Como escrever um livro: passo a passo detalhado

Como escrever um livro? Passo a passo detalhado

Você sempre quis escrever um livro, mas nunca soube como concretizar esse sonho? Talvez tenha até começado, mas desistido no meio do caminho. Se esse é o seu caso, não se preocupe, este artigo foi feito para você! Escrever um livro é uma das conquistas mais gratificantes que alguém pode alcançar, mas requer muito planejamento, dedicação e criatividade. Para muitos autores iniciantes, até mesmo alguns já experientes, é difícil começar a escrever, um desafio ainda maior continuar escrevendo e quase impossível finalizar uma obra. Esteja você começando sua jornada como escritor ou buscando aprimorar suas habilidades, seguir um processo estruturado pode ajudar a transformar suas ideias em um livro completo. Pensando nisso, este artigo apresenta um passo a passo detalhado de como escrever um livro. Fique com a gente e desbrave o mundo da escrita! Como escrever um livro Defina sobre o que quer escrever, e por que Antes de começar a escrever, é essencial definir o tema do seu livro. Pergunte a si mesmo sobre o que você gostaria de escrever e por que. A partir dessas perguntas, você define o tema e o propósito de sua obra. Deseja entreter, informar, educar, inspirar, incomodar, fazer gargalhar ou promover uma reflexão? Que emoções e pensamentos quer causar com a leitura? Seja sua escrita mais pessoal, para desafogar a si próprio; ou inspiracional, para atingir seus leitores, é importante ter isso em mente antes de começar a escrever. Seu tema pode ser simples como dinossauros e ter o propósito de fazer uma criança sorrir. Sendo assim, você poderia escrever um livro infantil sobre dinossauros com uma pegada mais cômica. Caso o objetivo fosse informar, seria outro tipo de livro, mais sério e científico, apresentando a história e anatomia dos dinossauros, por exemplo. A partir de uma ideia, podem-se desdobrar diversos propósitos e obras. Por isso, ter um objetivo claro ajuda a manter o foco durante todo o processo. Conhecer o tema e propósito de sua escrita orientará suas decisões sobre estilo, tom e estrutura. Como achar o tema do meu livro? Se não sabe sobre o que escrever, aqui vai um exercício simples: abra um documento em branco, coloque 5 minutos no cronômetro e escreva todas as ideias para livros que tiver durante esse período.  Não se preocupe com a qualidade dos temas, nem mesmo se fazem sentido ou não. O objetivo é destravar sua cabeça e permitir que as ideias fluam livremente. Ao final, você terá uma lista de potenciais temas e poderá escolher o que lhe traz mais vontade de escrever, ou o que achar mais interessante junto ao seu propósito. Outro modo de achar seu tema é analisando sobre o que você gosta de ler, assistir ou ouvir. Tome como inspiração as formas de arte que consome, analise os pontos que abordam e considere escrever sobre eles. Atenção: você deve ter essas obras como inspiração, abordando seus assuntos de uma nova forma, sob sua própria perspectiva e propósito. Não copie a ideia de ninguém, mas sim torne-a sua e única através do seu ponto de vista. Você também pode acessar a internet e buscar ideias para novos livros, através de prompts de escrita. Aqui no Blog da Viseu, temos uma lista com 30 ideias para histórias que você pode utilizar para começar a escrever agora mesmo! Como achar o propósito do meu livro? Esta é uma questão mais complicada e pessoal. A verdade é que o propósito do seu livro deve vir de você. Deve ser algo pelo qual você tem muita paixão e vontade de realizar, pois escrever um livro demanda tempo, esforço e estudo. O propósito do seu livro deve estar alinhado com seus objetivos pessoais, mas também profissionais. Pode ser subjetivo, de cunho financeiro ou mais social, simples ou complexo, mas deve vir de você. O que quer causar com seu livro? Qual impacto deseja que tenha nos leitores, mas também em sua vida? Ter a razão pela qual você começou seu livro sempre por perto pode ser uma fonte de inspiração e energia quando você encontrar obstáculos. Faça uma nota com seu propósito e a cole em seu ambiente de escrita, para se lembrar constantemente do por quê de seu livro. Isso torna seu trabalho como autor mais direcionado e impactante. Escolha seu gênero literário O gênero literário determina a estrutura e o estilo do seu livro. A partir do tema e do propósito de sua obra, fica mais fácil encaixá-la em um desses gêneros. Também é através dele que seu público-alvo ficará mais claro. Para escolher seu gênero, pesquise o mercado para entender quais deles estão em alta, quais têm uma base de leitores leal e quais são as principais características de suas obras.  Faça uma pesquisa sobre o público desse gênero. Isso inclui entender as faixas etárias, interesses e hábitos de leitura desses leitores Cada gênero tem suas convenções e expectativas. Entender essas regras pode ajudá-lo não só a entregar o que o público espera, mas também a surpreendê-los de maneiras criativas através da subversão dessas normas. Aqui estão alguns dos gêneros e subgêneros que você pode escolher: Ficção: obras baseadas na imaginação do autor, envolvendo personagens, eventos e cenários inventados Não-ficção: livros baseados em fatos reais, incluindo relatos, ensaios, reportagens e documentários Infantil: livros escritos para crianças, abordando temas e histórias apropriadas para a faixa etária, muitas vezes ilustrados Romance: narrativas longas que exploram o desenvolvimento de diversas subtramas, personagens e suas interações, muitas vezes centradas em histórias de amor Ficção científica: histórias fictícias que incorporam elementos científicos e tecnológicos avançados, explorando futuros possíveis e mundos alternativos Fantasia: narrativas que envolvem elementos mágicos, criaturas sobrenaturais e mundos imaginários Autoajuda: livros que oferecem conselhos, incentivos e estratégias para melhorar a vida de seus leitores Biografia/Autobiografia: relatos detalhados da vida de uma pessoa real, escritos por outra pessoa (biografia) ou pelo próprio indivíduo (autobiografia) Poesia: obras literárias compostas por versos, explorando a linguagem de maneira expressiva, sensível e emocional Contos e crônicas: narrativas curtas que focam em eventos específicos ou reflexões sobre

“Acredito que é muito importante as pessoas conhecerem a história de vida de quem escreve um livro.”, Chris Andrade

Chris Andrade A Filha do Rei

Educadora, psicopedagoga e terapeuta por profissão, a autora Chris Andrade revela ser uma contadora de histórias nata. Desde suas memórias de infância, imersa em livros durante os recreios escolares, até a publicação independente de seu primeiro livro, em 2018, sua trajetória é um fascinante testemunho de persistência e fé. Nesta entrevista, Chris desvenda o véu sobre as influências profundas que moldaram a escrita do livro “A Filha e o Rei“, discute a integração de sua fé com a literatura e explora como suas experiências pessoais transpiram através das páginas de suas obras. Acompanhe-nos nesta conversa inspiradora, onde exploramos as profundezas de uma vida dedicada a enriquecer o mundo através das palavras. 1. Para começar, poderia nos contar um pouco sobre você e sua jornada como autora?  Chris Andrade: Me chamo Chris Andrade, sou educadora, psicopedagoga e terapeuta. Desde criança sempre gostei muito das artes e, claro, da escrita. Eu escrevia estórias e participava dos concursos literários na escola. No ensino médio, eu corria para a biblioteca para ler, no horário do recreio. Alguns colegas começaram a seguir o que eu fazia e, percebi que, sendo encorajada na leitura, uma pessoa pode tomar um bom gosto por ela. Continuei escrevendo poesias e prosas, participei de concursos, mas nada publicado oficialmente. Até que um dia, um colega de trabalho, me mostrou um jornal de outro estado com uma prosa que eu havia escrito. Ele havia lido o texto e fez essa boa surpresa. Aquilo causou um sentimento muito bom em mim, e comecei a pensar em fazer o meu amor pela escrita se tornar uma realidade mais palpável. Certo tempo depois, um grupo de missionários visitou a comunidade que participo e falou sobre a importância de escrever livros para anunciar a bondade e providência de Deus. A chama acendeu por completo em meu coração e, ali decidi que aquilo seria realmente algo que gostaria de fazer profissionalmente, independentemente de qualquer profissão que viesse a exercer. Em 2018, escrevi um livro inteiro e entreguei a alguns amigos para ler. Fui encorajada a publicar e assim o fiz como uma produção independente. Em 2023, coloquei na mente que meu outro livro seria publicado, mas eu queria que agora fosse por uma editora, e assim aconteceu. 2. O que a inspirou a escrever o livro? Chris Andrade: Eu acredito que é muito importante as pessoas conhecerem a história de vida de quem escreve um livro, compõe uma canção, produz um filme, cria um negócio rentável etc. Esse conhecimento ajuda a motivar outros com propósitos semelhantes a alcançá-los e dizer para si mesmos, “Ah eu posso também!”. Trabalho na área de Educação, Saúde e Bem-estar. Tenho muito apreço em promover a saúde mental e o bem-estar humano nas diversas áreas que o compõem. Então para mim é motivador compartilhar experiências que foram cases de sucesso, outras que consegui vencer e aprender com elas, para que dessa forma, quem estiver passando por situações parecidas saibam que elas também são capazes e merecedoras de dizer, “Por que não eu?” 3. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? Chris Andrade: O livro retrata experiências pessoais diversas ao longo de muitos anos, a mais importante delas é como se dá a minha vida com Deus. Sempre ouvi muitas estórias sobre Deus e as religiões confundiam muito a minha mente quando ainda criança e adolescente. Eu tinha muitos porquês, até que compreendi que o verdadeiro sentido do Evangelho está revelado na própria Bíblia, através da Pessoa humilde de Jesus Cristo. Desde criança, eu ouvia falar de um Deus distante, que cobrava muito das pessoas e tomava atitudes que pareciam extremas. Talvez um deus criado por pessoas e sistemas corruptos seja desse jeito, mas o Deus da Bíblia não é assim. Ele é Alguém que é Pessoal e se importa com cada ser humano. Nas minhas experiências, encontrei um Pai Amoroso, um Amigo Fiel, Alguém Protetor e que me valoriza imensamente. No livro “A Filha e O Rei”, abordo temas diversos, tais como espirituais, emocionais, sociais, como por exemplo, a violência doméstica que enfrentei por anos, questões de saúde que precisei lidar, abandono de pessoas que pensei que eram minhas amigas, enfim, procuro mostrar o ser humano sujeito a falhas e quedas, mas também o quanto podemos ser reerguidos e restaurados se simplesmente dissermos sim à cura verdadeira, que brota do amor incondicional de Deus. Nos meus maiores erros, Ele me acolheu enquanto muitos me julgavam. Nos momentos mais difíceis e nas horas em que parecia que realmente tudo tinha se acabado, Ele sempre se mostrou presente e me estendeu a Mão. 4. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Chris Andrade: Esse livro foi escrito em vários momentos diferentes ao longo de alguns anos na minha vida. Também foi escrito em alguns países, enquanto servia fazendo trabalhos sociais em comunidades. Fiquei impressionada com o fato de que, não importa o país ou a cultura, o ser humano é humano em todo lugar. À medida que situações ocorriam comigo ou com alguém que eu conhecia, eu anotava tudo o que conseguia aprender e buscava na Bíblia como o processo de cura de eventos traumáticos poderia acontecer. Não somente isso, mas diversas outras situações, como por exemplo: de que forma ajudar aos pobres, como lidar com os que planejam mal contra as pessoas, o que fazer diante do luto etc. Tudo o que eu lia, eu aplicava em mim mesma e tomava nota dos resultados. O livro começou a ser escrito em 2014, tendo sido acrescentadas algumas informações importantes ao longo dos anos até meados de 2018, daí finalmente percebi que estava pronto um conteúdo de experiências e estudos que eu gostaria de compartilhar com outras pessoas. 5. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Chris Andrade: A Bíblia em primeiro lugar, por se tratar de uma coletânea de livros com estórias reais riquíssimas para todas as 8 áreas da saúde (física, mental, social, financeira, intelectual, ocupacional, sexual e espiritual), que são

Faturamento de editoras com conteúdo digital aumentou 158% em 5 anos

Faturamento de editoras com conteúdo digital aumentou 158% em 5 anos

Que os conteúdos digitais estão cada vez mais presentes no mercado editorial não é novidade. Desde 2020, os números das vendas tanto de ebooks quanto de audiobooks vêm crescendo de maneira significativa. Apesar da baixa nominal de 0,8% no faturamento com vendas de livros impressos para o mercado em 2023, a tendência continuou positiva para livros digitais, com uma alta de 33% no ano. De modo geral, as editoras viram um aumento de 158% no faturamento com conteúdo digital ao longo dos últimos 5 anos. Esses são números apontados pelas pesquisas Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro de ano base 2023, divulgadas pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).  Nesses documentos, são compilados, categorizados e apresentados dados acerca da comercialização e produção de livros impressos, ebooks e audiobooks no mercado editorial brasileiro no ano de 2023. Além de apontar o aumento expressivo na receita gerada por conteúdos digitais, as pesquisas trazem outros dados de interesse para qualquer um que deseja trabalhar ou já trabalha com livros, seja escrevendo, editando, publicando ou vendendo.  Sendo assim, este artigo apresenta alguns dos dados mais relevantes, oferecendo um panorama do mercado editorial brasileiro da atualidade. Assim, revelam-se caminhos tanto para autores quanto para editores e outros profissionais do livro. Confira logo abaixo. Aumentos nos livros digitais Como mencionado, os números de conteúdos digitais cresceram consideravelmente no último ano. Além de altas no faturamento, a produção de livros digitais também apresentou um aumento, indo de um acervo de 103 mil em 2022 para um acervo de 120 mil em 2023. Para os audiobooks, especificamente, houve uma expansão de 10% em seus lançamentos. Em vendas únicas, apesar de um crescimento de 1% para os livros em áudio, os ebooks ainda são a maioria esmagadora, representando 97% das vendas de conteúdos digitais do setor. O cenário já é diferente nas vendas por assinaturas, que cresceram 24% em 2023. Nessas plataformas como Audible e Skeelo, os audiobooks têm uma presença mais significativa, representando 34% das vendas. Dessas, 86% é composta por livros de não-ficção. Esse é um dado que se repete nas vendas únicas de livros em áudio, sendo que 83% delas também são livros desse gênero. Já para os ebooks, os livros de não-ficção representam 36% das vendas únicas, ficando atrás dos livros de ficção, que são a maioria na categoria. A pesquisa também mostra um aumento significativo no faturamento de editoras com bibliotecas digitais, que cresceu em 59%, ficando atrás apenas das vendas únicas. Outra alta significativa foi a de plataformas de educação, que aumentaram em 68% seu faturamento, sendo o terceiro canal com maior receita para livros digitais. Diante desses números, torna-se evidente a necessidade de investir e disponibilizar pelo menos um ebook junto a cada lançamento físico. Estudar como fazer um audiobook também é recomendável, principalmente para autores de não-ficção. Além disso, disponibilizar livros digitais não só em plataformas de venda única como em  plataformas de assinatura, bibliotecas digitais e plataformas educacionais torna-se cada vez mais crucial. É uma maneira de diversificar as vendas, atingir um público mais amplo e aumentar o faturamento com esse tipo de conteúdo. Diversificação nos canais de vendas de livros impressos As livrarias exclusivamente online apresentaram um recuo pela primeira vez em 8 anos, diminuindo em 2,7% sua participação no faturamento do setor. Já as livrarias em geral apresentaram um aumento pela primeira vez em 6 anos, sendo responsáveis por 28% dos 6,2 bilhões faturados pelo setor em 2023. Ainda assim, as livrarias exclusivamente online continuam a configurar o canal de distribuição mais importante para o setor, representando 32% da venda de livros impressos. Esse número é ainda mais expressivo em obras gerais, para as quais essas livrarias representam mais de 50% de seu faturamento.  Outro ponto notável é a evolução da participação de sites próprios – marketplaces no faturamento das editoras, aparecendo pela primeira vez como um dos 5 principais canais de vendas em todas as categorias. Para livros didáticos, esse canal representa mais de 15% de sua receita, evidenciando um investimento por parte desse setor em criar e expandir e-commerces próprios.  Uma categoria que também viu um crescimento considerável nesse canal foi a de livros religiosos, que pela primeira vez o configura em seus 5 canais de vendas mais importantes. Nota-se, além disso, que são apenas nessas duas categorias que os livros impressos cresceram seu faturamento com vendas para o mercado.  A partir dessas informações, infere-se a necessidade de uma presença forte nas melhores lojas e marketplaces do país, visto que as duas juntas representam mais de 60% das vendas e faturamento do setor. Além disso, investimentos em e-commerces e sites próprios para vendas parecem ser uma tendência promissora para as editoras.  Exemplares produzidos, vendidos e preço do livro Em 2023, foram editados 45 mil títulos impressos. Desses, o número de novos lançamentos ultrapassou os 20% pela primeira vez em 5 anos, crescendo de 16% para 24%. Ao todo, foram produzidos 320 milhões de exemplares físicos no ano. A maioria desses exemplares vêm da categoria de livros didáticos, que produziu 51% das cópias. O segundo lugar fica com as obras gerais, com 29%, seguida por livros religiosos, com 16% e, por fim, obras CTP (científicas, técnicas e profissionais) com apenas 4% da produção. O governo continua representando boa parte das vendas do setor, tendo comprado 47% dos exemplares vendidos no ano. Para a categoria de didáticos, esse número cresce expressivamente, com o governo representando mais de 80% de suas vendas. O preço médio do livro registrou uma alta real de 3,2% de 2022 para 2023. No entanto, ao analisar os valores ao longo dos anos, percebe-se que houve uma redução real de 36% no preço do livro impresso desde 2006, o que mostra uma preocupação por parte do setor de manter seus preços acessíveis. No que diz respeito à parcela que os livros digitais representam no setor, apesar de seu crescimento contínuo, a grande maioria ainda é dos livros físicos, que

O que faz uma editora ser uma das maiores do Brasil?

Maiores editoras do Brasil: o que elas têm em comum?

