Crowdfunding: como pode viabilizar seu projeto de livro?

Crowdfunding: como pode viabilizar seu projeto de livro?

É bem provável que você já tenha ouvido falar sobre o conceito de crowdfunding, popularmente conhecido como “vaquinha on-line”. Mas é preciso entender que esse financiamento colaborativo pode ir além das doações em prol de uma causa e pode ser feito de diversas maneiras. O objetivo de um crowdfunding extrapola o conceito de vaquinha, pois seu objetivo final é trazer algum retorno para a sociedade de forma geral e não somente um benefício para o grupo que contribuiu ou para quem recebeu o financiamento. Desse modo, para que alguém possa iniciar um financiamento coletivo, essa pessoa deve, primeiramente, ter um projeto de relevância social, cultural ou econômica que chame a atenção de possíveis interessados na causa. Assim, o nascimento, a criação e o desenvolvimento de uma obra pode ser todo pensado com esse objetivo: impactar um grupo de pessoas positivamente. Você pensou em viabilizar seu livro por meio de um crowdfunding? Sabe o que é o crowdfunding? Continue com a gente e confira quais são as possibilidades para você fazer acontecer! O que é Crowdfunding? Definido como um financiamento coletivo para arrecadação de fundos para transformar um projeto em realidade, o modelo de arrecadação por meio do crowdfunding é iniciado em alguma plataforma na internet. O projeto  deve ter sua causa muito bem definida para que as pessoas possam saber exatamente para o que e em que estão contribuindo. Dessa forma, qualquer pessoa pode mobilizar um projeto de crowdfunding e qualquer pessoa pode contribuir para o financiamento, basta que as informações necessárias cheguem até ela. Então, se você tem uma obra engavetada ou está trabalhando em uma no atual momento e ainda não sabe se terá recursos para realizar a publicação, esse tipo de financiamento coletivo pode, sim, ser uma boa alternativa para a sua realização pessoal de se tornar um escritor. Tipos de Crowdfunding Os financiamentos colaborativos são divididos em alguns tipos e existem exemplos que deram muito certo. Confira quais são os tipos de crowdfunding: Crowdfunding Pontual Esse tipo de financiamento coletivo acontece uma única vez e tem uma meta a ser alcançada. Assim que a meta financeira for atingida para a execução do projeto, o financiamento é encerrado com sucesso. Dessa maneira, os idealizadores definem uma meta, divulgam seus projetos e esperam as doações do público. O lançamento de uma obra artística é um ótimo exemplo  de crowdfunding pontual: livro, produção audiovisual, álbum ou clipe musical, etc. Por exemplo, o livro do ex-casal Max Fercondini e Amanda Ricther, “América Sob Rodas” foi financiado através do crowndfunding. O título foi lançado em 2017 e, na época, entrou na lista dos mais vendidos da Revista Veja, na categoria de não-ficção. Crowdfunding Recorrente Existe também o crowdfunding recorrente que funciona como uma assinatura em que os financiadores contribuem mensalmente para o projeto continuar existindo. A ideia é manter um projeto vivo por meio de pessoas que se interessam e se beneficiam deles. Podcasts e canais no YouTube são os exemplos mais comuns, afinal, produzir tem custos e as pessoas que gostam de consumir esse tipo de mídia podem contribuir para que esses produtos continuem a ser lançados periodicamente. Crowdfunding Solidário Como o próprio nome diz, o objetivo desse tipo de financiamento coletivo é exclusivamente a doação para ajudar alguma causa. Dessa forma, a comoção e a vontade de ajudar acaba sendo a grande motivadora da doação que muitas vezes é feita para pessoas que estão passando por alguma situação de necessidade. Principais plataformas de Crowdfunding Atualmente, existem diversas plataformas de financiamento coletivo disponíveis na internet e todas elas seguem uma dinâmica em comum: caso o projeto não arrecade o valor mínimo no tempo estipulado, o dinheiro é devolvido para as pessoas que contribuíram. E isso é totalmente possível de ser realizado, pois o valor das doações é atualizado em tempo real no próprio site da plataforma, na página do projeto em questão. As plataformas também ganham uma porcentagem e tem taxas de 5% a 15% de comissão em cima dos projetos para se manterem existindo e viabilizar suas ações. Confira, agora, as plataformas de crowdfunding mais famosas: Catarse Com a missão de dar vida a projetos criativos, o Catarse foi o primeiro site brasileiro de crowdfunding, lançado em 17 de janeiro de 2011. Atualmente, 21.235 projetos já foram financiados pela plataforma dos mais variados segmentos: artistas, músicos, jornalistas, cientistas, pesquisadores, designers, gamers, empreendedores, ativistas e escritores. Estima-se que já foram arrecadados mais de R$239 milhões para projetos  realizados por meio de doações de 1.092.130 pessoas que já apoiaram pelo menos um projeto no Catarse. Kickante Lançada em 2013, a Kickante é fruto da paixão pela cultura, causas sociais e empreendedorismo dos seus idealizadores. O objetivo da empresa é ajudar a realizar sonhos e contribuir ativamente para a sociedade. A plataforma oferece diversas facilidades tanto para autores de projetos quanto para os financiadores, que podem parcelar suas doações ou mesmo fazer um Pix no valor mínimo de 5 reais. A Kickante já ajudou milhares de pessoas a realizarem seus sonhos, dentre eles, muitos escritores de livros. Padrim O Padrim é mais uma plataforma de financiamento coletivo que nasceu da paixão pela produção de conteúdo online. O site oferece uma forma de conectar os produtores de conteúdo com seus fãs por meio do crowdfunding recorrente, sendo uma forma ideal para manter os projetos sustentáveis a longo prazo. Indiegogo Essa é uma plataforma de financiamento coletivo internacional pioneira nos EUA, fundada em 2008 por Danae Ringelmann, Slava Rubin, e Eric Schell na Califórnia. O site divide os projetos em categorias, como tecnologia, música, livros, cinema, design, jogos, fotografia, entre outras. Ao acessar uma delas, é apresentada uma lista de projetos ao usuário para ele escolher quais deseja contribuir. Patreon Mais uma plataforma de financiamento coletivo lançada em 2013, o Patreon é uma das melhores plataformas do gênero Crowdfunding Recorrente. O Patreon oferece um caminho direto entre os criadores e seus fãs por meio de bate-papos em grupo em tempo real, mensagens diretas e até mesmo diretamente por e-mail. É possível se conectar

