Nesta entrevista, o autor Luis Mateus Carelli compartilha as inspirações, experiências e perspectivas que moldaram a escrita e a essência de seu mais novo livro “Axiomas do Caos: recobramento de Empresas”.
O autor, que tem vasta experiência no campo da administração empresarial, discute os desafios e soluções que as empresas enfrentam em períodos de crise, enfatizando a importância da adaptabilidade e inovação.
Nesta entrevista, o leitor terá uma compreensão mais profunda das metodologias e filosofias que Carelli defende para navegar em ambientes empresariais voláteis e incertos.
Confira!
1.O que te inspirou a escrever o livro “Axiomas do Caos: Recobramento de Empresas?
Luis Mateus Carelli: Durante meu progresso profissional, fui conhecendo diversos casos de empresas que passaram por problemas de gestão e se aproximando da falência.
Percebi o quanto isso impactava nas vidas de todas as pessoas envolvidas como clientes, funcionários e líderes, mas também e no próprio ecossistema de mercado que a cercava.
Em contrapartida, a falta de material disponível para orientar os gestores em meio ao caos que essas adversidades geram, foi um fator que me levou a escrever o livro e a compartilhar meus conhecimentos e experiências nessa área.
2.Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro?
Luis Mateus Carelli: Tenho assumido casos de empresas e projetos em dificuldades, há quase 10 anos.
Então, conto com larga experiência em recuperação e no redirecionamento da trajetória de organizações, antes fadadas ao fracasso, para o sucesso.
O resultado disso é a recuperação da credibilidade e também da autoestima de todos envolvidos. Dessa maneira, trago tudo o que vi e aprendi na minha atuação, para o livro.
Aproveite para descobrir como a escrita de um livro pode alavancar sua carreira e, trazer novos negócios e oportunidades para sua vida profissional.
3.Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro?
Luis Mateus Carelli: À medida que eu me deparava com os casos, entendo as peculiaridades de cada empresa, eu precisava estabelecer estratégias que fossem capazes de atender a demandas específicas de cada organização.
Porém, os materiais eram bastante escassos. Vendo esse cenário fui aos poucos fazendo anotações do que funcionava e do que não funcionava para cada situação, respeitando a dimensão de cada empresa.
Essas anotações me ajudaram bastante na resolução das dores de diversos empresários e empreendedores.
Mas também serviam para escalar o conhecimento para os demais agentes poderem atuar simultaneamente a mim nas resoluções, buscando mais agilidade e maior número de clientes.
4.Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro?
Luis Mateus Carelli: Dividiria essa resposta em duas partes, sendo a primeira baseada nas anotações das tratativas assertivas e das não assertivas para cada situação que me deparava. A segunda, na falta de material sobre o assunto em si.
Assim, eu descreveria as referências em fundamentos mais essenciais, como a formação de caráter, devida a delicadeza e oportunidades negativas que aparecem junto a alguns casos.
Para isso, obviamente, a Bíblia Sagrada seria nosso principal referencial, provérbios de Salomão, mais especificamente.
Existem outras referências que eu gostaria de incluir, entre elas: os princípios filosóficos de Immanuel Kant e seu discípulo Carl Von Clausewitz, com o livro “A Guerra”; “Clockwork Orange”, de Anthony de Burges e a adaptação de Stanley Kubrick para o cinema.
Já o livro “Justiça: o que é fazer a coisa certa?”, de Michael J. Sandel, serviu para validar decisões em meio as ponderações, e por último, “Anti-Fragil” de Nassim N. Taleb, para uma visão mais oportunista que as adversidades apresentam.
5.Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar?
Luis Mateus Carelli: A dedicatória: “Dedicado aos inconformados, pois é deles que vem a vontade do aperfeiçoar.”
Porque se nos permitirmos viver apenas dentro dos caminhos que já foram percorridos, nos limitamos.
6.Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever o livro?
Luis Mateus Carelli: Acredito que a lapidação do conhecimento adquirido pelos inúmeros casos trabalhados foi um grande desafio.
Aponto também o desafio de trabalhar com a repetição de algumas estratégias, porém fazendo a adaptação delas de acordo com a exigência de cada situação.
7.Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir?
Luis Mateus Carelli: Espero que as corporações não sejam apenas CNPJ’s. É importante ter em mente que elas são feitas de pessoas e para pessoas. Portanto, é necessário saber o impacto que as decisões e ações tomadas dentro da estrutura empresarial geram em todos que a rodeiam.
Além disso, outra mensagem importante é a de que mesmo que as coisas não saiam como planejado, a seriedade, o esforço e a confiança devem ser os alicerces para buscar a retomada.
8.Há algum personagem ou história do livro que você considere particularmente significativo?
Luis Mateus Carelli: No livro, eu optei por não referir diretamente a nenhum caso justamente para manter o sigilo e respeitar os agentes envolvidos. Mas acredito que o tema sobre Poder e Assédio vale destacar.
Vivemos em momentos sociais que distorcem um pouco os significados de sucesso, e à medida em que se ganha destaque, não só neste ramo de atuação mas em todos, nos deparamos com questões em que devemos ter a responsabilidade para não sucumbir a caminhos desvirtuosos.
9.Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores?
Luis Mateus Carelli: No meu caso, acredito que a literatura pode mostrar que existe caminho para recuperar a corporação e que, a partir disso, mesmo em momentos turbulentos, surgem oportunidades promissoras.
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10.Quais são seus planos futuros como escritor? Há novos projetos em desenvolvimento?
Luis Mateus Carelli: Sinto que esse material pode passar por uma atualização e aprofundamento em todos os capítulos.
Por outro lado, à medida que estou a cada dia mais envolvido com as tratativas, vejo que até o ordenamento jurídico em voga no país atualmente não atende alguns casos específicos.
Assim, vejo que algumas regras foram criadas para situações pontuais, por isso, não atendem satisfatoriamente as repercussões consequentes.
Então, estou nesse momento estudando e trabalhando nessa direção e acredito que, num futuro próximo, irei trazer um conteúdo ainda mais abrangente a acolhedor.