Para um autor em busca de publicação, é importante saber o tamanho do espaço que uma editora tem dentro do mercado dos livros. Afinal, o mercado editorial do Brasil é diversificado e amplo. Entre seus agentes, estão inúmeras editoras, cada uma com um nível de impacto no mercado.  Diversos fatores podem informar o nível de influência de uma editora. O gênero literário, segmento e até mesmo tipo de contrato podem ser indicadores da importância de uma casa editorial. Diante de tantas variáveis, como saber de fato o que a faz ser uma das maiores do país?  Carregar esse título envolve uma combinação de fatores que vai além do simples volume de livros publicados. Neste artigo, mostraremos a você o que realmente faz uma empresa ser reconhecida como uma das maiores editoras do Brasil. Confira! Qualidade das publicações A qualidade das publicações é um fator crucial que distingue essas empresas. Isso inclui não apenas a qualidade do conteúdo, mas também a qualidade da edição, revisão, diagramação e impressão dos livros. Uma equipe de profissionais capacitados e experientes é um pré-requisito para uma grande editora. O conhecimento sobre o mercado editorial traz as noções técnicas necessárias para criar um projeto editorial não só esteticamente bonito, como funcional e em conformidade com o seu nicho literário. Ao analisar uma casa editorial, preste atenção às obras publicadas por ela. A capa do livro é agradável? A diagramação promove uma leitura confortável e fluida? Você percebe algum erro de gramática ou ortografia? Em que tipo de papel o livro foi impresso? É uma impressão de qualidade? Essas são algumas coisas às quais se atentar para definir se a publicação de um livro é de qualidade ou não. As maiores empresas desse ramo unem a qualidade de suas obras à quantidade que produzem, trazendo ao mercado um grande número de livros, mas mantendo um padrão elevado de publicação. Diversidade do catálogo A diversidade do catálogo é outra característica fundamental. Publicar uma ampla gama de gêneros e estilos literários traz um público maior e mais amplo. Isso inclui literatura infantil, juvenil, ficção, não-ficção, biografias, acadêmicos, poesias, negócios, crônicas, ensaios, desenvolvimento pessoal, romances e muito mais. Um catálogo grande e cheio de diversidade de obras, gêneros, temas e autores é um retrato mais fiel do panorama literário brasileiro. Potencializa diferentes vozes e histórias, fomentando a produção literária e cultural do país. No catálogo, busque livros do gênero que quer publicar, mas também cheque se existem variados tipos de publicação. A versatilidade é uma das características das maiores editoras do Brasil, assim como ter um grande número de obras publicadas. A partir de uma análise do tipo de obra que a empresa publica, você consegue perceber a linha editorial que ela segue, se a editora tem histórico de apoiar autores emergentes e se promove a diversidade de vozes e perspectivas em seus projetos. Inovação A inovação é essencial para se manter relevante em um mercado competitivo. As maiores do meio adotam novas tecnologias e tendências para melhorar a experiência de leitura, como e-books, audiobooks, plataformas digitais de leitura e marketing inovador. De acordo com uma pesquisa divulgada pela CBL e o SNEL, as vendas de ebooks cresceram em 81% de 2019 para 2020, por exemplo. Sendo assim, saber como fazer um ebook é indicador de uma editora com grande potencial de crescimento no mercado. Veja se no catálogo da editora os livros também são disponibilizados digitalmente, tanto em ebook quanto audiobook. A adoção de tecnologias digitais e interativas não apenas amplia o alcance das publicações, mas também proporciona aos leitores novas maneiras de se envolverem com os livros. Além disso, a inovação no marketing e na distribuição permite que novos públicos sejam atingidos, explorando diferentes mercados. Procure editoras com planos de marketing e divulgação bem planejados, que atinjam diferentes mídias. Alguns exemplos são a publicação de matérias, entrevistas com autores e produção de materiais promocionais como book trailers, além de divulgação nas redes sociais da editora. Presença no mercado Uma forte presença no mercado é um dos mais importantes indicadores do tamanho de uma casa editorial. Isso inclui distribuição eficaz, parcerias com livrarias e plataformas online e uma rede de contatos bem estabelecida com autores e mídias tradicionais.  Editoras com uma presença significativa no mercado conseguem colocar seus livros nas mãos dos leitores de maneira eficiente e abrangente. Parcerias com as principais livrarias e uma rede de distribuição eficaz são marcos de uma presença no mercado significativa. A capacidade de alcançar uma ampla rede de distribuição garante que os livros sejam acessíveis em diversos pontos de venda, tanto físicos quanto digitais. Além disso, uma presença forte no mercado facilita a negociação de direitos autorais e a tradução de obras para outros idiomas, expandindo ainda mais o alcance das publicações. Pesquise as parcerias da editora com outras empresas e plataformas de distribuição. Procure por ela nas principais livrarias e marketplaces do país. Assim, saberá o nível de influência que ela tem no mercado editorial. Relação com autores Manter boas relações com autores é fundamental. Isso inclui oferecer todo o suporte necessário durante o processo de edição, publicação e promoção dos livros.  Esse suporte pode abarcar desde orientação editorial até ajuda na divulgação e nas estratégias de marketing do livro, além de contratos transparentes. Autores que se sentem valorizados e bem tratados tendem a estabelecer parcerias de longo prazo, contribuindo para publicações consistentes e de alta qualidade. Assim, a editora mantém seu número de escritores, apenas adicionando novos talentos ao seu catálogo. Para averiguar isso, você pode conversar com outros autores publicados pela editora para saber sobre suas experiências. Plataformas como o ReclameAqui e avaliações no Google podem ser de grande ajuda. Verifique também se existe um suporte em marketing e divulgação para os autores. Números Quando se fala em termos como “maior”, naturalmente esperam-se números que justifiquem a escolha dessa palavra. Apesar de não ser o único fator determinante, números são importantes para medir o tamanho de qualquer instituição. Atente-se ao número de anos de experiência da empresa no

Um desafio vencido além das 294 páginas do Litania – O Amor não Precisa ser Barroco

Lançamento do livro de poesia Litania

O autor Carlos Francisco Freixo, que completa vinte anos de carreira de escritor em 2024, fala sobre como foi escrever seu décimo livro, LITANIA – O AMOR NÃO PRECISA SER BARROCO, lançado recentemente pela Editora Viseu. Nesta entrevista, o leitor vai mergulhar nas motivações que o fizeram reunir 218 poemas inéditos sobre amor de forma inusitada, positiva e leve.  A conversa abrange ainda as dificuldades do processo criativo, as escolhas temáticas e estilísticas, oferecendo um panorama profundo das reflexões do autor sobre a vida e a própria literatura. Quando começou a concepção do livro LITANIA – O AMOR NÃO PRECISA SER BARROCO? Essa ideia começou ainda com os estudos de todos os períodos literários. E não achava tão bacana, para se falar de amor, ter de passar por sofrimentos, angústias, desesperos.  Tudo isso foca sempre no contraste do desejo de uma sintonia, que é o que se espera quando se encontra uma pessoa para compartilhar os dias.  De modo a ser sempre um apoio seguro e descobertas diárias de uma vida que é presente, sem sofrimentos. A caminhada é constante. E, com a descoberta do amor, poder celebrar diariamente e com entusiasmo o “presente” que se tem. Havia outros poemas, de temas diferentes, ou a temática lírico-amorosa se impôs? Eu gosto muito da poesia social, mas, neste trabalho, o lírico-amoroso se impôs tecendo as horas, dias e meses de uma forma natural.  Durante este período, claro, outras temáticas apareceram, mas prevaleceu neste livro esta temática como essência para ser saboreada, vivenciada como essência para a vida. LITANIA é um livro robusto, com 294 páginas e 218 poemas. Não é raro um escritor produzir essa quantidade sobre um mesmo tema? Deu vontade de desistir, reduzir um pouco? Sim, não me lembro de nenhum livro lírico-amoroso tão extenso como este. Mas foi motivador, principalmente por que foram pintando ideias que traziam e permitiam variações do tema. Por exemplo, no formato das rimas, estrofes, versos livres, eu-lírico feminino, alguns poemas curtos, outros mais longos, a presença de deuses de todas as áreas de conhecimento, e a própria litania deram motivação para que permanecesse nessa linha. Sua experiência pessoal foi espelhada no tema lírico amoroso do livro? De certo modo, a experiência pessoal passa sim, mas como motivação para o escritor. O escritor tem de filtrar a pessoalidade e expor uma visão mais ampla, possível e passível de encontrar no leitor uma identificação. Se ficar apenas na experiência pessoal, acaba soando artificial.  A escrita da poesia é trabalho intenso. Claro, aproveitei todas as possibilidades que me foram aparecendo, desde os temas até a sonoridade, momentos brincantes, momentos sérios, momentos simples e momentos mais profundos. Tudo isso pelo filtro necessário que a literatura exige. O senhor se considera um romântico? Como é sua convivência de escritor/professor com o tema lírico-amoroso? Curiosamente não me considero romântico, mas tenho paixão pela vida, pelo que a vida nos apresenta.  Não poderia reclamar dos desafios que a vida exige porque, diariamente, a superação é o que temos de fazer. E, ao mesmo tempo, temos a responsabilidade com os outros e com a gente mesmo.  Por isso é importante perceber tantos olhares que temos diariamente. E todos esses olhares também passam pela nossa pessoalidade.  Como professor, não me sentiria bem se não conseguisse despertar as emoções, os talentos que cada estudante tem. Não me sentiria bem se não conseguisse transmitir reflexão e, principalmente, esperança em cada um de meus estudantes. Esse número de poemas em um único livro, 218, é natural? Quando saber a hora de parar de escrever para produzir mais um livro? Não é natural rsrsrs, mas aconteceu. Temos o desejo de percorrer todos os dias bebendo dessa poesia que é a vida intensa, abrindo-se a possibilidades. E isso o ano inteiro, mês a mês, dia a dia, hora à hora.  Naturalmente que, em certo momento, temos de encerrar essa sequência, pois novas possibilidades vão aparecer e sugerir outros caminhos.  Com certeza, um poema precisa determinar que não é o ponto final, mas o momento de abrir outras janelas, de escancarar outras portas. Pois a vida é contínua. Somos finitos, mas a vida prossegue. Houve alguma inspiração, de outro escritor, antes da decisão de criar seu décimo livro de poesia? Pergunta difícil de responder, porque tenho uma leitura muito intensa. De certo modo, todos me influenciam, mas tenho no meu momento de escrita ser apenas eu mesmo com todas as leituras, mas filtrando para transmitir a melhor emoção possível com meus versos.  E, além dos clássicos, adoro a leitura de muitos que não fazem parte do cânone e trazem possibilidades muito interessantes. Ainda aqui, tenho de apresentar algo que não digo novo, mas um olhar que precisa ser notado. Como é seu processo criativo? Fui professor de Literatura, de Teoria Literária. Cada período reflete a sociedade da época (suas aspirações, seu jeito de pensar e agir).  Alguns momentos são carregados de esperança; outros são terrivelmente pesados. Mas, em todos, temos de buscar caminhos seguros porque somos elos ligando a geração anterior e a posterior. No meu caso, trabalho de uma forma muito aberta. Alguns temas me permitem brincar, rir, e o texto tem que sair assim, mais leve.  Outros temas pedem mais seriedade, portanto, as palavras precisam ser mais encorpadas, pedem na sua musicalidade expressar esse sentimento – e, no conjunto, apresentar a dinâmica da vida que nos traduz a poesia a cada momento. Momentos leves e tensos vão perfazendo as horas. Houve dificuldades, na hora de escrever? O que foi mais complicado de superar durante o processo criativo? E depois? A poesia exige variedade, novas abordagens, novos ritmos. Está muito próxima da música. Precisamos descobrir a música de cada poema. Corre-se o risco da repetição. Por isso procurava sempre, a cada poema, deixá-lo concluído para evitar os mesmos ritmos ou mesmas abordagens.  Claro que, em certo momento, é preciso rever tudo e ver se tem sentido. Tenho que deixar o escritor de lado e ser o primeiro leitor de mim mesmo. Parece confuso? Não é. Tenho de

Epílogo: como fechar seu livro com estilo

5 dicas para escrever um bom epílogo

A conclusão de um livro é um dos momentos mais significativos dentro de uma narrativa. É a última impressão que fica para o leitor, impactando muito sua experiência geral com a obra. Caso o autor opte por incluí-lo, o epílogo pode ser a chave de ouro que fecha uma história. Ainda assim, são poucos os autores que conhecem e utilizam esse recurso, menos ainda os que o fazem de maneira satisfatória e significativa. Pensando nisso, neste artigo explicaremos o que exatamente é o epílogo, para que serve e como fazer um, com dicas e exemplos. Se você sempre quis utilizá-lo para finalizar um livro, mas nunca soube como, fique com a gente e confira!  Epílogo: como fechar seu livro com estilo O que significa epílogo? A palavra tem origem no grego, epílogos, que significa “conclusão”. Não por acaso, é uma parte inerente da estrutura de epopeias gregas, finalizando obras como Ilíada e Odisseia.  Ele é o oposto do prólogo, sendo a parte final de uma obra literária. É um desfecho que vem depois do final principal, agindo para saciar aquele sentimento de “e agora?” que surge ao fim de um livro. Qual a diferença entre epílogo, posfácio e agradecimentos? Apesar de todos esses elementos se encontrarem no final de um livro, são coisas diferentes, com finalidades distintas: Posfácio: não faz parte da narrativa, texto explicativo onde o autor pode falar sobre seu processo de escrita, suas decisões e conclusões pessoais sobre a obra. Agradecimentos: não faz parte da narrativa, local onde o autor relembra e agradece às pessoas que foram significativas para sua jornada como escritor. Epílogo: faz parte da narrativa, finaliza a história e não é utilizado para expressar a voz direta do autor.   Para que serve o epílogo? O epílogo pode ter muitas funções em uma obra. É uma ferramenta poderosa para manter o leitor envolvido até os momentos finais do livro. Algumas razões para incluir esse elemento na sua narrativa são: Fechamento da história Utilizar esse recurso proporciona um final mais arredondado para a história. Pode ser utilizado para amarrar pontas soltas e tapar buracos da trama, proporcionando uma sensação de encerramento mais satisfatória para o leitor. É um modo de responder a diversas perguntas que podem surgir ao final de um livro. Permite que os leitores revisitem seus personagens favoritos após os acontecimentos da narrativa, saciando a vontade de ver o que aconteceu a eles. Apresentar continuações Se você quer escrever uma trilogia ou uma série de livros, também é um ótimo modo de plantar sementes para futuras obras. Assim, você prepara tanto seu universo e personagens quanto o leitor para uma sequência. Através da inserção de ganchos em seu final, você atiça a curiosidade do leitor, fazendo com que ele queira ler a continuação. É uma ótima maneira de despertar teorias e mantê-lo engajado, ansiando pelo lançamento do próximo livro. Reflexão sobre a obra Através dessa ferramenta, você pode relembrar os temas do seu livro e reforçá-los. Serve como uma conclusão para sua obra, retomando a mensagem principal que você quer passar com sua escrita. Assim, a temática do seu livro se fortalece, impactando ainda mais o leitor. É um modo de fazê-lo pensar sobre o que experienciou com o livro até o último momento, refletindo sobre a obra como um todo. Desenvolvimento de personagens O epílogo é um ótimo modo de desenvolver seus personagens ainda mais. Através dele, você mostra o impacto que os acontecimentos do livro tiveram sobre eles e suas vidas. Assim, tornam-se mais realistas, indo além do final da história. Os personagens podem estar muito diferentes do início do seu livro, por exemplo, trazendo um paralelo interessante para a história. Essa finalização serve para escancarar ainda mais a evolução e desenvolvimento pelo qual eles passaram durante a narrativa. Conexão prolongada com o leitor O final é uma das partes mais lembradas de um livro. É com ele que você se despede de seus personagens e história, mas também do seu leitor. Uma conclusão bem construída pode ter uma carga emocional muito grande. Serve como um ponto a mais de conexão, para que a história continue ecoando além das páginas. Pode tornar um livro muito memorável, tendo um impacto mais profundo em seus leitores. Como fazer um epílogo? 5 dicas para fechar seu livro com maestria Agora que você já sabe o que é um epílogo e para que ele serve, deve estar se perguntando como aplicá-lo na sua história. Aqui estão 5 dicas práticas para ajudá-lo: 1 – Faça um pulo temporal Mostrar como estão os personagens meses ou até mesmo anos após os acontecimentos do último capítulo é uma ótima maneira de utilizar esse recurso. Isso dá ao seu leitor a sensação de acompanhar seus personagens amadurecendo. Além disso, permite que sua história permaneça um pouco mais com o leitor. Os personagens e acontecimentos devem continuar fiéis a seu progresso na trama, com decisões e consequências compatíveis com o final da obra. 2 – Surpreenda seus leitores Apesar de ser importante manter um caminho coeso com a história, não seja óbvio. Se o epílogo for muito previsível, sem nenhuma surpresa para o leitor, ele pode se tornar monótono e até mesmo desnecessário. Insira algum elemento que surpreenda seus leitores, expandindo o mundo que criou para eles. Amarre as pontas da sua história de um modo satisfatório, mas também traga informações novas e interessantes para a trama. 3 – Coloque indícios de uma continuação Como mencionado, o epílogo é o local perfeito para plantar sementes de uma série de livros. Você pode apresentar um personagem novo que será importante no futuro, dar indícios de um mistério ou segredo ainda não revelado ou ainda iniciar uma ação que terá graves consequências mais adiante. Atenção: é importante ter um guia de narrativa para não se perder em sua própria história colocando elementos que não vão fazer sentido depois. Pense bem em cada detalhe do seu final, para que o leitor não fique decepcionado ou sem respostas no decorrer da série. 4

