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Romance histórico: conheça o subgênero que une ficção e história

O que é o romance histórico? Características e principais exemplos

Os livros vêm em diversas formas, com diversos temas, pontos de vista e objetivos. Apesar de serem tão diferentes entre si, todas as obras têm algo em comum: estão divididas em ficção e não ficção. Mas um subgênero que parece unir essas duas categorias de maneira fascinante é o romance histórico.

Com uma história própria e grande impacto cultural, esse subgênero literário é muito intrigante. Apesar disso, não é muito conhecido pelo grande público, sendo por vezes confundido com outros tipos de ficção ou até mesmo desconsiderados completamente.

Pensando nisso, neste artigo apresentaremos em detalhes o que é o romance histórico e suas características, com exemplos dos autores e obras mais importantes e dicas para você desenvolver sua própria narrativa nesses moldes. Fique com a gente e confira!

O que é o romance histórico? Características e principais exemplos

O que é romance histórico?

O romance histórico é um tipo de ficção que combina elementos fictícios com fatos históricos reais. Utiliza esses fatos para montar a narrativa, colocando determinado período, acontecimento ou personalidade histórica em uma posição de destaque na trama.

Surgiu no século XIX, com o autor escocês Walter Scott, considerado o criador desse tipo de narrativa, sendo Ivanhoe sua obra mais conhecida. No Brasil, José de Alencar foi um dos primeiros autores do subgênero.

Se distingue por sua dedicação à precisão factual, ao mesmo tempo em que concede liberdade criativa ao autor. O romance histórico representa eventos, culturas e figuras históricas de maneira fundamentada, mas envolvente, entrelaçando esses elementos com a ficção.

Esse tipo de narrativa pode abordar qualquer período, evento ou personalidade, da antiguidade até o século XX, abrangendo uma vasta gama de temas, desde guerras e revoluções à vida cotidiana. Assim, ele é o encontro da literatura com a história, muitas vezes tecendo críticas sobre o período retratado.

Atenção: apesar de se utilizar de fatos históricos reais, ainda é considerado um subgênero da ficção, pois tem elementos inventados e irreais. É importante saber distinguir entre uma representação baseada em fatos de uma biografia, por exemplo.

Características do romance histórico

O romance histórico possui características únicas que o diferenciam de outros subgêneros literários. Confira aqui as principais delas:

Abordagem histórica

Essa é a característica mais fundamental para esse tipo de narrativa, que a define como um subgênero: a presença de fatos históricos em evidência. Esses fatos são o ponto focal da obra, tendo grande impacto na trama.

Além de serem centrais, devem ser uma representação fiel do período, utilizando referências e documentos verídicos para narrar os costumes, linguagem, ambiente e eventos de maneira autêntica.

Diálogo entre ficção e não ficção

Outro componente importante é a integração dos acontecimentos históricos reais com a literatura de ficção. Assim, cria-se uma obra que representa os fatos, mas ainda permite intervenções do autor para tornar a obra mais impactante, envolvente ou reflexiva.

Nessas histórias, muitas vezes é difícil identificar o que é ou não é real, devido à habilidade dos autores de incorporar as partes inventadas às partes verdadeiras. A verossimilhança é essencial para essas obras.

Tempo passado

Justamente por ter um caráter histórico, essas narrativas acontecem no passado, muitas vezes em torno de acontecimentos importantes, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Sendo assim, não são obras que se passam na era contemporânea.

Apesar de não tratarem da contemporaneidade diretamente, os romances históricos oferecem uma compreensão mais profunda e contextualizada do passado, relacionando fatos históricos com as vivências da atualidade. Sendo assim, atuam como uma ponte entre o passado e o presente, facilitando a compreensão sobre os tempos mais longínquos e seus impactos na atualidade.

Crítica social

Em muitas dessas narrativas, os autores se utilizam da representação fiel do passado para escancarar os problemas sociais do período. Portanto, são histórias com uma carga alta de crítica social e reflexão.

São obras realistas, muitas vezes explorando como pessoas comuns viviam em meio a eventos históricos significativos. Trazem as dificuldades encaradas por essa população e refletem sobre o impacto de grandes eventos não só sobre a história, mas também sobre as pessoas reais da época.

