  Aysú é mais um retrato do que eu era ainda no início da minha experiência,  ou treinamento .  Minha maior contribuição ainda está por vir. Tomem – no como padrão mínimo, pois desejo e a humanidade precisa que sejam ainda melhores. Pergunta ao autor – Como foi a busca ou a construção do nome Aysú e qual a carga de significado que o nome traz para a obra? Aysú – Após anos de reflexão, tenho a sensação de que recebi uma convocação. Sinto que haverá uma batalha em breve, uma como nunca antes. Porém, é possível que ela já esteja acontecendo sem estarmos totalmente conscientes disso. Armas de guerra serão inúteis. É quase certo que certas características de uma guerra convencional estejam ainda presentes, pois tenho convicção de que palavras serão uma importante arma. Eu passei décadas sentindo em meu coração que tinha algo importante à fazer, que vivia uma vida abaixo do meu real potencial. Então me são passadas informações, de uma forma totalmente inesperada e sobrenatural. Algumas eu posso e consigo repassar a quem eu escolher. Assim o fiz ao escrever esta história. Muitas tenho que guardar comigo e esperar . Considerando que minha identidade deve ser preservada , inclusive por motivos de segurança, digo que em uma espécie de “ninja” me transformaram. Minha admiração por partes da cultura japonesa logo

PodCast com os diretores e editores-chefes da Editora Viseu: Rodrigo Regina e Thiago Regina

Rodrigo Regina editor-chefe na Editora Viseu

O Canal Sacre Educação convidou os irmãos Thiago Regina e Rodrigo Regina, diretores da Editora Viseu, para uma conversa sobre a história da empresa, desde o seu início até o momento atual. Nesta entrevista você vai ver não somente fatos marcantes, como também vai se inspirar com várias “pílulas” de empreendedorismo e resiliência ao longo da conversa. A Editora Viseu está vivendo uma grande virada, alcançando em 2023 a marca dos 6 mil autores publicados. Contudo, ainda ficam algumas perguntas: Como os editores-chefes Thiago e Rodrigo Regina chegaram a este patamar em menos de 12 anos? Quais os desafios enfrentados nesta jornada? Quais os sonhos para o futuro da casa editorial Viseu? Tudo isso você confere nesta entrevista com Rodrigo Regina e Thiago Regina:

Confira a entrevista exclusiva com o médico e autor Rafael Angelim

Entrevista com o autor Dr. Rafael Angelim

Entrevistamos o Dr. Rafael Angelim, e conhecemos mais sobre sua trajetória como autor e sobre os motivos que o levaram a se conectar com seu público através de seus livros. Falar sobre obras motivacionais também é nossa especialidade. Nossa casa editorial acredita muito no poder desses livros, pois eles proporcionam aos leitores muito mais do que apenas uma experiência de leitura. As obras motivacionais têm impacto direto na mudança de vida das pessoas. Antes da entrevista, vamos conhecer um pouco mais sobre a vida e as obras do Médico e Autor Rafael Angelim. Quem é o Dr. Rafael Angelim? O Dr. Rafael Angelim é um profissional de destaque no campo da medicina, especializado em endocrinologia e comprometido com a promoção da saúde preventiva e da qualidade de vida. Sua sólida formação acadêmica na Universidade do Oeste Paulista e pós-graduação no Instituto Superior de Medicina, aliada à sua paixão por ajudar as pessoas a alcançarem seu melhor potencial, o tornaram uma referência no campo da performance esportiva, emagrecimento e longevidade. Livros publicados pelo Dr. Rafael Angelim Além de sua atuação clínica, o Dr. Rafael também é um autor prolífico e inspirador, com uma coleção de três obras publicadas pela Editora Viseu. Seu primeiro livro, intitulado “Novos Hábitos de Vida com Dr. Rafael Angelim“, é um guia abrangente que oferece orientações valiosas para a adoção de hábitos saudáveis e sustentáveis, auxiliando os leitores a transformar suas vidas e alcançar um equilíbrio físico e mental. Em seguida, o Dr. Rafael lançou “Saúde Mental no Trabalho com Dr. Rafael Angelim“, uma obra que aborda uma questão cada vez mais relevante no mundo moderno. Neste livro, o autor explora os desafios enfrentados no ambiente de trabalho e apresenta estratégias eficazes para promover a saúde mental, lidar com o estresse e encontrar um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal. Seu terceiro livro, “Guia de Motivação Pessoal com Dr. Rafael Angelim“, é um verdadeiro manual de motivação e superação. Com uma abordagem envolvente e prática, o Dr. Rafael compartilha insights e técnicas poderosas para impulsionar a motivação intrínseca, estabelecer metas claras e alcançar o sucesso pessoal e profissional. Nesta entrevista exclusiva, você terá a oportunidade de conhecer mais sobre a carreira brilhante do Dr. Rafael Angelim, um pouco sobre sua visão a respeito de saúde e bem-estar, além de descobrir insights valiosos presentes em suas obras.   Entrevista da Editora Viseu com o Dr. Rafael Angelim Editora Viseu pergunta: Como surgiu a ideia de transformar o seu conhecimento e a sua experiência em um livro? Algum profissional da sua área ou de outra área lhe inspirou? Dr. Rafael Angelim: Desde a minha adolescência, sobretudo durante meus anos no colegial e, depois, na faculdade, fui interessado pelo magistério, sempre li muito e estudei muito não só sobre medicina, mas também outras áreas, como economia e administração. Com o advento das redes sociais e da possibilidade de exposição “escrita” de