Como editar um livro? O que acontece depois que sua obra está finalizada

Entenda tudo sobre como editar um livro

Quem diz que escrever é fácil certamente nunca tentou escrever um livro. Demanda altos níveis de dedicação, criatividade, conhecimento e prática, além de muita inspiração e uma vontade que vem da alma. Certamente, não é uma tarefa fácil e não é para qualquer um. Se escrever já é difícil, finalizar um livro por completo é um feito ainda mais admirável. Todas as noites mal dormidas, compromissos cancelados e infinitos dias de estudo e esforço culminam naquele último ponto final da obra. Mas o que fazer agora que a escrita está concluída? Quando a demorada etapa da escrita acaba, outra igualmente trabalhosa e necessária nasce: a edição do livro. Apesar de ser uma parte imprescindível no processo de publicação da obra, podendo garantir ou acabar com as chances de sucesso do livro, muitos autores não sabem exatamente o que fazer nessa fase. Afinal, como editar um livro? De fato, o processo de edição pode parecer complicado para aqueles que não estão inseridos no mercado editorial. São muitos detalhes técnicos que a edição de um livro abarca, sendo muito comum para um escritor iniciante ficar perdido em meio a tantas coisas nas quais pensar. Sendo assim, apresentaremos um guia de como editar um livro, explicando o que é e qual a importância dessa etapa para uma obra. Abordaremos desde a edição do texto até a diagramação e capa do livro, tocando em questões importantes como registro de direitos autorais e ISBN. Fique com a gente e confira! Como editar um livro? O que é a edição de livro? A edição de um livro é todo o processo pelo qual o manuscrito passa antes da publicação. Normalmente comandada por um editor de livros profissional, é a arte de lapidar um arquivo de texto bruto e transformá-lo em um livro pronto para consumo. Diferente do que alguns pensam, a edição não se limita apenas à correção de erros gramaticais. Ela envolve uma análise profunda da estrutura, do conteúdo e do estilo do texto. Durante essa etapa, muitas vezes mudanças significativas são feitas, como inserção e retirada de capítulos e até mesmo reescrita de personagens inteiros. A edição também vai além do texto, envolvendo formatação, design editorial, registros e planejamento de marketing. Consiste em diversos processos que visam aprimorar a qualidade da obra como um todo, aumentando as chances do livro se tornar um grande sucesso. Normalmente, profissionais de diversas áreas estão envolvidos na edição de um livro. De revisores a capistas e bibliotecários, é uma das etapas mais importantes e multidisciplinares da publicação. Por que editar um livro? Uma boa edição pode transformar um manuscrito bom em um livro incrível. Confira algumas razões pelas quais a edição de um livro torna-se necessária no mercado editorial: Alcance da melhor versão possível A edição é imprescindível para alcançar o potencial máximo que uma obra tem a oferecer. Através de uma edição e revisão de texto bem feitas, a trama é refinada, podendo até mesmo fazer surgir novas possibilidades que melhorarão a narrativa. Esse processo traz mais clareza para o livro como um todo, tornando-o mais assertivo e impactante. Assim, as ideias e sentimentos que o autor busca suscitar em seus leitores são potencializados, tornando a obra uma versão melhorada de si mesma. Correção de erros e inconsistências Além de expandir as qualidades da obra, a edição tem a tarefa de livrá-la de seus defeitos. Questões como erros gramaticais, inconsistências e vícios de linguagem são resolvidas nessa etapa. Uma boa edição não foca apenas em questões gramaticais, mas analisa também os aspectos estruturais da obra. Assim, qualquer furo ou incoerência serão apontados e corrigidos, garantindo a qualidade e coesão da obra final. Conformidade com expectativas do mercado Um livro só é considerado de qualidade se está dentro dos parâmetros esperados pelo mercado editorial. Isso inclui uma boa capa de livro e diagramação, mas também a conformidade com expectativas de público-alvo e gênero literário. Um bom editor irá analisar a obra e oferecer seu conhecimento acerca das tendências do mercado editorial. Assim, o autor pode fazer alterações para que sua obra atenda melhor seus leitores, garantindo uma chance de sucesso maior. Credibilidade e qualificação A publicação de uma obra não editada é perigosa para a reputação do autor. Sem um olhar mais afiado e especializado, erros bobos podem passar despercebidos e causar danos à credibilidade do autor. Editar um livro é diferente de escrevê-lo. É um processo no qual se observam detalhes que passam despercebidos durante a escrita, por conta da proximidade do autor com sua obra. São necessários objetividade e um certo afastamento nesse processo. Potencializar o estilo único Além de corrigir e melhorar a estrutura e gramática do texto, nessa etapa é possível identificar o diferencial da obra. Assim, pode-se explorar ainda mais o estilo de escrita do autor, potencializando sua forma única. Através de um layout e capa que expresse os temas do livro, por exemplo, é possível torná-lo ainda mais singular e impactante. Em uma boa edição, a voz do autor torna-se mais clara e alta, lapidando a obra sem perder sua essência. Como editar um livro no Brasil? Explicada a importância dessa etapa para a publicação de um livro, é chegada a hora de destrinchar os processos de edição de um livro com mais detalhes. Confira os passos para a edição de um livro de sucesso: Edição de texto por conta A edição do texto por conta própria é o primeiro passo para um bom livro. Afinal, é a partir desse texto que serão trabalhadas todas as outras etapas de edição, portanto, é imprescindível que ele esteja em sua melhor versão possível. Existem alguns tipos de edição de texto, todos com diferentes funções, mas necessários. Aqui estão os mais comuns: Autorrevisão A autorrevisão é o processo pelo qual o próprio autor revisa e edita seu manuscrito antes de submetê-lo a revisores externos ou editores. É fundamental no desenvolvimento de um livro, pois permite ao autor refinar suas ideias, ajustar a narrativa e eliminar erros básicos. É a primeira linha de defesa na

“Fazemos arte porque precisamos”, declara autor Bruno Gurgel

Bruno Gurgel transforma sua experiência na pandemia em poesia no livro "O que eu queria ter dito"

Em seu primeiro livro, Bruno Gurgel transforma o rebuliço de tudo aquilo que guardou para si em poesia. “O que eu queria ter dito” explora desde questões sociais até experiências profundamente íntimas, tocando em temas como luto, amor, conectividade no mundo digital, morte e existência. Seu livro é um compilado de poesias escritas entre 2020 e 2024, um momento marcado pela pandemia de Covid-19. Atuando na linha de frente durante essa crise, foi a partir do caos e questionamentos trazidos pela época conturbada que o médico renasceu como poeta.  “O que eu queria ter dito” é um convite à autorreflexão, uma leitura para entrar em contato com os próprios sentimentos e palavras não ditas. Através de versos impactantes, Gurgel incita seus leitores a fazer de seus poemas terapia. Nesta entrevista exclusiva, conheça um pouco mais sobre o processo criativo do autor, como sua experiência como médico impactou as poesias, suas principais referências criativas e muito mais. Fique com a gente e confira! 1. Como foi o início da sua carreira como escritor? Bruno Gurgel: Vamos ver. Está sendo. Ansioso para toda essa experiência. Sinto que terei muito aprendizado pela frente.  2. Como surgiu a ideia de publicar seu primeiro livro de poesias? Bruno Gurgel: Surgiu de um desespero. Estava completando o primeiro mês em Caruaru – PE na linha de frente como médico, bateu uma saudade aguda da minha parceira. Escrevi para ela a primeira poesia que guardei  “Um sobre dois”. Me ajudou a dar fluxo ao que sentia naquele momento. Daí em diante, passei a escrever quase diariamente. Me ajudou a seguir em frente. 3. E como sua experiência atuando na área da saúde durante a pandemia aparece em sua escrita? Bruno Gurgel: Reflito sobre situações que vivi. Casos que me marcaram. Reflito muito sobre meu papel como médico. No livro, falo de situações que presenciei. Dores de pessoas que se foram, momentos em que tive dúvida, momentos em que não pude ajudar. Minha relação com a profissão é um tanto conflituosa, admito. É muito difícil equilibrar habilidades técnicas, o estudo das doenças, a promoção de um cuidado que vá além dessas questões biológicas e minha própria saúde ou processo de adoecimento. Já é um desafio habitual, acentuado enquanto trabalhamos nos cenários em que trabalhamos, situações que poderiam muito bem serem encontradas em períodos de guerra. Durante a pandemia, vivemos um período de agudização das dificuldades históricas que nosso sistema de saúde já possui. Mas, apesar de tantos absurdos presenciados, tenho muito orgulho de ter estado na linha de frente com as equipes de saúde na atenção primária, na emergência e na UTI. 4. Seu livro é dividido em 5 partes. Existe alguma linha narrativa dentro das poesias que guie essa estrutura? Bruno Gurgel: As poesias são de momentos diferentes. Ficará perceptível pela forma de escrever. Mas não optei por publicá-las em ordem cronológica.  Dividi o livro por temas. Aí, sim, os temas seguem uma lógica. Começa com o conflito: a pandemia. A partir daí, vem a crise que se apresenta com questionamentos de cunho social no segundo capítulo.  Em seguida, passam a ser questionamentos sobre a pessoa em si, como uma catarse. O quarto capítulo é o processo de resolução da crise através do amor e do afeto. Por fim, o clímax é resolvido com o nascimento do poeta. Essa foi minha história, reorganizei minhas poesias para que o livro tivesse esse fluxo. 5. Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração? Bruno Gurgel: Transpiração. Quanto mais me expresso, mais me ponho para fora. O processo começa, a inspiração vai, assim, se avolumando. 6. Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita? Bruno Gurgel: Neste livro, o processo de escrita veio por necessidade. Vinha em ondas e fluía bem. Tenho a impressão até de que a expressão de emoções negativas é algo mais fácil. Quando a angústia está lá, ali, ou aí, bem aí guardada tão bem guardada, é difícil desviar a atenção. Tive dificuldade em escrever sobre os momentos de emoções positivas. Admito, é treino. E é importante para a vida esse treino: estar plenamente presente nos momentos bons para poder vivenciá-los. 7. No seu livro, existem algumas poesias em inglês e também outras assinadas por Jheyza Florêncio. Poderia explicar mais sobre esses textos dissidentes? Bruno Gurgel: Jheyza Florêncio é minha parceira. Temos uma poesia que foi uma conversa nossa que adaptei. As poesias que ela escreveu e coloquei no livro foram traçadas por ela em duas viagens que fizemos. Conversávamos sobre os momentos que passávamos em nossas vidas. As poesias em inglês vieram de forma natural. Quando meus pais fizeram doutorado, fomos morar na Inglaterra. Daí a escrita em inglês e a referência a esse tempo em algumas poesias. Uma delas fala da saudade. Outra escrevi misturando inglês e português, a ideia é exatamente esse tempo na minha vida como parte formadora de quem sou hoje. 8. Para você, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira? Bruno Gurgel: Ser capaz de reter atenção de forma recorrente. É muito conteúdo produzido a todo instante e publicado em plataformas diferentes. Como ser notado diante de tantos outros? E se for notado, como ser notado de novo?  Isso é um problema de veículos de comunicação. É tanta coisa ao mesmo tempo que as mensagens se perdem. No meio de tanto conteúdo digital, sinto falta das pessoas. Sinto falta das vulnerabilidades, dos lados complexos e escondidos. Sinto falta da pedra não polida. Então, acho que é importante produzir esse tipo de conteúdo: sincero, genuíno. Conectividade não é conexão, é importante ter este discernimento.  9. Como você interage com seus leitores online e offline? Bruno Gurgel: O poema sempre instiga o diálogo. Ora é porque tocou algo que estava guardado, ora é porque pegou no contrapé. Às vezes é para perguntar o significado. Essa conversa me deixa feliz. O cunho dos meus textos carregam um lado pessoal, uma vulnerabilidade. Fico feliz quando ressoa

Quanto ganha um escritor? Saiba tudo sobre o tema

Quanto ganha um escritor?

Uma das perguntas mais frequentes entre autores almejantes é: quanto ganha um escritor? A verdade é que não existe uma resposta certa para essa questão, sendo um valor muito variável dependendo do tipo de escritor, gênero literário, editora, número de vendas, contrato, entre outros fatores. Apesar de ser difícil dar um número exato, existem algumas convenções no que diz respeito à partilha de royalties, direitos autorais e pagamento a escritores. Muitos autores desconhecem esses padrões, podendo ficar um pouco perdidos nas negociações. Pensando nisso, neste artigo apresentaremos como e quanto em média ganha um escritor de livros, os valores das remunerações de cada tipo de escritor e quem são os 15 autores mais ricos do mundo. Fique com a gente e confira! Quanto ganha um escritor? Saiba tudo sobre o tema Quanto ganha um escritor de livros no Brasil? No Brasil, editoras tradicionais normalmente pagam de 8% a 10% de direitos autorais para o autor. Sendo assim, escritores que publicam com editoras tradicionais recebem, em média, R$ 5,00 por exemplar vendido, tendo em vista que o preço médio do livro no Brasil é de R$ 51,89. Dependendo da editora, do livro e do contrato, esse valor pode ser um pouco menor ou maior. Fatores como nível de popularidade ou autoridade do escritor, reconhecimento e sucesso comercial são levados em conta para definir os valores negociados. Normalmente, essas publicações contam com um adiantamento de royalties, de acordo com a tiragem produzida. O escritor tem como garantia esse valor, quer o livro venda ou não, mas só continuará recebendo se as vendas surpassarem a tiragem inicial definida. Esses valores podem parecer diminutos e desanimadores, mas algumas editoras trabalham de outra forma, firmando uma parceria com o autor. A Editora Viseu, especializada em novos autores, oferece 50% dos lucros para o escritor, em uma partilha de royalties 50/50. Quer saber mais sobre nosso processo de publicação? Entre em contato conosco e envie seu original finalizado. Nossos editores farão uma análise do material e retornarão com uma proposta de publicação feita para você e seu livro! Quais são os tipos de escritores e quais são seus salários? Uma das principais diferenças no valor que ganha um escritor está no modelo de trabalho que ele realiza. Existem diversos tipos de escritores, cada um com uma função e faixa salarial diferente. Os valores a seguir são baseados em dados e informações divulgados pelo Novo CAGED: Redator publicitário Um redator publicitário escreve textos persuasivos para campanhas de marketing. Trabalha com anúncios, slogans e conteúdo digital. Tem como objetivo promover produtos e serviços, focando em atrair e engajar o público-alvo. Sua rotina envolve colaboração com designers, estrategistas de marketing e clientes para garantir que as mensagens sejam claras e impactantes. Precisa entender bem o mercado, as necessidades do cliente e conceitos importantes de marketing digital como técnicas SEO. Este tipo de escritor deve dominar técnicas de persuasão, ter escrita adaptável, ser criativo e estar atento às tendências. Seu piso salarial é de R$ 2.827,80, podendo chegar a R$ 6.625,49, com uma média salarial de R$ 2.907,20. Jornalista Com um trabalho voltado para a difusão de informações, esses profissionais investigam, escrevem e publicam notícias e artigos. Trabalham para jornais, revistas, sites e TV, reportando eventos locais e globais de forma precisa e imparcial. Entre suas funções estão conduzir entrevistas, fazer pesquisas profundas e verificar fatos, garantindo a qualidade das informações. A ética jornalística e o compromisso com a verdade são fundamentais no exercício da profissão. Jornalistas devem ser adaptáveis a diferentes formatos de mídia. Precisam ser capazes de produzir conteúdo para plataformas impressas e digitais, além de trabalhar sob prazos rigorosos. O piso salarial para esse tipo de escritor é de R$ 3.975,32, com um teto de R$ 9.128,18 e média salarial de R$ 4.086,94. Roteirista de cinema e televisão Roteiristas desenvolvem scripts para filmes e programas de TV, criando diálogos, enredos e personagens. Eles colaboram com diretores e produtores para dar vida às histórias na tela. O processo inclui pesquisa, brainstorming e várias revisões para alinhar o roteiro com a visão do projeto. Roteiristas precisam entender bem de estrutura narrativa e técnicas de storytelling como arcos de personagem. Manter-se atualizado com o mercado audiovisual é crucial, além de networking na indústria para encontrar oportunidades e colaborar em novos projetos. Inicia com um salário de R$ 5.704,36, podendo alcançar R$ 17.790,75, tendo como média R$ 5.864,52. Escritor de ficção Escritores de ficção criam histórias imaginárias, desenvolvendo personagens, enredos e mundos fictícios. Trabalham em diversos nichos literários como romance, fantasia, suspense e ficção científica. A criatividade e a habilidade de contar histórias são essenciais para esse tipo de escritor. Podem trabalhar para empresas ou de forma autônoma, publicando tanto histórias próprias como atuando como ghostwriters. Participar de oficinas de escrita e ter um grande hábito de leitura é imprescindível para  aprimorar suas habilidades e encontrar inspiração. Seu piso salarial é de R$ 3.357,32, com um teto de R$ 6.181,14 e média salarial de R$ 3.451,58. Escritor de não-ficção Esses profissionais produzem obras baseadas em fatos, como biografias, memórias e ensaios, além de escrever livros de autoajuda, de carreira, negócios, gastronomia, entre outros. A habilidade de sintetizar dados complexos e contar histórias não fantasiosas de forma cativante é o que faz um bom escritor de não-ficção. Entre os temas explorados por eles, muitas vezes estão o desenvolvimento pessoal, história, ciências, psicologia e religião. Publicam em diversos formatos, incluindo livros, artigos e ensaios. Manter-se sempre atualizado em suas áreas de interesse é crucial para seu trabalho. Têm um salário inicial de R$ 4.206,43, podendo alcançar até R$ 8.357,78, ganhando em média R$ 4.324,54. Poeta Escritores de poesia expressam emoções, pensamentos e ideias através de versos e rimas. Utilizam linguagem figurativa e ritmos variados para criar obras com grande impacto emocional em seus leitores. São mestres em captar sentimentos complexos em poucas palavras. Têm vasto conhecimento sobre métrica, estrutura de versos e movimentos de poesia e arte. Podem publicar em coletâneas, participar de feiras culturais e promover workshops Poetas exploram temas universais

