Dia das Mulheres: 10 escritoras marcantes da literatura mundial!

Dia das Mulheres: 10 autoras marcantes da literatura mundial

No dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher e essa data marca as conquistas de diversos direitos que as mulheres lutaram para ter ao longo do último século. Esse dia, 8 de março, ficou marcado devido um evento emblemático que aconteceu nessa data em 1917, quando cerca de 90 mil operárias russas foram às ruas, reivindicando melhores condições de trabalho e qualidade de vida, indo contra as políticas do Czar Nicolau II. Esse protesto ficou conhecido como “Pão e Paz”. Nessa manifestação, as mulheres também lutaram contra a fome e os horrores da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A celebração do Dia Internacional da Mulher não destaca apenas a importância do papel da mulher na sociedade, mas também reverencia a rica história de lutas por seus direitos. Então, como uma singela homenagem, decidimos trazer autoras marcantes da literatura mundial que todos deveriam ler ao menos uma obra na vida. Confira quem são essas mulheres fantásticas da literatura mundial! 1. Jane Austen Jane foi uma das primeiras mulheres a ficar marcada na história. A autora viveu de 1775 até 1817 e foi uma romancista clássica e sua história, felizmente, foi diferente de muitas outras mulheres que viviam naquela época. A escritora viveu numa época em que a educação feminina não era uma prática comum, em que as mulheres eram educadas exclusivamente para o casamento e para servir aos maridos. No entanto, Jane cresceu em um ambiente diferenciado e seu pai foi o responsável pelo desenvolvimento da sua intelectualidade. Sua escrita era marcada pela ironia, especialmente na construção dos personagens. Seus romances abordam temáticas de relações sociais permeadas por intrigas, orgulho, preconceito, casamentos forçados, entre outros tópicos. Dentre as obras que você precisa conhecer dessa autora, estão: Orgulho e preconceito (1813), Emma (1815) e Persuasão (1818). 2. Maria Firmina dos Reis Maria Firmina dos Reis viveu entre os anos de 1822 e 1917, sendo a primeira romancista brasileira, emergindo como uma figura única. Mulher negra, originária do Maranhão, ela se destacou no primeiro período romântico brasileiro, uma época em que a literatura era predominantemente dominada por homens brancos ricos. Para além de suas contribuições literárias, Maria foi a primeira a estabelecer uma escola mista e gratuita para crianças, além de ser uma defensora ativa da abolição. Embora suas obras tenham sido (e talvez ainda sejam) negligenciadas pela crítica literária, elas persistem ao longo do tempo e, aos poucos, alcançam o público. Dentre os romances que você precisa conhecer dessa autora, leia: Úrsula (1859) e Gupeva (1861). 3. Virginia Woolf Adeline Virginia Woolf, cujo nome de nascimento era Adeline Virginia Stephen (Kensington, 25 de janeiro de 1882 — Lewes, 28 de março de 1941), foi uma renomada escritora e ensaísta britânica. Sua estreia literária ocorreu em 1915, com o romance A viagem, marcando o início de uma carreira distinta e uma série de obras notáveis. A autora foi integrante do Grupo de Bloomsbury, um grupo de artistas e intelectuais britânicos que existiu entre 1905 e o fim da Segunda Guerra Mundial. Contudo, no final dos anos 1920, ela alcançou reconhecimento internacional como uma escritora de sucesso. Contudo, após a Segunda Guerra Mundial, seus trabalhos caíram em relativo esquecimento. A redescoberta de Woolf teve origem no ensaio Um Teto Todo Seu (1929), que ficou marcado pela famosa citação da autora: “Uma mulher deve ter dinheiro e um teto se desejar escrever ficção”. Woolf foi uma das pioneiras no fluxo de consciência, uma técnica literária modernista que caracteriza seu estilo de escrita. Seu trabalho vanguardista a posiciona como uma das autoras mais influentes do modernismo clássico, ao lado de Gertrude Stein. Entre suas obras mais célebres estão os romances: Mrs. Dalloway (1925), Passeio ao farol (1927) e Orlando: biografia (1928). 4. Florbela Espanca Partindo para literatura portuguesa, Florbela Espanca foi uma poeta nascida em 8 de dezembro de 1894, e falecida no mesmo dia de seu aniversário em 1930. Seu nome de batismo era Flor Bela Lobo, mas a autora optou por se autodenominar Florbela d’Alma da Conceição Espanca. Esta talentosa poeta portuguesa viveu uma vida intensa e curta, marcada por tumultos, inquietações e profundos sofrimentos pessoais, os quais ela decidiu transformar em poesia. Sua obra é notável pela carga de erotismo, feminilidade e panteísmo. Florbela escreveu poesia, contos, um diário e epístolas, além de traduzir diversos romances e contribuir com sua escrita para várias revistas e jornais. Dentre suas obras, destacamos: Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923), as quais foram publicadas em vida da poetisa. A escritora ainda teve três antologias publicadas após seu falecimento, além de uma obra completa dos seus poemas chamada Sonetos Completos (1934), os quais foram reunidos pelo escritor italiano Guido Battelli. 5. Cecília Meireles Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nascida no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901 e falecida na mesma cidade em 9 de novembro de 1964, foi uma jornalista, pintora, poeta, escritora e educadora brasileira. Reconhecida como uma personalidade marcante do modernismo brasileiro, é considerada uma das grandes poetas da língua portuguesa e aclamada por muitos como a melhor poeta do Brasil. Ela expressou resistência ao termo “poetisa” devido à discriminação de gênero que marginalizava outras artistas, defendendo a igualdade de caminhos para poetas, independentemente do gênero. Em 1940, palestrou na Universidade do Texas em Austin, resultando em dois poemas sobre sua estadia na capital do Texas e um extenso poema socialmente consciente intitulado “EUA 1940”, publicado postumamente. Em sua poesia, seu estilo predominante era neossimbolista, abordando temas como o efêmero do tempo e a contemplação da vida. Embora não se dedicasse estritamente ao movimento, é reconhecida como uma das figuras mais importantes da segunda fase do modernismo brasileiro, sendo conhecida por seu vanguardismo nacionalista. Além disso, atuou como educadora e desempenhou um papel significativo na promoção de reformas educacionais e na defesa da construção de bibliotecas infantis, lecionando na Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 1935 e 1938. Sua produção literária foi vasta, mas destacamos as seguintes obras: Espectros (1919) Criança, meu amor (1923), Batuque,

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