5 Dicas para evitar os erros mais comuns de escritores iniciantes

Você sente que sua escrita não está evoluindo como gostaria? Já iniciou um projeto empolgado, mas logo se viu sem saber como avançar? Se sim, saiba que isso é mais comum do que parece. Todo escritor, em algum momento, enfrenta dificuldade na criação. Mas aqui está a boa notícia: errar faz parte do aprendizado, e muitos desses desafios podem ser superados com pequenas mudanças na forma como você encara a escrita. Neste artigo, vamos mostrar os erros mais cometidos por escritores iniciantes e, mais importante ainda, como evitá-los desde o começo. Se você deseja aprimorar sua escrita e construir histórias mais envolventes, continue lendo. Vamos lá! 1. Não planejar a história antes de escrever Muitos escritores iniciantes começam a escrever sem qualquer planejamento, acreditando que a história tomará forma naturalmente ao longo do caminho. Embora esse método possa funcionar para alguns, a falta de um esboço pode levar a bloqueios criativos, tramas confusas e personagens inconsistentes. O resultado? Um texto desorganizado e a frustração de não saber como continuar. Ter um plano antes de começar significa fornecer uma estrutura que guie o processo de escrita e evite que a história perca coesão. Saber para onde a narrativa está indo evita reescritas desnecessárias no futuro. Como planejar sua história sem perder a criatividade Uma das formas mais simples de criar uma base sólida para sua história é elaborar um outline básico, resumindo os principais acontecimentos da trama. Ao listar os eventos essenciais do começo, meio e fim, você cria um roteiro que orienta sua escrita. Outra abordagem útil é construir um mapa da história, conectando visualmente os principais pontos da trama. Esse método ajuda a enxergar a progressão dos acontecimentos, os conflitos centrais e as reviravoltas, tornando mais fácil entender como os elementos narrativos se entrelaçam. Além disso, desenvolver fichas de personagens permite que você aprofunde a construção de cada figura da sua história. Ao registrar detalhes sobre personalidade, objetivos, conflitos e relacionamentos, você garante que os personagens se mantenham coerentes e bem estruturados ao longo da narrativa. Por fim, escrever uma sinopse expandida pode ser um excelente exercício para visualizar o tom e a direção da sua história antes mesmo de começar a escrever de fato. Mesmo que sua história mude no decorrer do processo, ter uma base bem estruturada ajuda a manter o foco na criação. 2. Excesso de descrições ou explicações Na tentativa de criar uma narrativa rica em detalhes, muitos acabam sobrecarregando o texto com informações desnecessárias, tornando a leitura cansativa e arrastada. O equilíbrio entre mostrar e contar é essencial para manter o leitor envolvido sem tornar a história maçante. A escrita envolve dois principais estilos narrativos: mostrar e contar. “Mostrar” significa descrever ações, diálogos e sensações de forma que o leitor sinta e visualize o que está acontecendo. Já “contar” é mais direto, informando os acontecimentos de maneira objetiva. Veja a diferença entre as duas abordagens: Contando: João estava nervoso antes da apresentação. Mostrando: As mãos de João tremiam enquanto ele apertava os cartões de apresentação. O coração martelava no peito e uma gota de suor escorreu pela testa. Enquanto o primeiro exemplo apenas informa o sentimento do personagem, o segundo permite que o leitor o experimente por meio das sensações. Como evitar o excesso de descrição Para tornar a escrita mais fluida, é fundamental saber dosar a quantidade de detalhes na narrativa. Nem toda informação precisa ser descrita minuciosamente, o importante é priorizar o que realmente acrescenta algo à cena. Se a cor da parede for irrelevante para a trama, por exemplo, não há necessidade de especificar se é azul claro ou azul escuro. Outro ponto essencial é confiar na inteligência do leitor. Se um personagem está gritando e socando a mesa, não há motivo para acrescentar que ele está bravo, pois a própria ação já comunica essa emoção. O ideal é permitir que o leitor interprete e sinta a narrativa, sem precisar ser guiado o tempo todo. A revisão também desempenha um papel importante nesse processo. Ao reler seu texto, questione se cada informação realmente contribui para a história. Esse olhar crítico ajuda a manter a narrativa ágil, garantindo que cada palavra tenha um propósito. 3. Diálogos pouco naturais Diálogos são uma das partes mais importantes de qualquer narrativa, pois ajudam a desenvolver personagens e avançar a trama. No entanto, um erro comum entre escritores iniciantes é criar diálogos artificiais e forçados, que não soam como uma conversa real. Um bom diálogo transmite emoções, intenções e subtextos sem precisar explicar tudo diretamente. Se os personagens falam de maneira muito formal ou expositiva, o leitor pode sentir que está lendo um roteiro mecânico, e não uma conversa fluida. Como escrever diálogos mais realistas Uma maneira eficaz de testar se um diálogo funciona é ler em voz alta. Se a conversa parecer artificial ou robótica, provavelmente precisa de ajustes. O ideal é que as falas soem como algo que uma pessoa realmente diria em uma conversa cotidiana. Para aprimorar esse aspecto da escrita, observar diálogos reais pode ser uma estratégia. Preste atenção em como as pessoas falam no dia a dia, nas expressões que utilizam, nas pausas naturais, interrupções e até nas informalidades. Outro erro comum é usar o diálogo como um recurso expositivo, fazendo com que os personagens expliquem tudo o tempo todo. Se os diálogos servirem apenas para transmitir informações que poderiam ser demonstradas por ações ou contexto, a leitura pode soar artificial. O segredo é equilibrar diálogos e descrições para que a história flua de maneira natural. Além disso, cada personagem deve ter uma voz própria, que acompanhe sua personalidade, idade e experiências. Um adolescente dificilmente fala da mesma forma que um professor universitário, e um personagem extrovertido pode ter um ritmo de fala diferente de alguém introspectivo. Veja mais sobre o assunto: Como escrever as falas do seu livro. 4. O medo da crítica Muitos escritores hesitam em compartilhar seus textos por medo da crítica. A insegurança de não ser “bom o suficiente” ou o receio de receber comentários negativos

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