Editoras brasileiras: conheça 25 nomes de peso

25 editoras brasileiras que você precisa conhecer

As editoras brasileiras desempenham um papel essencial na promoção da literatura e da cultura no Brasil. Através delas, milhares de livros são lançados anualmente, de diferentes gêneros e autores, trazendo histórias de todas as perspectivas para leitores. Assim como os livros, as editoras vêm em diversas formas, nichos e linhas editoriais. Se você é um autor em busca de publicação ou um leitor em busca de novas leituras, conhecer os nomes de peso entre as editoras do país é fundamental. Neste post, apresentaremos 25 editoras brasileiras, destacando suas contribuições para o mercado editorial. Vem com a gente e confira! 1 – Grupo Companhia das Letras O Grupo Companhia das Letras é um dos grandes grupos editoriais do Brasil, fundado em 1986. Grande nome do mercado editorial brasileiro, publica obras de literatura nacional e internacional, incluindo ficção, não-ficção, infantojuvenil e infantil através dos seus 21 selos, com mais de 8.500 títulos ativos em seu catálogo. Entre os selos mais conhecidos estão a Seguinte, de literatura infantojuvenil, seu selo jovem; a Suma, de ficção especulativa e o braço geek do grupo; a Zahar, pioneira na publicação de livros de ciências humanas e sociais; a Penguin-Companhia, selo de clássicos, e a JBC, mais nova aquisição do grupo, focada em mangás. A Companhia das Letras faz parte do maior grupo editorial do mundo, a Penguin Random House. Entre seus autores, estão diversos poetas e escritores brasileiros como Carlos Drummond de Andrade, Milton Hatoum, Chico Buarque e Jorge Amado.  2 – Grupo Editorial Record Fundado em 1942, o Grupo Editorial Record é um dos dos maiores conglomerados editoriais da América Latina. Seu catálogo abrange diversos gêneros, tendo cerca de 6.000 títulos e 17 selos. O grupo também conta com um parque gráfico próprio. Dentre suas publicações, encontram-se livros de ficção, narrativas históricas e científicas, ensaios, reportagens, romances policiais e de suspense, literatura infantil e quadrinhos. Seus selos mais conhecidos são Galera, selo jovem com livros de sucesso no booktok; José Olympio, tradicional editora que foi adquirida pelo grupo; BestBolso, com livros de bolso a um preço mais acessível e Paz e Terra, que publica ensaios e literatura crítica. 3 – Globo Livros A Globo Livros é o braço editorial do Grupo Globo, o maior conglomerado de mídia e comunicação da América Latina. Fundada em 1986, possui 7 selos e conta com um catálogo diversificado. Publica livros em diversas áreas, incluindo biografias e autobiografias, negócios, história, literatura jovem, infantil, romances contemporâneos, clássicos, moda, receitas, autoajuda, entre outros. Entre seus selos, estão Biblioteca Azul, de livros clássicos e autores renomados; Alt, de livros voltados para o público jovem e Principium, de livros de autoajuda. No catálogo, estão algumas celebridades globais como Xuxa Meneghel e Walter Casagrande, mas também escritores como Monteiro Lobato, Oswald de Andrade, Hilda Hilst e Herta Müller. 4 – Editora Moderna Especializada em livros didáticos, a Editora Moderna é uma referência no mercado educacional brasileiro. Fundada em 1968, é focada em promover a educação. Moderna oferece uma ampla gama de materiais didáticos que atendem a todas as disciplinas e níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino médio. Conta com mais de 5 mil escolas parceiras, atendendo 887 mil alunos por todo o país. Além das obras didáticas, seu catálogo conta com literatura infantil e infantojuvenil. Em 1998, adquiriu a Editora Salamandra, que publica todas as obras de um dos maiores nomes da literatura contemporânea brasileira, Ruth Rocha. Em 2001, passou a fazer parte do Grupo Santillana, uma holding voltada para negócios em educação. 5 – Editora Rocco Criada em 1975, a Editora Rocco é uma das grandes editoras brasileiras, sendo uma das pioneiras no segmento de livros para o público jovem. A editora conta com um catálogo de mais de 2.000 títulos. Ficou muito conhecida por publicar a saga Harry Potter de J. K. Rowling no Brasil, mas também conta com outros autores renomados como Thalita Rebouças, Suzanne Collins, Margaret Atwood, Alice Oseman, Anne Rice, Nilton Bonder, Frei Betto e Neil Gaiman, além da obra completa de Clarice Lispector. Além de livros de ficção, a Rocco possui publicações que vão da gastronomia à biografia, crônica de viagem, negócios, filosofia, história e ciência. Possui três selos, sendo um de literatura infantil, a Rocquinho, para crianças de até 8 anos. 6 – Saraiva Educação Formada em 1917, a Saraiva Educação é conhecida por seus livros didáticos e acadêmicos, mas também publica obras de ficção e negócios. A Saraiva Educação é uma das principais editoras de livros jurídicos e educacionais no Brasil. Possui diversos Vade Mecums, além de materiais preparatórios para concursos. Possui 5 selos, sendo eles Saraiva Jur, para livros jurídicos; Saraiva Uni, para publicações universitárias; Editora Ética, de livros técnicos; Benvirá, de autoajuda, negócios, carreira, ficção e biografias e Editora Expressa, focada em conteúdo digital. 7 – Editora Panda Books Criada em 1999, a Editora Panda Books tem como objetivo aliar a educação à diversão, trazendo curiosidades em suas publicações. Uma de suas coleções clássicas é O Guia dos Curiosos, que já consta com 10 volumes sobre variados temas. Também atuam na área de literatura infantil e infantojuvenil, além de livros didáticos, sob o selo Panda Educação. Entre suas publicações, encontram-se biografias, livros de esporte, jornalismo investigativo, almanaques, literatura clássica e muito mais. 8 – Grupo Editorial Autêntica O grupo iniciou com a Autêntica Editora, em 1997, uma das editoras brasileiras focadas em livros na área acadêmica, principalmente das Ciências Humanas. Seu catálogo se expandiu desde então, e hoje o grupo conta com publicações na área de negócios, romances contemporâneos, quadrinhos, livros infantis e para o público jovem adulto. Seus autores variam de Espinosa a Paula Pimenta, abrangendo nomes importantes dentro de diversos gêneros. Possui 7 selos editoriais, sendo cada um voltado para uma área específica. Alguns deles são Yellowfante, de publicações infantis; Gutenberg, para o público jovem; Nemo, de quadrinhos e Vestígio, de ensaios, memórias e biografias. 9 – Editora Aleph A Editora Aleph, fundada em 1984, é uma das poucas editoras brasileiras especializadas em livros de ficção científica e

Bloqueio criativo: 15 dicas para superar

Como superar o bloqueio criativo

O bloqueio criativo é temido por escritores e outros profissionais que trabalham com criatividade por todo o mundo. Passar por ele é uma experiência frustrante e desanimadora, mas infelizmente muito comum. Essa sensação de estar travado pode ter diversas razões. Por conta disso, é difícil entender o que exatamente está causando esse bloqueio e conseguir resolver a situação de uma maneira eficaz. Conhecer não só o que está gerando esse empecilho, como também formas práticas para superá-lo é imprescindível para todo escritor que se encontra nessa situação. Sendo assim, este artigo aborda as principais causas do bloqueio criativo, seus sintomas e 15 dicas para te ajudar a sair dele. Vem com a gente e retome sua escrita de uma vez por todas! Bloqueio criativo: 15 dicas para superar O que é bloqueio criativo? Bloqueio criativo é uma incapacidade temporária de escrever, criar ou desenvolver quaisquer projetos. Pode acometer muitos profissionais, mas atinge principalmente os que trabalham com criatividade, como publicitários, ilustradores, designers e, claro, escritores.  O termo surgiu em 1947, cunhado pelo psiquiatra Edmund Bergler quando este estudava o que  chamou de “inibições neuróticas de produtividade” em escritores. A essas inibições, Bergler deu o nome de  “writer’s block”, bloqueio de escritor, que virou o bloqueio criativo. Não por acaso, essa é uma das categorias que mais sofre com esse fenômeno. A sensação de impedimento de escrever age como uma cobra, enrolando-se na mente, deixando-a paralisada e impedindo as ideias de fluírem para o papel. Quais são os sintomas do bloqueio criativo? Para identificar se você está passando por esse problema, atente-se a esses sinais: Dificuldade para começar a escrever Falta de ideias Sensação de ansiedade ou estresse ao escrever Autocrítica intensa Perda de motivação Dificuldade de concentração Sentimento de estagnação Comparação constante com outros escritores   Atenção: se esses sintomas persistirem, forem muito severos e se estenderem para outras partes de sua vida, podem ser indicadores de um quadro de ansiedade ou depressão. Procure um psicólogo ou médico de confiança se esse for o caso. O que causa o bloqueio criativo? Embora seja difícil identificar exatamente o que está causando essa dificuldade, existem alguns motivos frequentemente associados a esse fenômeno. Muitas vezes, ele é causado por uma combinação de vários fatores. Portanto, é importante conhecer todos os mais recorrentes, para poder evitá-los com mais facilidade. Confira os causadores mais comuns: Estresse O estresse é um grande inibidor da criatividade. Você pode estar se sentindo pressionado com o trabalho ou absorto em problemas cotidianos, que estão te impedindo de focar totalmente na sua escrita. Sendo um dos maiores causadores de bloqueios criativos, o estresse origina um desgaste não só mental como físico. Essa sobrecarga dificulta a concentração e impede que você pense de forma livre e espontânea, mantendo um estado de preocupação constante. Também pode gerar grande ansiedade, o que acaba por causar ainda mais tensão e barreiras criativas. Falta de planejamento A falta de planejamento pode afetar e muito sua escrita. Sem um plano objetivo e direto, você pode se sentir perdido, sem rumo no próprio texto. A ausência de um ponto de partida e um ponto de chegada claros deixa sua criatividade sem um direcionamento. Assim, a ideia para seu livro torna-se muito ampla, abstrata e difícil de colocar em palavras. Autores com o tipo de escrita plotter sentem essa dificuldade de forma ainda mais acentuada, necessitando de uma estrutura completa e concisa para poder de fato começar a escrever seus livros. Perfeccionismo O perfeccionismo é um dos grandes fatores para o bloqueio criativo, impedindo que você escreva por medo de não alcançar uma expectativa autoimposta. Nessa busca pela perfeição, você acaba se sentindo paralisado, incapaz de experimentar novas ideias. Isso acontece porque, ao escrever, você se coloca na posição de cometer erros, algo impensável para um perfeccionista. Além de prender você a um ideal inalcançável, afeta também o que você já tem escrito, fazendo com que queira reescrever capítulos inteiros antes de continuar. Assim, o perfeccionismo pode não só paralisar o seu trabalho, como fazer até mesmo com que ele regrida. Falta de confiança Um dos fatores que pode ser a causa dessa dificuldade de escrever é a falta de confiança em si próprio e na sua escrita. Essa insegurança pode afetar não só sua autoestima, mas também seu trabalho. Essa sensação pode vir de uma constante comparação com outros autores. Além de travar sua escrita, pode causar um medo de críticas, constante descredibilização do próprio esforço e talento e, claro, dificuldade em divulgar o próprio trabalho. A síndrome do impostor em escritores é muito comum, fazendo com que você pense que não é bom o bastante para se tornar um escritor. Pensando desse modo, você inconscientemente desiste de seu livro, e o bloqueio criativo surge. Procrastinação Se você fica adiando a escrita do seu livro, a procrastinação é a causa do seu bloqueio. Muitas vezes ocasionada por desinteresse, ansiedade ou falta de inspiração, ela atrapalha muito o desenvolvimento de uma escrita consistente. A procrastinação pode fazer com que a pressão para escrever se torne ainda maior. Você vai evitando sua escrita progressivamente, pois não quer lidar com essa pressão, em um ciclo vicioso. Isso acaba por diminuir drasticamente o tempo que você dedica a escrever, tornando o processo apressado, tenso e frustrante. Excesso de ideias e informações Se você tem ideias demais, mas não consegue executar nenhuma delas, o excesso de informações pode ser a causa do seu bloqueio criativo. Essa sobrecarga de informações dificulta que você tome decisões criativas. Você fica paralisado frente a infinitos caminhos, sem saber qual tomar. A falta de foco faz com que você não consiga se dedicar totalmente a uma ideia, sempre preso no “e se?”. Assim, você acaba não se comprometendo com ideia nenhuma, ficando parado em sua escrita. Falta de conhecimento Às vezes, a incapacidade de escrever é isso mesmo: falta de capacidade. Você pode estar tentando escrever sobre um tópico que não domina muito bem, causando um trava no seu processo. Desse modo, você acaba não em

Editor de livros: quem é e o que faz?

Saiba o que faz um editor de livros

A figura do editor de livros pode parecer um tanto nebulosa para muitos autores. Afinal, quem é esse profissional e o que ele faz? O editor de livros acompanha o autor desde a chegada do original na editora até a publicação, divulgação e distribuição do livro. Atua em parceria com o autor, oferecendo sua expertise para sugerir melhorias e apontar novos caminhos para a obra. Ao editor, porém, cabe mais do que apenas editar o texto de uma obra. De gestão a marketing, são muitos os conhecimentos necessários para ser um bom editor de livros. Quer saber todas as atribuições desse profissional? Fique com a gente e confira! Quem é o editor de livros? O editor é aquele que gerencia os projetos editoriais dentro de uma editora. Ele acompanha uma obra do início ao fim, aprovando etapas e enviando demandas aos outros profissionais que atuam na publicação do livro. Embora a grande maioria dos editores tenha formação em áreas como Jornalismo, Letras e Produção Editorial, não é necessário uma formação específica para atuar nessa área.  A experiência no mercado editorial e olhos de um leitor atento, além da capacidade de organização e gerenciamento de equipes, são o que fazem um bom editor. Esses profissionais também devem estar sempre atentos às últimas tendências do mercado editorial. O que faz o editor de livros? As funções de um editor podem variar de acordo com a editora na qual ele atua. Aqui, apresentaremos algumas das funções frequentemente incubidas ao cargo. Recebimento de originais Muitas vezes, é o editor que irá avaliar os manuscritos recebidos na editora. Além de analisar questões como escrita, gramática e estrutura, ele avalia aspectos literários, editoriais e comerciais da obra, sob o olhar da editora na qual atua. É a partir dessa avaliação que ele decide enviar ou não uma proposta ao autor. Muitos manuscritos são recusados não por serem ruins, mas por não fazerem sentido dentro daquela editora. O editor vai além do gosto pessoal e até mesmo de aspectos técnicos de escrita, levando em conta também o potencial da obra dentro da editora. Edição do texto O editor frequentemente trabalha de forma próxima ao autor, realizando mudanças no texto da obra em conjunto a ele.  Avalia a coesão textual, corrige vícios de linguagem e repetições da escrita, sugere a inserção de vínculos, referências e tópicos e aponta inconsistências na obra. Diferente de uma revisão de texto, esse profissional vai além da correção gramatical, sugerindo mudanças mais estruturais no livro. Nesta etapa, parágrafos, capítulos e até personagens podem ser adicionados ou cortados; títulos passam por diversas versões e a ordem de capítulos pode ser alterada. O editor de livros sugere as mudanças a partir de um ponto de vista do mercado editorial, com noções profundas de gênero literário e expectativa dos leitores. Embora possa ser difícil para autores mexer em um texto que já consideravam finalizado, os apontamentos do editor visam apenas permitir que a obra atinja seu potencial máximo. Gerenciamento da produção É o editor quem coordena todos os processos da publicação de um livro, enviando arquivos e demandas para os demais profissionais que atuam na editora. Ele deve estar a par do andamento da produção da obra, certificando-se de que nada saia do prazo. Muitas vezes, cabe a ele aprovar ou reprovar etapas como copidesque, diagramação, revisão e capa. Atua como a ponte entre o autor e outros profissionais, acompanhando o livro por todos os passos até sua publicação. Portanto, além de bons leitores, esses profissionais devem ter capacidade de gerenciamento afiada e uma organização invejável. Afinal, acompanham mais de uma obra ao mesmo tempo, supervisionando diferentes etapas concomitantemente. Comunicação com o autor O editor precisa estar em comunicação constante com o autor. É com ele que o autor dialoga sobre mudanças no seu livro, sana as dúvidas sobre o processo de publicação e a quem pergunta sobre o andamento da obra. O editor também é a ponte entre o autor e o leitor. Ele garante que a visão e a voz original não se percam, fazendo com que a mensagem da obra alcance o público. Para isso, precisa estar em sintonia com o escritor. Além disso, com o lançamento do livro, é o editor que mantém o autor atualizado sobre a recepção da sua obra. Ele repassa críticas, feedbacks e elogios para o escritor, de modo a ajudá-lo a ter uma noção do que funciona ou não com seu público. Participação na divulgação do livro Além de cuidar dos processos de publicação do livro, o editor também tem parte em sua divulgação. Através dos seus contatos e experiência, aumenta as chances do livro ser um sucesso de vendas. Por ter um conhecimento profundo tanto da obra quanto do mercado, atua junto com a equipe de marketing para desenvolver um plano de divulgação coeso e eficiente. Ele pode escrever sinopses, entrar em contato com a mídia e organizar eventos para o livro. Como demonstrado, as funções de um editor são muitas. Sem dúvida, é uma das figuras mais envolvidas no mercado editorial, sendo grande parte do sucesso de um livro. Aqui na Editora Viseu, contamos com um time de editores qualificados e experientes. Se deseja publicar seu livro com uma equipe especializada, não deixe de nos enviar seu original! Esperamos que a partir deste conteúdo o papel e a importância do editor de livros tenham se tornado mais claros. Continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre o mercado editorial, dicas de escrita, entrevistas com autores e muito mais!