nossas ideias, eu criei um certo gosto por escrever e publicar artigos e opiniões, sobretudo, sobre a medicina. A partir daí, para um livro, foi simples: criei uma estratégia, procurei contato com algumas editoras e outros autores e fui lapidando a ideia até chegar à Editora Viseu, que me acolheu super bem e topou o desafio do “Novos Hábitos de Vida” que é minha primeira obra. Editora Viseu pergunta: E quanto ao retorno das pessoas à sua obra, como foi a reação delas ao ter contato com seu conteúdo? Dr. Rafael Angelim: O retorno, na verdade, é o que me move a produzir novos conteúdos e novas obras. Nunca imaginei que seria tão bem aceito pelos amigos e pacientes e o feedback sempre é bem positivo. Editora Viseu pergunta: Você atua em uma área que possui tantas camadas de conhecimento, enfim, a medicina em si é uma área que não para de crescer. Como foi selecionar um tema para abordar? Você encontrou dificuldades neste período de planejamento? Dr. Rafael Angelim:  Na verdade, escolher o tema sobre os livros nunca foi um grande desafio, pois eu busco escrever sobre o que converso e explico para os pacientes no consultório. Embora, por formação, eu seja um médico que atue com saúde preventiva, longevidade e tratamentos para sobrepeso e obesidade, no dia-a-dia da clínica nós acabamos sendo, informalmente, conselheiros dos pacientes e conversamos sobre diversos assuntos, como relacionamento, finanças, família, etc e, por isso, abordar esses assuntos nos livros nunca foi um problema para mim. Editora Viseu pergunta: Você teve a impressão de que alguns temas abordados no seu primeiro livro, mereciam outro livro dada a sua complexidade? Quais desses temas você consegue se lembrar e comentar aqui? Dr. Rafael Angelim: Sim, com certeza! Um tema foi puxando o outro na construção dos livros que eu já publiquei e dos que eu ainda estou escrevendo. Por exemplo, hábitos de vida saudáveis não são possíveis se você não está tendo um bom desempenho no trabalho, ou se está com baixa motivação e, assim, sucessivamente. Eu sempre prezo, não só nos livros, mas também em consultório, por um equilíbrio entre os objetivos e a saúde do espírito. Editora Viseu pergunta: Quanto a sua produtividade escrita. Imaginamos que você seja bem ocupado já com seus atendimentos, no entanto, conseguiu separar um tempo de qualidade para produzir. Como é o seu processo produtivo? Você espera inspiração e senta para escrever, ou procura ser regrado e produzir dentro de um tempo previamente planejado? Dr. Rafael Angelim:  Minha rotina é bem apertada e eu saio do consultório no período noturno. No entanto, gosto de reservar alguns períodos do dia, como as manhãs, para assuntos mais pessoais ou de lazer. Eu considero minha atividade literária como um “hobby” e, por isso, utilizo esses horários para produzir conteúdo. No entanto, confesso a vocês que não consigo programar perfeitamente minha rotina para escrever, eu deixo esses assuntos para surgirem de maneira natural, como é o caso desta entrevista, pois estou respondendo ela no período da manhã de uma linda quarta-feira. Editora Viseu pergunta: Você precisou adaptar sua linguagem para o