Leila Favrin conta tudo sobre o processo criativo de “Semilouca”. Confira!

Livro "Semilouca", da autora Leila Favrin

Semilouca”, um livro que mergulha nas águas turbulentas da saúde mental e das emoções humanas, é um exemplo marcante dessa exploração. A obra foi escrita pela psicóloga clínica Leila Favrin que utiliza os anos de experiência profissional como base da escrita da obra. Assim, a autora canaliza suas observações profissionais e pessoais em uma narrativa que visa ampliar a consciência sobre o equilíbrio emocional e a integração biopsíquica. Em uma conversa reveladora, ela compartilha as inspirações por trás de sua obra, o processo criativo que a guiou, os desafios enfrentados ao abordar temas tão sensíveis e pessoais, e a esperança de impactar positivamente seus leitores. Confira! 1 – O que a inspirou a escrever o livro “Semilouca”? “Semilouca” nasceu da constatação; em minha experiência clínica e pessoal, de como somos, constantemente, vulneráveis às emoções, em maior ou menor grau, o que pode, muitas vezes, desestabilizar nosso sistema biopsíquico. Assim, o Livro surgiu de uma vontade imensa de transformar temas emocionais em textos, numa linguagem simples e que pudessem trazer uma ampliação de consciência para a resolução de conflitos. Ao escrever um livro, acredito ser possível ultrapassar os limites do set terapêutico, atingindo o social. 2 – Como a sua experiência profissional se reflete nos temas abordados no livro? Depois de atuar muitos anos na área da psicologia clínica e conviver, na intimidade, com todos os tipos de emoções, durante o processo terapêutico com pacientes, percebi como as dores humanas se cruzam e se repetem em diferentes formas. Cheguei a conclusão de que a maioria das pessoas tinham em comum as mesmas necessidades em lidar, de forma saudável e integrada, com seus sentimentos. 3 – Em “Semilouca” você explora as complexidades da saúde mental e das emoções humanas. Qual é a importância desses temas na sociedade contemporânea? Vivemos numa sociedade que desafia continuamente nosso equilíbrio emocional pelas intensas demandas do cotidiano. Os valores e contatos artificiais impedem a manifestação do verdadeiro eu. Dessa forma, a dificuldade em administrar e conduzir, de forma saudável, essas situações podem gerar desequilíbrio energético e somatizações. Assim, penso que a prevenção é a forma terapêutica mais eficaz para uma sociedade mais consciente e saudável. Por isso, a importância do cuidado desde o ventre materno. Ao mesmo tempo, é fundamental expandir a consciência das pessoas, o quanto possível, com foco na saúde biopsíquica, na busca de uma maior integração entre a mente e o corpo, com o objetivo de uma identidade mais saudável. 4-  Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás do livro? Desde cedo tive profundo interesse pelas emoções que conduzem todos os seres. Transformar situações emocionais em palavras era fascinante para mim. Rabiscar emoções nutria minha essência. Portanto, juntei a psicologia a esse meu desejo intenso de entender o ser humano em sua plenitude. Paralelamente, desenvolvi um olhar para os animais e seres vivos em geral. Essa integração com a natureza desenvolve a sensibilidade, faz perceber nossa fragilidade e a interdependência entre os seres, destacando a necessidade do bom contato afetivo. Ao escrever “Semilouca” busquei transcrever emoções e situações, umas reais e outras apenas verossímeis, dramatizando realidades vivenciadas pelas pessoas, muitas vezes de formas trágicas, na busca de vida mais plena. 