Confira a entrevista do autor de “A Corrente”, João Alexandre Paschoalin Filho

Lançamento livro A Corrente

Um professor universitário perde totalmente o controle da sua vida, após perder a filha mais nova em um acidente. A expectativa de uma vida boa muda rapidamente para a perpetuação de uma existência que beira o miserável. Em um belo dia, no banco de uma Igreja, ele recebe um bilhete enigmático, com uma mensagem única para cada pessoa que o recebe. O mote do livro “A Corrente”, do autor João Alexandre Paschoalin Filho, traz um cenário comum a muitos de nós. Ou seja, o enfrentamento de situações adversas na nossa vida, o que nos leva a uma escolha; enfrentá-las de frente ou ser dominado por elas. A jornada para decifrar o bilhete conduz o personagem por diversos símbolos e signos com mensagens profundas que mergulham o professor em uma reflexão profunda e intrigante. Tudo isso em uma narrativa que combina conhecimentos filosóficos de toda ordem com a riqueza e a complexidade das emoções e sentimentos humanos. Na entrevista abaixo, o autor João Alexandre conta mais sobre a criação de “A Corrente”, revela as dores e as felicidades do processo criativo e de escrita da obra. Confira agora! 1. O que o inspirou a escrever o livro “A Corrente”? Já havia algum tempo que eu tinha a intenção de escrever um livro acerca de algumas reflexões que faço, principalmente em relação ao nosso papel aqui, nesta existência de viver, sobre o sentido da vida, a existência de Deus, entre outros assuntos.  Todavia, para não ficar algo muito de nicho, ou complexo, pensei em escrever uma estória em que eu pudesse colocar essas discussões de forma mais palatável ao leitor. Na verdade, minha inspiração foi a vontade de compartilhar. 2. Como a sua experiência pessoal se reflete nos temas abordados no livro? O livro “A Corrente” traz uma estória que é comum a todos. As pessoas que leram o livro se identificaram bastante. Ela fala a respeito do processo de volta por cima que temos de enfrentar quando passamos por algumas situações impostas pela vida.  Essa situação é bem comum, pois todos nós, em certos momentos, temos de nos deparar com desafios impostos, cabendo-nos entendê-los e enfrentá-los, ou recuar e sofrer. É uma escolha de cada um.  O livro também traz algumas experiências que tive. Uma parte dele é ficção, mas outras ocorreram quase como está relatado. 3. Pode nos contar um pouco sobre o processo criativo por trás deste livro? Apesar de eu ter escrito o livro, costumo dizer que ele me foi dado. Havia momentos que eu necessitava muito escrever, não importando a hora e o local. Era uma espécie de voz que ditava a estória na minha cabeça e não parava até que eu ligasse o computador e terminasse de escrever.  Algumas vezes, eu acordava de madrugada para escrever e não conseguia parar até que essa voz parasse de ditar.  A escrita do livro também me consumiu muita energia. Alguns capítulos eu me emocionava ao mesmo tempo que o escrevia; todavia, alguns outros me sentia extremamente desgastado e com a energia muito baixa. Aproveite para conferir como escrever um livro de romance, com o guia completo da Editora Viseu! 4. Em “A Corrente”, você explora temas ligados à discussões filosóficas, ao judaísmo, ao gnosticismo e à hermenêutica. Para você, como esses temas dialogam com a atualidade? Nossa vida vem ficando cada vez mais atribulada. Os compromissos e tarefas que temos de cumprir diariamente quase sempre excedem o nosso dia. Não temos mais tempo para refletir coisas importantes e realmente necessárias que poderiam nos levar a tornarmos pessoas melhores e mais felizes.  Mesmo os livros que lemos, a maioria deles são técnicos e profissionais; ou seja, mesmo em momentos que, em tese, deveríamos dispor de algum tempo para nós, nos entretemos com literatura acerca do trabalho que fazemos diariamente.  As pessoas atualmente entendem muito de suas respectivas obrigações, contudo desconhecem a si mesmas. A pressão exercida pelo mercado, redes sociais, comunidade, família, nos afasta de nós mesmos.  Ao invés de meditarmos acerca de nossa vida e como viver da melhor maneira, nos preocupamos com o que as pessoas irão pensar de nós. O livro “A Corrente” traz também essa discussão e nos provoca a refletir. 5. Você disse que usou símbolos na sua obra, poderia citar alguns? Não quero dar spoiler, mas um bom exemplo da simbologia presente no livro encontra-se na capa e no nome da obra. A palavra utilizada como título, ou seja, “corrente” é bastante curiosa e dá ao leitor uma ideia acerca do livro.  Corrente é uma palavra que nos indica um instrumento usado para prender algo, impedir seu movimento; contudo, também nos aponta o significado de movimento constante. Assim, encerra-se nessa simples palavra um princípio hermético da “polaridade”. O nome da filha do personagem principal é Sophia, o que significa “Sabedoria”, o da esposa é Olívia, ou seja, um anagrama para “Alívio”.  Na ilustração da capa são apresentados símbolos alquímicos que representam a monada, o sol, a morte, a vida, etc. Como disse, é um livro de camadas. 6. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever sobre temas tão sensíveis e pessoais? Creio que o principal desafio que enfrentei foi o de trazer para o livro conceitos complexos de forma que fossem palatáveis para o leitor.  O livro traz reflexões baseadas em hermetismo, maçonaria, teosofia, judaísmo, gnosticismo e rosacrucianismo. Contudo, esses elementos encontram-se dispersos na estória, de forma que o leitor possa entendê-los no enredo e absorver sua sabedoria.  Outro desafio foi o de utilizar os conhecimentos de forma que pudessem integrar uma estória única, concisa, que pudesse envolver o leitor do início ao fim. 7. Como você espera que seu livro impacte os leitores? Existe uma mensagem principal que você deseja transmitir? Apesar de ser um livro que traz bastante discussões filosóficas e esotéricas, o objetivo dele não é apresentar respostas, mas sim novos questionamentos.  É um livro provocativo que desafia o leitor a pensar acerca de alguns posicionamentos que, provavelmente, já eram considerados sedimentados em sua mente.  Várias pessoas

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