Como criar um ebook: 6 passos fáceis de colocar em prática

6 passos de como fazer um ebook

O consumo de livros digitais vem se popularizando por todo mundo. O número de vendas de ebooks cresceu em 81% de 2019 para 2020, conforme uma pesquisa divulgada pela CBL e o SNEL, continuando a crescer a cada ano. Observando esses números, torna-se clara a necessidade dos escritores se colocarem no mercado crescente dos livros digitais. Porém apesar de diversos autores desejarem publicar e vender suas obras como ebooks, muitos não sabem como. Pensando nisso, este artigo traz 6 passos para você criar um ebook passando por todas as etapas, desde o conteúdo até a formatação e divulgação do seu livro digital. Continue a leitura e confira! Como criar um ebook: 6 passos fáceis de colocar em prática 1 – Saiba qual seu público-alvo De acordo com a BusinessWire, o mercado de livros digitais ainda deve crescer 28% até 2026. Nesse mercado crescente, é importante ter em vista o que seu leitor espera de um ebook. A grande maioria dos compradores de ebook (68%, conforme pesquisa divulgada pela CBL e o SNEL) escolhe o livro digital por conta do seu preço. Os gêneros de livros digitais mais comprados são não-ficção e ficção, sendo que a maioria das pessoas busca crescimento pessoal e lazer nas leituras, de acordo com a mesma pesquisa. Sendo assim, antes de criar seu ebook é importante pensar bem no seu público-alvo. Quais são seus interesses em um livro digital? Por onde compram e onde leem esses livros? A partir dessas respostas, você consegue definir se, como e quando produzirá seu ebook. Talvez seu público não queira gastar dinheiro com um livro digital, por exemplo. Nesse caso, você pode oferecer os primeiros capítulos da sua história gratuitamente como ebook. Os ebooks podem ser, além de um formato no qual publicar seu livro, uma grande ferramenta de divulgação. Estude seu público-alvo, seus costumes e expectativas. Um bom jeito de fazer isso é descobrindo seu nicho literário. Sabendo exatamente que tipo de livro você escreve, fica mais fácil saber o tipo de leitor que o consome. Além disso, é imprescindível conhecer seu público para guiar todo o planejamento do ebook. Questões como formato, fonte, escolhas de imagens, organização do texto e distribuição devem ser decididos sempre com seu leitor em mente.  2 – Pense no seu conteúdo Para muitos autores, o conteúdo do ebook será igual ao do seu livro impresso, tendo a mesma obra publicada em dois formatos diferentes. Essa é uma forma aconselhável de utilizar o ebook, pois democratiza a distribuição da sua história com um custo reduzido. Também traz acessibilidade, permitindo que você alcance um número maior e mais diverso de leitores. Mas os ebooks têm um potencial que vai muito além disso, tornando-se uma forma de apresentar conteúdos extras para seu público. Podem ser um modo de complementar o universo do seu livro e envolver ainda mais o leitor. Alguns exemplos de materiais extras que você pode criar são: Mapas interativos Guias de pronúncia Fichas de personagens Capítulos extras Checklists Playlists   Além de expandir o universo do seu livro, você pode utilizar os ebooks para conquistar novos leitores e construir sua autoridade como autor. É uma prática muito usada no marketing digital, conhecida por trazer credibilidade e captar novos clientes para uma marca.  2.1 – Como escrever um ebook para marketing digital? Neste caso, você precisará estruturar seu conteúdo do zero. A partir da pesquisa de público-alvo realizada anteriormente, defina um tema para seu ebook.  Esse tema deve ser de interesse para o público, mas também ser algo sobre o que você consiga escrever com propriedade. Para ser considerado autoridade em uma área, é preciso entender bem o nicho e ter algo de valioso para oferecer à comunidade. Com o tema definido, inicie sua pesquisa. O ebook deve ser um material de conteúdo rico e aprofundado, portanto, essa é uma etapa fundamental. Entenda a fundo os temas que pretende abordar através de livros, podcasts, vídeos e sites.  Com a pesquisa feita, é hora de estruturar seu conteúdo. Complemente os conhecimentos que adquiriu na pesquisa com sua própria expertise e ponto de vista, criando um ebook único e com informações de valor para seus leitores. Técnicas de SEO (Search Engine Optimization) e buscas de palavras-chave podem ser muito úteis para entender e planejar o conteúdo de um ebook desse tipo. A partir dessas técnicas, você terá noção das informações mais buscadas por seu público e que tipo de conteúdo melhor responde essas buscas. 3 – Defina o formato Os livros digitais contam com diversos formatos no mercado. Entender qual deles faz mais sentido para você, seu conteúdo e seu público é de extrema importância para que seu ebook seja um sucesso. Os formatos de ebook mais comuns são: PDF Epub Mobi AZW   Um dos aspectos mais impactantes na escolha do formato é se o layout será fixo ou fluido. Ebooks em formato fluido são responsivos, adequando o texto aos dispositivos de leitura, já os em formato fixo, não. Arquivos em layout fluido têm maior acessibilidade, pois usualmente permitem que o leitor altere tamanho de fonte e contraste. Por conta de sua fluidez, são mais flexíveis e ideais para ebooks que possuem muito texto. Se o ebook conter muitas imagens ou um design mais elaborado, porém, essa característica se torna uma desvantagem. O arquivo pode quebrar o texto em lugares inesperados, não obedecendo o layout e ficando desconfigurado Para esses ebooks, é recomendável utilizar formatos de layout fixo, que não se adequam aos dispositivos. O livro aparece para o leitor exatamente como foi formatado, não permitindo alterações e preservando o design, posicionamento de imagens, fonte etc. O mais importante nessa escolha é levar em consideração o que seu público-alvo espera de um ebook. Pesquise quais são os formatos mais lidos e em quais dispositivos seus leitores preferem realizar a leitura para só então tomar a decisão.  4 – Faça a diagramação do seu ebook Com conteúdo pronto e formato definido, é hora de transformar seu documento do Word em um ebook. Para isso, o

Falas em livro: o que são e como escrevê-las

Descubra como escrever falas em livro

A escrita de um livro é composta por muitos elementos. Descrições de lugares e ações normalmente representam a maior parte das narrativas, mas as falas em livro podem elevar ou diminuir drasticamente a qualidade de uma obra. A escrita de falas ou diálogos entre personagens demanda prática e conhecimento para ser dominada. Muitos autores têm grande dificuldade com esse aspecto de suas narrativas, não sabendo por onde começar para melhorar. Pensando nisso, este artigo busca ser um guia para a escrita de falas em livros. Apresentaremos o que são as falas, como indicá-las na narrativa, os erros mais comuns e dicas para você criar diálogos mais fluidos, interessantes e verossímeis. Fique conosco e confira como desenvolver as falas do seu livro! Falas em livro: o que são e como escrevê-las O que são as falas em um livro? As falas em um livro nada mais são do que os discursos de personagens sendo reproduzidos no texto. São representações do que eles disseram ou estão dizendo, podendo ser feitas de forma indireta ou direta. No discurso indireto, as falas são inseridas na narração, sem uma marcação indicando a mudança entre a voz do narrador e do personagem. É uma forma de apresentar falas muito utilizada na técnica do fluxo de consciência, mas pode ser um tanto confusa, principalmente em sua forma livre. Confira um exemplo, retirado de Dom Casmurro: Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação menos, e perder um emprego interino? Não, senhor, devia ser homem, pai de família, imitar a mulher e a filha… Já no discurso direto, as falas são marcadas através de travessões ou aspas, indicando a mudança para a voz de um personagem. É a forma mais usual e conhecida de escrever diálogos. Outro exemplo de Dom Casmurro: — Parece que vai sair o Santíssimo — disse alguém no ônibus. — Ouço um sino; é, creio que é em Santo Antônio dos Pobres. Pare, Sr. recebedor! Como marcar falas em livro? Como mencionado anteriormente, existem dois principais marcadores de falas: aspas e travessões. As aspas são muito utilizadas na língua inglesa. Para indicar a fala, basta colocá-la entre as aspas. Ela pode ser seguida por um verbo de elocução, que explicam um ato oral ou indicam quem está falando (disse, falou, perguntou, murmurou etc.). Atenção: as aspas utilizadas para marcar falas são as duplas (“), não as simples (‘). Já o travessão (—) é o marcador de falas mais utilizado na língua portuguesa. O travessão é inserido no começo da fala. Caso a fala seja seguida por um verbo de elocução, o trecho narrativo é indicado novamente pelo travessão. Atenção: não se deve substituir o travessão por hífen (-) ou meia-risca (–). Muitos autores têm dúvidas sobre a pontuação das falas e verbos de elocução. Uso de ponto final, quando usar maiúsculas e aplicação correta da vírgula são alguns detalhes que podem parecer confusos.  Aqui está um pequeno guia de pontuação em falas, com exemplos retirados de diversas obras de Machado de Assis: Como pontuar fala sem verbo de elocução ou trecho narrativo No caso de falas diretas sem qualquer intervenção do narrador, a pontuação é a seguinte: Travessão — Prometo rezar mil padre-nossos e mil ave-marias, se José Dias arranjar que eu não vá para o seminário. Aspas “Prometo rezar mil padre-nossos e mil ave-marias, se José Dias arranjar que eu não vá para o seminário.” Como pontuar fala com verbo de elocução As frases com os verbos de elocução iniciam sempre no minúsculo, mesmo se a fala anterior terminar em exclamação, reticências ou interrogação. No caso de falas finalizadas por verbo de elocução, a pontuação é a seguinte: Travessão — Sim, é bonita; mas o que pergunto é se você gostaria de ser padre — explicou rindo. Aspas “Sim, é bonita; mas o que pergunto é se você gostaria de ser padre”, explicou rindo. No caso de falas divididas por verbo de elocução, a pontuação é a seguinte: Travessão — Que tem, tem — interrompeu Capitu. — E se não fosse preciso alguém para vencer já, e de todo, não se lhe falaria. Aspas “Que tem, tem”, interrompeu Capitu. “E se não fosse preciso alguém para vencer já, e de todo, não se lhe falaria.” Como pontuar fala com trecho narrativo Os trechos narrativos, sem verbo de elocução, iniciam em maiúsculo. No caso de falas finalizadas com trecho narrativo, a pontuação é a seguinte: Travessão — Segue-me. — E eu segui-a, tão pajem como o outro, como se a ordem me fosse dada, deixei-me ir namorado, vibrante, cheio das primeiras auroras. Aspas “Segue-me.” E eu segui-a, tão pajem como o outro, como se a ordem me fosse dada, deixei-me ir namorado, vibrante, cheio das primeiras auroras. No caso de falas divididas por trechos narrativos, a pontuação é a seguinte: Travessão — Ora, defuntos! — Apertou as mãos. — Ando a ver se ponho os vadios para a rua. Aspas “Ora, defuntos!” Apertou as mãos. “Ando a ver se ponho os vadios para a rua.” Por que escrever falas? As falas têm muitas funções dentro de uma narrativa. Além de dar voz aos personagens, servem para apresentar subtexto e tornar o livro fluido. Uma fala bem construída pode trazer informações para o leitor de uma forma mais dinâmica e verossímil. É um modo de realizar uma construção de mundo mais realista, por exemplo, integrando à fala dos personagens elementos do universo de forma natural. São recursos poderosos para um bom desenvolvimento de personagens. Através das características que coloca nas falas, você vai construindo personalidade. Também cria relações: um diálogo entre dois personagens expõe ao leitor como se relacionam, apenas pelo jeito que conversam entre si.  Outra função das falas é dar mais ritmo à narrativa. Podem ser usados para quebrar a monotonia da narração descritiva, tornando a história mais envolvente e menos cansativa. Também funcionam para fornecer informações que impulsionam a trama, levando a

5 autores de sucesso que escreviam fanfic

Autores de sucesso que começaram com fanfics

O mundo das fanfictions (ficção de fã, traduzido) é vasto e vem se popularizando cada vez mais com o passar dos anos. Com o crescimento de comunidades de fãs nas redes sociais, muitos deles se divertem escrevendo fanfics sobre suas histórias e personagens favoritos. Para a maioria desses fãs, as fanfics são seu primeiro contato com a escrita. Eles compartilham suas histórias dentro dessas comunidades, frequentemente alcançando um bom número de leitores. Muitos tomam gosto por escrever a partir daí, sonhando com uma carreira como autor. Pode parecer um sonho longínquo, mas existem muitos exemplos de autores best-sellers que produziam suas próprias ficções de fã. Neste artigo, listamos 5 autores de sucesso que escreviam fanfics. Vem com a gente e sinta-se inspirado por essas histórias! 5 autores de sucesso que escreviam fanfic 1 – E. L. James Uma das autoras de maior sucesso comercial do mundo, E. L. James começou sua carreira escrevendo uma fanfic. A escritora, que em 2013 foi considerada a autora mais bem paga do mundo pela Forbes, obteve um sucesso estrondoso. Erika Leonard James, nascida em 1963 no condado de Buckinghamshire na Inglaterra, era produtora de TV. Casada e com dois filhos, era seu sonho escrever desde criança, mas preferiu focar em sua carreira e família, deixando esse desejo de lado. Foi quando a autora conheceu Crepúsculo que esse sonho foi reacendido e concretizado. A partir da obra de Stephenie Meyer, encantada pela história de amor entre o vampiro e a humana, E. L. James se sentiu inspirada para produzir sua própria história. A autora, então, descobriu o mundo das fanfics, publicando em 2009 o que viria a se tornar o best-seller 50 tons de cinza. Sob o nickname “Snowqueens Icedragon”, a escritora publicou no site FanFiction.Net sua fanfic de Crepúsculo, chamada Master of the Universe. Essa fanfic, um universo alternativo onde Edward é CEO de uma empresa multimilionária, estourou na internet. Mais tarde, a autora reformulou a história, retirando todas as referências à obra original para publicá-la como livro. 50 tons de cinza se tornou um verdadeiro fenômeno, sendo um dos romances eróticos mais conhecidos pelo mundo. A trilogia vendeu mais de 125 milhões de cópias ao todo, tendo sido publicado em 52 línguas. A história também ganhou adaptação para o cinema, com o primeiro filme alcançando US$ 569,7 milhões nas bilheterias. A série erótica se tornou uma verdadeira mina de ouro para a autora. Além da trilogia principal, E. L. James publicou mais três livros no universo de 50 tons. Esses livros exploram o ponto de vista de Christian Grey, também se tornando sucesso de vendas. E. L. James é uma das maiores representantes das fanfics no mainstream, alcançando sucesso tremendo a partir de uma obra escrita inspirada por outra.  2 – Cassandra Clare Cassandra Clare é um dos nomes mais relevantes na literatura de fantasia YA (Young Adult, jovem adulto). Autora best-seller com mais de 25 livros publicados, já vendeu mais de 50 milhões de exemplares pelo mundo. Judith Lewis, seu nome verdadeiro, nasceu em 1973 na capital do Irã. Passou a infância viajando com sua família, tendo morado na Suíça, na França e na Inglaterra antes de completar 10 anos de idade. Em meio a tantas mudanças, encontrou na literatura um conforto, levando um livro consigo para onde quer que fosse. Sua escritora favorita é Jane Austen e seu livro favorito Senhor dos Anéis, sendo que a autora produziu fanfics para os dois. Ela começou a escrever fanfics ainda na escola: na 8ª série, criando narrativas para seus colegas de classe. Uma delas foi um romance épico baseado em uma pequena história de Jane Austen, The Beautiful Cassandra, que mais tarde inspirou seu pseudônimo.  Era muito presente nas comunidades de fanfics, tendo se tornado conhecida principalmente dentro da comunidade de Harry Potter. Escreveu a Draco Trilogy, uma trilogia de fanfics que começou a ser publicada no site FanFiction.Net em 2000 e finalizada em 2006, que se tornou uma verdadeira febre entre os fãs. A autora também escreveu uma fanfic de Senhor dos Anéis, The Very Secret Diaries, que ganhou bastante notoriedade por conta de seu humor. Esta foi publicada no site LiveJournal da autora. Cassandra Clare é um exemplo de como construir sua própria história a partir de fanfics, tendo criado um universo único a partir de sua experiência escrevendo fanfics de fantasia. Em 2008, publicou Cidade dos Ossos, o primeiro livro do que se tornaria uma volumosa série. O universo criado por Cassandra Clare em Cidade dos Ossos se expandiu, indo além da saga inicial de 6 livros. São 3 trilogias completas e duas em produção, além de 6 livros extras que se passam no mundo dos Caçadores de Sombras. Sua obra foi adaptada duas vezes, uma como filme e outra como uma série de três temporadas. Hoje, ela ainda escreve nesse universo, com planos para finalizar a saga de quase 20 anos com uma última trilogia, com previsão de lançamento em 2025.  Ela continua a referenciar diversas mídias em seus livros, que estão repletos desde referências a animes e cultura geek até citações de obras clássicas como Um conto de duas cidades, O Paraíso Perdido e A Divina Comédia. 3 – Neil Gaiman Autor renomado e muito premiado, Neil Gaiman é um dos defensores das fanfics como um meio legítimo de escrita, tendo ele mesmo participado da prática. Nascido em 1960 no condado de Hampshire, na Inglaterra, o autor aprendeu a ler aos 4 anos. Leitor voraz, alguns dos livros marcantes de sua infância são O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e Alice no País das Maravilhas. Começou a escrever como jornalista, sendo seu primeiro livro publicado uma biografia da banda Duran Duran, em 1984. Durante sua carreira na não-ficção, realizou críticas literárias e entrevistas. Outro de seus livros publicados nessa época foi Don’t Panic: The Official Hitchhikers Guide to the Galaxy Companion (1988). Pode-se considerar essa publicação, além de uma biografia, um livro de fã sobre a obra e vida de Douglas Adams, escritor do aclamado

Leitor beta e leitor alfa: o que são?