Caráter nacionalista e heroico

O surgimento desse estilo de escrita está muito ligado à formação de estados nacionais na Europa. Sendo assim, é comum que o autor explore o passado e a luta por independência de seu país, tecendo uma história que contribua para a figura de um herói nacional.

Muitas vezes, essas obras são estruturadas com base na jornada do herói. De acordo com o filósofo e crítico literário György Lukács, os próprios mitos e histórias da antiguidade, bases da jornada do herói, são precursores do romance histórico.

Principais obras e autores do romance histórico

Vários autores ao longo dos séculos se destacaram na escrita desses romances, ajudando a popularizar e definir o subgênero. Confira aqui os principais deles:

Ivanhoé, de Walter Scott

Ambientado na Inglaterra do século XII, Ivanhoé (1820) ocorre durante o reinado de Ricardo Coração de Leão. A história segue Wilfred de Ivanhoé, um cavaleiro saxão deserdado por seu pai por apoiar o rei Ricardo.

O livro explora o conflito entre normandos e saxões, a luta pelo trono inglês e a presença dos Cavaleiros Templários. Também aborda temas como lealdade, honra e o amor proibido entre Ivanhoé e Lady Rowena, enquanto retrata figuras históricas como o príncipe João e o fora-da-lei Robin Hood.

Os Noivos, de Alessandro Manzoni

Considerado o primeiro grande romance histórico italiano, Os Noivos (1842) se passa na Lombardia do século XVII, sob a dominação espanhola. A trama central segue os jovens Renzo e Lucia, que são impedidos de se casar devido às maquinações do poderoso e corrupto Don Rodrigo.

A história explora temas como a opressão, a fé e a justiça, enquanto os personagens enfrentam desafios como a peste e a fome. O livro critica a injustiça social e as autoridades corruptas, oferecendo também uma reflexão sobre a Providência Divina.

Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens

Um Conto de Duas Cidades (1859) se passa durante a Revolução Francesa, centrado nas cidades de Londres e Paris. A história segue Charles Darnay, um aristocrata francês que renuncia à sua herança, Lucie Manette, sua esposa, e Sydney Carton, um advogado inglês que se apaixona por Lucie.

A obra aborda temas de sacrifício, redenção e a brutalidade da revolução, com a célebre frase de abertura “Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos”. A narrativa destaca os extremos da sociedade e a luta pela justiça em meio ao caos.

Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo

Também conhecido como O Corcunda de Notre-Dame, o livro Notre-Dame de Paris (1831), é ambientado na França do século XV. A história tem Quasimodo como protagonista, o corcunda sineiro da catedral de Notre-Dame, e sua devoção pela bela cigana Esmeralda.

Explora temas como a beleza interior, o preconceito e a luta entre paixão e dever, ao mesmo tempo em que oferece uma descrição rica e detalhada da vida medieval em Paris. O livro também critica duramente a corrupção e a hipocrisia da Igreja e do Estado.

O Nome da Rosa, de Umberto Eco

O Nome da Rosa (1980) é uma história de mistério, que se passa em um mosteiro beneditino no norte da Itália, no século XIV. A história segue o frade franciscano Guilherme de Baskerville e seu noviço Adso de Melk enquanto investigam uma série de assassinatos.

A trama entrelaça investigação policial, debates teológicos e filosofia, enquanto Eco aborda o papel da fé, do conhecimento e da censura na Idade Média. O romance é conhecido por sua erudição e pelo uso de elementos de semiótica.

Guerra e Paz, de Liev Tolstói

Guerra e Paz (1869) é um épico literário que narra a vida de várias famílias aristocráticas russas durante as Guerras Napoleônicas, especialmente entre 1805 e 1812. Explora temas de amor, guerra, política e destino.

Através de personagens como Pierre Bezukhov, Andrei Bolkonsky e Natasha Rostova, explora a profundidade psicológica e retrata a interação entre a vida pessoal e os grandes eventos históricos. É considerado uma das maiores obras da literatura mundial.

O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa

O Leopardo (1958) narra a decadência da aristocracia siciliana durante a unificação italiana no século XIX, centrado na figura do príncipe Fabrizio Salina. Se passa em uma época de queda da nobreza e a ascensão de uma nova classe social ao poder.

