Não dói, mas incomoda

Não dói, mas incomoda reúne as construções literárias da vida de uma jovem de vinte e poucos anos, que, chegados seus vinte e tantos, decide publicar suas crônicas, seus contos, seus poemas e suas cartas, acumulados ao longo de uma vida em que se negou o título de escritora.
A publicação agora vem diante do acúmulo de textos de uma adolescência dramática e sonhadora, mas também escritos das dores e das delícias do início de uma vida adulta insana, do poder transformador de suas viagens e do constante encontro com pessoas de mais idade, a quem atribui o fato de já terem lhe dito ser uma velha quando criança, mas que, a cada ano, fica mais jovem, pois esses encontros sempre trazem muita transformação.
A necessidade de espaço para coisas novas, pondo fim a uma autossabotadora possibilita o início e a autoproclamação como escritora. "Viver todas as vidas possíveis numa só" é o pensamento de fome de vida que encerra uma e dá à luz à outra, que não sabemos quem é, mas que está por vir. Tem quem diga que para tudo ela tem uma resposta e principalmente um argumento convincente, resta saber se talvez ela irá se convencer de continuar escrevendo aos vinte e tantos anos também.