Leitura beta e leitura alfa o que é

A leitura beta e a leitura alfa são algumas das muitas etapas pelas quais um livro passa antes de ser publicado. Oferecidas pelos chamados leitores beta e leitores alfa, essas pessoas ajudam o escritor a encontrar pontos de melhoria em seu livro. Apesar de serem cruciais para que uma obra atinja seu potencial máximo, muitos autores ignoram ou até mesmo desconhecem esses processos. Em comparação com os processos de revisão e diagramação, por exemplo, são menos difundidas no mercado editorial. Pensando nisso, este artigo apresenta com detalhes a leitura beta e alfa, como elas funcionam e onde encontrar esses leitores. Vem com a gente e confira! Leitor beta e leitor alfa: o que são? O que é um leitor beta? Um leitor beta é o primeiro leitor do texto finalizado de uma obra. Ele realiza uma leitura aprofundada, oferecendo feedback sincero sobre o livro como um todo. São pessoas que têm liberdade para dar sua opinião sobre aspectos narrativos ou apontar como melhorar o desenvolvimento de personagens do livro. Dialogam com o autor sobre as partes que acharam confusas, rígidas e com furos da história. Além dos pontos negativos, esses leitores também indicam os pontos fortes do livro. Personagens, diálogos, cenas e frases que se destacaram positivamente para os betas são grandes norteadores. Assim, o autor sabe onde investir e o que realmente funciona em sua obra. Atenção: a função de um leitor beta não é ser fã de um escritor e elogiar seu livro descabidamente. São leitores que olham para a obra como um consumidor final, oferecendo comentários sobre o que identificaram na obra em geral a partir desse olhar. Por isso, é importante escolher bem o leitor beta. Deve ser uma pessoa disposta a ajudar, ativa e, principalmente, parte do seu público-alvo. O objetivo dessa leitura é oferecer uma primeira impressão crítica do texto finalizado. E o que é um leitor alfa? Leitores alfa são similares a leitores beta, mas ainda mais desconhecidos e incomuns. Esses leitores acompanham a obra desde os primeiros rascunhos do escritor, de uma maneira mais próxima e envolvida. Diferente dos leitores beta, que pegam um texto finalizado para ler, os leitores alfa lêem o livro capítulo por capítulo. Muitas vezes, realizam a leitura de várias versões do mesmo capítulo, sugerindo melhorias e tecendo comentários sobre o andamento da história enquanto o autor a escreve. A etapa da leitura alfa também irá apontar problemas na narrativa, mas de uma maneira mais específica. Normalmente, leitores alfa sabem o objetivo da história, conhecem os personagens e sabem todo o enredo de antemão. Assim, podem identificar se o autor está se desviando do caminho planejado e alertá-lo para que mantenha o curso. Leitores alfa também servem como um incentivo para que o autor continue escrevendo. Afinal, todo autor quer ser lido. Ter alguém para ler e conversar sobre sua obra já nos primeiros estágios da escrita pode ser muito motivador! Se o leitor alfa tiver experiência com escrita, ainda melhor, visto que poderá propor soluções e novos caminhos para o escritor. Um leitor alfa pode até mesmo ajudar o autor a criar um título marcante para sua obra, tamanha a influência que pode ter em um livro. A escolha do leitor alfa deve ser ainda mais criteriosa do que a do leitor beta. Além de fazer parte do público alvo do livro, essa pessoa deve ser de extrema confiança do autor, pois lidará com seus primeiros rascunhos. Diferenças entre leitura alfa, leitura beta, leitura crítica e revisão As leituras alfa e beta podem parecer semelhantes entre si. Não só isso: podem ser confundidas com outros processos pelos quais o texto passa, como a leitura crítica e a revisão. Apesar de todas essas etapas focarem no texto de uma obra, são processos diferentes, feitos por pessoas diferentes e em momentos diferentes da produção do livro. Aqui, explicamos essas diferenças: Leitura alfa Acompanha o autor desde os primeiros rascunhos do livro Lê o texto não finalizado e por partes Oferece comentários específicos, sugere caminhos e sabe o enredo da história Normalmente, não é feita por um profissional e não é paga Leitura beta Primeiro leitor do texto finalizado Tem o olhar de um consumidor final Oferece comentários gerais sobre a obra e personagens, apontando pontos negativos e positivos de maneira crítica Normalmente, não é feita por um profissional e não é paga Leitura crítica Análise técnica do texto finalizado Noção profunda de gênero literário e mercado editorial Olha a narrativa, com técnicas para construção de personagens e estrutura Realizada por um profissional qualificado, com formação e experiência, é paga Revisão de texto Corrige o texto finalizado Foca em corrigir aspectos gramaticais e de sintaxe do texto Não olha para questões narrativas como estrutura e construção de personagens Realizada por um profissional qualificado, com formação e experiência, é paga Uma das maiores diferenças entre a leitura alfa, a leitura beta, a leitura crítica e a revisão de texto é o fato de que as duas últimas são pagas. Isso porque são feitas por profissionais da área, que estudaram e têm experiência com literatura e o mercado editorial. Alguns leitores beta e alfa também cobram para realizar a leitura do material. Esses leitores normalmente têm experiência extensa, mas nenhum estudo formal. Portanto, é importante sempre averiguar portfólio e qualificação antes de firmar qualquer contrato. A grande maioria de leitores beta e alfa oferecem esse tipo de leitura gratuitamente. São pessoas dispostas e proativas, normalmente leitores assíduos, que voluntariam seu tempo para auxiliar autores. Mas como encontrar essas pessoas? Onde encontrar leitores alfa e beta Leitores alfa e beta podem parecer até utópicos para alguns escritores. Mas eles existem, e há duas formas principais de encontrá-los: Amigos e familiares Como esse tipo de leitura não exige profissionalização, uma boa opção para autores é pedir a amigos e familiares que leiam seu texto de maneira crítica. A possibilidade do autor se sentir mais confortável mostrando seu manuscrito a conhecidos também é maior. Nesse caso, deve-se deixar claro que o escritor não levará

“Ninguém toca piano sem estudar piano. Para escrever, também tem que estudar”, afirma autor Danilo Zanirato

entrevista com autor de novo livro de romance

O escritor Danilo Zanirato explora as diversas faces do amor em seu mais novo lançamento, “Concerto para piano a seis mãos”. O livro segue três protagonistas, Dinorá, Edilson e Letícia, que se entremeiam no decorrer da história em uma sinfonia de anseios, dúvidas e sentimentos complexos. Zanirato demonstra maturidade como escritor, utilizando de sua experiência como poeta para tecer uma prosa sensível e musical. Em sua obra, aborda o conceito do amor em suas várias formas – romântico, familiar, platônico –, com seus entrelaços e colisões inesperadas. Além de um triângulo amoroso nada usual, “Concerto para piano a seis mãos” apresenta a dinamicidade dos sentimentos e a imprevisibilidade da vida. A partir dos dilemas que cada personagem enfrenta, suas escolhas os levam a diferentes arranjos e harmonias. Nessa entrevista, o autor detalha seu processo criativo, compartilha suas referências, relembra o início de sua carreira como escritor e fornece conselhos para novos autores. Confira! 1. Como foi o início da sua carreira como escritor? Danilo Zanirato: Escrevo poemas desde a adolescência. Publico alguns nas redes sociais. Eu achava que não teria capacidade para escrever um romance, mas veio de repente, como um insight, a ideia de escrever o primeiro. Quando me propus a escrever, as ideias jorravam na minha cabeça. Não conseguia dormir, a cada momento me aparecia uma nova ideia e eu tinha que anotar para não esquecer. Até durante o trabalho me irrompiam na mente. Sou médico, trabalho em tempo integral e tenho que escrever à noite e nos finais de semana, conciliando com minhas atividades profissionais, família, netos etc… Confesso que o ato de publicar é mais para alimentar um ego pessoal. 2. Como a experiência na poesia impactou em sua prosa? Danilo Zanirato: A maioria dos escritores inicia na poesia, comigo não foi diferente. Revelou-me o prazer de escrever e, mais ainda, o prazer de ler. Gosto de incluir algumas passagens de prosa poética nos meus textos. 3. Como você lida com bloqueios criativos ou momentos de dúvida durante o processo de escrita? Danilo Zanirato: Uso duas técnicas. Na primeira, apenas abro o computador e começo a escrever. As ideias vão se encadeando. Já na segunda, recorro a outros autores. Leio muito, ocupo cada minuto dos meus momentos livres (que são poucos), para ler. Aproveito ideias de outros autores, não plagiando, mas observando seus estilos e soluções. 4. Para você, a escrita é mais inspiração ou transpiração? Danilo Zanirato: Eu diria que são as duas opções. Tenho momentos em que quebro a cabeça, pesquiso, leio outros autores, sofro, transpiro. Mas também tenho momentos de inspiração, em que as ideias fluem como um rio caudaloso. 5. Na sua opinião, qual é o principal desafio que os autores enfrentam na atualidade para ter sucesso na carreira? Danilo Zanirato: Acredito que seja a falta de visibilidade. Não tenho experiência nenhuma em marketing. O primeiro livro, vendi apenas para conhecidos e meus clientes do consultório, onde deixo o livro exposto. O brasileiro lê muito pouco e acostumou-se com as mensagens curtas e instantâneas da internet. Então, para pegar um romance de 200 a 300 páginas, só os poucos aficionados por leitura. Mesmo no marketing, o número de autores publicando e divulgando é grande, o que deixa pouco espaço para que tenhamos credibilidade. 6. Como você lidou com rejeições ou críticas negativas durante sua jornada como escritor? Danilo Zanirato: Não sei dizer, porque tive raríssimas (e pontuais) críticas ao meu primeiro livro e menos ainda (praticamente zero) aos poemas que público. Não sei se é verdadeiro, mas quase só recebi elogios. A maioria das pessoas não faz comentários, o que me deixa com cisma de que não gostaram e não querem comentar. 7. Quais foram suas principais referências criativas para escrever o livro? Danilo Zanirato: Neste livro, fui muito influenciado pelo romance “Uma casa no fim do mundo”, do Americano Michael Cunningham. Usei o mesmo formato do livro: Cada capítulo dando voz a um dos personagens, escrito na primeira pessoa. Alguma pequena influência também de Haruki Murakami; Mário Vargas Lhosa e Clarice Lispector. 8. Existe algum trecho do livro que você gostaria de citar? Danilo Zanirato: “Tinha um sorriso aberto, doce e sincero que lhe dava um ar de quem compreende a alma humana à sua frente. Não me lembro de ter visto em minha vida mais que dois ou três sorrisos como aquele. Um sorriso que dava a impressão de ser para uma única pessoa no mundo, naquele momento, eu.” 9. Poderia falar sobre seus planos de publicações futuras? Além desse, tem outros projetos em desenvolvimento? Danilo Zanirato: O próximo livro a ser publicado (Mar de Solidão), que foi escrito antes desse, tem uma abordagem bastante diferente. Tem, como em todos os meus romances, muitas referências ao amor, mas envolve também um pouco de aventura. A história acontece em plena ditadura militar no Brasil. O personagem principal tem fama de agitador, o que desagrada aos militares. Paralelamente, existem duas outras personagens com suas histórias que se interligam: Um padre e uma prostituta. 10. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Danilo Zanirato: É um livro sobre amor. A mensagem é enaltecer o amor, em todas as suas formas. 11. Como você acredita que a Literatura pode contribuir para a vida dos leitores? Danilo Zanirato: Vejo a literatura como nuvens de chuva, em que cada palavra é como uma gota de água para o cultivo de uma humanidade mais justa e ética. A literatura expande a mente, abre horizontes, propicia que se enxergue o mundo com a mente mais aberta. Se quer que seu filho seja uma pessoa completa, dê-lhe livros (não brinquedos que imitam armas). Faça com que ele goste de ler como gosta de brincar. 12. Que conselho você daria para escritores aspirantes que estão tentando começar suas carreiras? Danilo Zanirato: Diria: leiam, leiam. Leiam muito antes de iniciar qualquer obra. E, se possível, façam cursos. Ninguém toca piano sem estudar piano. Para escrever, também tem que estudar. “Concerto

Plotter, pantser e plantser: qual seu tipo de escrita?

Descubra qual seu tipo de escrita

Dos que planejam cada detalhe da história aos que escrevem totalmente na base do improviso, é importante para um autor saber como ele prefere criar sua obra. E, a partir daí, saber se tem um tipo de escrita plotter, pantser ou plantser. Muitos autores tentam se encaixar em uma escrita que não é sua, fazendo com que o desenvolvimento do livro se torne frustrante. Entender bem esses tipos permite a busca de ferramentas e técnicas voltadas para seu estilo específico, evitando dores de cabeça. Pensando nisso, este conteúdo aborda os tipos de escrita mais comuns, suas dificuldades e facilidades e recursos voltados para cada um deles. Está pronto para descobrir e desenvolver seu tipo de escrita? Vem com a gente e confira! Plotter, pantser e plantser: qual seu tipo de escrita? Plotter: o planejador O termo “plotter” surge de “plot”, do inglês, que significa enredo ou plano. Um escritor “plotter”, então, seria um planejador. Autores com esse tipo de escrita pensam em cada detalhe de suas obras antes de começar a escrevê-las. Escrever sem um plano é impossível para esses autores. Eles se sentem perdidos sem uma estrutura a ser seguida fielmente.  Desdobram-se nas pesquisas, definindo cenário, personagens e cenas de antemão, com muitas especificidades. Um exemplo de escritor com esse estilo é J. R. R. Tolkien. Vantagens do tipo plotter As vantagens de ser um plotter são muitas: Menos reescrita e edição, pois o planejamento minimiza muito os erros de continuidade Estancam menos no meio do processo, pois sabem exatamente por onde a história deve seguir Normalmente, seguem fórmulas narrativas com resultado comprovado, com arcos narrativos bem construídos Tem maior noção de quando a obra estará finalizada   Por ser um estilo de escrita planejado, os livros produzidos por esses autores são muito bem estruturados. Em obras de fantasia, por exemplo, onde a construção de mundo é imprescindível, esse tipo de escrita é muito bem recebido. Desvantagens do tipo plotter Apesar de ser um estilo de escrita organizado, que resulta em obras bem estruturadas, autores desse tipo não estão livres de problemas: Passam muito tempo pesquisando e acabam por não iniciar a escrita de fato Ficam presos demais à estrutura, tornando-se prisioneiros do próprio planejamento Caso precisem ou queiram mudar algo, terão que refazer todo o planejamento novamente   É importante estar ciente dos desafios enfrentados por esse tipo de escritor para poder evitá-los. A estrutura criada por um planejador deve ser sólida e bem construída, para que o livro não tenha que ser reescrito completamente por conta de um erro encontrado no final. Apesar disso, o autor também não deve cair no perfeccionismo, revisando a estrutura e fazendo pesquisas desnecessárias para o livro. É importante não perder de vista o objetivo final de todo esse planejamento, que é escrever. Recursos para tipo plotter Existem muitos recursos disponíveis para realizar um planejamento conciso, mas prático. Aqui, apresentamos alguns: Guia definitivo de desenvolvimento de personagens, um guia pensado para a estruturação e desenvolvimento de personagens completos do zero Manual de desenvolvimento de narrativas, um material para estruturar a história do livro do início ao fim, abrangendo desde o conceito do livro até um plano de escrita Estruturas narrativas como os 5 arcos de personagens mais comuns Aplicativos voltados para organizar a escrita, como o Bibisco, FocusWriter, Manuskript e yWriter    Com esses recursos, a escrita para um autor do tipo plotter com certeza se tornará mais fácil! Pantser: o improvisador A escrita do tipo pantser é totalmente pautada no improviso. O nome é derivado da expressão em inglês “to fly by the seat of your pants”, que pode ser traduzida como “fazer o que dá na telha”. Autores com esse tipo de escrita escrevem livremente, sem planejamento. Esses autores não gostam de ficar presos a uma estrutura. Tem uma leve noção da história ou personagem principal, mas improvisam todo o resto.  Florescem na liberdade desse tipo de escrita, deixando a própria narrativa guiá-los. Um exemplo de escritor com esse estilo é Stephen King. Vantagens do tipo pantser Escritores do estilo pantser têm algumas facilidades: Iniciam a escrita mais rapidamente, não dependendo de um planejamento complexo para começar a escrever Têm maior liberdade, podendo explorar os enredos que encontram enquanto escrevem Permitem que os personagens “falem por si mesmos”, guiando a história a partir das ações que parecem naturais a eles, ao invés de encaixá-los em uma estrutura prévia Conseguem usufruir de inspirações mais facilmente, podendo aplicá-las em qualquer parte de seu processo de escrita   Seu estilo mais livre abre diversas possibilidades para o autor. Esse tipo de escrita muitas vezes produz livros únicos e mais estilísticos. Livros de poesia ou autobiografias, que são obras mais subjetivas, recebem bem esse tipo de escritor. Desvantagens do tipo pantser Toda a liberdade desse estilo vem com um preço. Autores do tipo pantser muitas vezes encontram certas dificuldades: Precisam revisar muito sua obra para que fique coesa e evitar furos no enredo Podem ficar perdidos, sem saber por onde seguir ou como terminar o livro Abandonam projetos mais facilmente, pulando para novas histórias sem finalizar as antigas   Sabendo dessas dificuldades, será mais fácil manter-se alerta e contorná-las. A revisão é uma etapa muito importante para escritores desse estilo. É possível contratar uma leitura crítica ou um revisor para auxiliar o autor com essa etapa e garantir que o livro não tenha erros. É importante não se deixar levar completamente, a ponto de acumular uma pilha de projetos inacabados sempre que uma nova ideia surge. Afinal, a escrita do estilo pantser já permite explorar e desenvolver essas ideias dentro de um único projeto. Recursos para tipo pantser Alguns recursos para esses escritores, que prezam a liberdade criativa e não seguem estruturas na criação, são: Escrita em fluxo de consciência, uma técnica que permite ao autor mergulhar e ser levado por pensamentos, sejam seus ou do personagem 30 ideias para escrever uma história, um compilado com ideias em diversos gêneros literários para inspirar a escrita Revisão de texto, para entender como e por

