Prólogo: 3 dicas sobre como criar a introdução ideal para o seu livro?

Prólogo é uma das partes iniciais de um livro. Apesar de não ser uma seção obrigatória, por questões estéticas, muitos autores desejam publicar suas obras com todas as etapas escritas: Prólogo, Prefácio, Desenvolvimento da Obra e Epílogo. Para você que está escrevendo um livro, ou quem sabe revisitando uma produção antiga na intenção de publicá-la, este certamente é o melhor conteúdo para você entender o porquê da inserção de um prólogo em uma obra literária. Antes disso, vamos a alguns conceitos e diferenciações semânticas que vão ajudar você a entender melhor as diferentes etapas e objetivos das partes de um livro. Índice do Artigo O que é prólogo? Prólogo significa introdução e é por esta razão que ele fica na parte inicial do livro antes de todas as demais seções. Existe uma determinada técnica de escrita para se escrever um prólogo, pois realizar a introdução de uma história, não implica em revelar detalhes de sua essência, mas sim preparar o leitor para o universo no qual ele irá mergulhar através da leitura. Onde surgiu o termo prólogo? O termo prólogo vem do Grego /prólogos/ que significa apresentação inicial. Na apresentação de uma peça teatral ou até mesmo de um ópera, o prólogo consistia na introdução dos temas que seriam apresentados nas peças. De acordo com o site Etimologia: Origem do Conceito, a composição etimológica da palavra prólogo é feita por -pro (antes – antecâmara) + Logos (pra reunir). Migrando para o ramo literário, o prólogo é responsabilidade do autor. É ali que ele prepara o leitor para os conteúdos que serão abordados ao longo da obra. É necessário escrever o prólogo? Não, existem muitos autores que “diluem” a introdução da obra logo no primeiro capítulo, ou seja, sem haver seções introdutórias. Ao invés de criar um prólogo, o autor faz uso do primeiro capítulo para ambientação do leitor. Dessa forma, o autor cumpre com a preparação do leitor com um enredo introdutório sem necessariamente criar uma seção dedicada para isso. Qual a diferença entre Prólogo, Prefácio e Epílogo? Enquanto o prólogo está totalmente ligado à história que será contada, ou aos temas abordados na obra, o prefácio é como se fossem anotações do autor sobre o desenvolvimento de sua obra. O prólogo deve ser escrito na mesma linguagem do desenvolvimento da obra, como se fosse o “capítulo 0” (que obviamente antecede ao capítulo 01), e por causa disso, deve necessariamente ser escrito pelo próprio autor. Diferença entre Prefácio e Prólogo Já no prefácio, o autor pode compartilhar detalhes sobre os seus sentimentos enquanto escrevia o livro, ou seja, ele pode revelar quais foram as suas dificuldades, quais capítulos foram mais desafiadores, quais pessoas foram fundamentais para inspiração da obra, dentre outros detalhes extra literários. O prefácio não necessariamente precisa ser escrito pelo próprio autor. Isso quer dizer que um escritor convidado pode ler a obra obviamente antes de sua publicação, e assim pontuar suas anotações sobre os pontos fortes do livro. É comum também alguns prefácios serem escritos por tradutores ou organizadores de livros responsáveis pelo conteúdo. Diferença entre Prólogo e Epílogo Por último explicamos a diferença estrutural do Epílogo. Enquanto o prólogo é um conteúdo introdutório, o epílogo fica no outro extremo, se caracterizando pela conclusão. Muitos autores fazem uso do epílogo para encerrar uma obra, deixando-a sem margem de dúvidas para o leitor. Por este motivo, o epílogo estará sempre no final de um livro. Quais erros não se pode cometer no prólogo? Entregar a obra de forma resumida no prólogo não é uma boa prática. Se formos olhar a estrutura de um prólogo, poderíamos dizer que se trata de uma versão estendida da sinopse, que é aquele texto curto presente da contracapa do livro. A Sinopse tem o papel de fisgar a atenção do leitor em poucas palavras, com o intuito de introduzir a obra, dando pequenos detalhes de espaço, tempo, personagens e conflitos. Por se tratar de um número de caracteres limitados, a sinopse precisa ser um texto sintético. Por outro lado, o prólogo pode cumprir a mesma função da sinopse, porém com uma riqueza de detalhes um pouco maior. Não dê detalhes dos desfechos Contudo, apesar da possibilidade de detalhamentos, não é interessante “entregar o jogo”, isto é, não dê detalhes que possam sanar a curiosidade do leitor. Não faça promessas sobre o enredo Outro erro comum é usar o prólogo para realizar promessas sobre o conteúdo do livro. Não utilize o prólogo para criar uma expectativa no leitor, mas sim para aguçar sua criatividade. Não use uma escrita interativa para falar com o leitor Por último, em termos de formas de escrita, não use o prólogo para conversar ou interagir com o leitor. Lembre-se que o prólogo é uma introdução que deve já ser escrita com o mesmo estilo do desenvolvimento da obra. Entenda que ao começar o prólogo, isso significa que o seu livro já começou. Deixe os detalhes interativos para o prefácio. Lá você poderá conversar com o leitor a respeito das suas observações sobre a obra. Como fazer um prólogo? Agora que você sabe quais erros não cometer, vamos abordar aqui 3 dicas para você fazer um prólogo de respeito para o seu livro. Escreva após o término do seu manuscrito Apesar de ser contraditório, já que o prólogo vem antes de tudo, essa é uma dica importante para quem deseja inserir um prólogo em sua obra. Ao escrever sua obra e encerrá-la, você terá em sua mente todos os detalhes possíveis sobre o enredo, como: Personagens principais, coadjuvantes, antagonistas, espaço onde o enredo acontece, tempo no qual a história é contada, os conflitos que acontecem dentre os personagens, o clímax da obra e por fim o desfecho. Tendo em mente todos esses detalhes, fica mais fácil você realizar uma introdução que apresenta os principais temas os quais o leitor vai participar com sua leitura. Se você iniciar seu livro pelo prólogo antes mesmo de planejar seu enredo, você corre o risco de escrever o prólogo duas vezes, uma na versão inicial de “planejamento”, e outra após a versão