5 – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever sobre temas tão sensíveis e pessoais? Talvez o maior desafio tenha sido o ato de mergulhar inteira em minhas próprias emoções, penetrar nas sensações e percepções viscerais das histórias emocionais intensas, vivenciadas ou cuidadas por mim. 6 – Como você espera que seu livro impacte os leitores? Penso que há diferentes níveis de repercussão na leitura de um livro, dependendo muito do público alvo e, sobretudo, do momento emocional do leitor. A motivação é um fator essencial que determina o grau do impacto sobre o psicológico do leitor. “Semilouca” talvez impacte mais leitores que, pelo momento de vida, estejam mais disponíveis para receber as sementes que germinarão em emoções, em suas diferentes formas e expressões. Claro que, também, pessoas que se identifiquem com as histórias narradas, que toquem seus corações. 7- Há algum personagem ou história no livro que você considera particularmente significativo? No livro, há inúmeras histórias dramáticas com personagens envolventes, numa linguagem direta e simples. Eles buscam sustentação nas emoções básicas, que norteiam o psicológico do ser humano. Por exemplo, o primeiro texto que retrata a história de uma mulher apaixonada que perdeu tragicamente seu grande amor, é muito tocante. Ele mobiliza dores intensas, quase loucas. Daí surgiu o título. 8 – Como você acha que a literatura pode contribuir para o diálogo sobre saúde mental e autoconhecimento? O autoconhecimento é o caminho para a saúde mental. Entrar em contato com sentimentos e emoções reprimidas favorecem sua expressão e elaboração, podendo nos conduzir a uma estrutura mental saudável. Ou seja, é uma construção que vai tornando-nos pessoas mais equilibradas, hábeis para administrar a vida de forma plena. Dessa maneira, quanto maior o autoconhecimento, maior a possibilidade de gerenciar com equilíbrio nossas emoções. A literatura tem o poder de ajudar nesse percurso de autoconsciência, no entanto, penso que esse diálogo com o leitor deve ser de forma simples. Ele deve se dar com linguagem acessível e atraente, ao alcance de todos, independentemente do nível social ou da faixa etária. A ideia é transmitir, através da literatura, informações e conhecimentos sobre a importância do psicológico no ser humano, para que tenhamos cada vez mais crianças, jovens e adultos, alfabetizados emocionalmente, e mais preparados para administrar suas emoções através do autoconhecimento. 9 – Qual é o seu processo para criar personagens tão reais e relacionáveis? O cotidiano e a minha experiência clínica são facilitadores. Através das emoções básicas que norteiam os acontecimentos da vida, surgem os personagens e suas histórias intrincadas. 10 – Quais são seus planos futuros como escritora? Há novos projetos em desenvolvimento? Essa junção da psicologia com a escrita despertou nova paixão, aquecendo desejos e ressignificando sonhos antigos. Estou motivada e parindo novos projetos. Tenho novos planos com material já pronto e um novo livro

EDITORA VISEU LTDA CNPJ: 13.805.697/0001-10 Av. Duque de Caxias, 882. Sala 503, Torre I - Zona 7, Maringá - PR, CEP: 87020-025