7 livros que se tornaram filmes campeões de bilheteria

Conheça 7 filmes de sucesso baseados em livros

Já se surpreendeu ao descobrir que um dos seus filmes favoritos foi baseado em um livro? Muitos dos filmes campeões de bilheteria no cinema são adaptações de livros, tendo conquistado corações de leitores antes de alcançar milhares de vendas de ingressos. As adaptações são uma ótima opção para diretores e produtores de cinema. Ao apostar em uma história já estruturada e com fãs fervorosos, garantem um público animado para suas estreias.  Anualmente, centenas de adaptações são lançadas para telas, sendo que algumas se tornaram verdadeiros marcos culturais e comerciais. Aqui, elencamos 7 filmes de sucesso estrondoso que foram baseados em livros. Fique conosco e sinta-se inspirado por essas histórias! 7 livros que se tornaram filmes campeões de bilheteria 1 – Jurassic Park Uma das obras de aventura mais conhecidas e queridas do cinema, Jurassic Park foi, inicialmente, um livro. O Parque Jurássico, como é conhecido no Brasil, foi escrito por Michael Crichton e publicado em 1990. Conta a história de um grupo de pesquisadores convidados a visitar uma ilha remota, onde habitam dinossauros recriados a partir de engenharia genética. A obra utiliza a teoria do caos para desenvolver a trama, incluindo discussões filosóficas em meio aos tiranossauros. Dirigido por Steven Spielberg, o filme lançado em 1993 conquistou bilheterias de todo o mundo, alcançando US$ 1,058 bilhões. Com uma trilha sonora marcante e efeitos visuais incríveis para a época, o filme rendeu ao diretor 3 Oscars. O longa virou o primeiro de uma franquia de sete, que em conjunto ultrapassou a marca de US$ 6 bilhões nas bilheterias. Os últimos anos foram os melhores, com os três filmes lançados em 2015, 2018 e 2022 alcançando mais de US$ 1 bilhão cada. A franquia também gerou atrações, com uma seção inteira no parque temático Islands of Adventure, da Universal, dedicado a ela. Jurassic Park continua marcando presença nas telas, com Jurassic World 4: Extinction ganhando trailer no começo de 2024. 2 – Harry Potter Uma das maiores sagas de fantasia do cinema começou como um livro. Publicado em 1997 por J. K. Rowling, a história segue um órfão que descobre fazer parte de um mundo mágico ao receber uma carta para Hogwarts, uma escola de bruxaria. Do quartinho embaixo da escada para o mundo, Harry Potter conquistou milhares de leitores, virando uma verdadeira febre. Em 2001, Harry Potter e a Pedra Filosofal estreou nas telas, o primeiro de oito filmes baseados na saga, com uma bilheteria de US$ 965 milhões. O último filme da saga, Relíquias da Morte – Parte 2, estreou 10 anos após o primeiro, concluindo a história do menino que sobreviveu com um número impressionante: US$ 1,332 bilhão. Em conjunto, a saga alcançou US$ 7,7 bilhões no total. A criação de um universo original, uma das 8 dicas para escrever um livro infantil, foi o que cativou tanto os leitores quanto os espectadores de Harry Potter. Até hoje, o mundo mágico que começou em um livro infantojuvenil encanta pessoas por todo mundo. Harry Potter continua produzindo não só filmes como peças de teatro, jogos, parques temáticos e milhares de produtos como roupas, varinhas e figuras colecionáveis. Uma nova série baseada na história do bruxo tem previsão de lançamento pela plataforma Max, da HBO, em 2026. 3 – Senhor dos anéis Outra obra de fantasia, a trilogia de J. R. R. Tolkien é conhecida mundialmente, tendo se tornado um clássico do gênero. O primeiro livro, A Sociedade do Anel, foi lançado em 1954, seguido por As Duas Torres no mesmo ano e O Retorno do Rei em 1955. A história se passa na Terra Média, um mundo de magos, elfos, anões, orcs, dragões, gigantes e, claro, hobbits. Nela, seguimos o hobbit Frodo em sua árdua jornada para destruir um objeto de grande poder, em um clássico de arco de transformação, um dos arcos de personagem mais comuns em narrativas. Apesar do lançamento do livro em 1954, o primeiro filme da trilogia estreou em 2001, quase meio século depois. Foi muito bem recebido tanto pela crítica como pelo público, conquistando US$ 898,2 milhões. O segundo filme, lançado no ano seguinte, arrecadou US$ 949 milhões. A conclusão, que estreou em 2003, alcançou um número ainda maior: US$ 1,156 bilhões. Além do faturamento conjunto de aproximadamente 3 bilhões de dólares, a trilogia dirigida por Peter Jackson conquistou diversos prêmios. Foram 30 indicações ao Oscar, das quais ganhou 17, sendo uma a cobiçada estatueta por melhor filme com O Retorno do Rei. Outra obra de Tolkien, O Hobbit, ganhou adaptação para as telas em 2012, com um faturamento de 2,9 bilhões de dólares. Em 2022, foi lançada a primeira temporada de Anéis do Poder pela Amazon Prime, outra adaptação que se passa na Terra Média. Tanto os filmes como os livros continuam no imaginário popular, sendo considerados clássicos da fantasia.  4 – Jogos Vorazes Jogos Vorazes, um filme que levou milhares de pessoas ao cinema, começou na literatura. Publicado em 2008 e escrito por Suzanne Collins, o livro do mesmo nome é o primeiro da uma trilogia. O livro se passa em Panem, uma América do Norte distópica, onde uma Capital rica controla 12 distritos precários. Anualmente, os distritos são obrigados a enviar um garoto e uma garota para os temidos Jogos Vorazes, uma luta até a morte entre esses tributos, com apenas um vencedor. O primeiro filme foi lançado em 2012, arrecadando US$ 695,2 milhões. Em Chamas (2013), o segundo filme da saga, alcançou US$ 865 milhões. O terceiro livro, A Esperança, foi dividido em dois filmes, lançados em 2014 e 2015, que juntos obtiveram US$ 1,4 bilhões. No total, a saga faturou 2,9 bilhões de dólares. Em 2020, a autora publicou mais um livro nesse universo, A cantiga dos pássaros e das serpentes, um spin-off que segue o principal vilão da história original, em uma verdadeira aula de como desenvolver um vilão cativante. O livro ganhou adaptação em 2023, com uma bilheteria de US$ 337,4 milhões. Katniss Everdeen, a protagonista da história, se tornou um ícone cultural. Com o sucesso de

Literatura contemporânea brasileira: 10 escritores da atualidade

10 autores da literatura contemporânea brasileira

A literatura contemporânea brasileira refere-se às obras publicadas na atualidade. Desde meados do século XX até hoje, é a corrente literária vigente no Brasil. Carrega consigo influências de variados movimentos literários, produzindo uma literatura abrangente e diversificada. Hoje, podemos acompanhar a carreira de inúmeros escritores, observando suas conquistas e vibrando a cada marco alcançado por eles. Apesar disso, muitos brasileiros desconhecem os nomes mais proeminentes da literatura atual do país.  As obras e histórias desses escritores são uma grande inspiração. Pensando nisso, apresentamos neste artigo 10 escritores contemporâneos brasileiros que você precisa conhecer. Fique com a gente e conheça esses talentos! Literatura contemporânea brasileira: 10 escritores da atualidade 1 – Ariano Suassuna Ariano Suassuna foi um dos maiores dramaturgos, romancistas e poetas do Brasil. Paraibano, nasceu no dia 16 de junho de 1927, em João Pessoa. Ainda na infância, mudou-se para Recife, Pernambuco, onde morreu em 2014. O assassinato de seu pai na Revolução de 1930 foi a razão para a mudança da família. Suassuna estudou Direito na Universidade Federal de Pernambuco, onde mais tarde viria a lecionar Teoria do Teatro. Além de advogado e professor, foi membro da Academia Brasileira de Letras e ainda Secretário Estadual da Cultura, promovendo suas “aulas-espetáculo” por todo país. Durante a década de 1950, destacou-se com o Auto da Compadecida (1955), que mais tarde seria adaptado para o cinema e a televisão, tornando-se uma das mais famosas peças teatrais brasileiras. Além de sua obra-prima, escreveu outras peças de sucesso, como O Santo e a Porca (1957) e A Pena e a Lei (1994). O escritor também traçou romances, sendo o mais notável O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, ganhador do Prêmio de Ficção Nacional, conferido pelo Ministério de Educação e Cultura em 1972. A obra de Ariano Suassuna ficou marcada pela riqueza de elementos do folclore nordestino, suas tradições e seu humor peculiar. Conhecido por suas críticas, principalmente em suas produções de teatro, o autor utilizava a comédia para expor as hipocrisias e corrupções, em forma de sátira. Foi fundador do Movimento Armorial nos anos 1970, que buscava criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura do Nordeste. Esse movimento tirava inspiração da cultura popular original do país, de modo a criar uma arte autenticamente brasileira. Verdadeiro artista, amante de seu ofício e da cultura, uma de suas frases mais famosas é: “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa”. Suas contribuições reverberam ainda hoje no populário nacional, sendo que o filme de O Auto da Compadecida virou um clássico brasileiro, com continuação marcada para estrear neste ano. 2 – Adélia Prado Grande nome da literatura brasileira, Adélia Prado representa a voz feminina em suas obras. Nascida em 13 de dezembro de 1935 na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais, destacou-se por retratar o cotidiano com leveza em seus poemas, mas sem deixar de ser marcante. A autora começou a escrever com 15 anos, em 1950, após a morte de sua mãe. Apesar de praticar a escrita criativa já na juventude, tornou-se de fato uma autora publicada apenas com 40 anos, em 1976. Seu livro de estreia, Bagagem (1976), contou com o apoio impressionado de Carlos Drummond de Andrade no lançamento. Logo atraiu o olhar da crítica por conta de sua originalidade e estilo único. Entre os temas abordados, estão o luto, a fé e o desejo. Professora e filósofa de formação, lecionou por 24 anos antes de assumir a carreira de escritora em tempo integral. A poeta ficou conhecida por sua linguagem mais coloquial e oral. Suas obras são centradas na figura da mulher, utilizando de momentos simples e triviais do cotidiano feminino para abordar questões mais universais. Além de poesia, Adélia também escreveu prosa, incluindo coletâneas de contos e crônicas e um romance. Conquistou diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti de Poesia em 1978, com o livro O Coração Disparado. Em 2006, lançou seu primeiro livro infantil, Quando eu era pequena, e com ele recebeu o Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil. A autora teve mais de um período de pausa na carreira literária, que ela chama de “desertos”. Para a poeta, é imprescindível atravessar esses momentos, pois, de acordo com ela, “uma das coisas mais importantes na vida de alguém é encarar o sofrimento”. Adélia Prado é um exemplo do que se pode conquistar respeitando o próprio tempo. Também mostra que não há idade para publicar um livro, começando sua carreira um pouco mais tarde na vida e alcançando enorme prestígio e reconhecimento. Hoje, a autora continua escrevendo em sua cidade natal. Nas redes sociais, responde perguntas e posta vídeos declamando seus poemas para mais de 70 mil seguidores. Seu livro inédito, O Jardim das Oliveiras, tem previsão de publicação para este ano (2024). 3 – Luís Fernando Veríssimo Luís Fernando Verissimo é um dos cronistas mais aclamados do Brasil. Nasceu em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É filho do também escritor Érico Verissimo, um dos ícones do modernismo brasileiro. Em 1941, mudou-se para os Estados Unidos, onde começou seus estudos. Na adolescência, estudou na Roosevelt High School, em Washington. Lá, adquiriu um gosto pelo jazz e aprendeu a tocar saxofone. Voltou ao Brasil apenas em 1956. De volta a Porto Alegre, o autor iniciou sua carreira no departamento de artes da Editora Globo. Em 1960, integrou o grupo Renato e seu Sexteto, que se apresentava na cidade. Dois anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar como tradutor e redator publicitário. O autor retorna a Porto Alegre em 1967, onde reside até hoje. Nessa época, atuou como revisor de textos no Jornal Zero Hora, onde assinou sua coluna diária alguns anos depois. Também escreveu para o Folha da Manhã e o Jornal do Brasil. Seu livro de estreia, O Popular, é uma coletânea dos textos que ele escreveu para os jornais. Lançado em 1973, foi o

Autopublicação ou publicação tradicional? Saiba por qual caminho seguir

Autopublicação ou publicação tradicional? Desubra a melhor opção para você.

A publicação do livro é um momento idealizado por novos escritores. Esse sonho pode parecer cada vez mais longínquo a cada resposta negativa, ou pior, resposta nenhuma que esses autores iniciantes recebem das editoras. A autopublicação emerge nesse cenário. A autopublicação, publicação independente ou edição de autor é uma alternativa à publicação em editoras tradicionais. É a opção escolhida por muitos autores que, cansados de não ter seus manuscritos escolhidos, tomam as rédeas da publicação de seus livros. Embora tenha diversos casos de sucesso, a autopublicação demanda muito trabalho, dedicação e investimento do autor. Facilitada pelas tecnologias atuais, foi simplificada, mas continua um caminho cheio de percalços. Este artigo busca ser um guia por entre essas curvas, subidas e descidas. A partir dessa leitura, as possibilidades de publicação que o mercado editorial oferece tornam-se  mais claras. Fique com a gente e confira! Publicação tradicional em editoras Ao pensar em publicar um livro, é o meio tradicional que vem à mente primeiro. Nele, o escritor manda seu manuscrito a uma editora, que responde com uma proposta de contrato e de adiantamento pelos direitos da publicação. A editora arca com todos os custos, desde a edição e publicação até a divulgação e distribuição do livro. Por isso, ela tem um envolvimento amplo e toma a maioria das decisões, podendo ou não incluir o autor nos processos. Para muitos, essa é a opção desejada não só por conta do prestígio de ser escolhido, mas pelo retorno financeiro mais imediato que esse tipo de publicação traz. Ao autor, cabe apenas escrever e receber o valor de seus direitos autorais sobre as vendas. Porque é tão difícil publicar meu livro em uma editora tradicional? Editoras tradicionais recebem centenas, se não milhares, de manuscritos por dia. Além de manuscritos enviados por autores, elas recebem propostas de agentes literários nacionais e internacionais e algumas ainda fazem suas próprias buscas por autores. A concorrência é enorme e muito qualificada! Justamente por arcar com todos os custos, a editora enxerga o autor como um investimento. Portanto, preferem apostar em escritores já reconhecidos lá fora, ou que tenham seu público estabelecido previamente. As chances de um novo escritor sem seguidores numerosos ser escolhido por uma dessas casas editoriais é, infelizmente, muito pequena. A publicação tradicional demanda muita paciência e perseverança do autor. Um jeito de se destacar e ter uma chance maior de ser publicado por meios tradicionais é construindo sua autoridade nas redes sociais. Atenção: embora essa opção de fato traga um retorno financeiro mais rápido no início, a maior parte do valor da venda dos livros fica com a editora. O autor, em média, recebe apenas 10% do preço de capa a cada venda. Portanto, se o autor deseja um maior controle sobre a obra e a certeza de que será publicado, a publicação tradicional pode não ser uma opção condizente. Autopublicação totalmente independente Na autopublicação, o autor se responsabiliza pela publicação de seu livro do início ao fim. Isso inclui, além da escrita, a revisão, diagramação, capa, impressão, registro, distribuição e divulgação do livro. Todos os custos dos processos também saem do seu bolso. Nesse modelo de publicação, o autor tem total liberdade, não dependendo do crivo de editores para ser publicado. A publicação acontece quando o escritor julga que seu livro está pronto. O autor possui controle completo sobre a obra e mantém 100% dos lucros de venda de seus exemplares. As decisões editoriais são integralmente feitas por ele. Além de ser um processo mais rápido e oferecer ao autor maior liberdade, promove um conhecimento abundante acerca dos processos de publicação de um livro. Essa experiência pode ser um diferencial na carreira de um escritor, sendo muito útil em novos projetos, autopublicados ou não. Os desafios da autopublicação O maior empecilho encontrado por autores que desejam a autopublicação são os custos. Afinal, são diversos serviços que precisam ser contratados: preparação, revisão, diagramação, registros, impressão, entre outros. Claro, é possível realizar todas as etapas sozinho, mas não é sem razão que existem empresas e profissionais especializados em publicar livros. Além de ser um processo solitário, o autor terá que desenvolver diversas habilidades em nível profissional que nada têm a ver com escrita. A criação da capa de um livro, por exemplo, demanda conhecimento não só de design, mas de produção gráfica e ainda de tendências do mercado. Todos esses processos levam tempo e estudo para serem aperfeiçoados. Caso o escritor opte por contratar profissionais, terá o trabalho de pesquisar orçamentos, analisar portfólios e aprovar todas as etapas. Quando o livro estiver finalizado, ainda será seu próprio profissional de marketing e, se desejar vender livros físicos, terá que pensar em questões logísticas como distribuição e armazenamento. Atenção: mesmo se fizer todas as etapas sozinho, uma publicação nunca é de graça. Os registros de ISBN e de direitos autorais são pagos, por exemplo, sem contar os custos de impressão. O livro é um produto e demanda investimento para dar retorno. Sendo assim, se o autor não tiver o tempo, conhecimento e disposição necessários para gerenciar todas as etapas de uma publicação, a autopublicação pode não ser uma boa escolha. Editoras especializadas em novos autores Existe, ainda, um terceiro modo de publicar seu livro: formando uma parceria com editoras especializadas em novos autores. Editoras como a Viseu oferecem seus serviços editoriais a escritores emergentes, de modo a ajudá-los a encontrar um caminho até a publicação. Esse modelo combina a edição tradicional com a autopublicação. Assim, mantém o profissionalismo de uma empresa especializada e a liberdade oferecida por um livro autopublicado. Normalmente, editoras nesse modelo apresentam com antecedência e transparência os custos, como serão os pagamentos de direitos autorais e o cronograma da publicação, oferecendo maior segurança e estrutura durante o processo. Todas as etapas passam pelo autor, que mantém a decisão final sobre sua obra. Algumas, como a Editora Viseu, vão além dos serviços de editoração e oferecem também serviços de marketing. Acompanham o autor na etapa pós publicação, de modo a auxiliá-lo através da divulgação em sites de

10 dicas de SEO para autores que você precisa conhecer

Técnicas de SEO para autores

No mundo digital, não basta escrever um bom livro para conquistar leitores. É necessário construir sua autoridade como autor e ter mais visibilidade para alcançar seu público. É aqui que entram as técnicas de SEO para autores. O SEO (Search Engine Optimization) serve para otimizar seu conteúdo para mecanismos de busca. O objetivo é fazer com que sua página apareça com mais destaque em buscadores como Google e Bing de forma orgânica. Essas técnicas podem soar complicadas. Embora sejam muito úteis e de extrema importância para se estabelecer no mercado, são poucos os autores que as utilizam. Pensando nisso, apresentamos aqui 10 dicas de SEO para autores que você precisa conhecer. Para aplicá-las, você deve ter um site ou blog no qual publicar seu conteúdo. Não sabe como? Confira como criar um blog de autor! Tudo certo com seu site? Então vem com a gente! 10 dicas de SEO para autores que você precisa conhecer 1 – Entenda seu público Ao utilizar técnicas de SEO, você deve pensar para além de aparecer na primeira página do Google. São ferramentas que também visam dar ao leitor a melhor experiência possível, deixando-o satisfeito com o conteúdo apresentado. Por isso, é muito importante sempre ter o seu público em mente. O conteúdo que produzir deve ser relevante para as pessoas que deseja alcançar. Deve falar a língua delas, usar as palavras e expressões que elas estão acostumadas. Assim, você estabelecerá uma relação de confiança com seus leitores. Um modo de ter isso com mais clareza é escolhendo bem seu nicho literário. A partir disso, você pode se aprofundar na área que tem mais afinidade, conhecer a comunidade e entender o que a interessa. São esses interesses que serão seu guia no próximo tópico. 2 – Pesquise palavras-chave Palavras-chave são os termos que colocamos no buscador ao fazer uma pesquisa. São elas que informam ao Google o que a pessoa está procurando, e é a partir delas que ele entregará os melhores resultados. Alguém procurando um lugar para comer pode pesquisar, por exemplo, “restaurantes perto de mim”. Para um restaurante, essas são palavras-chave nas quais ele pode focar, produzindo conteúdos com a intenção de responder à pesquisa do cliente e informar ao Google que ele é uma opção que atende às expectativas do consumidor. Desse modo, quando essas palavras forem pesquisadas, o restaurante terá maior chance de ocupar um bom posicionamento na página de resultados. Como autor, também é preciso pesquisar e definir suas palavras-chave relevantes. Coloque-se no lugar do seu público, pense em seus interesses e quais termos buscaria para encontrar você e sua obra.  A partir das sugestões do próprio Google, você pode ter uma ideia de quais são os termos mais pesquisados e focar neles! Ao pesquisar “livro de romance”, por exemplo, temos essas sugestões: Palavras sugeridas ao pesquisar “livro de romance” Você também pode encontrar na aba “As pessoas também perguntam” mais ideias de palavras-chave relacionadas: Sugestões de pesquisas relacionadas do Google É a partir dessas palavras-chave que você produzirá seu conteúdo, pensando sempre em responder às dúvidas de seu público e oferecer o conteúdo que eles estão buscando. Caso queira se aprofundar mais, existem algumas ferramentas que podem auxiliar: Google Trends Sem Rush Ahrefs Ubersuggest Answer The Public  É necessário levar em consideração o volume de pesquisas da sua palavra-chave. Um termo muito pesquisado teoricamente pode levar mais pessoas ao seu site, mas também terá uma concorrência muito maior. Por isso, no início, foque em palavras-chave mais específicas e com baixa dificuldade. Assim, terá mais chance de aparecer na primeira página de resultados. Quando já estiver mais estabelecido, poderá disputar com seus concorrentes palavras-chave gerais e mais procuradas. 3 – Analise seus concorrentes Em qualquer mercado, é preciso estar ciente do que seus concorrentes estão fazendo. No editorial não é diferente. É necessário saber como outros autores de sucesso se colocam no mercado e aprender com eles. Pesquise suas palavras-chave no Google e abra os 3 primeiros resultados orgânicos, isto é, que não são anúncios. Estude como esses sites apresentam o conteúdo, a quais dúvidas respondem e o tamanho desses textos. A partir da pesquisa, você entenderá melhor como abordar o tema. Também é uma maneira de descobrir sobre quais assuntos seus concorrentes não estão falando. Explore as brechas deixadas por eles para produzir um conteúdo único e com mais chances de um bom posicionamento. Atenção: se inspire nas páginas que achar, mas não as copie. O Google sabe quando você comete plágio e pode penalizar seu site caso ocorra com frequência. É essencial ser autêntico. Dessa maneira, consegue atrair um público que realmente esteja interessado em você e no seu trabalho como escritor. 4 – Escreva um conteúdo original Depois de analisar a concorrência, é hora de superá-la fazendo o que você faz de melhor: escrever. Produza um conteúdo original e atrativo, que sane as questões e necessidades dos seus leitores. Um conteúdo mais extenso, completo e detalhado do que os observados na sua análise são uma boa aposta. Você também pode escrever por uma perspectiva diferente, trazendo exemplos e vivências particulares. Outra opção é trazer assuntos mais específicos e pouco abordados no seu nicho. O importante é que seu conteúdo se diferencie, seja pela qualidade das informações ou pela novidade delas! Não se esqueça de checar a gramática para não cometer erros de português. Um texto de qualidade é a base de todo SEO. 5 – Otimize os títulos e subtítulos Agora que já tem seu conteúdo escrito, é hora de utilizar elementos do seu texto mais estrategicamente. Uns dos mais significativos são os títulos e subtítulos. Assim como na escolha de um título de livro, o título do seu post deve ser muito bem pensado. Ele deve conter a palavra-chave escolhida, deixar claro o que você vai abordar no texto e ainda convidar à leitura. Já para os subtítulos, pense nas buscas relacionadas à palavra-chave. Utilize os subtítulos para hierarquizar as informações do seu texto, dividindo-o em seções. Eles também devem ser atraentes e informar o