Entrevista da Psicóloga e Autora Débora Miranda Rodrigues

Débora Miranda Rodrigues - Autora do livro "O Ser Adolescente"

No mundo literário, encontramos obras que vão além da ficção e têm o poder de informar, educar e inspirar. Débora Miranda Rodrigues é uma autora e psicóloga excepcional que está ganhando espaço e reconhecimento por sua notável contribuição no campo da psicologia e por seu livro “O Ser Adolescente”, publicado pela Editora Viseu. A Viseu realizou uma entrevista com a autora para explorar sua trajetória e expertise, bem como para entender a origem deste conteúdo esclarecedor que ela tem compartilhado com seus leitores. Um pouco mais sobre Débora Miranda Rodrigues Débora Miranda Rodrigues é uma psicóloga com experiência e conhecimento no desenvolvimento humano, especialmente no período da adolescência. Com sua profunda observação das complexidades dessa fase da vida, ela está se tornado uma referência respeitada no campo da psicologia e do aconselhamento para adolescentes e seus familiares. Em seu livro “O Ser Adolescente”, publicado pela Editora Viseu, Débora apresenta uma visão abrangente e empática do universo adolescente, abordando os desafios, as transformações e as questões emocionais que surgem nesse período crucial de crescimento e descobertas. Com uma abordagem clara e acessível, ela oferece orientações práticas e conselhos valiosos para ajudar pais, educadores e os próprios adolescentes a compreenderem e navegarem pelas complexidades dessa fase da vida. “O Ser Adolescente” (disponível também na Amazon) destaca-se por seu compromisso em fornecer uma visão holística do desenvolvimento dos adolescentes, explorando não apenas as questões psicológicas, mas também as influências sociais, culturais e familiares que moldam sua experiência. Débora combina sua expertise como psicóloga com uma linguagem envolvente e clara, tornando o livro uma leitura indispensável para aqueles que desejam compreender melhor a jornada dos adolescentes e promover um ambiente saudável de apoio e compreensão. Vamos explorar algumas das principais ideias abordadas por Débora Miranda Rodrigues em “O Ser Adolescente” nesta entrevista? Editora Viseu pergunta: Adolescência: Este é um tema recente, se analisarmos a história da humanidade e considerarmos que os estudos sobre esta fase púbere não são tão antigos como imaginamos. Você acha que já temos um conteúdo consistente sobre o tema, ou ainda há muito a ser explorado? Débora M. Rodrigues: Com certeza não! Essa afirmação não é baseada somente no que tange produção literária, mas abrange também a escassez presente no campo científico. São poucos, quando comparados a outros assuntos, os artigos científicos encontrados. Isso reflete indiretamente também a escassez de profissionais referenciais na área. Não estou desmerecendo todos os esforços que foram feitos até aqui, mas ressalto a importância de jogar luz nesse assunto, usar o que temos como base, e, produzir mais conteúdos sobre o tema. Editora Viseu pergunta: A proposta do livro traz uma reflexão sobre o impacto que temos com os adolescentes, mesmo que nós mesmos tenhamos vivido essas experiências de transformação (no corpo, ou psicológicas). Na sua visão, o que faz as pessoas esquecerem como elas eram, não sabendo lidar com os filhos nesta fase? Débora M. Rodrigues:  Eu diria que o cerne seria a falta de empatia. Nós enquanto filhos durante a fase da adolescência não somos nada empáticos com nossos pais (sei que seria pedir muita maturidade para um cérebro ainda em desenvolvimento). Mas enquanto pais, já não temos tantas desculpas para não sermos empáticos com nossos filhos. Nos atemos ao fato de que eles têm o que não tínhamos, de que “estão no lucro”, e esquecemos de olhar para as reais necessidades presentes hoje, na realidade deles. Editora Viseu pergunta: Você teve outras experiências no ramo da psicologia, sem ser com adolescentes? Conte mais sobre sua trajetória. Débora M. Rodrigues:  Já tive sim experiências sem ser com adolescentes, mas sempre ligado à família. Gosto de falar que o adolescente é meu paciente, mas a família é a minha missão. Atuei durante 6 meses na delegacia da mulher da minha cidade, realizando plantões psicológicos supervisionados. Foi uma experiência forte e incrível pra mim. TODOS os casos que atendi eram sobre demandas familiares. Lembro de pensar sobre como a manutenção e prevenção de várias situações poderiam evitar vários conflitos. Meu lugar não era de um tratamento, era um plantão. Eu vi pessoas que nunca mais veria outra vez. Para elas o desabafo era suficiente, saber que alguém estava ali para ouvi-las sem julgamentos, já bastava. Um caso específico nunca vai sair da minha memória: um senhor com aproximadamente 60 anos de idade buscava medida protetiva para a filha que havia se relacionado aparentemente com um maníaco que não aceitava o término. O senhor chorava e me perguntava: “o que eu vou fazer da minha vida, Dra?” Eu estava grávida, na época. Este foi o caso que mais exigiu de mim. A polícia estava realizando o trabalho que precisava ser feito, mas eu vi nos olhos daquele pai o desespero, o medo. Eu não poderia resolver a situação dele, mas por algum motivo, por algo que aconteceu naquela sala, aquele senhor saiu falando que estava grato, que estava mais calmo e melhor. A partir daquele dia, aquela família foi o meu foco. Eu trabalhei também voluntariamente com mulheres grávidas e puérperas em uma Igreja. Nesse contexto eu percebi que desde a gestação, cada fase do desenvolvimento humano tem suas dores e alegrias, e que as pessoas que se preparam para isso, são mais tolerantes quanto à essas questões. Mas a fase da adolescência é mais uma fase que não vai ser diferente das anteriores. Gosto de falar que ao engravidarem, muitos pais se esquecem que terão filhos adolescentes (e olha que esses pais já foram adolescentes um dia). Editora Viseu pergunta:  Por que o tema adolescência foi tão relevante para você? Qual dor da sociedade você observou e decidiu que este era o tema certo para abordar? Débora M. Rodrigues:  Uma das minhas especializações é terapia familiar. Logo que me formei, comecei a me posicionar como terapeuta familiar. A demanda com adolescentes aconteceu de forma natural. Alguns começaram a me procurar. Ainda na faculdade, nos estágios, atendi adolescentes, e amei a experiência. Lembro que alguns colegas tinham pavor (risos); tinham receio de não saber como