Através dos olhos do príncipe, a história discute a passagem do tempo, a inevitabilidade da mudança e a futilidade de resistir ao progresso. O livro é aclamado por sua prosa elegante e melancólica, capturando a atmosfera de uma era em declínio e a transição de uma ordem social antiga para uma nova.

Principais obras e autores de romance histórico no Brasil

No Brasil, também contamos com uma lista extensa e qualificada de autores e obras que exploraram esse tipo de narrativa. Essas são as principais entre eles:

A Divina Pastora, de José Antônio do Vale Caldre e Fião

A Divina Pastora (1847) é um romance histórico brasileiro ambvientado no Rio Grande do Sul, que narra a história de Edélia, donzela virtuosa e de beleza idealizada, e Almênio, guerreiro farroupilho por quem ela é apaixonada. Foi o primeiro romance gaúcho e o segundo romance brasileiro.

Explora as relações opostas entre os republicanos e os imperialistas, abordando questões da formação da república e a desordem da revolução. José Antônio do Vale Caldre e Fião utiliza elementos inspirados na literatura europeia para criar uma narrativa brasileira, que reflete as tensões e desafios do sul do país na época.

As Minas de Prata, de José de Alencar

Romance histórico brasileiro, As Minas de Prata (1865) se passa no século XVII, durante o período colonial. A trama segue a busca de Estácio, um jovem fidalgo, pelas minas de prata lendárias no sertão brasileiro, envolvendo intrigas, traições e aventuras.

A trama combina fatos históricos com ficção para criar uma narrativa rica e envolvente, que explora as questões de poder, ambição e o choque entre culturas indígenas e colonizadores. O livro é uma das obras que consolidaram José de Alencar como um dos fundadores do subgênero no Brasil.

O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo

O Tempo e o Vento (1949-1962) é uma trilogia que narra a história do Rio Grande do Sul ao longo de cerca de dois séculos, desde o período colonial até o início do século XX, encerrando com a queda de Getúlio Vargas. É uma narrativa rica que captura a essência da vida no sul do Brasil.

Acompanha várias gerações de duas famílias, os Terra-Cambará e os Amaral, explorando temas como a formação da identidade gaúcha, a luta pelo poder e as transformações sociais e políticas do Brasil. O Tempo e o Vento é considerado uma das maiores obras da literatura brasileira.

Terras do Sem Fim, de Jorge Amado

Outra narrativa regionalista, Terras do Sem Fim (1943) retrata a luta pela posse de terras no sul da Bahia durante o ciclo do cacau, no final do século XIX e início do século XX. Explora temas de injustiça social, corrupção e poder, enquanto pinta um retrato vívido da cultura e dos conflitos da região cacaueira.

A trama envolve coronéis, jagunços e trabalhadores que disputam o domínio das férteis terras da região, numa luta marcada por violência e ambição. O livro é um dos primeiros a consolidar a visão crítica e social de Amado.

Os Farrapos, de Luís Alves Oliveira Belo

Os Farrapos (1956) retrata a Revolução Farroupilha, um dos mais importantes conflitos regionais do Brasil, ocorrido no Rio Grande do Sul entre 1835 e 1845. Sendo assim, configura uma obra regionalista.

A narrativa foca nas batalhas, personagens históricos e nas motivações dos líderes rebeldes que lutavam pela autonomia da província. O autor aborda temas de liberdade, identidade regional e o impacto do conflito na formação da sociedade gaúcha.

Mad Maria, de Márcio Souza

Situado na Amazônia, no início do século XX, Mad Maria (1980) é um romance histórico que narra a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A obra descreve as dificuldades e o sacrifício humano envolvidos na construção da ferrovia, que ficou conhecida como “Mad Maria”.

Márcio Souza usa a história da ferrovia de modo a demonstrar a exploração e a devastação da Amazônia, além de criticar a ganância e a corrupção que marcaram o empreendimento. A obra  é uma importante reflexão crítica sobre os impactos do desenvolvimento na região amazônica.

Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro

Viva o Povo Brasileiro (1984) é uma obra épica que abrange mais de quatro séculos da história do Brasil, desde a colonização até o século XX. A narrativa entrelaça as histórias de diversos personagens fictícios e históricos, explorando temas como a formação da identidade brasileira, o sincretismo cultural e a luta pela liberdade.

