Como funciona uma Editora de Livros no Brasil?

editora de livros - como funciona?

Para alguns autores, uma editora parece um local mítico inalcançável, no qual entra um manuscrito e sai um livro publicado. Embora possa soar como mágica, a publicação de um livro dentro de uma editora é um processo trabalhoso e cheio de detalhes. Uma boa casa editorial é formada por várias engrenagens, girando em conjunto para entregar livros de qualidade para seus leitores. Coordena diversas etapas, dependendo de uma equipe multidisciplinar para alcançar o melhor resultado. Muitas pessoas têm dúvidas sobre como exatamente funciona esse tipo de organização. Quais profissionais fazem parte de uma casa editorial? Quais suas formações? Como é o fluxo de trabalho dentro de uma casa editorial? Neste artigo, iremos explicar como funciona uma editora de livros, que tipo de profissionais a formam e como atuam na edição, publicação, divulgação e distribuição do livro. Fique com a gente e confira! Como funciona uma editora de livros?   O que é uma editora? Uma editora é uma empresa especializada na publicação de livros. Atua no mercado editorial como uma produtora de música atua na indústria fonográfica, descobrindo e promovendo talentos e fomentando a cultura no país. Podem ter diversos tamanhos, segmentos e modelos de negócio. Sua função é acompanhar um manuscrito desde seu envio à editora até a publicação, divulgação e distribuição da obra. Oferece sua expertise para os autores, de modo a guiá-los pelos processos de publicação de um livro e garantir que ele tenha qualidade ao chegar ao mercado editorial. Possuem a experiência e qualificação necessária para apontar caminhos para o sucesso do manuscrito, assegurar que ele esteja livre de erros, garantir um design bonito e funcional, fazer os registros da obra corretamente, distribuir os exemplares nas melhores lojas e marketplaces para divulgar o livro ao público. Como funciona a publicação em uma editora? O processo de publicação é composto por diversas etapas. Nele, atuam os editores, revisores, tradutores e designers editoriais. São eles que transformam um bloco de texto bruto em um livro lapidado, pronto para publicação. Análise de originais A publicação inicia com a análise dos originais enviados por autores ou agentes literários, assim como a seleção dessas obras para publicação. Quando se fala em análise de originais, quem sabe vem a sua mente um profissional de revisão que apenas lê seu livro do ponto de vista gramatical para averiguar se a obra está bem escrita. Contudo, existem muitas nuances nessa análise. Nem todas as editora divulgam isso, porém dentre esses critérios de análise de um original, estão: Domínio da linguagem: Não é apenas correção gramatical, mas de fluência, ritmo e adequação do estilo ao conteúdo proposto. Se você se propõe a escrever uma autobiografia (um gênero escrito em 1ª pessoa) e acaba escrevendo o livro em 3ª pessoa, o revisor precisará intervir na sua escrita para orientá-lo melhor, ou seja, por mais bem escrito que esteja o seu original, ele não corresponde ao estilo adequado ao gênero autobiográfico, por exemplo. Estrutura e coesão: A organização do texto, coerência entre capítulos, progressão lógica de ideias e ausência de contradições ou lacunas narrativas. Para tudo isso, é necessário um olhar atento e humanizado para apontar as possíveis contradições ou falhas temporais no seu livro. Originalidade na abordagem: Mesmo em temas já explorados, editoras valorizam ângulos novos, perspectivas frescas ou estilos distintivos, do contrário, a editora correrá o risco de colocar seu selo em uma  obra que apenas repete dados já publicados por outros autores. Desenvolvimento de personagens: No caso de ficção, a profundidade psicológica e consistência comportamental dos personagens são essenciais. Uma obra com construção pobre, pode deixar seu  original com uma complexidade baixa, e isso pode reduzir o interesse do seu leitor pela obra. Diálogos naturais e funcionais: Para os casos ficcionais, conversações que soam artificiais ou que não contribuem para o avanço da narrativa ou caracterização são vistas negativamente. A análise do profissional vai considerar falas desnecessárias ou cenas que não ajudam o leitor a evoluir na obra.   Quem exatamente faz essas análises? Bom, isso depende muito da empresa. Se uma editora tem uma produção grande e costuma negociar os direitos de muitas obras internacionais e nacionais, muitas vezes destinam este processo de análise aos chamados editores de aquisição, que podem ser profissionais da própria editora, ou parceiros dela. Após essa seleção criteriosa de análise de originais, negociam-se então os direitos autorais e, a partir disso, um contrato de publicação é firmado. Sobre o contrato de uma Editora de Livros Como qualquer empresa séria que presta serviços, as editoras também alinham seus pontos burocráticos do relacionamento com os clientes a partir da celebração de um contrato. O contrato editorial é um dos documentos mais importantes na relação entre autor e editora, pois estabelece as bases legais da parceria. Contudo, muitos autores, especialmente os iniciantes, assinam esses documentos sem compreender completamente seus direitos e obrigações. Um contrato editorial completo deve conter, no mínimo, os seguintes elementos: Definição da obra: o documento deve conter a descrição clara do livro, incluindo título (mesmo que provisório), gênero e número aproximado de páginas. Cessão de direitos: especifica quais direitos o autor está cedendo à editora e por quanto tempo. Contudo, é importante ter a seguinte Atenção: a cessão pode ser para direitos apenas da versão impressa ou incluir ebook, audiolivro e até adaptações para outras mídias. Territorialidade e idiomas: define em quais países e em quais idiomas a editora tem direito de publicar a obra. Percentual de royalties: estabelece quanto o autor receberá por cada exemplar vendido. Este valor pode variar de editora para editora, por isso, é sempre importante você reforçar essa informação no período de negociação. Adiantamento: valor eventualmente pago ao autor antes da publicação, a ser descontado dos futuros royalties. Prestação de contas: periodicidade com que a editora deve informar ao autor sobre vendas e pagamentos (geralmente semestral ou anual). Tiragem mínima: é sobre a quantidade de exemplares que a editora se compromete a imprimir inicialmente. Exemplares de cortesia: diz respeito ao número de cópias gratuitas que o autor receberá após a publicação. Prazo de publicação: período máximo em

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