Para que serve um blog de escritor? Vale a pena ter um?

Criar um blog de vale a pena?

Blog em 2024? Pois é! A febre dos blogs como conhecíamos nos anos 2000 pode ter passado, mas isso não significa que eles perderam seu valor. Pelo contrário: 77% das pessoas que usam a internet leem blogs, de acordo com o Social Media Today. Embora seja uma das estratégias de marketing digital mais bem-sucedidas, muitos autores ainda pensam que o blog “morreu”. De fato, os blogs não seguem mais seu modelo antigo: hoje, são muito mais focados em conteúdo e informação de qualidade do que em ser diários pessoais. Ter um blog de escritor com certeza é um diferencial no mercado competitivo dos livros. Não está convencido? Então vem com a gente que te mostramos para que serve um blog em 2024 e porque ainda vale a pena investir em um. Confira as 5 razões para se ter um blog de escritor no qual publicar seus conteúdos! 1 – Espaço próprio personalizável Um blog nada mais é do que um site no qual se publica artigos de texto. Pode abordar diferentes temas e ter o design que melhor se encaixa com você. Essa personalização oferece ao autor a possibilidade de utilizá-lo quase como um cartão de visita profissional. Porém, ter um site próprio vai além do profissionalismo que ele traz. O blog oferece uma visão geral de quem é você como autor, a partir dos conteúdos publicados nele.  Então, além de apresentação, o blog também atua como uma espécie de portfólio para o escritor. Não possuir esse espaço próprio na internet, seja pessoal ou profissional, é definitivamente um dos erros que um autor não deve cometer. 2 – Acervo de textos Blogs oferecem, além de um espaço para compartilhar textos, um espaço onde guardá-los. Ter uma plataforma própria para postar seus textos permite que você os organize e armazene como desejar. Essa organização torna posts em blogs muito fáceis de encontrar. Por isso, acabam virando materiais de referência tanto para quem os escreve quanto para quem os procura. É muito mais fácil acessar um post de blog específico do que um post de Instagram específico, por exemplo.  Quando as pessoas buscarem por você, além de achá-lo mais facilmente, também terão acesso a tudo o que produziu. Ao oferecer conteúdo de valor para seus leitores, você fortalece sua relação com eles e aumenta as chances de ser procurado novamente! 3 – Rotina de escrita Com um blog, vem também a responsabilidade de publicar nele. Assim, é necessário definir uma frequência de postagens, normalmente de 1-3 posts por semana. Isso faz com que você assuma o compromisso de escrever regularmente. Você pode, por exemplo, definir que irá escrever um conto toda semana. Criando uma rotina de postagens, você se dispõe a exercitar sua escrita criativa, deixando de depender da inspiração para produzir textos. Com comprometimento e dedicação, verá que escrever se torna um hábito. A prática e a constância facilitam o ato de escrever, transformando o tempo que você passava encarando uma página em branco em tempo para aperfeiçoar sua escrita. 4 – Autoridade e reconhecimento Atualmente, uma presença forte no mundo digital é imprescindível para ter sucesso em qualquer carreira. Não é diferente com escritores: aqueles que são reconhecidos têm maiores oportunidades e alcançam mais leitores com suas obras. Escrever em um blog pode aumentar muito sua autoridade e reconhecimento como autor. Ao postar constantemente conteúdo relevante e de qualidade, você mostra para o público que é realmente um especialista em sua área. Assim, ter um blog é uma grande ferramenta para construir sua reputação. É um espaço no qual você pode se aprofundar em temas relevantes para sua comunidade, iniciar discussões e se colocar como uma voz importante dentro do seu nicho. 5 – Atrair mais leitores Você sabia que empresas que têm blog recebem 55% mais visitas em seus sites do que aquelas que não têm? (Social Media Today). Blogs trazem grandes resultados quando o assunto é marketing digital. Através dos blogs, marcas postam conteúdos que interessam seus clientes, conquistando cliques para suas páginas. Essas empresas fazem isso otimizando seus posts para buscadores como o Google, uma técnica de marketing digital chamada SEO (Search Engine Optimization). Conhecendo seu público, você também pode planejar conteúdos relevantes relacionados aos termos mais pesquisados dentro do seu nicho. Desse modo, as chances do seu blog aparecer no topo dos resultados é maior, trazendo mais leitores interessados no que você tem a dizer para seu site. Viu só como ter um blog de escritor ainda é muito relevante? Através dele, você tem um espaço próprio na internet que aumenta seu reconhecimento como autor, mantém uma rotina de escrita, atrai mais leitores e muito mais! Confira como criar um blog e comece a construir sua identidade digital. Até o próximo conteúdo!

5 dicas para traduzir seu livro e se tornar um autor internacional

dicas de tradução para autores

Se você deseja conquistar leitores por todo o mundo, a tradução de livro é um bom começo. Disponibilizar sua obra em diferentes línguas abre portas para que milhares de outras pessoas tenham acesso ao seu livro. Porém, a tradução de um livro é um processo complexo, cheio de detalhes. Você pode acabar perdido, sem saber por onde seguir. Por isso, trazemos aqui 5 dicas para te ajudar com a tradução do seu livro. Confira! 1 – Saiba escolher para qual língua traduzir seu livro Diferentes línguas vêm com diferentes culturas.  Alguns países têm leis de censura muito rígidas, por exemplo, que podem barrar a comercialização do seu livro nesses lugares. Saber o básico sobre os costumes, leis e crenças dos países que pretende atingir com sua obra é de extrema importância. A escolha do gênero literário também deve impactar nessa decisão. Alguns gêneros fazem mais sucesso em diferentes países: de acordo com uma pesquisa realizada pela Study in Switzerland, holandeses adoram suspense, países de língua inglesa leem mais clássicos e noruegueses preferem histórias de detetive! Tenha em mente as diferentes preferências literárias do novo público que deseja atingir. 2 – Invista em uma boa tradução Se escrever na língua nativa já é difícil, tentar passar suas ideias com clareza para um idioma estrangeiro é ainda mais desafiador! Aqui estão algumas ferramentas automáticas que podem ser de grande ajuda na tradução dos textos menores do seu livro, como sinopse e biografia: Google Tradutor ChatGPT Yandex.Translate DeepL Wordvice AI Para textos maiores e mais complexos, no entanto, ferramentas automáticas ainda não têm a precisão necessária para produzir uma tradução satisfatória. As máquinas muitas vezes se perdem em expressões idiomáticas, contexto e subtextos. Para que a obra se mantenha fiel à ideia original, um bom tradutor é imprescindível, mesmo que apenas para revisar uma tradução inicial feita automaticamente. Hoje em dia, tradutores oferecem seus serviços online. Aqui estão alguns lugares onde encontrá-los:  Sites próprios e redes sociais Agências de tradução LinkedIn Workana Protranslate GetNinjas Atenção: antes de contratar um tradutor, confira se ele tem experiência com o gênero do seu livro no currículo. Tradutores de obras literárias, por exemplo, podem não ter o conhecimento necessário para traduzir um texto jurídico e vice-versa.  3 – Escolha bem o formato Saber em qual formato irá publicar seu livro traduzido pode ajudá-lo principalmente no planejamento de custos da publicação. Livros físicos, embora sejam a preferência dos leitores, são mais caros de serem produzidos e, consequentemente, mais caros para o consumidor final. Uma boa opção para quem quer publicar livros físicos no exterior é o Kindle Direct Publishing (KDP), pela Amazon. O KDP possibilita vendas de livros de capa comum em alguns países, fazendo a impressão por demanda e já no exterior. Já livros digitais são mais fáceis de serem comercializados internacionalmente. Marketplaces como a própria Amazon e o Hotmart disponibilizam seu livro digital em diversos países. Você também pode montar um site de e-commerce e publicar seus ebooks no exterior assim. Caso opte pelo audiobook, será preciso conhecer o processo de produção de um livro nesse formato. Confira aqui 3 passos para gerar o seu. 4 – Faça o registro ISBN do seu livro Reconhecido em mais de 200 países, o registro ISBN permite que lojas e bibliotecas de todo o mundo cataloguem seu livro. O ISBN se torna imprescindível para quem quer publicar no exterior. Esses 13 dígitos atuam como a impressão digital do seu livro, sendo que cada obra recebe seu próprio código. O registro do seu livro pode ser feito através do site da Câmara Brasileira do Livro. Atenção: caso sua obra já tenha um registro ISBN, é necessário fazer a requisição de outro para a edição traduzida! 5 – Faça parceria com uma editora especializada Todos esses trâmites podem virar uma grande bola de neve na vida do autor. Por isso, firmar uma parceria com uma editora confiável e especializada evita muitas dores de cabeça. Procure editoras com experiência de publicação em outros idiomas. Uma editora de qualidade acompanhará o autor durante todos esses processos! O catálogo da Editora Viseu conta com obras publicadas em outras línguas. Se você é escritor ou escritora e deseja ter sua obra publicada por uma editora reconhecida, com experiência em publicações em outros idiomas, entre em contato conosco! Percebeu que é possível publicar seu livro em outras línguas? Neste conteúdo, você conferiu 5 dicas de como tornar mais fácil e prático esse processo, entre elas, registro de ISBN, contratação de um tradutor experiente e muitas outras. Esperamos que, a partir dessas dicas, você tenha caminhos mais claros para alcançar a tradução do seu livro. Até o próximo conteúdo!

Técnica do fluxo de consciência: o que é e como utilizar

escrita em fluxo de consciência

Já ouviu falar de fluxo de consciência? Essa técnica de escrita é uma forma mais crua e real de expressar pensamentos em uma narrativa, seja do personagem ou do autor. Utilizada por grandes escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Virginia Woolf, é um modo instigante e moderno de contar histórias. Abraçar essa técnica pode parecer assustador para novos autores. Apesar de conhecida, são poucos os que realmente dominam essa escrita. Pensando nisso, neste artigo abordaremos o fluxo de consciência, com dicas para que você também enriqueça sua obra com essa técnica. Vem com a gente e confira! O que é fluxo de consciência? O fluxo de consciência é uma técnica de escrita que consiste em narrar o complexo processo do pensamento humano da forma mais verdadeira possível. É um modo de exercitar a escrita criativa de maneira inovadora e impactante. Ele mescla pensamentos lógicos, impressões sensoriais e memórias de forma não-linear, mutável e contínua. Escrita muito autêntica e particular, permite desvios da gramática, mistura o passado com o presente e quebra a estrutura usual de uma narrativa. Em suas divagações, convida o leitor a mergulhar diretamente na cabeça do personagem, sentindo e pensando junto a ele. Ao contrário do que muitos imaginam, o fluxo de consciência não teve origem na literatura. O termo surgiu inicialmente na psicologia em meados de 1890, mas foi adotado por escritores modernistas no século XX. Alguns exemplos de obras renomadas que ficaram famosas por utilizar essa técnica são “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf; “Grande sertão: veredas”, de Guimarães Rosa e “Hora da Estrela”, de Clarice Lispector. No livro de Virginia Woolf, um trecho que representa bem as características do fluxo de consciência pode ser visto abaixo: “Sentia-se muito jovem; e, ao mesmo tempo, indizivelmente velha. Passava como uma navalha através de tudo; e ao mesmo tempo ficava de fora, olhando. Tinha a perpétua sensação, enquanto olhava os carros, de estar fora, longe e sozinha no meio do mar; sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse.” Interessante, não é? No próximo tópico, vamos trazer mais detalhes dessa técnica de escrita literária, para que você também consiga utilizá-la! Como escrever com fluxo de consciência? Agora que você já sabe um pouco mais sobre essa técnica, deve estar se perguntando como pode aplicá-la na sua escrita. Aqui elencamos 5 dicas de como escrever em fluxo de consciência: 1 – Jogue seus pensamentos no papel Por seu caráter fluido, sem filtro, o fluxo de consciência é uma ótima forma de começar a escrever seu livro e vencer o bloqueio criativo. Marque 10 minutos em um cronômetro e narre seus próprios pensamentos e sensações do como lhe vierem à mente, sem se preocupar com linearidade, estrutura e pontuação. O texto que surgir será repleto de caminhos e possibilidades! Escrever em fluxo de consciência também é uma ótima forma de descobrir sua voz como escritor. Ao exercitar esse tipo de escrita, você pode entender melhor seu próprio jeito de pensar e suas particularidades, podendo aplicá-las em seu texto de modo autêntico e autoral. O fluxo de consciência pode ser escrito tanto em primeira quanto em terceira pessoa. Caso queira adicionar certa dificuldade a esse exercício, tente escrever seu fluxo de pensamento três vezes, cada uma utilizando um dos três tipos de narradores existentes. 2 – Aprofunde o que já tem escrito Se deseja tornar uma cena mais impactante ou um personagem mais profundo, o fluxo de consciência é um ótimo recurso. Essa técnica permite um aprofundamento maior no psicológico de seus personagens, podendo ser usada tanto em momentos pontuais quanto na própria criação de personagem. Pergunte-se: O que está acontecendo na cena? O que o personagem pensa sobre o que está acontecendo? O que o personagem vê, ouve, cheira e sente nesse momento? O que esse momento o faz lembrar? Com esse exercício, você entra na cabeça do seu personagem e desenvolve sua personalidade de maneira mais realista, explorando seu próprio modo de pensar. Ao responder essas perguntas, você também confere maior detalhamento à cena, tornando-a mais impactante. 3 – Utilize sensações  Não é incomum que um cheiro, imagem ou gosto nos transporte para outro lugar, guiando nossa mente. Explore os 5 sentidos em sua narrativa, descrevendo as sensações e fazendo associações de forma livre e espontânea. Comece com uma percepção: frio, calor, uma nota musical, a acidez de uma laranja. Descreva a sensação e a siga até onde te levar. Esteja aberto a conexões inesperadas, não-lineares e subjetivas. Você pode encontrar novos entendimentos ao se deixar levar pelas palavras! A liberdade da escrita em fluxo de consciência permite que cada percepção traga consigo pensamentos distintos. Essa técnica abre um leque de possibilidades para o autor, que pode abordar diversos temas por diferentes caminhos em seu manuscrito. 4 – Mescle passado e presente Em nossos pensamentos, lembranças muitas vezes nos tomam por completo. Seja passando perto de uma casa onde costumávamos morar, olhando para alguém que nos recorda de outra pessoa na rua ou até mesmo sentindo um cheiro familiar, somos constantemente lembrados de nossas experiências. No fluxo de consciência, a mistura de passado e presente é bem-vinda. Apresente a temporalidade de uma maneira não-linear, introduzindo eventos conforme os pensamentos surgem. Essa técnica pode ser muito útil ao escrever uma autobiografia, por exemplo, ao recontar um evento de sua vida. Ela permite que você se coloque novamente dentro da experiência passada e descreva o que passou por sua cabeça nesse momento. Atenção: apesar de não-linear, o fluxo de consciência não é fragmentado. Os pensamentos devem seguir um curso natural e orgânico, para não desconectar o leitor com uma mudança abrupta. 5 – Brinque com a estrutura Esse tipo de escrita permite ao autor romper com algumas estruturas narrativas convencionais. Experimente com pontuação, vírgulas, parágrafos e gramática para expressar mais fielmente os pensamentos como eles vêm. O discurso indireto livre também é muito utilizado nessa técnica. Nele, as falas são incluídas na narração, sem travessão ou marcas que as separem do discurso narrativo. O fluxo

EDITORA VISEU LTDA CNPJ: 13.805.697/0001-10 Av. Duque de Caxias, 882. Sala 503, Torre I - Zona 7, Maringá - PR, CEP: 87020-025