João Ubaldo Ribeiro utiliza uma linguagem rica e bem-humorada para criar uma obra que é tanto uma celebração quanto uma crítica à complexa história do Brasil. A narrativa é considerado um dos clássicos da literatura brasileira contemporânea.

Boca do Inferno, de Ana Miranda

Boca do Inferno (1989) é um romance histórico brasileiro que mistura ficção e realidade para retratar a vida do poeta barroco Gregório de Matos na Bahia colonial do século XVII. A obra explora as tensões sociais, políticas e religiosas da época.

Utiliza a figura de Matos, conhecido por sua língua afiada e suas sátiras, como um símbolo da resistência contra a opressão. Ana Miranda combina uma narrativa poética com uma pesquisa histórica detalhada, criando um retrato vívido e intrigante da cidade de Salvador colonial.

Personagens no romance histórico

A criação de personagens no romance histórico é um dos principais pontos desse subgênero. Por estar intimamente ligado a fatos e eventos reais, seus personagens devem encarnar a época na qual estão inseridos, com características coerentes com esse passado.

Esses personagens personificam as experiências de pessoas comuns, cujas vidas são impactadas pelos grandes eventos históricos. Podem ser soldados, camponeses, aristocratas, governantes ou quaisquer outros, dependendo de como o autor quer representar a diversidade da vida no período. 

Além de personagens inventados, essas histórias também contam com personalidades históricas reais como personagens. O desenvolvimento dessas figuras, sejam elas protagonistas ou não, deve ser ainda mais cuidadoso, de modo a retratá-las de maneira factual, realista e verossímil.

Através dessa caracterização, o autor não só representa o passado fielmente como adiciona complexidade emocional e psicológica que não é encontrada nos textos históricos. Isso permite ao leitor imaginar como esses indivíduos poderiam ter pensado, sentido e reagido aos eventos da época, criando uma conexão maior com a história.

Como surgiu o romance histórico?

O romance histórico surgiu no início do século XIX com o escritor escocês Walter Scott, cujas obras estabeleceram as bases para esse tipo de narrativa. Sua obra Waverley (1814) é frequentemente citada como o primeiro livro do subgênero.

Antes disso, a literatura histórica estava mais relacionada a crônicas e relatos factuais. Scott inovou ao combinar elementos reais com uma narrativa ficcional envolvente, estabelecendo um modelo que seria seguido por muitos escritores subsequentes.

O surgimento desse subgênero também está intimamente ligado ao período do romantismo, que enfatizou a valorização do passado e da identidade nacional. Esse tipo de narrativa oferecia uma forma de explorar as raízes culturais e políticas das nações em um formato acessível e envolvente.

Surgimento do romance histórico no Brasil

No Brasil, esse subgênero também surge com o romantismo do século XIX, principalmente na primeira geração. Foi importante no esforço de criar uma identidade nacional brasileira, coisa que os românticos buscavam após a declaração da independência.

O principal nome do romance histórico no Brasil é José de Alencar, especialmente em sua época inicial. Com suas obras indianistas como O Guarani (1857) e Iracema (1865), explora o passado do Brasil e coloca a figura do indígena como herói nacional.

Já com as obras As Minas de Prata (1865), Alfarrábios (1872) e Guerra dos mascates (1873), aborda o período colonial, mergulhando ainda mais na história brasileira. Nessas obras, critica a exploração dos colonizadores, a má administração colonial e a própria ganância em si.

Em obras mais contemporâneas, os romances históricos se afastam desse caráter nacionalista e utópico. Questionam os valores e o heroísmo do passado, tendo Márcio Souza como um de seus principais autores, com obras como Galvez, Imperador do Acre (1977) e Mad Maria (1980).

Romance histórico pós-moderno

No pós-modernismo, o subgênero apresenta uma abordagem mais crítica e auto-consciente da história. Enquanto os romances históricos tradicionais buscam precisão e autenticidade, os pós-modernos desafiam essas noções, questionando a própria natureza da história e da memória.

Tem como características a ironia, a crítica e a distorção de elementos históricos, promovendo uma discussão sobre valores, passado e a própria autoridade do texto histórico. Explora a maneira como as narrativas da própria história são formadas e compreendidas.

