Na entrevista a seguir, o autor A. R. Santos compartilha sua experiência como escritor e os detalhes por trás da criação de seu livro de poesia “Um Pouco de Fauna em Versos”.
Com uma abordagem leve e divertida, o autor transforma a natureza em poesia, criando uma obra que encanta leitores de todas as idades. Assim, ele nos conduz entre as trilhas da magia, de forma criativa e surpreendente.
O autor revela que é apaixonado por contar histórias desde jovem e reflete sobre seu processo criativo, suas influências literárias e como transformou a fauna em poesia, com um objetivo claro: divertir e encantar leitores de todas as idades e perfis.
1 – Como foi início da sua carreira de autor e como surgiu a ideia de publicar seu primeiro livro de poesias?
A.R. Santos: Eu escrevo desde menino. Um dia, ganhei um livro de presente da minha irmã. Disse a ela que não era bom e que eu era capaz de escrever um romance muito melhor. Ela respondeu – Não duvido, mas quero ver. Assim nasceu meu primeiro romance.
Eu escrevo contos, crônicas, romances e sátiras. Quando tinha trinta poesias, eu pensei: Deus! Se eu continuar escrevendo, isso vai dar um livro.
2 – Você mencionou que escreve romances, contos, crônicas e sátiras. Para você, como escrever em prosa se diferencia de escrever em versos?
A.R. Santos: No texto tenho total liberdade. Na poesia, vem o cuidado com a rima, se tiver, o cuidado com a métrica. Eu particularmente me preocupo até com a harmonização visual, ou seja, mesmo sem ler, deve ser algo agradável de ver.
3 – Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita?
A.R. Santos: Eu escrevo quando quero sobre o que quero, portanto, não encontro muitas dificuldades. Se necessário, paro vou fazer alguma coisa como tocar violão, ver um filme, lidar na horta. Quando retorno ao texto está tudo claro.
4 – Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração?
A.R. Santos: Inspiração. Para mim, a transpiração vem na hora de aparar as arestas, lapidar o texto.
5 – Sua poesia tem um aspecto que lembra muito as brincadeiras de adivinha e o que é o que é, você gostava dessas brincadeiras quando criança? Isso influenciou sua escrita?
A.R. Santos: Sim, gostava e gosto. Se teve influência na criação das poesias, foi de maneira inconsciente. Escrevi como as ideias se apresentavam para mim sem premeditação.
6 – Este será seu primeiro livro publicado? Se sim, como está sendo o processo?
A.R. Santos: Não, em 2007 eu publiquei um romance por uma editora do Rio de Janeiro. Quanto ao processo atual, sinto que estou tratando com profissionais altamente gabaritados e comprometidos.
7 – Para você, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira?
A.R. Santos: Essa é fácil: transformar o livro em um produto comercial de sucesso.
8 – Como você lida com rejeições ou críticas negativas durante sua jornada como escritor e que conselhos daria para escritores aspirantes?
A.R. Santos: Não me preocupo. Aprendi que nada pode abalar um trabalho sério. Feito com organização e método. Se a crítica ficar pesada, eu penso: “falem bem ou mal, mas falem de mim”, pois “Enquanto os cães ladram, a caravana passa”.
Então, eu diria para um escritor iniciante que ele confie no seu taco, que vá em frente, o mundo é seu.
9 – Poderia citar algumas das poesias que você considera que melhor representam sua escrita e o tema da obra?
A poesia sobre o elefante me reportou aos filmes, aos gibis e ao livro “Tarzan na selva” de Edgar Rice Burroghs. Com essa base de conhecimentos sobre esse animal. Não levei dez minutos para compor a poesia.
A sacada de misturar Pelé, Neymar e piracema na poesia sobre o peixe. Quando a li com calma pensei: Deus, como é que eu fiz isso? A poesia sobre o condor, que alegria quando minha irmã disse: – muito boa.
Também destaco a poesia sobre o cavalo. Quando a li, senti alguma coisa de mágico, a partir daí as poesias ganharam uma importância inimaginável para mim.
10 – Quais foram suas principais referências para escrever o livro?
A.R. Santos: Rubem Braga, Fernando Sabino, Vinícius, Mario Quintana. Creio que estes e outros autores estiveram comigo, ainda que de forma inconsciente.
11 – Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro?
A.R. Santos: Eu comecei a escrever para passar o tempo, me divertir sem compromisso ou preocupação. A partir dos primeiros versos, eu já sabia o que fazer. Então, foi só pesquisar todas as informações que eu precisava para compor as poesias.
12 – Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados?
A.R. Santos: Eu sempre soube da importância dos animais no universo literário. Pessoalmente, o meu gosto pelos detalhes e a pesquisa refinada.
13 – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro?
A.R. Santos: Não houve grandes desafios. Eu sabia como começar e terminar. Repito, eu me diverti muito fazendo isso.
14 – Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir?
A.R. Santos: Embora algumas pessoas digam que o livro é didático, o meu objetivo é divertir. “Um pouco da fauna em versos” pode ser lido por todos. Não importa o grau de escolaridade, a faixa etária ou a classe social dessas pessoas.
15 – Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores?
A.R. Santos: A literatura instrui, informa, diverte. E de alguma forma nos conecta em imaginação com o passado, o presente e o futuro.
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