Entrevista com o autor Yuri Maia: Conheça sua trajetória como escritor

Yuri Maia - Autor do livro TDAH Descomplicado - Editora Viseu

É sempre uma honra para nós como casa editorial podermos salientar o visível sucesso de nossos autores. Por este motivo, realizamos com o autor Yuri Maia, escritor do livro TDAH Descomplicado, uma breve entrevista sobre sua trajetória como autor, dentre outros detalhes sobre o tema que é tão pertinente na atualidade. Clique na imagem para acessar o livro na Loja Viseu No mundo dos autores e escritores, é essencial encontrar referências que inspirem e orientem aqueles que desejam embarcar na jornada da escrita.  Yuri Maia é um desses talentos excepcionais, reconhecido não apenas por sua obra inovadora “TDAH Descomplicado” (TOP 10 da Amazon no gênero Medicina & Saúde)  publicado pela Editora Viseu, mas também por sua grande visibilidade e influência no YouTube. Um pouco mais sobre o autor Yuri Maia Yuri Maia é um autor multifacetado que se destaca no campo da saúde mental, com foco especial no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou TDAH. Além de ser reconhecido por sua obra aclamada “TDAH Descomplicado”, ele expande sua influência por meio de sua presença marcante com MILHÕES de visualizações no YouTube. Com seu canal, ele compartilha conteúdos valiosos e educativos sobre o TDAH, estabelecendo-se como uma referência confiável e uma voz de autoridade no assunto. O livro “TDAH Descomplicado”, traz a expertise de Yuri Maia de forma aprofundada, proporcionando uma abordagem abrangente e acessível sobre o tema.  Sua habilidade em comunicar conceitos complexos de forma acessível e empática o torna uma figura inspiradora para aqueles que desejam escrever sobre o TDAH ou explorar outros temas relacionados à saúde mental. Vamos então à entrevista com o autor Yuri Maia? _____________________________ Editora Viseu pergunta: Yuri, o TDAH é um assunto tão relevante na atualidade, pois tem desvendado detalhes comportamentais não só de crianças, como muitos pensam, mas também dos adultos. Você tem recebido relatos de adultos que a partir da sua obra tiveram mais clareza sobre o TDAH?  Yuri Maia: Certamente! Embora o livro seja direcionado aos pais que têm filhos com TDAH, muitos identificaram situações vividas na infância, adolescência e até início da fase adulta.  Não apenas isso, o livro trouxe uma perspectiva que muitos não estavam se atentando, acerca de entender os sinais do TDAH, como conduzir um tratamento mais adequado, e como vencer os desafios que, embora tenham se iniciado na infância, permanecem até a fase adulta. O livro é um instrumento de auto entendimento sobre TDAH, acima de tudo! Editora Viseu pergunta:  Diante da sensibilidade na capacidade de manter o foco (atenção), como é ser um escritor com TDAH? Conte mais sobre como funciona o seu processo criativo. Yuri Maia: Esta obra foi um grande desafio! Principalmente sobre a capacidade de fazer acontecer, algo que é motivo de tanta queixa entre as pessoas que têm o transtorno. Faz pelo menos 5 anos que estou pretendendo escrevê-lo e publicá-lo. Porém, quando parei de fazer as coisas pelas vias tradicionais, tive mais empatia comigo e minhas dificuldades e busquei ajuda, a coisa funcionou. Contei com ajuda de uma grande amiga e escritora, Manoela Serra que, após vários meses, muitas conversas e centenas de horas de áudio, ela me ajudou a transcrever minhas palavras para o papel. Não foi fácil! Participamos juntos ativamente de todo o processo, principalmente nos momentos de revisão, que foi outro desafio! Reler o meu livro, página por página, também não é muito fácil para quem tem o transtorno. Mas consegui fazer no meu ritmo e revisar tudo. Hoje o sonho tornou-se realidade e o segundo livro já está a caminho. Editora Viseu pergunta: A obra teve uma boa saída desde o começo, muito pelo sucesso que também é veiculado no seu canal, que possui muitos inscritos e milhões de views. Você esperava essa repercussão, e como foi sua reação ao ver tantas pessoas se identificando com este tema? Yuri Maia:Não tive expectativas! Fiquei tão focado em ver a obra nascer, após tanta luta, que ter o livro físico em mãos era tudo que eu queria naquele momento. O livro está bem posicionado nas lojas on-line, e isso é maravilhoso! Fico feliz que as pessoas estejam se identificando, principalmente ajudando os pais que possuem filhos com TDAH, o objetivo principal do livro. Não é um livro muito técnico, é um livro que conta histórias reais e traz exemplos transformadores. Acredito que é isso que as famílias querem, identificação com suas realidades em seus lares com suas famílias, além de trazer dicas práticas e objetivas de como conduzir seus filhos e superar as dificuldades em casa. Isso o livro tem feito muito bem! Editora Viseu pergunta: Ao escrever livros, é muito comum os autores terem insights de outros temas que dariam outros livros. Você teve esses insights? Quais temas você gostaria de delimitar em uma nova obra? Yuri Maia:  Com certeza tive! Já tenho mais três livros em mente, praticamente roteirizados. O próximo livro será sobre os desafios da vida adulta do TDAH. Sabemos que vai muito além de desatenção ou falta de foco, mas entra em questões de relacionamentos, amizades, postura no mercado de trabalho, tratamento correto, autoconhecimento e psicoeducação. A pessoa com o transtorno que consegue dominar essas áreas, conseguirá ter uma vida muito mais tranquila e próspera! O próximo livro será um divisor de águas sobre o tema TDAH no Brasil! Editora Viseu pergunta:  É muito comum a criação de memes para engajar as pessoas nos mais variados temas, e com o TDAH não é diferente. Você acha que a relativização da seriedade deste tema pode comprometer o entendimento real do assunto? O que te preocupa na forma como o TDAH é tratado pelas pessoas, sobretudo nas mídias? Yuri Maia: Vejo este tema com bastante cautela. Se por um lado as brincadeiras e memes podem aliviar o estresse diário e as dificuldades reais que o transtorno pode causar, por outro lado pode haver sim uma banalização dos sintomas do TDAH. Esquecer a chave do carro, ou atrasar o pagamento de alguns boletos não é TDAH! Portanto, acredito sim que existe o risco de estigmas pelo excesso

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