Outro ponto comum nessas narrativas pós-modernas é o protagonismo de grupos sociais historicamente apagados, como mulheres, a população negra e LGBTQIA+. Assim, essas obras dão voz e mostram o passado de pessoas que não foram contempladas pela “história oficial”.

Além disso, tende a ser mais experimental em termos de estrutura e estilo. A linearidade é frequentemente abandonada em favor de narrativas não-lineares ou fragmentadas, similar ao conto psicológico, e a voz narrativa pode ser múltipla ou pouco confiável.

Como escrever um romance histórico?

Agora que você já sabe em detalhes o que é esse subgênero, suas principais características e maiores exemplos, deve estar se perguntando como produzir sua própria narrativa nesses moldes. Confira 5 passos para escrever um romance histórico com maestria:

Escolha um período histórico

Todo romance desse subgênero é pautado em um período histórico específico, que guia e molda a narrativa. Portanto, o primeiro passo é escolher um período histórico que seja fascinante para você como escritor e que ofereça material rico para a exploração literária.

Pense em eventos, personalidades e épocas que marcaram a humanidade, sobre os quais você passaria horas se debruçando. É importante não só ter um interesse genuíno pelo período que quer abordar, como uma reflexão ou apontamento mais profundo sobre ele para desenvolver no decorrer do livro.

Faça uma pesquisa extensiva

Pesquisar é essencial a qualquer processo de escrita, mas é ainda mais importante no romance histórico. Faça uma pesquisa extensa, detalhada e focada sobre a época que escolheu, mergulhando fundo em datas, costumes, expressões e cultura.

Você pode utilizar o Google Acadêmico para a pesquisa de seu livro, se baseando em fontes de informação e artigos científicos de qualidade. Assim, você garante a veracidade dos fatos e pode representar a época escolhida da maneira mais fiel possível.

Desenvolva os personagens da sua história

O desenvolvimento de personagens é um ponto crítico nesse tipo de romance. Decida se seus personagens principais serão figuras históricas reais ou invenções suas, ou ainda uma combinação de ambos.

Se optar por personagens fictícios, pense em como seriam impactados pelos eventos históricos do período. No caso de figuras históricas, tente se colocar dentro de sua mente, com base nas pesquisas que realizou. É essa interação entre o pessoal e o histórico que dará profundidade e autenticidade ao seu livro. 

Estruture a narrativa

A narrativa deve ser, ao mesmo tempo, verossímil e envolvente. Se atente a datas e acontecimentos reais, mas não se esqueça da parte ficcional desse subgênero. Molde a história dentro de uma estrutura narrativa cativante e efetiva.

Insira subtramas fictícias para aprofundar a obra. Use sua pesquisa como uma base sólida, mas permita-se a liberdade de criar diálogos, conflitos e resoluções que reflitam tanto a realidade da época quanto os temas que você deseja explorar.

Revise

É importante revisar sua escrita constantemente, não apenas quando finalizar seu manuscrito. Revise e edite seu trabalho com um olhar atento tanto para a precisão histórica quanto para a fluidez da narrativa, garantindo que seu romance não tenha anacronismos ou seja uma leitura maçante.

Ao finalizar sua última revisão, você ainda pode recorrer a leitores beta e alfa. Um olhar externo é de grande ajuda na descoberta de inconsistências e erros na sua história, além de oferecer uma primeira impressão valiosa sobre a narrativa como um todo.

Como você pode ver, o romance histórico é um subgênero muito rico, contando com uma história própria e grande impacto cultural. Ligado a movimentos literários importantes como o romantismo, possui diversos autores renomados entre seus principais escritores.

A partir deste conteúdo, temos certeza que você se sente mais apto a se aventurar e criar sua própria história nesses moldes. Com muita pesquisa e uma dose de imaginação, você pode criar uma narrativa que une ficção e não ficção de maneira fascinante!

Quer se preparar melhor para sua jornada pelo mundo da escrita? Confira nosso Guia de como escrever um livro, que oferece dicas e técnicas para ajudar você em todas as etapas da escrita, desde a primeira ideia até a última revisão e publicação do livro.

Continue acompanhando o Blog da Viseu para mais informações sobre literatura, dicas de escrita, indicações de leitura e entrevista com autores. Nos vemos no próximo conteúdo!

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